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00:00Olá, bom dia, bem-vindos a mais um Ponto de Vista.
00:12No programa de hoje, nós recebemos o secretário estadual de Educação, Gilson Monteiro.
00:18Vamos falar sobre as ações da Secretaria de Educação em todo o Estado e, claro, também sobre os problemas que a pasta enfrenta.
00:26O secretário Gilson Monteiro, muito obrigado pela sua participação aqui no Ponto de Vista. Seja muito bem-vindo.
00:33Obrigado, Fernando. É um prazer nosso estar aqui, prazer meu, toda a Secretaria. A gente está à disposição para um bom debate, para um bom diálogo.
00:41Queria começar falando do Juntos pela Educação, né? Um grande programa do governo do Estado, da Secretaria de Educação e que tem como objetivo transformar a educação aqui no Estado.
00:53Qual a avaliação que pode ser feita, na sua opinião, do que o Juntos pela Educação já fez e do que pretende fazer?
01:01Na verdade, o Juntos pela Educação foi um programa lançado em 2023, logo no início de 2023, com um aporte de 5,5 bi dentro da própria Secretaria, da própria estrutura da educação do Estado.
01:13E aí muitas coisas têm como escopo dentro do programa do Juntos, né? Então a gente tem desde transporte escolar, construção de creches, valorização do profissional da educação,
01:26aquisição de objetos como computadores, melhorar a infraestrutura das escolas, climatização das mesmas escolas, merenda escolar de qualidade.
01:35Então Juntos pela Educação é um programa maior, é um programa grande, que abarca todo o escopo do que é de fato e que deve ser a educação e uma educação de qualidade.
01:44Talvez por isso vocês usem essa expressão, transformar a educação, né?
01:51Que é uma palavra que meio que chama atenção, né? Vamos transformar a educação.
01:56Então seria fazer com que todas essas áreas aí de algum modo funcionassem e funcionassem bem.
02:01É, o investimento é alto, né Fernando? Então dentro de um investimento macro como esse, a gente não pode deixar absolutamente nada daquilo que é a infraestrutura
02:10para que as escolas funcione com qualidade. Então a gente adquiriu um passivo perturbador desde quando a gente chegou,
02:17seja para a merenda escolar, seja para a infraestrutura da escola, a climatização delas e dentro dessa infraestrutura está essa questão fortemente da climatização.
02:25Um passivo e aí era visível em todos os lugares, em todos os municípios de transporte escolar.
02:31A dificuldade que o município tem de ter um transporte de qualidade para transportar todos os seus alunos,
02:38sejam os do próprio município, mas também na parceria com o próprio Estado.
02:42Então o objetivo é de fato transformar. É a gente atingir todas as áreas com absoluto comprometimento do Estado
02:50e também ter essas parcerias com o município para que isso fosse de fato a mola, a condição da gente conseguir atingir todos.
02:59Na semana passada, secretário, nós recebemos aqui no Ponto de Vista a presidente do Sintep,
03:04o Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Pernambuco, Ivete Caetano.
03:08E uma das coisas que ela falou foi exatamente isso, a questão da falta de climatização ainda em todas as escolas da rede estadual.
03:15A gente sabe que a rede estadual é muito grande, são mais de mil escolas e eu queria ver com o senhor como secretário,
03:23como é que está essa questão, como é que o senhor recebe essa crítica da falta ainda de climatização em grande parte das escolas?
03:30A gente recebe com muita naturalidade, sabe, Fernando?
03:33Só para contextualizar para todos os ouvintes, para todos os telespectadores,
03:38essa condição de que quando a gente chegou em 2023, a gente tinha apenas 240 escolas climatizadas de um total de 1.069 escolas.
03:48Hoje a gente tem 515 escolas climatizadas, ou seja, em dois anos e meio a gente mais que dobrou a quantidade de climatizações na rede escolar.
03:57Está chegando praticamente a metade.
03:59A metade. Fora isso a gente tem 303 escolas num regime de climatização parcial.
04:05O que é isso? São parte das escolas, ou biblioteca, ou sala dos professores, ou parte, inclusive, de salas de aula.
04:12Metade de uma escola funciona com ar-condicionado, outra não.
