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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, enviou uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para justificar o descumprimento da meta de inflação. O IPCA acumulado em 12 meses chegou a 5,35% em junho, ultrapassando o teto de 4,5% por seis meses seguidos. Deysi Cioccari e Roberto Motta comentaram.
Reportagem: André Anelli
Comentaristas: Deysi Cioccari e Roberto Motta

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Transcrição
00:00O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, enviou uma carta ao ministro Fernando Haddad
00:05para explicar a alta da inflação no Brasil, André Anelli.
00:09O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, considerado a inflação oficial do país,
00:16teve alta de 5,35% no acumulado dos últimos 12 meses, de julho de 2024 a junho de 2025.
00:24O resultado ficou acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional.
00:30Por conta do resultado, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, divulgou uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
00:37e presidente do Conselho Monetário Nacional, para justificar os números.
00:42Segundo Galípolo, a atividade econômica surpreendeu positivamente com o crescimento do produto interno bruto acima do esperado
00:50e mercado de trabalho bastante aquecido, refletindo aumento do consumo das famílias e do investimento.
00:56As expectativas de inflação se desancoraram, especialmente ao longo do segundo semestre de 2024.
01:04A taxa de câmbio apresentou valorização do dólar frente ao real, com impacto direto nos preços de bens importados e nas expectativas de inflação.
01:14Ainda segundo o texto, houve altas mais intensas que as antecipadas no preço da gasolina, na inflação subjacente dos preços de serviços,
01:23nos preços de alimentos industrializados, em particular o café, e nos preços de alguns bens industriais, como os do vestuário e de automóveis.
01:33Um dos mecanismos usados para controlar a inflação é o aumento da taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano.
01:42O patamar desagrada o governo por desestimular o consumo e investimentos, mas, diante da inflação, não existe previsão de queda dos juros.
01:51Galípolo garantiu que o Banco Central tem compromisso com a busca da meta de inflação de 3% e tem tomado providência para que ela retorne ao intervalo de tolerância e atinja o alvo.
02:04Na carta à Haddad, o presidente da Autoridade Monetária afirmou que o Banco Central vai investir no reforço da comunicação sobre as razões do descumprimento da meta,
02:14sobre as medidas adotadas e sobre a evolução do cenário de convergência da inflação.
02:20No documento, ele previu que a taxa de inflação acumulada em 12 meses retorne aos limites estabelecidos no intervalo de tolerância a partir do final do primeiro trimestre de 2026.
02:34De Brasília, André Anelli.
02:37Mais um assunto aqui para a nossa análise com os nossos comentaristas, começando mais uma vez por você, Deise Siocari.
02:44Bom, o Galípolo deu suas explicações ali para o Fernando Haddad e trouxe também alguns pontos positivos, como atividade econômica surpreendendo, mercado de trabalho aquecido, aumento do consumo das famílias.
02:59Como você avalia a atuação do Banco Central nesse cenário exposto?
03:04O Banco Central está fazendo o dever de casa, a lição certinha?
03:08Olha, Soraya, quando o presidente do Banco Central é forçado a escrever uma carta para o ministro da Fazenda, isso não é só um gesto simbólico, né?
03:19É um sinal de que a âncora monetária falhou aí num curto prazo, né?
03:23E aí o que a gente tem agora é que o mercado vai ler essa carta como um teste da sua autonomia, né?
03:30Então vai sinalizar um compromisso com o centro da meta ou vai ceder a pressão no crescimento, né?
03:36Então é isso que essa carta vai dizer, é nisso que o mercado agora está de olho e a resposta, na verdade, ela vai afetar as expectativas, os juros futuros e, no fim, o preço do pão e da gasolina.
03:51Mas a verdade é que agora é que o Galípolo vai mostrar se ele realmente está independente do Palácio do Planalto ou se ele ainda está sucessivo a essas pressões do governo.
04:02Agora que isso não ficou bonito, não ficou não, Soraya.
04:06Roberto Mota, como é que você vê tudo isso à medida que quem vai no mercado não consegue sentir nada no que diz respeito a um valor menor das compras,
04:16daquilo que é, está nas gôndolas do mercado e por aí vai, ou seja, essa discussão sobre inflação continua sendo uma pedra no sapato do governo, não Mota?
04:26Claro, e vai ser enquanto a mentalidade não mudar, Nonato.
04:30Essas pequenas variações de inflação, 5.2, 5.4, elas são pouco relevantes e elas tiram o foco do debate daquilo que é realmente importante.
04:42O que é realmente importante é o efeito da inflação, mesmo essa inflação considerada pequena, no longo prazo.
04:51Desde que o real foi criado, a moeda já perdeu mais de 80% do seu valor.
04:58Ou seja, uma nota de R$ 100,00 lá em 1994 equivale hoje a uma nota de R$ 20,00, menos de R$ 20,00.
05:07É isso que interessa. Ano após ano, o governo continua imprimindo dinheiro. O governo, no caso, o Banco Central.
05:17E o resultado é sempre inflação.
05:20Em 1994, uma dúzia de ovos custava R$ 1,00. Hoje, aqui perto da minha casa, a dúzia de ovos custa R$ 15,00.
05:29Um dia, uma dúzia de ovos vai custar R$ 500,00.
05:35Pode levar cinco anos, pode levar dez anos, mas esse dia com certeza vai chegar.
05:42Esse é o resultado desastroso de uma política que usa inflação como um imposto invisível.
05:50É uma política que engorda o Estado às custas do cidadão.
05:56E é isso que tem que mudar.

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