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  • 08/07/2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), declarou que a meta fiscal do Brasil é responsabilidade conjunta dos três Poderes, cobrando colaboração do Legislativo e do Judiciário para atingir meta orçamentária do governo.

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Transcrição
00:00O ministro Fernando Haddad afirmou que a equipe econômica está exigindo medidas para atingir a meta fiscal este ano.
00:07Quem chega conosco é o André Anelli, nosso repórter diretamente de Brasília, e vai nos dizer.
00:12O ministro reiterou, Anelli, que essa é uma responsabilidade compartilhada pelos três poderes.
00:17É isso? André Anelli, bem-vindo, boa tarde.
00:22É isso mesmo, Kobayashi. Muito boa tarde a você também e a todos aqui no 3 em 1 da Jovem Pan.
00:27O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a dizer mais uma vez, parece notícia repetida, mas não é,
00:34que a responsabilidade fiscal é de interesse não apenas do Executivo, do Governo Federal,
00:40mas também aqui do Legislativo, especificamente o Congresso Nacional, e do Judiciário,
00:46envolvendo o Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, enfim, todos aqueles órgãos que fazem parte desse poder.
00:53Isso quer dizer que Haddad, mais uma vez, então, vem fazendo com que a equipe econômica
00:59apresente alternativas para atingir aquela meta estipulada pelo Arca Bolsa Fiscal,
01:05que prevê déficit zero nas contas públicas agora em 2025, com um limite para um déficit de até 31 bilhões de reais,
01:14haja vista que existe uma margem de 0,25% para mais ou para menos em relação a essa meta central de déficit zero
01:22e uma das tentativas foi justamente, então, o decreto que instituiu o aumento das alíquotas do IOF,
01:29do Imposto sobre Operações Financeiras, aquele decreto que foi editado no mês passado
01:35e que foi derrubado nos últimos dias aqui pelo Congresso Nacional.
01:39Haddad, então, voltou a dizer que é preciso colaboração dos demais poderes, do Legislativo e do Judiciário,
01:46para atingir a meta do Arca Bolsa Fiscal de déficit zero e controle, consequentemente, entre receitas e despesas.
01:53É uma tarefa dos três poderes cumprir a meta do ano.
01:58Se cada poder for usado as suas prerrogativas para ampliar o gasto, não conter o gasto,
02:07e não contribuir para o corte de gasto tributário, que no Brasil chegou a patamares absurdos,
02:16nós vamos ter mais dificuldade de cumprir a meta.
02:18E, especificamente, em relação aos gastos tributários aos quais o ministro acabou se referindo,
02:27é importante destacar que, nas falas de Haddad anteriormente, os gastos tributários,
02:33ou seja, aquelas receitas que deixam de ser arrecadadas por conta de benefícios fiscais,
02:40incentivos fiscais, de acordo com o ministro da Fazenda, já chegam a 6% do PIB,
02:45o produto interno bruto, que é a soma de todas as riquezas do Brasil,
02:50quando, na verdade, ainda de acordo com o ministro, o ideal seria 2%.
02:54Então, além da questão do IOF, que o governo federal vai participar de uma audiência de conciliação
03:01promovida pelo Supremo Tribunal Federal, no sentido de defender, então, a medida frente ao Congresso Nacional,
03:06que é contrário, o próprio governo tem também o interesse em diminuir os incentivos fiscais,
03:12mas acaba esbarrando, muitas vezes, no chamado lobby, né, Kobayashi,
03:17no conflito de interesses que é defendido, principalmente, aqui no Congresso Nacional,
03:22junto a deputados e senadores.
03:23Perfeito, Anneli.
03:24A América do Sul é deficitar em...
03:26Anneli, a gente tem uma outra informação também envolvendo o ministro da Fazenda,
03:31que é justamente o tom adotado por ele em relação ao anúncio feito pelo presidente americano,
03:36a possibilidade de mais taxação envolvendo, principalmente, países ligados ao BRICS.
