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As tarifas de 50% impostas por Donald Trump a produtos brasileiros reacendem a discussão sobre a relação entre Brasil e Estados Unidos. No Linha de Frente, a bancada analisa os impactos econômicos e diplomáticos da medida e debate os caminhos que o governo Lula deve seguir para responder à ofensiva americana.

Assista ao programa completo: https://youtu.be/boN0hzWEAyc

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Transcrição
00:00Que cartinha desaforada que foi essa, né, gente?
00:04Eu fiquei, olha, fiquei surpresa.
00:07Mas tem um ponto que é muito interessante em relação ao posicionamento do Donald Trump.
00:10Vejam só, ele é uma figura política que não é político.
00:14Ele é um articulista ali e ele é muito ali numa pegada um pouco empresarial.
00:19Ele é um grande negociante.
00:21Toda vez que a gente vê uma ameaça dessas de Donald Trump,
00:24o que ele, qual que é a minha leitura diante disso é, quero provocar aqui uma negociação.
00:32Em termos práticos, quando a gente olha pro mundo,
00:35o mundo não tá dando muita bola pro Brasil não, tá?
00:38O Brasil não é um país tão importante assim, aos olhos dos Estados Unidos.
00:44Mas o Brasil, ele faz parte de uma panelinha chamada BRICS,
00:48e que tem duas comadres, uma se chama Rússia e a outra se chama China.
00:52E essas duas comadres, sim, incomodam bastante o Donald Trump.
00:56Vou fazer aqui uma sugestão do que pode estar passando pela cabeça do Donald Trump.
01:02Claro que a gente não sabe se é isso,
01:04mas será que ele não tem ali uma intenção de dizer assim pro Brasil,
01:08se junta aqui comigo, vamos fazer assim,
01:11America as one, somos um só, somos um único só.
01:15Pra que que tu tá dando bola pra esse pessoal aí que fica do lado do oceano?
01:18Vamos se juntar, somos potência juntos.
01:21Eu acredito que lá no fundo tem aí uma intenção relacionada a isso.
01:27Até porque o que manda no mundo é o potencial do poder relacionado à capacidade bélica,
01:33de guerras, armamentos e comercial.
01:36E isso é o que ofende ali o poder de Donald Trump,
01:40quando a gente fala ali dessa rivalidade entre Rússia e China,
01:44que hoje são amiguinhos do Brasil.
01:45Bom, Luciana, e qual que é a avaliação referente à postura do Brasil
01:52depois de receber essa carta, né?
01:54O presidente Lula tem falado em medidas de retaliação,
01:57isso é o ideal, o ideal seria tentar sentar numa mesa de negociação.
02:02Qual que é o seu entendimento?
02:03Vamos voltar um pouquinho atrás.
02:06Lá no ano de 2023 nós tivemos dois navios de guerra iranianos aqui no Brasil, atracados.
02:15Isso fez com que o governo norte-americano se sentisse muito incomodado com a atuação do nosso governo.
02:23Se nós voltarmos um pouquinho lá atrás, em 2006,
02:27nós teremos, mais pra frente vamos discutir o tema da inflação, do aumento da inflação,
02:30nós tivemos uma inflação muito parecida, nós tivemos pontos muito complexos.
02:35Só que, o que nós não temos hoje, muito está sendo falado sobre soberania,
02:39sobre questões internas do Brasil, e aí a gente quer aquele ponto.
02:43Será que nós temos um presidente com credibilidade o bastante
02:47para poder ser aceito suas opiniões lá fora?
02:50Esse é um ponto.
02:51Eu acho que falta hoje a ausência de prestígio por parte do governo.
02:55A gente também não pode descartar a hipótese de que pode ter também,
03:00do outro lado, para a oposição do ex-presidente Jair Bolsonaro,
03:04também um revés no sentido de que isso pode aproximar o pessoal do agro brasileiro
03:09ao atual presidente, presidente Lula.
03:12Então, o discurso ainda está muito indeciso,
03:17questões voltadas para 2026,
03:19porque os reflexos serão vistos lá na frente.
03:22Então, a gente precisa aguardar um pouquinho mais e entender a resposta
03:26que o presidente vai dar, parece que no dia de hoje.
03:28A gente só espera que não tenha uma postura imatura,
03:31de também resolver se vingar com o tarifácio do outro lado,
03:35porque aí a coisa pode piorar e piorar, e muito.
03:38Temos que aguardar.
03:40Thaís, o próprio Itamaraty, de eu entender,
03:42que foi pego de surpresa por essa decisão.
03:45O que isso diz para a gente?
03:47A respeito da própria relação entre Brasil e Estados Unidos,
03:51de como vem sendo tratada esses dois lados?