04:15Isso é um passivo também adquirido, porque quando as unidades escolares foram pensadas ou construídas,
04:20não foi pensado junto dela uma organização de rede elétrica.
04:23Em princípio, ninguém pensava nas escolas com as salas com ar-condicionado.
04:28Isso. E pior.
04:29Isso foi mudando ao longo do tempo.
04:31Isso. E pior. Algumas redes escolares construídas recentemente, em 10 anos, 12 anos, elas também não foram pensadas dessa forma.
04:39Então existe esse passivo, só que o que a gente já vem fazendo?
04:43Desde esse mais de 50% da rede já climatizada que a gente atingiu, desde quando a gente chegou,
04:49a gente tem um contrato hoje de 15.100 ar-condicionados para toda a rede estadual.
04:53Fora isso, a gente tem um contrato de subestação, são 306 subestações,
04:58o que são fundamentais para segurar a capacidade da rede elétrica e de atendimento de toda essa climatização.
05:03Essa é uma questão, secretário, que pouca gente lembra, né?
05:06Quando fala da climatização das escolas.
05:09A gente pensa na escola, pensa na necessidade da sala de aula estar com ar-condicionado,
05:14mas não pensa na capacidade elétrica da escola para receber.
05:19Então, por isso essa necessidade das subestações, o senhor falou que é um trabalho conjunto com a própria Neoenergia.
05:26Isso. A gente teve um trabalho em parceria com a Neoenergia, acho que de 130 subestações, mais ou menos,
05:32o Estado licitou um processo, a gente já tem nesse final do mês de julho,
05:35umas 306 subestações a serem incluídas nas mais diversas escolas da região do Estado.
05:41Então, tem o Sertão, eu tenho a Zona da Mata, eu tenho a Grécia Central e Meridional, toda a região metropolitana.
05:46E aí a gente tem, eu até brinco muito com a minha equipe, porque o programa de governo,
05:51e dentro dele está, dentro dos Juntos também, o programa de governo da governadora Raquel Lira
05:55era climatizar toda a rede escolar até o final de 2026.
05:59Eu estou sendo conservador e entendo que até o primeiro semestre de 2026 a gente tenha isso.
06:03Já a minha equipe está me informando que até o final de 25, até dezembro de 25,
06:08a gente tem toda a rede climatizada.
06:10Então, eu não entendo absolutamente como uma crítica, eu entendo como algo saudável.
06:14É uma necessidade, né?
06:15E a gente precisa entender também as reclamações em geral,
06:18e a gente está fortemente agindo para que isso, de fato, aconteça e já está acontecendo.
06:22E esse ritmo aí que o senhor falou, a sua equipe fala até o final desse ano.
06:29O final desse ano.
06:29O senhor acha que até o final do ano, quantas escolas?
06:33Toda a rede?
06:34Porque se hoje a gente tem metade, será que em seis meses a gente vai ter a outra metade?
06:39Não é um objetivo muito ambicioso, não?
06:42De fato, a gente tem que trabalhar com essa ambição.
06:44Isso é o primeiro ponto.
06:45O segundo ponto é que, se eu já tenho 515 escolas climatizadas e 306 escolas parcialmente climatizadas,
06:52então, eu já tenho mais de 800 escolas dentro desse processo para eu chegar nas 1069.
06:58Então, eu acredito que a gente consiga, porque o parcial é o complemento.
07:01Então, dentro desse complemento, eu instalando todas as subestações, os ar-condicionados eu já tenho,
07:05porque o contrato eu já fiz, eu já estou recebendo esses objetos.
07:09Então, eu acredito que a gente consiga.
07:11Eu estou sendo, como eu disse, conservador para até o primeiro semestre de 26,
07:14mas a minha equipe está trabalhando, então a gente está indo junto para ver se 25,
07:18a gente finaliza com a rede toda completa e climatizada.
07:20Como é que se dá essa parceria com a Neo Energia?
07:23Vocês, o Estado coloca, faz a estação e a Neo Energia assume?
07:29Como é que funciona?
07:30No primeiro momento, eles colocaram um quantitativo de, como eu disse, 130, 130 e poucas subestações.