03:41Como é que foi aí o tom adotado pelo ministro em relação a isso, hein?
03:43Exatamente, Kobayashi.
03:48A gente até conseguiu já ouvir um trechinho, antecipadamente, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
03:54se manifestando em relação a esse assunto também.
03:56Ele, mais uma vez, adotou aquele tom de cautela, porque, nas palavras dele,
04:01existe um grau de incerteza em relação aos anúncios feitos pelo presidente americano,
04:07Donald Trump, de sobretaxar não apenas o Brasil, mas todos aqueles países que,
04:13nas palavras de Donald Trump, possuem condições, possuem um grau de atuação internacional
04:21que seria anti-americano.
04:22Donald Trump não deu detalhes do que seria esse anti-americano,
04:26mas a gente destaca que uma das pautas do BRICS,
04:29que é aquele grupo que reúne os países emergentes do mundo,
04:33vem defendendo negociações internacionais em outras moedas que não sejam o dólar americano.
04:40Então, essa seria uma questão que poderia esbarrar no interesse dos Estados Unidos
04:44e que tem feito Donald Trump ameaçarem por ainda mais tarifas
04:48contra países com atitudes consideradas anti-americanas.
04:52Então, diante do que chamou de grau de incerteza em relação às declarações do presidente americano,
04:58o ministro da Fazenda disse que é preciso ter cautela
05:01e que o Brasil não deveria sofrer esses tarifaços do presidente americano
05:07porque a balança comercial entre o Brasil e Estados Unidos
05:10já é favorável para o país do presidente Donald Trump.
05:14A América do Sul é deficitária em relação aos Estados Unidos.
05:18Os Estados Unidos têm superávit na América do Sul.
05:21Eu já transmiti isso ao secretário de Estado do Tesouro americano
05:25dizendo que não fazia sentido você tributar uma região
05:29que compra mais do que vende para os Estados Unidos.
05:33Então, ele, inclusive, ficou de destacar pessoas
05:37que estão à mesa com o Brasil nesse momento
05:40para tratar do assunto com seriedade.
05:43Até porque o Brasil tem relações, não é com o BRICS.
05:47O Brasil tem relações com o mundo inteiro.
05:49E, nesse sentido, a Haddad acabou destacando também
05:56nessas relações com o mundo inteiro, como ele afirmou,
06:00que o Brasil tem se concentrado também em ampliar mercado internacional,
06:04parceiros no comércio internacional.
06:06Há exemplo da própria China.
06:08O presidente Lula vem se aproximando cada vez mais de Xi Jinping,
06:13presidente chinês, e além de acordos comerciais também
06:17com países do Oriente Médio.
06:19Então, essa seria uma estratégia para até diminuir
06:22a dependência do comércio internacional com os Estados Unidos,
06:25que é, consequentemente, um dos maiores parceiros comerciais
06:29atrás, justamente, então, da China atualmente.
06:31Kubayashi.
06:32Muito obrigado, André Anelli, ao vivo, diretamente de Brasília.
06:35Daqui a pouco você volta com outras informações.
06:38Por aqui eu já quero acionar o Fábio Piperno,
06:40do fim para o começo aqui, a preocupação do Brasil
06:42em relação à possibilidade de novas taxações vindas dos Estados Unidos.
06:46Só que o tom adotado ali, Piperno, do ministro Haddad
06:50é muito diferente daquele discurso que a gente viu ontem
06:52do presidente Lula na cúpula dos BRICS.
06:55Um tom de mais prudência, um pouco mais diplomático, republicano,
06:59o ministro Fernando Haddad em relação à possibilidade
07:01de novas taxações vindas dos Estados Unidos.
07:04Eu acho que eles atuam em raias diferentes, né?
07:08Então, o presidente Lula com o presidente Trump,
07:12aí é o político contra, é o político versus o político, né?
07:17E os dois querendo ver quem é que ruge mais alto que o outro.
