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Marcos Troyjo, economista e ex-presidente do Banco do Brics, avalia a condução da política econômica norte-americana sob a gestão de Donald Trump no primeiro semestre de 2025.

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Transcrição
00:00Como você avalia esse período inicial do mandato de Donald Trump?
00:05É uma alegria estar com você, Roberto.
00:08Bom, você sabe que no início do ano eu cunhei o termo Trumpulência,
00:16que é uma ideia de turbulência, de opulência, mas também de incoerência,
00:24marcando esses primeiros movimentos da administração Trump 2.0.
00:31Trumpulência porque o presidente Trump decidiu retirar os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde,
00:37escantear a Organização Mundial do Comércio,
00:41tornar inoperante o órgão de solução de controvérsias da OMC,
00:48arrumou contenciosos com seus dois vizinhos e sócios no antigo NAFTA atual,
00:55acordo Estados Unidos, México e Canadá,
00:58estabeleceu uma série de restrições no comércio com a União Europeia,
01:02e em relação à segunda maior economia do mundo, a China,
01:06jogou um véu, depois um lençol, depois um cobertor,
01:10depois um verdadeiro edredom de tarifas chegando até 145%,
01:15embora em momentos recentes parece que há um distensionamento das relações entre os Estados Unidos e a China.
01:24Então, você tem esse elemento de turbulência.
01:28Agora, também tem um elemento de opulência, que eu acho que é bastante visível.
01:33Hoje, das três maiores empresas cotadas em Bolsa nos Estados Unidos,
01:37cada uma delas, do ponto de vista do valor individual de mercado,
01:41tem um valor superior àquele negociado todos os dias na maior Bolsa da Europa,
01:46que é a Bolsa de Frankfurt.
01:49O estado mais pobre dos Estados Unidos, que é o Mississippi,
01:52do ponto de vista do PIB per capita,
01:56hoje tem um PIB maior que o PIB da Itália, ou da França, ou do Reino Unido,
02:01ou mesmo do Japão, que era o grande bicho papão do suposto questionamento
02:06do que seria a hegemonia americana.
02:09No século XXI, nos anos 80, só se falava de Japão, como você sabe bem.
02:14Agora, tem também um elemento de incoerência,
02:17porque, veja, eu não sei, Roberto, se você chegou a ver,
02:21ou mesmo os nossos amigos que participam desse programa,
02:26mas umas três ou quatro semanas depois do dia 20 de janeiro,
02:30da posse do presidente Trump,
02:32O Bernard Arnault, que é o homem mais rico da Europa,
02:37a maior fortuna da Europa,
02:38ele fez um discurso na revista Le Université Observatoire,
02:42dizendo que estava fascinado com o processo de melhoria do ambiente de negócios nos Estados Unidos.
02:49Um ataque frontal à burocracia,
02:51um ataque frontal ao desperdício,
02:53seja no governo, mas também nas empresas,
02:56uma tentativa de desregulamentação de uma série de setores,
03:00inclusive o das chamadas criptomoedas.
03:04E o que é mais interessante,
03:06e que guarda semelhança com aquilo que aconteceu nos Estados Unidos nos anos 80,
03:11com o presidente Ronald Reagan,
03:13um corte importante de impostos,
03:15diminuindo, portanto, a carga tributária com o percentual do PIB nos Estados Unidos.
03:20Eu lembro do Bernard Arnault falando que os atuais níveis de 21% sobre empresas
03:26cairiam até 15% ao longo dos três anos e meio da presidência Trump.
03:32E eu acho que se isso acontecer, os americanos e os Estados Unidos,
03:36tudo mais permanecendo constante,
03:38se tornariam um imã absolutamente potente
03:41de atração de investimentos estrangeiros para a economia dos Estados Unidos.
03:45Agora, a política comercial do presidente Trump
03:47está machucando as empresas americanas,
03:52e está criando oportunidades para alguns dos competidores dos Estados Unidos.
