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O senador Flávio Bolsonaro comentou neste domingo, a prisão de três pessoas suspeitas de terem sido mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Segundo ele, o encaminhamento das investigações serviram para mostrar que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro “não tem qualquer relação com o caso”.
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Transcrição
00:00É, me chamou a atenção só essa carta que o Alexandre de Moraes manda pro Arthur Lira, né,
00:15comunicando a prisão aí do Chiquinho, Chiquinho Frazão, né, ou Brazão.
00:20Chiquinho, Chiquinho Brazão. Fica tranquilo, Duda, porque eu também tava falando aqui pro,
00:25eu falei exatamente isso pro Rodrigo Oliveira, cara, eu vou errar durante o jornal,
00:29o sobrenome do Brazão, eu vou chamar Frazão, e não tem nada de Frazão, é Brazão mesmo,
00:33então fica tranquilo, o erro é perdoável.
00:37É, bom, eu li ali, né, o que vocês colocaram lá, flagrante delito, né, seis anos depois, certo?
00:44Então, eu acho que me pareceu, não sei qual que é a opinião de vocês aí,
00:49que o Moraes meio que confunde as coisas, né, flagrante delito é quando você pega a pessoa no ato do crime, né,
00:54não é muito bem o caso.
00:57Agora, sim, se ele tava obstruindo a justiça, aí sim você precisa, como uma medida preventiva,
01:06você pode prender ele, porque ele tá trabalhando, atrapalhando o serviço da justiça.
01:11E se ele pertence a uma organização criminosa também, aí você tem que dizer qual que é, né,
01:16qual que é a milícia, né, mas dizer que é um flagrante delito por organização criminosa
01:23ou a obstrução de justiça, me parece meio estranho.
01:27Essa tese da obstrução de justiça, inclusive, foi a tese utilizada pelo Alexandre de Moraes
01:32para antecipar a operação, né, porque, teoricamente, pelo que alguns integrantes da PF me falaram
01:36hoje pela manhã, a ideia é que essa operação, ela seria desencadeada ao longo desta semana,
01:44da Semana Santa. Só um parêntese, né, sem querer ser polêmico, mas já criando uma polêmica
01:50logo de cara aqui no Reunião de Pauta, por fazer uma operação policial na Semana Santa
01:54é pra matar o cristão, não é? Porque é brincadeira, né?
01:57Mas, enfim, pelo menos esse era o plano inicial da Polícia Federal, porque eles tinham informações
02:02que o Brasão, ele pretendia, a família do Brasão pretendia fugir ali do Rio de Janeiro,
02:08então não se sabe necessariamente aonde, diz que tem um plano pra ir pra Brasília,
02:13outra parte da família poderia ir para os Estados Unidos, então tinha essa, existia
02:17essa tese de que a família Brasão poderia sair do país, aí por isso que essa operação
02:22ela foi antecipada, né? Então, neste caso, teoricamente, você pode configurar aí como
02:27uma obstrução de justiça, porque me lembra muito o caso do Delcídio do Amaral, lá em
02:322016, na época da Lava Jato. Mas, assim, eu concordo contigo, Dudu, acho que tem uma questão
02:38aí que é muito, tem um fio aí que é muito delicado pra você falar sobre necessariamente
02:45obstrução de justiça, né, Dudu? Acho que tem uns detalhes aí que você precisa ainda
02:50vir à tona pra gente poder ter uma opinião um pouco mais concreta nesse sentido.
02:54Sim, Wilson. E uma outra coisa que eu achei interessante aí das notícias, né, de hoje,
03:00é essa questão da federalização, né, da investigação, porque isso foi criticado
03:07antes, porque falava-se que não teria por que federalizar, isso era uma questão só
03:16da justiça do Rio de Janeiro, mas realmente o que a gente vê aí, o Rivaldo, esses caras
03:25eram os caras responsáveis por comandar a delegacia ali de homicídio, né, era o cara
03:32que estava investigando e estava completamente impedindo qualquer investigação. Então, acho
03:39que um pouco o que apareceu aí de evidência mostra que federalizar, embora tenha sido uma
03:47coisa questionada lá atrás, fez sentido, né, isso precisava ter ido realmente pra PF e
03:55depois com o STF.