07:22No caso do ministro Fernando Haddad e as negociações
07:26que são realizadas com os seus homólogos americanos,
07:31aí sim a gente está falando das equipes profissionais
07:36que atuam para, digamos, reduzir aí esse contencioso.
07:42Por quê?
07:42Porque, na verdade, o ministro tem razão quando ele diz o seguinte,
07:45os Estados Unidos são superavitários com o Brasil
07:47e, aliás, com a América do Sul.
07:49É um fato.
07:50Então, como é que você vai taxar ainda mais
07:52parceiras com quem você já é superavitário?
07:55Da mesma forma, o presidente Lula também acaba fazendo um pouco,
08:02não levando lá muito a sério esses ataques aos BRICS.
08:08Por quê?
08:09Porque, na verdade, primeiro, ninguém mais tem medo do outro lado.
08:13Segundo, e a gente fala de países grandes, China, Índia, Brasil.
08:18Segundo, na verdade, o presidente Trump,
08:21quando ele faz essa sinalização,
08:25quando ele menciona de uma forma mais agressiva esse bloco, como eu acho,
08:30ele está, na verdade, expondo um outro tipo de preocupação.
08:36Não é com relação às trocas comerciais que são realizadas agora,
08:40mas, principalmente, com objetivos e planos estratégicos.
08:44Exemplo, hoje está em todos os grandes portais
08:48a história da ferrovia ligando a Bahia até o porto peruano de Xangai,
08:56que acabou de ser construído pela China
08:58e que criaria um corredor estratégico de logística
09:03que, certamente, baratearia muito as trocas comerciais entre Brasil e China.
09:08Perfeito.
09:08Já conosco, agora, time completo aqui,
09:10Alan Ganes e Zé Maria Trindade.
09:12Bem-vindos aqui ao nosso debate.
09:15Zé Maria, eu vou com você.
09:16Primeiro, boa tarde.
09:18Eu quero saber a sua avaliação desta relação agora entre Brasil e Estados Unidos
09:23que se intensifica, se tensiona um pouco mais a partir dos discursos do presidente
09:28e agora o ministro Fernando Haddad tentando contornar ali uma relação bilateral
09:32para evitar novas taxações.
09:34Explica para a gente, Zé, a sua análise sobre isso.
09:38Estratégias, né?
09:39Muito boa tarde, Kobayashi.
09:41Boa tarde aos colegas aqui de bancada.
09:43A definição correta é de que técnicos conversam com técnicos e presidentes falam sobre os seus países.
09:53A ideia do ministro Fernando Haddad é muito boa,
09:56de levar o debate de forma técnica,
10:00mostrando que o Brasil compra mais dos Estados Unidos do que vende para os Estados Unidos,
10:06e, portanto, é superávit para os Estados Unidos, isto é uma grande vantagem.
10:10Na verdade, é muito pouca a diferença, mas a diferença é positiva para os Estados Unidos.
10:15Se o Donald Trump está preocupado exatamente com a diferença de relação, por exemplo, com a China,
10:21quando os Estados Unidos compram muito mais da China do que a China compra dos Estados Unidos,
10:27o Brasil seria um parceiro comercial muito importante.
10:30Agora, politicamente, politicamente, há divergências e uma, eu diria, uma tendência de intensificar as divergências.
10:40Isso não é sábio.
10:41Há muito, o presidente Lula vem soltando farpas, vem falando politicamente dos Estados Unidos,
10:49e isso dificulta a negociação técnica, porque os técnicos têm limites.
10:53Tanto os nossos técnicos, os brasileiros, quanto os norte-americanos.
10:58Eles levam ao presidente, olha, a situação é essa, mas o presidente pode decidir de forma contrária.
11:04Isso não muda a vida dos Estados Unidos, deixar de ser parceiro do Brasil, mas para o Brasil é muito importante.
11:12A importação é boa, porque traz tecnologia, traz qualidade de vida, né?