03:57Porque, veja, se você é uma empresa, digamos, de material esportivo,
04:00que nos anos 80 e nos anos 90,
04:04uma empresa americana,
04:05vamos lembrar aqui, Roberto,
04:06nenhum país do mundo
04:07tem tantas empresas multinacionais
04:11espraiadas por diferentes jurisdições
04:14político-econômicas quanto os Estados Unidos.
04:16Vamos supor que você seja uma empresa de material esportivo,
04:19que você fez um investimento importante
04:21em parques fabris na China
04:24nos anos 80 e nos anos 90.
04:26E você percebeu que, de uns 10, 12 anos para cá,
04:29num período que é razoavelmente contemporâneo,
04:32a chegada do Xi Jinping ao poder,
04:34os salários na China crescem de uma maneira mais vertiginosa
04:38do que a economia chinesa.
04:40Então, se você é um setor em que a remuneração da força de trabalho
04:43ainda é um item muito importante
04:45para o cálculo da competitividade final do produto,
04:48se você está produzindo na China
04:49esse tipo de bem,
04:52você está perdendo competitividade internacional.
04:55Então, você joga a sua produção para a Índia.
04:57Você monta um outro centro fabril na Tailândia ou no Vietnã.
05:00Você monta um centro de distribuição na Turquia e no Marrocos.
05:05Você monta uma planta de acabamento no México.
05:10Se, de repente, por conta da atual política comercial,
05:13você tem que remontar todas essas cadeias de suprimento,
05:16todas essas cadeias de produção territorialmente nos Estados Unidos,
05:20você acaba fazendo com que essa empresa tenha que registrar
05:23nos seus livros contábeis,
05:25não apenas um processo artificialmente acelerado
05:29de depreciação dos investimentos que fez,
05:32como também vai exigir da empresa um novo esforço de caixa,
05:35que vai descapitalizar a empresa,
05:37vai machucar, se a empresa é lucrativa,
05:40dividendos a pagar,
05:41se é uma empresa negociada em bolsa,
05:43vai machucar o seu desempenho nas bolsas de valores.
05:45E é isso que a gente tem visto,
05:47seja do ponto de vista do reflexo
05:48da valorização das empresas nos mercados de capitais
05:53e, obviamente, com reflexos importantes também
05:55sobre a erosão do valor internacional
05:58da moeda norte-americana, que é o dólar.
06:00Então, eu acho que tem uma incoerência entre, por um lado,
06:03um eixo que está girando as rodas,
06:09que é o da desblocarização, da desregulamentação,
06:12do corte de impostos.
06:13Agora, por outro lado, você tem a política comercial
06:15que vem freando, pelo menos nesse primeiro momento,
06:20o desempenho da economia dos Estados Unidos.
06:23Essa questão do déficit comercial,
06:25ela tem vários aspectos.
06:29Geralmente, não se acha...
06:33Um déficit comercial não é necessariamente uma coisa ruim,
06:36porque você exporta o que os outros países
06:40não conseguem produzir
06:42e você importa o que você não consegue produzir.
06:45Cada um faz o que tem de melhor
06:47e o déficit comercial reflete essa troca.
06:52O problema, o que algumas pessoas dizem que é o problema,
06:56é que o déficit, na verdade, não só o déficit comercial,
07:00mas o da balança de pagamentos,
07:01o balanço de pagamentos dos Estados Unidos,
07:03ele alimenta uma dívida que é muito alta,
07:07está a 36 trilhões de dólares, se eu não me engano.
07:10E o problema é que essa dívida é em dólar
07:13e o dólar é a moeda de reserva mundial.
07:15Então, algumas pessoas criticam essa obsessão com o Trump,
07:20do Trump com a balança comercial,
07:22dizendo que isso é coisa, lembra, o mercantilismo,
07:24isso é uma coisa atrasada que afronta o ideário liberal
07:27de livre comércio.
07:29Mas, por outro lado,
07:31o que você faz com uma dívida que não para de crescer
07:34e o que acontece se a dívida americana ficar impagável?
07:38Então, como é que você julga isso?
07:40Não, você tem razão, Roberto,
07:43de que hoje a dívida total dos Estados Unidos
07:46é o equivalente a 120% do produto interno bruto dos Estados Unidos.
