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  • 15/07/2025
O tenente-coronel Mauro Cid reafirmou nesta segunda-feira (14) que o ex-presidente Jair Bolsonaro teve contato e leu a minuta do golpe, um documento que previa novas eleições e a prisão de ministros do STF em 2022. A declaração faz parte das investigações sobre o caso. Deysi Cioccari e José Maria Trindade comentaram.
Reportagem: Janaína Camelo
Comentaristas: Deysi Cioccari e José Maria Trindade

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Transcrição
00:00E ainda sobre o julgamento, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, prestou um novo depoimento ao Supremo Tribunal Federal no âmbito de três ações penais relacionadas à tentativa de golpe de Estado em 2022.
00:15A Janaína Camelo tem as informações.
00:18Mauro Cid, réu no STF sobre uma suposta trama golpista e delator do caso, prestou novamente depoimento ao Supremo.
00:25Desta vez, na condição de informante em ações penais que tem como alvos os réus dos núcleos 2, 3 e 4 da denúncia de golpe.
00:34A audiência aconteceu por videoconferência, com a participação dos advogados de defesa dos réus e mediada pelo relator, o ministro Alexandre de Moraes, e não foi autorizada a gravação de áudio e vídeo.
00:45O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro respondeu a perguntas em relação a acusações que envolvem os alvos das ações penais.
00:52O núcleo 2 é formado por aqueles que teriam gerenciado ações para executar um plano de golpe coordenado por Bolsonaro e aliados.
01:01Entre os réus, Felipe Martins, ex-assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, e Silvio Neivasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal.
01:09O núcleo 3 inclui os chamados quides preto, militares das forças especiais que teriam tentado executar um plano para prender e assassinar autoridades públicas e impedir a posse de Lula.
01:22No núcleo 4 estão aqueles que, segundo a denúncia, espalharam notícias falsas para descredibilizar as urnas eletrônicas.
01:29Mauro Cid reafirmou o que disse em delação premiada e também em interrogatório aqui no STF quando falou na condição de réu, como por exemplo que no final de 2022,
01:39Felipe Martins entregou a Bolsonaro uma proposta de minuta de golpe que a mando do ex-presidente modificou esse documento prevendo a prisão de autoridades e também novas eleições.
01:50E que esse mesmo documento foi entregue por Bolsonaro aos comandantes das forças armadas.
01:57Confirmou também a reunião na casa de Braga Neto com militares onde teriam sido discutidas ações para causar um caos social.
02:07E que dias depois recebeu de Braga Neto dinheiro em uma sacola de vinho para ser entregue a um dos militares e que, segundo Mauro Cid, seria para financiar o plano que foi discutido na casa do general.
02:19Por vários momentos, a audiência foi marcada também por embates entre Alexandre de Moraes e advogados de defesa.
02:26Alguns deles, como o advogado de Felipe Martins, Jeffrey Schicchini, que chegou a pedir a suspensão da audiência e a perguntar a Mauro Cid se ele foi a favor de um golpe.
02:37A pergunta foi indeferida por Moraes, que considerou o questionamento impertinente.
02:42Nesta segunda-feira, começaram a ser ouvidas, também por videoconferência, as testemunhas de acusação e de defesa indicadas pelos réus dos três núcleos.
02:51Os depoimentos serão realizados até o dia 23.
02:56Assunto para a nossa primeira análise aqui no Jornal da Manhã desta terça-feira.
03:00Hoje conosco, José Maria Trindade, direto de Brasília, aqui em São Paulo, Deise Schiocari.
03:04Muito bom dia para os dois, sejam bem-vindos.
03:07Começando por você, Deise, queria sua avaliação.
03:10São passos aí finais, alegações finais, novas testemunhas, depoimentos.
03:16Primeiramente, vai chegando nessa reta final, a gente até falou ontem disso aqui no Jornal da Manhã.
03:22Impressiona que novos detalhes vão surgindo, novos personagens também para compor todo esse cenário que temos à mesa.
03:30E de que forma esses novos detalhes também acabam pesando na situação desses réus e na própria decisão da PGR.
03:39Pois é, né, Soraya? Isso impacta, impacta muito, principalmente para 2026.
03:44E a gente tem algumas coisas a considerar aqui, né?
03:46Bom dia para você, bom dia para o Nonato, bom dia Zé Maria e bom dia para a audiência da Jovem Pan.
03:52Vamos lá.
03:53A gente tem aqui uma solidez bem robusta no conjunto probatório do que a PGR apresentou, né?
04:00Os elementos reunidos, eles são bem contundentes e eles indicam, pelo menos em tese do que a gente viu até agora,
04:08a existência de um projeto bem articulado e bem documentado, com uma robustez para subverter o projeto institucional.
04:19Então, existia até agora, o que a gente percebeu é que existia um projeto para quebrar a ordem institucional vigente até então, né?
04:30Um projeto técnico que, pelo que se entende até agora, ele foi apresentado, além de uma prudência institucional.
04:39Para além disso, a gente tem aí também uma dialética da transição.
04:44O que eu estou querendo dizer com isso?
04:45Mesmo em meio a todas essas tensões internas que a gente viu, a essas pressões externas também que aconteceram,
04:54a gente teve uma oportunidade de amadurecimento institucional, né?
04:59Por meio dessas delações do Mauro Cid, né?
05:01O Mauro Cid se contradizendo em alguns momentos.
05:05O rito judicial conseguiu respeitar as garantias e evitar em alguns momentos, e isso foi fundamental, evitar o excesso de espetáculo.