07:37E dentro desses, a gente apresenta o projeto da subestação, eles validam o projeto
07:42e dentro dessa validação do projeto, a gente instala.
07:44A partir da instalação, aí é um trabalho em conjunto, porque dentro da rede escolar eu estou atuando,
07:48então, mais do que justo que eu fiscalize, não só como é que está a rede,
07:52mas informe para eles, porque toda a parte estrutural e externa de rede elétrica,
07:57logicamente, é com a Neo Energia para qualquer intercorrência que haja.
08:01Secretário, outro ponto importante é a questão da merenda escolar,
08:04que se chama também alimentação escolar, porque hoje a merenda escolar não é só a merenda,
08:10ela tem o lanche da manhã, tem o almoço em muitas escolas, tem o lanche da tarde.
08:17Esse é outro ponto onde há críticas, muitas vezes se tenta resolver os problemas nessa área,
08:23mas parece que a coisa não anda, ainda tem muita escola com problema de merenda.
08:28O que é que a secretaria está fazendo para tentar melhorar, se não resolver essa situação?
08:33É, quando a gente chegou na secretaria, a gente já pegou a secretaria com 29 escolas sem contrato,
08:39de merenda escolar, então já foi um trabalho gigante para que a gente reajustasse os contratos
08:43que já existiam para abarcar essas escolas que estavam sem contrato.
08:47Só que melhor do que isso, dentro da política do Juntos pela Educação,
08:50a gente fez um implemento de um programa Merenda Boa,
08:53dentro dessa Merenda Boa a gente não só buscou através de chefes renomados do próprio Estado,
08:59e isso de forma itinerante, buscando capacitação de merendeira, certo?
09:03Para manipulação dos alimentos e também contratos mais vultuosos,
09:07ou seja, com quantitativo maior e melhor para que os alunos pudessem receber esses insumos com mais qualidade.
09:15Basta dizer, Fernando, que a gente saiu ou chegou com uma per capita por aluno de 1.42, 46
09:22e hoje a gente está numa per capita de quase 6, ou seja, os meninos comem mais,
09:27os nossos filhos comem mais, né?
09:29Então, naturalmente, a gente tem que ter mais alimento, a gente tem que ter um quantitativo maior.
09:33E mais ainda, dentro daquele cardápio nutricional que a gente estabelece dentro das escolas,
09:39a gente também faz e cria com eles uma regra de aceitabilidade,
09:43a gente faz testes com eles para saber se gostam ou não daquele modelo de merenda
09:47e busca, junto com essa capacitação das merendeiras, a forma de manipular bem os alimentos.
09:53Você não fica preso somente ao cuscuz, com o leite ou com um lombo ou com um frango.
09:58Você pode criar um bolo de fubá, um bolo de milho dentro daquilo ali.
10:02Então, é buscar junto às merendeiras também essa capacidade delas entenderem esse processo
10:07e manipular melhor os alimentos para dar uma qualidade.
10:10Fora isso, a gente tem a agricultura familiar, né?
10:13Fortemente, nesse engajamento de um quantitativo maior e um alimento mais natural e de qualidade,
10:19junto às cooperativas que a gente faz a chamada pública, para que elas compareçam e forneçam essa alimentação.
10:24E, naturalmente, a gente vai ter, não é, isso aí não é relativizar,
10:29mas, naturalmente, você vai ter um caso ou outro de um problema de uma merenda,
10:33de uma falta de armazenamento ou mau armazenamento dentro da unidade escolar,
10:37que a gente, de pronto, entendendo e vendo aquilo ali, a gente já faz a substituição.
10:41Só para vocês terem ideia, a gente tem hoje quase 1 milhão e 200 mil refeições por dia.
10:47Por dia. Então, não é que a gente relativize, mas pode acontecer alguma coisa dentro dessa manipulação
10:53que possa gerar um problema maior, mas, prontamente, a gente vai e resolve, tenta ajustar e continuar a rota.
10:59O governo tem essa preocupação também com a qualidade da merenda, né?
11:02Existem nutricionistas contratados exatamente para dar uma merenda de qualidade para os alunos?
