O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a meta de inflação será estourada em 2025. O responsável pelo Copom enviará uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), indicando os desafios para a economia brasileira.
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00:00Estamos de volta com o programa Os Pingos nos Is, os assuntos importantes do dia, sempre contando com as análises dos nossos comentaristas Roberto Mota, Luiz Felipe Dávila e Cristiano Beraldo, a gente como todos os dias, né?
00:12Agora tem mais um destaque que eu quero trazer aqui pra gente discutir.
00:16Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, admite que a meta inflacionária deste ano será descumprida.
00:23Ele deve, inclusive, enviar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando o estouro do teto da meta de inflação oficial do país, que é medida pelo IPCA.
00:33Segundo Galípolo, ele será o primeiro presidente do Banco Central a assinar duas cartas de descumprimento de metas.
00:41A primeira foi assinada em janeiro, início do mandato dele.
00:44Já o Fernando Haddad, que é ministro da Fazenda, diz que a inflação deve ficar dentro da meta em 2026, que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5% e 4,5%.
00:59Bem, recebendo também as pessoas que nos acompanham pelas emissoras de rádio, espalhadas por todo o Brasil, a Jovem Pan, sempre colaborando também pra disseminar a informação,
01:10deixar todos bem informados também pelas ondas do rádio, há mais de 80 anos fazendo isso.
01:17Você, Luiz Felipe Dávila, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, admitindo o estouro da meta de inflação.
01:24Diz que, inclusive, deve enviar uma carta aberta ao ministro Fernando Haddad. Dávila, um minutinho.
01:31Cariato, o governo não estourou só a meta de inflação há dois anos.
01:35O governo estourou a outra parte do tripé, que era o superávit primário, que nós não temos também nesses últimos anos.
01:42Ou seja, o Brasil está com déficit e sem cumprir meta de inflação.
01:48Por isso que o resultado é desastroso da economia.
01:52Por mais que o governo não queira mostrar que tem baixos índices de desemprego, que a economia está crescendo um pouco.
01:57Mas com inflação alta e o estouro da meta, fazendo a taxa de juros subir, nós temos o que nós temos hoje.
02:05Recorde de inadimplência, tanto de pessoa física quanto de pessoa jurídica.
02:10E o dinheiro cada vez comprando menos quando o cidadão vai ao supermercado.
02:15Você, Cristiano Beraldo, posicionamento de Gabriel Galípolo.
02:18e o anúncio de que a meta da inflação vai estourar.
02:25E ele vai assinar uma carta dizendo justamente isso para o mercado, Beraldo.
02:29Um minutinho.
02:31Achei muito bonitinho, Caniato.
02:32Vou escrever uma cartinha, vou assinar, vou pôr no Correio.
02:35Agora o Correio está sem presidente, né?
02:37Será que vão entregar para o Haddad?
02:39Pois bem, Caniato, a gente vê que se a inflação brasileira fosse de 3%,
02:45que Gabriel Galípolo tinha que fazer junto com o Fernando Haddad,
02:48era distribuir fogos de artifício, que a população ia estar comemorando.
02:53Mas a população sabe muito bem que a inflação, o custo de vida,
02:58o aumento do custo de vida no Brasil, tem avançado num ritmo muito maior que 3%.
03:05Não à toa que temos hoje café, pó de café trancado nos mercados pelo país.
03:11Então, este faz de conta do poder, essa história de escrever cartinha,
03:16dizer que está, oh, estou muito decepcionado.
03:18Isto é uma balela que não resolve absolutamente nada,
03:21porque a vida de verdade, quem sabe, é o povo brasileiro.
03:2438 segundos para fechar você, Mota.
03:27Essas pequenas variações de inflação são irrelevantes.
03:32Elas tiram o foco daquilo que é realmente importante, que é a inflação no longo prazo.
03:38O governo não para de emitir dinheiro.
03:41O resultado é o seguinte, em 1994, uma dúzia de ovos custava R$ 1.
03:46E podem anotar, daqui a algum tempo, uma dúzia de ovos vai custar R$ 100.
03:52Ninguém sabe quando esse dia vai chegar, mas ele vai chegar com certeza,
03:57porque ele é o resultado de uma política desastrosa que engorda o Estado às custas do cidadão.