03:55Bom, Itamaraty foi pego de surpresa, acho que todo mundo foi,
03:58mas a surpresa maior é a falta de noção do Donald Trump.
04:02A resposta do presidente Lula e a resposta rápida do governo brasileiro
04:05foi sensacional, porque demonstrou uma coisa que é muito importante,
04:09especialmente para quem se diz patriota,
04:11que é, temos soberania.
04:14Ninguém decide o que vai acontecer dentro do Poder Judiciário brasileiro.
04:18Como um chefe de Estado tem o escárnio, a coragem de escrever uma carta
04:24para tarifar como se fosse uma punição política não relacionada com a economia?
04:28A Organização Mundial do Comércio impede esse tipo de conduta.
04:33Não existe ele determinar uma tarifa que não tenha nenhuma relação com a economia
04:37para tentar punir o Brasil, porque o Brasil está punindo e perseguindo caças bruxas,
04:42usando esse termo, se referindo, inclusive, a um termo que violentou tantas mulheres
04:48e agora ele, homem branco, Bolsonaro, homem branco, está sofrendo caças bruxas.
04:53Faça-me um favor.
04:55Então, a resposta do presidente Lula foi incrível.
04:58A resposta do governo foi sensacional, mostrando que o nosso país
05:01tem que ser respeitado em sua soberania.
05:04Ninguém vai escrever uma carta para dizer como o STF deve se comportar.
05:08Ninguém vai dizer que tem que ter uma taxa morais.
05:11Isso é um absurdo e o brasileiro que ama o país não pode e não deve achar
05:17que nós devemos nos abaixar, nos curvar diante de um absurdo como esse.
05:21Então, ninguém esperava, é verdade, foi uma surpresa.
05:24Até porque, historicamente, o Brasil e os Estados Unidos sempre tiveram boas relações.
05:28A última briga que teve, talvez, séria, foi a questão do governo Geisel,
05:33quando o Brasil foi mais para os direitos humanos, não foi mais tão militarizado,
05:37mas de lá para cá as relações sempre iam bem.
05:39Então, ninguém esperava isso, mas agora que veio, que a gente responda à altura.
05:43Priscila, justamente pegando o gancho dessa fala da Thaís,
05:48que citou ali o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro na carta do presidente Donald Trump,
05:53e como que a gente enxerga, então, essa relação de três pontas, digamos?
05:57Bolsonaro não é mais presidente, agora a gente tem Lula.
06:00Como que foi, como que você avalia essa reação de Lula até então com o Donald Trump,
06:04que ele também assumiu recentemente?
06:06Olá, Thaís.
06:09Olá, Bia, Thaís, minhas colegas de bancada, a toda a nossa audiência.
06:14Bia, é bom a gente aqui dizer que, quando a gente pega a carta para ler e interpretar,
06:19a Laura aqui colocou a questão ligada ao BRICS.
06:22Num primeiro momento, até pensei que pudesse, de fato, ter ali uma influência direta,
06:27e acho até que teve mesmo, porque nós tivemos aqui a presença da reunião do BRICS,
06:32cuja presidência é exercida pelo Brasil, mas ao fazer a leitura da carta,
06:38a gente observa ali três pontos que são importantíssimos para que a gente cite aqui.
06:42Primeiro, ele faz menção à questão ligada do processo do Jair Bolsonaro.
06:47Ele coloca isso num primeiro tópico da carta.
06:49Na segunda hipótese ali, e não estou dizendo que a carta represente, de fato, a vontade dele,
06:55que eu acho que a gente pode interpretar, sim, como a Laura colocou ali,
06:58um incômodo com relação à proximidade do Brasil com a China e a Rússia,
07:02e eu até me filio à sua colocação,
07:04mas quando a gente pega ipsis literis à carta,
07:06ele coloca no segundo momento, Bia, a reciprocidade econômica,
07:10que foi refutada, inclusive, pelo presidente Lula no seu Twitter.
07:14Ele colocou lá um dos pontos que não há a falar nessa reciprocidade,
07:19até porque os Estados Unidos ganhariam muito mais nesse cenário econômico do que perderiam.
07:24E uma terceira colocação que deu em sejo a essa tarifação,
07:28esse tarifácio, na verdade,
07:30foi ali os ataques à liberdade de expressão,
07:32mencionando, entre outras situações, a atuação do Supremo Tribunal Federal.
07:37A gente tem aqui um poder de negociar,
07:40a gente tem observado que o Donald Trump, nesse atual governo,
07:43ele vem usando a caneta para poder tentar conseguir o que ele quer.
07:48Inclusive, no teor ali da carta, a gente observa que,
07:51olha, é um meio de negociata e podem, inclusive, ser revistas,
07:57tanto para mais quanto para menos.