05:15Isso, eu acho que conseguiu produzir em determinados momentos a justiça que tanto se esperava, mas também estabilidade nesse processo todo.
05:25Agora, o que a gente tem que falar sobre o Mauro Cid, né?
05:27Nem todo delator, eu não quero me estender muito aqui, mas acho que a gente tem que pontuar isso, nem todo delator é sincero e nem toda omissão é inocente, né?
05:37Então, o Mauro Cid, ele foi e voltou, muitas vezes num cálculo mal feito, e aí a gente tem essa decisão da PGR de negar o perdão para o Mauro Cid, né?
05:47Propondo apenas essa redução parcial da pena, e isso revela uma guinada que é muito importante, né?
05:53Eu acredito que o Estado, aqui nesse momento, ele cansou de proteger esses delatores que só entregam as bordas do esquema, né?
06:02E aí isso ficou muito claro no caso do Mauro Cid, né?
06:04É um movimento muito sutil, mas que também revela que essas delações, elas precisam entregar o que o Estado perdeu, né?
06:14Que é confiabilidade.
06:15Nesse caso, o Mauro Cid, ele tem perdido um pouco nessa questão.
06:18Então, eu acho que tem se encaminhado para um desfecho que a gente já esperava,
06:23mas o caminho segue aí diante de, não um desfecho comprometedor, como em muitos momentos ele se encaminhou para isso.
06:33Então, o Mauro Cid agora, ele volta para o tabuleiro como um peão, o desfecho deve sair antes de setembro como a gente esperava,
06:40então tudo seguindo mais ou menos num curso normal, por enquanto.
06:44Zé Maria, a gente tem o procurador Paulo Gonê dizendo, por exemplo, que as evidências revelam que o ex-presidente Jair Bolsonaro
06:53foi o principal coordenador da disseminação de notícias falsas e ataques às instituições,
06:59utilizando a estrutura do governo para a promoção de uma subversão da ordem,
07:03dizendo, cabe, portanto, a responsabilização do réu pelos crimes descritos na denúncia.
07:10Além de uma série de outras ações, eu pincei aqui um dos pontos apenas.
07:17Esse pedido da Procuradoria-Geral de República parece que ir ao encontro daquilo que já foi falado
07:24no próprio Supremo Tribunal Federal e por aquilo que a gente tem acompanhado de apuração até agora, né, Zé Maria?
07:30Ou seja, acho que o desfecho é por uma condenação, resta saber qual é a dosagem, qual é a dosimetria dessa pena, né?
07:38Bom dia para você.
07:39Era o que se esperava mesmo da Procuradoria-Geral da República, né?
07:43Muito bom dia, Nonato. Bom dia, Soraya. Bom dia, Deise.
07:46Bom dia a você que nos acompanha aqui no Jornal da Manhã.
07:50Quando eu acompanhei o julgamento do Mensalão, naquela época eu pensei,
07:54é o maior julgamento da história do Supremo Tribunal Federal.
07:59E aí me alertaram, até agora.
08:01Pois é.
08:02E depois veio o julgamento do Petrolão, que envolveu muito mais líderes importantes.
08:07E agora nós estamos diante de um processo que dificilmente será ultrapassado no Supremo Tribunal Federal,
08:15na história do Supremo Tribunal Federal.
08:17No banco dos réus da primeira turma estão três generais, quatro estrelas.
08:23Isso é inédito.
08:24Um almirante, um ex-presidente da República,
08:28dois policiais federais, um deputado e outro ex-ministro da Justiça,
08:32e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República.
08:36Depois do tenente-coronel Cid, o ajudante de ordens da Presidência da República
08:41nunca mais será o mesmo, aquele poderoso dono da agenda do presidente.
08:47Durante o governo Bolsonaro, muitos, até ministros, me falavam que despachavam com o Cid.
08:53Era melhor falar com o Cid que as coisas se desenvolviam de uma maneira muito rápida,
08:57ou seja, ele tinha mesmo muito poder.
09:01Estou me prendendo a esse personagem porque ele é central.
09:05Tudo isso aí começou numa investigação sobre falsificação de um atestado de vacina
09:11do então presidente Jair Bolsonaro.
09:14Ele fez a delação para evitar um processo contra o pai e contra a família,
09:20mulher e filhos, né?
09:22Mas ele vacilou.
09:23É aquela história, você está dentro do ônibus ou fora do ônibus.
09:27Ele tentou ficar dos dois lados, com instinto militar, de proteção,
09:31evitou alguns pontos e esta era a grande interrogação nesse processo.
09:37O que vai acontecer com o Cid?
09:39Ele perdeu a possibilidade de uma imunidade maior, né?
09:44Será um desconto porque ele é considerado como real colaborador
09:48e não como aquele delator responsável por toda a trama.
09:51É o ponto fraco deste processo.
09:54Por isso mesmo, os advogados de todos esses réus
09:57entraram contra a delação premiada de Mauro Cid, né?
10:02Mas a partir daí, as investigações da Polícia Federal
10:05puxaram outros depoimentos, documentos que foram adquiridos em operações
10:10e o processo tomou outro rumo.
10:12É mesmo assim.
10:14A tendência é de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro
10:18e da cúpula do governo passado.
10:20Nós estamos falando dos mais importantes integrantes do governo passado.
10:25Então, a tendência é mesmo de condenação e rápida, viu?
10:29Agora, a alegação final da defesa e depois o relatório
10:34e já o julgamento propriamente dito na primeira turma.
10:38Tudo rápido demais.
10:39Os prazos constitucionais, mas rápidos demais.
10:43Música
10:45Música
10:46Música

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