11:09Além das nutricionistas, a gente tem a superintendência da alimentação escolar,
11:12que vive fortemente encampando e verificando dia a dia, por gerência regional.
11:18A gente tem um processo agora, digo processo, um concurso público de analistas,
11:24e a gente tem analistas em nutrição.
11:26A gente está recebendo um quantitativo muito grande e distribuindo isso por gerência regional.
11:31Então, cada gerência regional tem um quantitativo maior de nutricionistas
11:33para ter uma fiscalização mais rápida dentro de cada unidade.
11:37A gente não precisa sair da sede, aqui em Recife, para visitar o sertão.
11:40Esses analistas que já chegaram, boa parte, e alguns que ainda estão chegando em nutrição,
11:45a gente tem uma rapidez de chegada e de fiscalização, que é o mais importante,
11:49dentro de cada unidade escolar, para a gente manter um padrão,
11:52que é um padrão digno para os nossos estudantes.
11:54Agora, quando a gente discute essa questão da merenda escolar,
11:58existe um termo que é usado tanto pela secretaria quanto pelo sindicato dos professores,
12:03que é escolarização da merenda.
12:05O que é que vem a ser exatamente essa escolarização da merenda? O que é isso?
12:09É importante, Fernando, a tua abordagem, porque a gente, quando chegou,
12:13a gente tinha mais de 800 escolas no programa de merenda escolarizada.
12:18O que é a merenda escolarizada? É a merenda feita por nós.
12:21O próprio Estado, além de comprar os insumos,
12:24ele tem o seu próprio contrato de mão de obra de merendeira,
12:27ele tem sua própria cozinha industrial,
12:29ele tem sua própria estrutura para desenvolver a merenda.
12:32e temos 191 escolas que hoje ainda têm um contrato sobre a modalidade de merenda terceirizada.
12:38O que é isso? Eu contrato empresa para que ela faça a merenda.
12:43Então, o que é que a gente quer mudar?
12:45A gente quer buscar, junto e encampado pela própria governadora,
12:48a escolarização da rede por completo.
12:51Isso cria, não só para a unidade, para as unidades escolares,
12:54um pertencimento maior. A gente faz com mais carinho.
12:56A merendeira que é contratada por nós, ela está fazendo aquilo que é do jeito que a gente quer.
13:02Então, você não fica preso, embora tenha todo o respeito por parte das empresas contratadas,
13:07mas a gente não fica preso à empresa.
13:09E principalmente...
13:10Quer dizer, o objetivo é que toda merenda seja feita na escola?
13:13Toda merenda seja feita. Inclusive, as terceirizadas contratadas, as empresas,
13:16elas fazem dentro das escolas.
13:19Então, para elas fazerem, a gente faz.
13:21E aí a gente tem um pertencimento.
13:22Quando você diz a gente faz, seriam os funcionários da escola.
13:25Isso, os funcionários da escola.
13:26As merendeiras contratadas por nós, através de contratos de...
13:30Os funcionários que trabalham na cozinha das escolas.
13:32Isso, na cozinha das escolas, a manipulação feita.
13:34Então, é o Estado assumir, de fato, aquilo que é dele e desenvolver essa merenda.
13:40Muito bem. Secretário, a gente vai fazer um rápido intervalo,
13:43mas daqui a pouco a gente volta.
13:44Você que está acompanhando a gente, não saia daí.
13:47A gente volta já, já.
13:48O ponto de vista está de volta.
14:05Hoje estamos recebendo aqui o secretário estadual de Educação, Gilson Monteiro.
14:10Secretário, queria retomar a nossa entrevista falando da questão da valorização dos professores.
14:15A gente sabe que todo ano existe uma grande guerra do Sintep com a secretaria,
14:20com o governo do Estado, questão de campanha salarial, tudo.
14:23Mas o que é que, na prática, a secretaria tem feito
14:26para tentar valorizar mais os professores da rede estadual?
14:31Eu começo, Fernando, trazendo à tona a questão do concurso público.
14:35Então, a gente, dentro daquela política de manter uma estrutura e organização da própria rede escolar,
14:42a gente pegou um concurso público de 2.900 vagas disponíveis
14:47e a gente contratou quase 10 mil profissionais da educação.