07:52Os americanos começaram em 2025
07:54com um PIB nominal de 30 trilhões de dólares,
07:57hoje devem 36 trilhões de dólares.
08:01Há países desenvolvidos também, como o Japão,
08:04que têm um percentual ainda maior, ainda maior.
08:07Na Europa também, né?
08:08Na Europa, mas, enfim, a maior desproporção
08:12entre o tamanho relativo do PIB
08:15e o tamanho relativo da dívida total é o Japão, né?
08:19Que é um Japão que, enfim,
08:20é um país que está estagnado do ponto de vista econômico
08:22durante bastante tempo,
08:24mas que é um país que está estagnado
08:25num patamar de renda bastante alto,
08:26tem uma população que está envelhecendo bastante.
08:28Enfim, ninguém considera um risco para a economia mundial.
08:32Agora, os Estados Unidos poupam muito pouco
08:34como percentual do seu PIB,
08:36e investem muito como percentual do PIB,
08:38inclusive em áreas que são absolutamente fundamentais
08:41para a inovação tecnológica,
08:42como é o caso de pesquisa e desenvolvimento e inovação.
08:44Agora, devem muito.
08:47Agora, a razão pela qual eles devem muito
08:49é o perfil comercial dos Estados Unidos?
08:51Me parece que não.
08:52Veja, os Estados Unidos acumulam déficits
08:56na balança comercial
08:57desde a segunda metade dos anos 70, né?
09:00Quer dizer, foi durante a presidência Carter
09:04que começam déficits comerciais nos Estados Unidos
09:07e, portanto, nós temos aí décadas e décadas
09:10de perfil americano no mundo
09:11que não foi machucado.
09:13Quer dizer, os Estados Unidos continuam tão fortes
09:14quanto jamais estiveram.
09:16Eu acho que existem até argumentos
09:17para dizer que os Estados Unidos
09:18encontram-se, ao contrário do que dizem alguns críticos,
09:21não em declínio,
09:22mas num período de grande exuberância.
09:25Vamos lembrar aqui.
09:26Olha só a comparação, Roberto.
09:28Quando o Lehman derrete,
09:30Lehman Brothers, né?
09:31Em 2008.
09:31A tradicional casa de investimentos
09:34de Wall Street, em 2008,
09:36se você fizesse uma comparação
09:38entre a renda per capita nos Estados Unidos
09:41e a renda per capita dos países da zona do euro,
09:44os Estados Unidos estavam mais ou menos 15% acima
09:47da média da renda per capita na zona do euro.
09:50Hoje é o dobro.
09:52Houve um descolamento.
09:53Mas isso é tanto mérito dos Estados Unidos
09:56quanto culpa dos países europeus.
10:00Veja, o Robert Kagan,
10:03que é um grande analista político
10:06interno e externo dos Estados Unidos,
10:09ele publicou anos atrás um livro chamado
10:11Do Paraíso e do Poder,
10:14mostrando as diferenças de visão de mundo
10:17entre europeus e os americanos.
10:20Então, eles diziam o seguinte,
10:21que os americanos,
10:22como durante bastante tempo,
10:24essencialmente desde o final da Segunda Guerra Mundial,
10:26não tiveram que destinar uma parcela importante
10:30dos seus orçamentos nacionais
10:31para questões de defesa,
10:34eles acabaram, do ponto de vista político,
10:38se concentrando em temas como sustentabilidade,
10:41direitos humanos,
10:43protocolos comuns,
10:45regras compartilhadas.
10:47Aí você tem toda essa dinâmica
10:49de criação no primeiro momento
10:53do mercado como europeu,
10:54depois das comunidades europeias,
10:56depois da União Europeia,
10:57depois de uma corte comum,
10:59depois de uma moeda comum,
11:00de um banco central comum,
11:02de um parlamento comum,
11:04de uma caixa burocrática.
11:05Criação democrática.
11:06Exatamente.
11:06Então, você vai, por exemplo,
11:07você vai, você sabe,
11:08eu fui um dos negociadores
11:09do acordo maior com a União Europeia.