11:17E o comércio, ele é uma via de mão dupla.
11:20Então, assim, não há a possibilidade do Brasil propor essa interrupção.
11:25Mas, politicamente, o presidente Lula vem se distanciando dos Estados Unidos.
11:31E isso leva a uma vantagem muito grande para o nosso vizinho aqui, a Argentina.
11:35Millet está fazendo um sentido contrário, está fazendo um apelo aos Estados Unidos
11:41para ter a Argentina como parceiro preferencial aqui na região.
11:45Já foi e quer voltar.
11:46Veja bem, aí existe a cooperação militar, os Estados Unidos podem e devem montar uma base lá,
11:53comprar, equipar lá na Argentina uma base militar muito sólida,
12:00isso fortaleceria muito a Argentina.
12:03Então, o Brasil poderia perder assim.
12:05E as últimas falas do presidente Lula vêm no sentido contrário do presidente norte-americano.
12:11As críticas que ele fez aos BRICS foram exageradas.
12:15O BRICS não é exatamente um, vamos dizer, um adversário dos Estados Unidos.
12:20É apenas um bloco que não é um bloco econômico, mas apenas uma união de países
12:25que tenta ali melhorar parte a parte, mas ainda não é um adversário dos Estados Unidos.
12:31Então, acho que o governo brasileiro deveria pegar mais leve na parte política e levar a parte técnica.
12:38Bruno Musa, eu quero a sua opinião também e uma pergunta muito direta.
12:43Temos risco aqui de mais taxação para o Brasil?
12:47Olha, Coba, tem uma frase que eu gosto muito, que a gente fala muito no mercado financeiro,
12:51que no Brasil até o passado é incerto.
12:53Então, realmente, a gente não tem como saber.
12:55Eu acho que sim.
12:57Como o próprio Haddad falou, que a meta fiscal é a responsabilidade dos três poderes,
13:01e isso de fato é, não adianta um tentar cortar que o outro sobe.
13:05E, infelizmente, nesse momento, o que nós vemos é, basicamente, como comentamos ontem,
13:10todos os poderes subindo o gasto, fica realmente muito difícil de você cumprir a meta.
13:15E a meta é importantíssima de ser cumprida, porque senão ela continua levando a trajetória da dívida
13:21a uma crescente insustentável.
13:24E quando você tem essa dívida maior, naturalmente o teu risco sobe,
13:28portanto a tua moeda vale menos, o custo de captação do dinheiro que o governo precisa,
13:32porque ele gasta mais do que a recada, é muito maior,
13:35isso faz preço nos ativos no Brasil e, claramente, impacta em taxa de juros,
13:40que afeta a economia como um todo.
13:42Só que se ele continua gastando mais, ele precisa achar um jeito de fechar essa conta.
13:48Se ele não corta gasto, basicamente você tem poucos meios para fazer isso, coma.
13:53Um deles é subir impostos, que é o que tem acontecido.
13:56Outra é você aumentar a base monetária, aumentar a quantidade de dinheiro em circulação,
14:00que também é inflacionário por natureza.
14:04E, portanto, tudo isso impacta a nossa vida diretamente, de todos nós.
14:09Então, tudo isso mostra que se o ajuste não for feito pela via da despesa,
14:15o que acontece é que, inevitavelmente, nós teremos mais imposto e arcaremos esse custo com a inflação.
14:22No jargão técnico aqui do mercado financeiro, nós comentamos que nós pagamos, historicamente,
14:27nós, a população como um todo, independente da classe social, pagamos com inflação.
14:33Se você leva, tem uma dívida, e em um cenário inflacionário,
14:38em termos reais, descontadas a inflação, tua dívida vale menos ao longo do tempo.
14:42Portanto, o que acontece é que essa dívida vale menos porque o dinheiro é inflacionado.
14:47Nós pagamos com alta dos preços.