14:51Ou seja, mais professores em sala de aula,
14:54mais um quantitativo e capacidade de a gente ter aquela permanência dentro da própria rede.
15:00Então, isso eu já entendo que é uma valorização não só do profissional,
15:03porque mais profissionais tem dentro da área.
15:05Então, eu tenho condição e capilaridade de atender todas as unidades escolares,
15:10mas também os reajustes que a gente vem aplicando, certo?
15:13Isso dentro de uma mesa de negociação com o sindicato.
15:16E é constante nossa mesa de negociação com eles.
15:19A gente tem reuniões não só de piso salarial dentro da secretaria da administração,
15:23também com o secretário de finanças, secretário da fazenda nosso,
15:26mas também temos mesa de negociação extra secretaria da administração
15:30que se faz dentro da própria secretaria da educação.
15:33Tudo isso com o quê?
15:34Climatização eu valorizo não só estudante, mas eu valorizo o profissional,
15:38porque ele está lá suando para dar o seu melhor.
15:41Mas também com o reajuste do piso, e isso desse último ano,
15:44a gente tendo o reajuste sendo aprovado por unanimidade pelo sindicato,
15:48já é mais uma condição e possibilidade não só de diálogo permanente, prudente e capaz
15:53da gente se entender com os objetivos comuns, mas também de valorizar a classe.
16:00E isso foi devidamente aceito, isso foi visto, e o melhor ainda,
16:05isso teve uma repercussão geral na carreira.
16:07Então esse reajuste que tem agora, eu não só atinjo o piso para um percentual,
16:11eu faço isso com repercussão para todos.
16:13Isso daí foi bem aceito e eu entendo que isso não deixa de ser uma valorização muito grande.
16:17Para a gente é muito importante e também foi muito importante para o próprio sindicato,
16:20para os próprios professores.
16:22Em termos de capacitação dos professores, secretário, o que está sendo pensado,
16:27o que está sendo posto em prática?
16:28A gente sempre tem, durante todo o ano, cursos de formação e capacitação
16:33nas mais diversas gerências regionais do Estado.
16:36Então isso a gente busca não só para professores, como também para os gestores escolares.
16:40Além disso, a gente está em parceria agora com a Universidade de Pernambuco,
16:45justamente para que a gente possa, através desse convênio,
16:48possibilitar aos professores ter acesso à pós-graduação, a mestrado.
16:52Então tudo isso também dá essa oportunidade aos profissionais da área,
16:56para que eles façam suas extensões e aí melhorem não só e se capacitem,
17:00mas também tenham repercussão financeira na sua própria carreira.
17:03Isso são as possibilidades que a gente vem criando.
17:04Fora isso, a gente tem o Pé Mais Digital, que a gente disponibilizou mais de 13 mil notebooks
17:09para os profissionais da área, para que eles também tenham, dentro desse recebimento dos notebooks,
17:14a possibilidade de seu trabalho, de capacitação, de uma condição melhor
17:17para que eles desenvolvam dentro da sua sala de aula.
17:20Quando o senhor fala dos profissionais da área, não são só professores que recebem notebooks, né?
17:25Não.
17:25Também tem os auxiliares, os técnicos.
17:27Isso, a gente estende isso aos analistas e assistentes educacionais desse último concurso,
17:31que também são abarcados com esse Pé Mais Digital.
17:33Queria voltar um pouco no Juntos pela Educação, que a gente viu que é um programa muito amplo, né?
17:38Que aborda várias questões da educação e queria voltar para a questão do transporte escolar.
17:44A gente sabe que esse é um trabalho conjunto entre o governo do Estado e os municípios, né?
17:49Para que todo mundo que tenha a escola, sei lá, mais distante ou de mais difícil acesso,
17:56consiga chegar à escola.
17:58Como é que está essa questão em termos do Estado hoje, em termos de ônibus, por exemplo,
18:03para que os alunos cheguem à escola?
18:05Dentro do programa do Juntos pela Educação, a governadora Raquel Lira, já em 2023,
18:09ela tem estabelecido um quantitativo de 500 ônibus até 2026.
