Bruno Musa analisa se a recente ameaça do presidente Donald Trump de impor tarifas à Rússia pode, de fato, pôr fim ao conflito na Ucrânia. A análise aborda a eficácia da estratégia de ultimato da Casa Branca e o descontentamento do líder americano com a continuidade da guerra.
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00:00Ô Bruno Musa, já conosco, bem-vindo, você e o Zé Maria Trindade, muito bem-vindos aos dois, daqui a pouco temos Fábio Piperno também se juntando aqui ao nosso time.
00:07Musa, eu quero ir com você para entender, cadê o Donald Trump da campanha, que falava que resolvia tudo ali com uma reunião, com uma rápida conversa, que tudo se resolveria.
00:17Será que essa é a oportunidade, que tudo vai se resolver, ou você não vê tanta esperança assim na solução desse conflito? Bem-vindo, boa tarde.
00:24Boa tarde, vamos lá, boa tarde a todos aqui da bancada, a todos que nos escutam.
00:29Bom, sobre a Rússia, tem alguns pontos interessantes, tá?
00:33Eu, na semana passada, eu me debrucei em cima disso, porque eu fiz um vídeo lá no meu canal, que está lá desde sábado, sobre a Rússia exclusivamente,
00:41porque me chamou a atenção algumas frases ditas pela presidente do Banco Central Russo, Nabilina,
00:49e pelo Maxim Rishnikov, que é o ministro da Economia da Rússia.
00:55Ambos disseram que a Rússia está à beira de uma recessão.
01:00E eu fui a entender, porque é pouco noticiado aqui no Brasil a respeito do detalhe da economia russa.
01:06No máximo que nós vimos foi que 2023, 2024, anos que sucederam a invasão da Rússia na Ucrânia,
01:13eles estariam ali conseguindo um milagre econômico, inclusive crescendo 4,1% no ano de 2024.
01:20De fato, cresceu e eu fui mergulhar em cima disso e peguei, inclusive, as fontes do governo russo.
01:26Pois bem, muitos deles ali disseram que a economia, o modelo keynesiano, cresceu em 2023 e 2024 pelos gastos militares,
01:36que hoje já representam, pasmem, 40% dos gastos do governo russo,
01:42que grande parte do crescimento vem da indústria militar, otimizada pelos gastos públicos.
01:49Eles já tiveram aí as fontes de verde entre 1 e 4 milhões de russos que saíram,
01:54só que olha que interessante, dos russos que saíram, segundo dados oficiais, 85% tem nível superior,
02:02de graduação superior.
02:04E eles estão recrutando trabalhadores, que já estão com falta de mão de obra,
02:09recrutando do Afeganistão e da Coreia do Norte,
02:13ou seja, trabalhando junto com o governo da Coreia do Norte, fontes russas falando isso, tá?
02:19Foi encontrar, encontrei matérias em português sobre isso.
02:21trazendo trabalhadores, porque como a Rússia gasta grande parte para otimizar a indústria bélica,
02:28a indústria militar, ela compete com as empresas pela escassa mão de obra.
02:33Os salários sobem sem o incremento da produtividade.
02:36A inflação que pré-pandemia, ou perdão, pré-invasão da Rússia na Ucrânia era de 4%,
02:42tá em 10%, a taxa de juros tá em 20%, ou seja, a economia está praticamente em frangalhos.
02:50Mais uma vez, o modelo queresiano se esgotando e o próprio governo russo assumindo que não tem mais fôlego
02:58pra continuar impulsionando o crescimento econômico via gastos militares.
03:03E desses afegãos e norte-coreanos e países ali à sua volta, o Quiristão, o Cajaquistão,
03:10países que conseguiram importar alguns trabalhadores pra mão de obra,
03:14pasmem, menos de 10% tem nível de graduação superior.
03:19Então, eles mandaram embora pessoas de qualificação,
03:23estão importando pessoas com baixa qualificação.
03:26salários mais altos, sem o incremento da produtividade, com uma queda da mão de obra,
03:32inflação, inflação sem incremento de produtividade e sem gastos
03:36pra conseguir continuar acelerando, uma vez que a taxa de juros tá em 20%.
03:41Então, a situação da Rússia, ela é complexa, por isso que eu falo,
03:45é difícil a gente julgar daqui de fora, mas quando a gente começa a entrar em dados
03:50que são mais técnicos e pouco noticiados aqui,
03:53a gente começa a entender que talvez eles saibam mais do que nós
03:57e que sim, eles podem estar sendo asfixiados.