14:49De novo, ou o governo fará um ajuste, que ainda dá tempo de fazer via corte de gastos,
14:54para atender as expectativas de curva de juros, futura, que é basicamente livre oferta e demanda,
15:00ou nós pagaremos com inflação, mesmo tendo que subir mais impostos.
15:05Subindo impostos, quer dizer, tendo que subir mais impostos na cabeça do governo.
15:09Ou seja, mesmo ele subindo impostos, se não cortar gastos,
15:12quem pagará seremos nós, via inflação.
15:15Isso é sim ou sim.
15:16O Alangani, o que chamou muito a atenção, a gente estava vendo,
15:21é a diferença do tratamento do assunto pelo presidente Lula e pelo ministro Fernando Haddad.
15:26Você acredita que o ministro Fernando Haddad tentou amenizar, de alguma maneira,
15:30os estragos, entre aspas, causados pelo presidente Lula no discurso, no fechamento da cúpula dos BRICS?
15:37Sem sombra de dúvidas, boa tarde a vocês, a toda a audiência.
15:40Veja, veja, na verdade, o ministro Fernando Haddad tem sido a voz mais razoável, mais sensata dentro do governo.
15:50E é claro que o presidente foi numa linha mais ideológica, num confronto mais geopolítico,
15:57mesmo que nas entrelinhas.
15:59E o Brasil não tem absolutamente nada a ganhar com isso.
16:03O presidente Donald Trump se incomoda com este estreitamento de laços entre os países membros dos BRICS por uma única razão.
16:13Principalmente pela possibilidade, ainda muito longe, ainda muito remota,
16:18mas o gato subiu no telhado, que é a adoção de uma moeda,
16:23de não utilizarem mais o dólar nas transações econômicas, comerciais e financeiras.
16:28Quer dizer, com Rússia e China, isso já foi testado e isso já foi possível.
16:34Então, essa é a preocupação do Donald Trump, não é de hoje.
16:38E é claro que daí, quando ele fala em políticas anti-americanas, ele está dando este recado.
16:43Então, não é bom comprar essa briga com os Estados Unidos,
16:46até porque os Estados Unidos são nosso parceiro político, geopolítico.
16:51Nós temos muito mais semelhanças aos Estados Unidos do ponto de vista de democracia,
16:56de costumes, de política, do que com a China.
17:01E, principalmente, porque os Estados Unidos também são um grande parceiro comercial e parceiro de investimentos.
17:06Portanto, o ministro Fernando Haddad acerta em apagar esse incêndio.
17:10Agora, Zé Maria Trindade, uma outra cutucadinha ali que a gente sentiu foi na relação entre os poderes.
17:16Ele está falando que é uma responsabilidade de todos,
17:18essa questão de cumprir a meta fiscal, a tal da responsabilidade.
17:22Enfim, isso tem a ver com essa treta toda envolvendo o IOF também?
17:26O ministro aproveitou para passar uma mensagem ali, tanto para o STF, mas principalmente para o Legislativo também?
17:33Pois é, o Allan tem toda a razão quando ele diz que o ministro Fernando Haddad é a parte moderada do governo.
17:39Exatamente por isso, um grupo de deputados e senadores o apoiam.
17:42Esses senadores acham que é melhor com o Fernando Haddad, para você ter uma ideia de como sem ele ficaria...
17:51Aí a gastança seria aberta, PT, presidente Lula.
17:55Então, é uma realidade.
17:57Houve, sim, um estremecimento, porque os presidentes da Câmara e Senado garantiram.
18:02A Fernando Haddad queria aprovar o IOF, o aumento do IOF.
18:08E aí a coisa desandou e chegou naquele desafio.
18:10Agora, tem uma novidade.
18:12Eu saí do Congresso agora com a clara impressão de que haverá um acordo.
18:16Arthur Lira, o ex-presidente da Câmara, entrou em cena, procurou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
18:24conversou com lideranças do Congresso Nacional e a tendência que eu vi lá agora é a seguinte.