18:14No próprio 2023, a gente ampliou essa capacidade para mil ônibus.
18:19E a gente atingiu um quantitativo e contratado, com ordem de serviço dada,
18:23são 2.120 ônibus nesses quatro anos de governo.
18:28Então, hoje a gente tem mais de 900 ônibus distribuídos, certo?
18:32Num regime de colaboração com os municípios.
18:34A Secretaria Executiva de Articulação Municipal, ela é muito forte nesse sentido de captar,
18:38de ser provocada e provocar os municípios.
18:41De fato, na necessidade real de cada um, a gente analisa, ainda com a possibilidade daquilo
18:47que o Tribunal de Contas também nos apresenta, o que a gente vem verificando,
18:50o grau de criticidade de cada município, a necessidade que cada um tem com relação àquilo,
18:56a sua real necessidade, o quantitativo de alunos de transporte e tudo mais.
19:00E não só isso, a gente tem dos mais variados tipos de ônibus.
19:04A gente tem ônibus canavieiro, aquele ônibus maior, que a gente vê muito em cana-de-açúcar,
19:09de 59 lugares.
19:10A gente tem ônibus menor e praticado para difícil acesso,
19:14porque a gente sabe também as regiões que a gente tem, o interior, as zonas rurais que a gente tem,
19:19a necessidade e qual o modelo para cada local desse.
19:24Então, dentro dessa política de transporte, a gente tem uma gama de possibilidades
19:28e de atrativos para que a gente não deixe nenhum município
19:33sem uma condição boa de transporte dos nossos alunos.
19:35Quando o ônibus desse quebra, de quem é a responsabilidade?
19:38Quem é que cuida para consertar o ônibus?
19:41É a prefeitura ou a prefeitura tem que comunicar ao governo?
19:44Como é que é normalmente?
19:44Nesse primeiro momento, Fernando, o regime que a gente adota na colaboração é o termo de sessão.
19:50Ou seja, a gente ainda não está formalizando a doação.
19:52Doação seria totalmente a responsabilidade por parte deles.
19:56Ainda é um termo de sessão que o Estado está fazendo,
19:59mas que a gente, periodicamente, vem discutindo com o município se precisa de algum ajuste.
20:04Então, ainda o Estado está responsabilizado sobre isso.
20:07Claro, combustível, o próprio motorista, o município, ele arca com esses valores.
20:13O município é que tem que fazer o ônibus circular, né?
20:16Isso.
20:16É o município que vai administrar os caminhos, né?
20:20Isso.
20:20Mas qualquer situação de manutenção, que ele possa fazer de forma rápida e prática,
20:25ele tem essa capacidade de desenvolver.
20:27Isso é algo mais que busque ou possibilite que o Estado está à disposição
20:31para que haja diretamente e faça esses ajustes necessários.
20:35Secretário, outra crítica que a gente, quando vai às escolas da rede estadual,
20:39costuma ouvir dos alunos, né?
20:41Muito por parte dos alunos, é com relação ao atraso no kit do fardamento
20:47e até no atraso do kit do material escolar.
20:50Por que isso ainda acontece?
20:52O que é que a Secretaria fez esse ano para tentar resolver a questão?
20:56Que a gente sabe que até, eu acho que em maio,
20:58ainda havia problemas de algumas escolas que não tinham recebido totalmente esse material.
21:04Por que isso aconteceu?
21:05O que é que está sendo feito para que não aconteça de novo?
21:07Na verdade, os novos processos licitatórios, pensando em 26,
21:10eles já estão sendo estartados, já foram estartados, inclusive.
21:13Por esses dias a gente deve estar publicando,
21:15tanto para fardamento, as chamadas públicas,
21:17como também para kit escolar, o próprio processo licitatório.
21:20O que aconteceu de 24 para 25 foram alguns problemas no próprio processo de licitação,
21:25especificamente de kit escolar.
21:27E aí, dentro desse problema maior, a gente fez uma adesão
21:30ao ato de registro de preço do governo federal.
21:32E aí teve esse delay, esse tempo, entre o contrato e a entrega.