07:59E aí, nesse vai e vem, o governo brasileiro,
08:02de forma ali a defender firme a soberania nacional
08:06e também repudiando essas medidas, ele disse,
08:08eu farei de forma recíproca.
08:11Colocou ali as cartas na mesa, no Jaguão Popular,
08:14trucou, retrucou, na verdade, e aí o Trump disse,
08:18ah, é, se você colocar tarifa recíproca,
08:21eu vou, além desse 50%, acrescentar mais.
08:25Mas, quando a gente, aqui, terminando até a minha fala,
08:28quando a gente observa todo esse cenário do Trump,
08:30ele joga com a caneta, mas ele tem recuado.
08:34E a gente escuta várias pessoas dizerem,
08:37nossa, mas o presidente era só ligar,
08:39era só dar uma ligação para apaziguar isso.
08:43Não acho que é tão simplório quanto parece.
08:45São duas diplomacias grandiosas.
08:48O Brasil pode não ter sido ali, estar num cenário de brilhantismo,
08:52mas ele tem mostrado força, principalmente mostrou na reunião do BRICS,
08:55representando ali uma porcentagem da economia mundial.
08:58Então, a gente vai aguardar a cena dos próximos capítulos.
09:00E eu espero, Bia, sinceramente, que haja aí, na verdade,
09:05uma diplomacia entre os países,
09:07porque quem acaba perdendo é sempre o povo brasileiro.
09:12E, Laura, voltando a falar um pouco disso,
09:15o Brasil, para ele fazer uma retaliação,
09:18ele devolver na mesma moeda, digamos assim, com essa reciprocidade,
09:22tem força econômica para isso?
09:24Porque a gente está falando de uma potência.
09:26Tem?
09:27Bom, força tem, mas também eu vejo que as alianças que o Brasil tem,
09:36a representatividade que o Brasil tem diante do mundo em relação ao que ele fornece,
09:42também intimida bastante o Donald Trump.
09:44Então, eu vejo que eles estão medindo forças ali.
09:47De quem pode mais?
09:49E será que pode?
09:50Será que se eu impor essa tarifa vai surtir o efeito que eu espero?
09:55Porque pareceu que, vou trazer aqui uma analogia,
10:01sabe quando a namorada fala para o namorado,
10:04ah, eu vou terminar contigo, eu não quero mais.
10:07Mas ela está fazendo isso só para ele fazer o que ela quer,
10:09ela não quer terminar.
10:11Então, eu vejo que a intenção é ir comendo pelas beiradas
10:16para poder criar ali uma proximidade com o Brasil,
10:19porque ele sabe de que essa relação que existe do Brasil com as outras economias
10:25tem uma representatividade global bem expressiva.
10:28E quando a gente fala da questão da relação ali dos dados,
10:32de que é muito representativo os dados relacionados à exportação do Brasil
10:36para os Estados Unidos,
10:39a gente tem ali uma perspectiva de dois possíveis impactos econômicos,
10:44caso venha a acontecer essas tarifas, né?
10:46Que pode ser um aumento do dólar aqui,
10:49porque a gente vai ter ali uma redução das compras dos gringos aqui,
10:54porque ficou mais caro,
10:56e também talvez um aumento,
10:58um aumento, desculpe,
10:59uma queda do nível geral de preços no Brasil,
11:02porque aquilo que exportava ficou no nosso país.
11:04Aumentei ali a oferta daqueles produtos.
11:07Mas, em tese,
11:10quando a gente olha para o mundo em dados,
11:13em estrutura, em tamanho,
11:15eu vejo que o Donald Trump fica bastante intimidado
11:18em relação a essas alianças
11:20que vão contra a ideia de a América ser a grande potência do mundo.
11:26Então, eu vejo que tem força,
11:28mas tem ali economias muito grandes
11:32que conseguem, sim, ir se encaminhando.
11:34Quando a gente vê ali Brasil,
11:36relação de Brasil com China,
11:37China importa muito do Brasil.
11:40Então, até que ponto não existe ali
11:42um segundo passo que o Brasil poderia ir se estruturando?
11:45A gente brinca.
11:46Às vezes a gente cria o problema e depois resolve.
11:50A gente acha que quando algo está para acontecer,
11:52se acontecer, não tem solução.
11:54Tem, sim.
11:55Depois que acontece,
11:56algo vai se encaminhar depois como consequência.
11:59E não necessariamente são as consequências
12:00que o Donald Trump quer.
12:02Porque no final do dia, volto a dizer,
12:04ao meu ver, ele está querendo, pelas bordas,
12:08se aproximar do Brasil em tom de negociação,
12:11mas, claro, fazendo esse tipo de ameaça.
12:13Um abraço.
12:14Obrigado.
12:15Mickey He Ambassador

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