11:10Você está lá com os europeus,
11:11eles estão todos preocupados com coisas
11:13que não parecem necessariamente
11:14seu crescimento econômico.
11:16Há alguns anos atrás,
11:19você teve a obra de um economista francês,
11:21o Tomar Piketty.
11:24É engraçado, né?
11:26Porque ela ganhou muita reverberação
11:27no mundo inteiro,
11:28mas no mundo do Brasil.
11:28Todo mundo falou, mas ninguém leu, né?
11:30Eu li.
11:32Eu li.
11:32Eu li as mais de 900 páginas
11:34do Tomar Piketty
11:35e eu li com lupa
11:37e procurei, por exemplo,
11:39nesse livro,
11:40que muitos consideraram
11:41uma pedra de toque,
11:42se aparecia a palavra
11:43empreendedorismo,
11:45se aparecia a palavra
11:47inovação,
11:49se aparecia a expressão
11:50destruição criativa,
11:51que me parece
11:52um pré-requisito
11:53para o desenvolvimento
11:54tecnológico e econômico
11:55numa economia intensiva
11:57em tecnologia,
11:58como é o caso
11:58daquela que a gente vê.
11:59Não encontrei.
12:00Então, é basicamente
12:02um longo estudo
12:03sobre as tendências
12:04de distribuição de renda
12:06num capitalismo
12:08que tende ao patrimonialismo.
12:11Então, houve, de fato,
12:12um descolamento
12:12dos Estados Unidos
12:13em relação aos europeus.
12:15Aliás, é curioso,
12:17Roberto,
12:18se você pegar
12:19a trajetória
12:21comparativa
12:22entre a economia
12:24dos Estados Unidos
12:26e a economia
12:26da China
12:27de 2001
12:28até o advento
12:29da Covid,
12:31portanto,
12:312019,
12:332020,
12:34você vai perceber
12:35que,
12:37até esse período,
12:39a curva ascendente
12:40dos Estados Unidos
12:41é visível,
12:43só que a curva ascendente
12:44da China
12:44é mais íngria,
12:45ela é mais vertiginosa.
12:46Você está olhando aquilo ali
12:48e você fala,
12:48do ponto de vista
12:49do PIB nominal,
12:50daqui a pouquinho,
12:50lá para 2026,
12:512027,
12:52nós vamos ver
12:53um eclipse,
12:54nós vamos ver
12:54uma ultrapassagem.
12:55Ora, nos últimos
12:56quatro, cinco anos,
12:57essa boca de jacaré
12:58voltou a abrir.
12:59Os Estados Unidos
12:59voltaram a desempenhar melhor.
13:01Aliás, Roberto,
13:02esses dias eu estava
13:03olhando dados estatísticos,
13:05quando termina
13:06o segundo governo Lula
13:07de 2010 para 2011,
13:11de acordo com as ferramentas
13:12do Banco Mundial
13:13que medem
13:14PIB nominal
13:15com PIB nominal,
13:162010, 2011,
13:18a economia dos Estados Unidos
13:19naquela ocasião
13:20era seis vezes
13:22maior
13:23do que a economia
13:24do Brasil.
13:26Hoje, Roberto,
13:27para você ter uma ideia,
13:27digamos assim,
13:28do legado
13:29do que significaram
13:30as administrações
13:31lulupetistas,
13:33a economia dos Estados Unidos
13:34é doze vezes
13:36maior
13:37do que a economia
13:38do Brasil.
13:39E não é só a comparação
13:40com o Brasil,
13:40com outros países também,
13:41quer dizer,
13:42você vê,
13:43o presidente Trump
13:44tem, na minha opinião,
13:46uma política comercial
13:47protecionista
13:48e equivocada.
13:50Mesmo porque
13:51os Estados Unidos,
13:52nós estávamos falando
13:53agora há pouco,
13:53tem um PIB nominal
13:54de 30 trilhões de dólares
13:56e ele só importa
13:5712% do seu produto
13:59interno bruto,
14:00o que dá 3,6 trilhões.