21:36Por isso, alguns atrasos com relação à entrega do kit escolar,
21:40o que não se repetirá naturalmente no ano de 26.
21:43O kit escolar inclui o que exatamente, secretário?
21:46Caderno, lapiseira, lápis, borracha, hidrocor.
21:50Então, toda essa gama que o aluno precisa utilizar no seu dia a dia,
21:53o kit escolar vem como composição.
21:55E o fardamento são quantas unidades?
21:58O fardamento a gente contratou, e aí eu preciso contextualizar de forma bem rápida,
22:02que a gente teve um modelo diferente para a aquisição do fardamento.
22:05Hoje, o fardamento nosso é adquirido, comprado pelo polo texto do Agreste.
22:10Então, a gente tem hoje um giro na economia local,
22:12porque Santa Cruz, Toritama, Caruaru e as regiões circunvizinhas ali,
22:16que produzem de forma muito forte o nosso polo texto e fazem fomentar isso,
22:21a gente adquire o nosso fardamento deles.
22:23Então, foi 1 milhão e 800 mil fardamentos adquiridos.
22:26Então, esse pequeno atraso que ainda teve com relação ao fardamento,
22:30se deu também, não só para o próprio processo de contratação,
22:32mas também a quantidade e capilaridade das empresas que viam e viram como algo novo,
22:38certo?
22:39Para a sua possibilidade de crescimento e também para a gente fomentar.
22:42E aí, o fardamento, me permita, está sendo um sucesso.
22:46São três fardamentos por estudante.
22:48A gente já entregou praticamente a rede toda.
22:50Acho que não falta para ninguém receber esses fardamentos de qualidade
22:54e sendo feito dentro da nossa região.
22:56Agora, é claro que a gente quer que sempre o fardamento chegue na época adequada.
23:03Chegar em maio, por exemplo, com o ano letivo começando em fevereiro, acho, março,
23:07não é bom.
23:09O que vocês fazem para que esse problema que aconteceu esse ano, por exemplo,
23:14não se repita no ano que vem?
23:15A gente não está acomodado com isso, Fernando.
23:17É fundamental que a gente diga que a gente não senta no problema,
23:21não discute o problema ou relativiza ele.
23:23Então, a gente já está soltando, como eu coloquei aqui,
23:26algumas chamadas públicas de fardamento, assim como a licitação de kit,
23:29dentre outras coisas que são fundamentais para o início do ano letivo,
23:34para que a gente não tenha esse problema adquirido de 24 para 25.
23:40Mas, assim, reputo como algo de sucesso o fardamento escolar,
23:44um fardamento de extrema qualidade, três fardamentos por aluno
23:47e sendo produzido aqui no nosso polo texto, aqui no nosso estado.
23:51Isso é fundamental, é muito importante para a gente,
23:53encabeçado pela nossa governadora.
23:55Secretário, a gente sabe que a educação infantil é uma atribuição dos municípios.
24:00Mesmo assim, o governo faz uma espécie de parceria
24:03para melhorar a questão das creches, dos centros educacionais infantis.
24:08O governo chama isso de regime de colaboração.
24:11Como é que está funcionando essa colaboração?
24:13O que é que o governo faz que seja bem recebido, digamos, pelos municípios
24:22e os municípios não sintam como uma intromissão do governo do estado
24:26ou da Secretaria de Educação na educação do município?
24:30Na verdade, ele também está dentro do programa do Juntos pela Educação.
24:33Então, são 260 creches espalhadas por todos os municípios
24:37e estão dentro do regime de colaboração,
24:39o que é que a gente busca fortemente junto aos municípios?
24:42É uma realidade que a gente precisa em cada município de creche.
24:46Cada dia a população, ela cresce, bairros populosos, eles existem,
24:52e você tem uma dificuldade, principalmente das mães,
24:55de terem que se deslocarem para o trabalho porque não tem com quem deixar os seus filhos.
24:58Então, na política da governadora Raquel Lira, que já fazia isso fortemente em Caruaru,
25:03ela vai buscar em cima desses municípios a necessidade deles
25:06e dentro dessa necessidade, esse regime de colaboração é o quê?