18:30O Arthur Lira é o relator daquele projeto ali de isenção do imposto de renda até 5 mil reais.
18:36Então, ele aprovaria uma lei para aumentar a arrecadação, ou através do aumento do IOF um pouco,
18:45e mais, para caber exatamente esse projeto que virou o projeto único do governo do Congresso Nacional.
18:51Então, Arthur Lira é a novidade, entrou em cena, e existe a possibilidade de um acordo aí.
18:58E isso acabaria dispensando uma decisão jurídica do Supremo.
19:06A decisão seria esta, né, de anular os dois decretos, o presidencial e o do Congresso Nacional,
19:12e uma nova lei seria aprovada em acordo no Congresso Nacional.
19:16Mas é verdade, o Fernando Haddad, ele, vamos dizer, é protegido por setores até de oposição no Congresso,
19:24porque tem, entende assim, que é ruim com ele e pior sem ele.
19:29Ô, Bruno Musa, você sabe que esse termo é utilizado pelo Zé, né,
19:31que o Haddad é da ala moderada do governo.
19:35Tem aquela frase antiga de que ele seria o mais tucano dos petistas, né.
19:39Como é que você vê aí o perfil do ministro da Fazenda
19:42e as dificuldades todas que ele encontra ali com as outras alas do Partido dos Trabalhadores,
19:47principalmente no governo federal?
19:48Bom, vamos lá. Eu diria que concordo em partes com eles, com todo respeito aqui,
19:55porque, assim, eu concordo que dentro do governo ele é a parte mais moderada hoje,
20:00apesar de, nos últimos dias, ter aderido essa maior radicalização do discurso que nós vimos,
20:06renascendo aquele discurso mofado do rico contra as pobres, né, de longuíssima data.
20:12Nesse ponto eu concordo, ele é o mais moderado.
20:15Mas eu tive o cuidado, lá atrás, quando o Lula ganhou essas eleições,
20:20de ler um livro que se chama Indefesa do Socialismo, escrito em 1998 por Haddad.
20:27Nesse livro, ele se autodeclara ali de caráter marxista, de perfil, viés marxista,
20:37e, portanto, aqui eu não estou questionando o espectro político ideológico.
20:41Apesar da discordância, eu acho que é importante conhecermos todos eles.
20:44Mas eu não acho que alguém que escreveu naquele livro, se autodefinindo marxista,
20:50que ele seria moderado. Não acho.
20:52E muitos poderiam dizer, ora, ele pode ter mudado.
20:55Então, uma vez que o livro foi escrito em 1998, nós estamos em 2025, 27 anos de janela e de diferença.
21:02Concordo. Se ele tivesse mudado, ele não estaria dentro do governo do PT,
21:06que tem esse mesmo viés intervencionista, marxista, ou como queiramos chamar.
21:13Então, tudo isso mostra que, na minha opinião, ele vem se mostrando mais moderado,
21:20porque ele sabe que ele precisa ganhar algumas alas da própria cidadania.
21:26E ganhou, de fato, alguma ala lá no começo do governo.
21:30Quando as coisas começaram a desandar via fiscal, percebemos que ele começou a perder aquela sensação
21:38de que, digamos, mercado financeiro, empresários apoiavam o discurso do Haddad.
21:44E quando o governo veio perdendo essas eleições, nos últimos tempos, agora no legislativo,
21:49e o apoio populacional, eu vejo uma radicalização maior por parte dele.
21:53Então, de novo, para mim, ele, sim, é a ala mais moderada, mas ele faz um papel de mais moderado.
22:00Não é, efetivamente, aquilo que ele acredita.
22:02O que acredita, na minha opinião, começa a virar tona agora,
22:05quando eles renasceram com esse antigo discurso do ricos contra pobres, nós contra eles,
22:12terceirizando a responsabilidade do que está acontecendo,
22:15da grave crise fiscal no Brasil que se avizinha, para terceiros.
22:19E não, obviamente, fazendo uma autorresponsabilidade.

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