14:02O que, no agregado,
14:033,6 trilhões,
14:05faz dos Estados Unidos
14:06o maior importador
14:07do mundo.
14:08Os Estados Unidos
14:08importam uma França
14:09por ano.
14:11não é?
14:12Então, vejam,
14:12eles estão num momento,
14:14apesar de todas as críticas,
14:15e claro,
14:16eles têm uma série
14:16de problemas,
14:17em que a economia
14:18continua, sabe,
14:19exuberante e forte,
14:21embora essa combinação
14:23de política comercial
14:25com industrial,
14:26que leva muita incerteza,
14:29deve machucar o crescimento
14:30dos Estados Unidos
14:31esse ano,
14:31e por isso tem tanta gente
14:32achando que os americanos
14:33estão,
14:34em 2025,
14:352026,
14:36flertando com
14:36um período recessivo.
14:37Mas, deixa eu voltar
14:39à questão da dívida,
14:40porque,
14:43qual é a estratégia
14:46para lidar
14:47com uma dívida dessa?
14:48Você lembrou
14:49que o Japão
14:49tem uma dívida
14:50muito maior,
14:51mas o Japão
14:52não é a polícia
14:52do mundo,
14:53o Ien
14:54não é a moeda
14:55de reserva
14:56do mundo.
14:57Se eu não me engano,
14:58o Japão tem
14:59um trilhão de dólares
15:00em dívida americana.
15:01Eu acho que tem
15:02um pouco mais que isso,
15:04tem um pouco mais que isso,
15:05tem um pouco mais que isso.
15:06Quer dizer,
15:06em um determinado momento,
15:07se você estivesse
15:08olhando uma foto
15:09de alguns anos atrás,
15:11o principal devedor soberano,
15:12perdão,
15:13o principal credor soberano
15:14dos Estados Unidos
15:16era a China,
15:17depois o Japão,
15:18depois o Reino Unido.
15:20Nos últimos 15 anos,
15:21a China vendeu muito
15:22do que ela tinha
15:23na mão de títulos
15:24norte-americanos,
15:25hoje ela deve ser
15:26a terceira ou quarta,
15:27deve estar com alguma coisa
15:28como 650,
15:29700 bilhões de dólares
15:30das suas reservas
15:32denominadas em papéis
15:33do tesouro americano,
15:35o segundo credor
15:36é o Reino Unido
15:37e o primeiro é o Japão.
15:38Deve ter algum valor,
15:39suponho,
15:39entre 1,3 e 1,4 trilhão
15:42de reservas
15:43com os americanos.
15:45Então,
15:45agora você veja,
15:46essa é uma dívida
15:47junto a credores soberanos
15:50menos importante.
15:53O que eu acho
15:54que é muito complicado
15:56é você ter um serviço
15:59da dívida muito alto.
16:00porque como você teve
16:02uma expansão monetária,
16:04uma expansão fiscal
16:05muito grande
16:05resultante da Covid-19,
16:08das políticas de combate
16:09à Covid-19,
16:11o passivo
16:12de vários países
16:13subiu,
16:14entre eles
16:14o dos Estados Unidos.
16:16Se essas taxas
16:17de juros
16:17continuam muito elevadas,
16:20você tem um serviço
16:21muito grande.
16:22O que mostra,
16:23o nosso conhecido
16:24Neil Ferguson
16:25tem enfatizado isso
16:27muito em tempos recentes,
16:28que hoje os Estados Unidos,
16:30dado o tamanho
16:31do passivo total,
16:33dispendem mais ao ano
16:35com o serviço
16:36da dívida
16:36do que com gastos
16:38de defesa.
16:39E por acaso,
16:40os Estados Unidos
16:41são o país
16:41que tem o maior
16:42orçamento militar
16:43de todos os 193 países
16:46do mundo
16:46e que no seu total
16:47equivale
16:48à soma
16:48dos quatro ou cinco,
16:50das quatro ou cinco
16:51posições
16:51que seguem
16:52na lista dos países
16:52que mais investem
16:53em defesa.

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