25:10São 260 creches a serem construídas no estado todo,
25:13mantendo essas creches, cada uma delas, por um ano,
25:16com todo o imobiliário e a partir desse segundo ano,
25:20eles serem mantidos não só por um regime próprio,
25:22mas também com a ajuda do governo federal,
25:24que fomenta essa política de alfabetização e dos anos iniciais.
25:27Então, a gente chega com essa possibilidade, com esse regime de colaboração
25:32e provocando que os municípios nos provoquem, certo?
25:35Ainda que eles não o façam, a gente procura,
25:38para que a gente, de fato, tenha essa rede capilarizada
25:40e consiga atingir todos os municípios sem deixar ninguém para trás.
25:44Secretário, eu não queria terminar sem falar de uma questão
25:46que preocupa toda a sociedade, nem só os alunos,
25:50a questão da segurança nas escolas.
25:52Como é que está essa questão?
25:53Como é que o governo do estado tem enfrentado isso?
25:55A gente, de vez em quando, ouve falar de escola arrombada,
25:59escola roubada, mesmo sem ter sido arrombada.
26:03Então, como é que a secretaria enfrenta essa questão
26:07da falta de segurança ou da segurança nas escolas
26:11para que alunos e professores possam fazer as atribuições
26:16que são esperadas deles e não ficar preocupados com a questão da segurança?
26:21A gente, hoje, busca dois vieses dentro dessa questão de segurança.
26:25A primeira, os processos licitatórios e contratos de câmeras de segurança
26:29e de fortalecimento da segurança interna nossa.
26:32Em que sentido?
26:33Com novos contratos e melhores de portaria e de vigilância,
26:36capacitação dos vigilantes, que são contratados com esses objetivos.
26:39Esse é o primeiro ponto.
26:40Segundo ponto, esses contratos de câmeras,
26:43eles nos ajudam, junto com a Secretaria de Desenvolvimento Social,
26:46Defesa Social, na verdade,
26:47de buscar uma inteligência mais forte,
26:53de a gente ter esse caráter preventivo,
26:55mas tem uma situação fundamental que a gente hoje está discutindo
26:58e está tendo essa aceitação por parte da comunidade escolar, Fernando.
27:02A gente hoje criou o programa, o projeto Escola Aberta
27:06e dentro desse projeto a gente hoje já começa com 160 escolas
27:10abertas aos finais de semana, com arte educadores.
27:13Dentro desse arte educadores eu tenho capoeira,
27:16eu tenho música, eu tenho arte, eu tenho dança,
27:18eu tenho artesanato.
27:20Então, veja, não é só você buscar ou se prevenir de algo,
27:24é você trazer aquela comunidade para que ela também consiga,
27:28não só utilizar o espaço escolar para aquelas atividades,
27:31não só pelos estudantes, mas pelos seus familiares,
27:33e traz para todo mundo um senso de pertencimento e de proteção
27:37para cada equipamento público.
27:39Então, é fundamental que a gente esteja fazendo esse processo,
27:42a gente vai ampliar esse processo e ele hoje já se mostra de sucesso
27:45também encampado e discutido pela nossa governadora,
27:49que eu acho que aí a gente consegue o caráter preventivo,
27:52o caráter de segurança, de pertencimento e de cuidado
27:54e também, junto com a SDS, a política maior de uma segurança ostensiva
27:59com vigilantes, com portarias e com câmeras.
28:03Muito bem, secretário, eu acho que a gente conseguiu abordar vários temas
28:06relativos à Secretaria da Educação.
28:09Nosso tempo está acabando, eu agradeço a sua participação aqui,
28:14muito obrigado por ter vindo aqui ao Ponto de Vista.
28:16Eu aqui agradeço pelo espaço, a Secretaria da Educação,
28:19assim como o Governo do Estado, está à disposição,
28:21qualquer dúvida, a gente está aqui para sanar,
28:24siga em frente, muito obrigado.
28:25Muito obrigado, secretário.
28:27Obrigado a você também que nos acompanhou até aqui,
28:29obrigado pela audiência e companhia,
28:31a gente volta na semana que vem.
28:33Obrigado.
28:34Obrigado.
28:35Obrigado.
28:36Obrigado.
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