03:56É, eu tô pedindo, inclusive, pro Matheus, eu queria começar o nosso bate-papo aqui
04:02com a cronologia completa do caso Marielle Franco. Eu tô puxando com base, perdão, eu tô
04:10puxando com base nas investigações da Polícia Federal, nos, nos, no que a gente já descobriu
04:19até agora, e nos passos seguintes. Quando você pega a cronologia lá da base, e aí depois
04:27eu vou entrar um pouco com o Alexandre, que talvez vai me ajudar um pouco nisso. Quando
04:33você tem as primeiras informações, isso de acordo com a delação do Rony Eletz, que
04:38o crime começou a ser orquestrado em setembro de 2017, executado em março de 18, há o questionamento
04:47sobre a federalização, sobre a federalização, essa palavra é difícil mesmo, né, nossa
04:53fonoaudióloga que vai ter que sofrer com isso, né, nós que lutemos. Quando você tem
04:57a discussão sobre a federalização do caso, ali no início do governo Bolsonaro, Sérgio
05:02Moro, em 2019, a própria família, em novembro de 19, falasse, não, eu não quero federalização
05:08porque está envolvendo Sérgio Moro, eu não confio no Moro, mas confio no Ministério
05:13Público do Rio de Janeiro. Aí vem o STJ em 2020, desculpa, Rodrigo, vem o STJ 2020 que
05:20fala, não, o caso vai ficar realmente apenas no Rio de Janeiro. Vem em 23, a delação do
05:27do Rony Lessa e agora em 24, a homologação da delação do Rony Lessa para o desencadeamento
05:34dessa operação em 2024, agora no último domingo, quer dizer, ontem, quer dizer, você
05:39tem aí, de fato, você consegue entender que foi um caso de muitas idas e vindas e que
05:45algumas atitudes que foram, que chamaram atenção, alguns momentos decisivos para a própria
05:53família, agora a gente consegue ter mais ou menos uma ideia que eles jogaram contra
05:57a própria investigação. Eu não sei, Alexandre Borges, se eu estou tendo uma visão muito
06:03pessimista da história, mas me parece que no momento que ficou esse bate e rebate, federaliza,
06:09não federaliza, parece que esse que foi um ponto que me parece que atrasou as investigações
06:15sobre esse caso. A esquerda tanto bateu nisso, tanto bateu na letargia, enfim, na letargia
06:25para você conseguir achar resposta sobre que, de fato, quem mandou matar a Marielle, mas
06:29no final das contas parece que a própria esquerda colaborou no mínimo para essa letargia.
06:33Você vai comigo, Alexandre, ou eu estou sozinho nessa?
06:36Não, você está correto. A esquerda, ela teve um papel complicado nesse caso, porque esse
06:46caso foi muito politizado. É um crime político no sentido que uma vereadora do Rio de Janeiro
06:50e seu motorista foram fuzilados, uma coisa horrorosa, um ato terrorista. Então, na minha
07:00visão, a direita perdeu uma oportunidade de mostrar, olha, a gente acredita tanto na
07:06polícia, nessa coisa do bandido bom, bandido preso, não sei o que, que a gente vai desvendar
07:11o caso. E muita gente da direita preferiu falar, deixa para lá, Marielle enche o saco, rasga
07:18a placa, não sei o que. Acho que isso foi um erro, além de desumano, mas acho que isso
07:23foi um erro estratégico. Mas do lado da esquerda, a esquerda politizou no sentido de
07:30construir uma narrativa onde, nesse ideário, nessa visão, vamos dizer, fantasiosa do caso,
07:39foi morta uma mulher negra, periférica, LGBT, do PSOL. Quer dizer, todas as caixinhas identitárias
07:49tinham sido ticadas. Então, dentro da visão de mundo do esquerdista, o Jair Bolsonaro representa
07:56o oposto de tudo isso. Então, só podia ter sido ele. Seria quase uma materialização de
08:05todas as fantasias da esquerda em relação a, de um lado, está a mulher gay, pobre, blá, blá, blá,
08:14com todas as caixinhas. Então, do outro lado, só pode estar o Bolsonaro. Então, só pode ter sido ele
08:18que mandou matar. E eles ficaram, de certa forma, tão mergulhados nessa tese que qualquer descoberta
08:30que não levasse a culpa do Bolsonaro seria visto como um problema, um abafo, uma passada de pano.
08:40E isso atrapalha, porque você tem que descobrir a verdade. Independente da verdade, vai bater com a
08:46historinha que você criou, não. Entendeu? Se fosse o Bolsonaro, não foi, mas se fosse, que fosse preso.
08:53Mas se não foi, alguém mandou matar. E isso tem que ficar claro. E a esquerda, em vez de ajudar
09:01e atirar toda essa mitologia em volta do caso e ajudar, simplesmente fazer uma investigação normal,
09:10ela, no meu entender, atrapalhou muito. Em relação especificamente a esse caso, eu vou dar uma opinião
09:19que a gente escuta muito história aqui no Rio de Janeiro, enfim. Então, é algo para quem nos
09:27acompanha ter isso em mente. Você teve o Marcelo Freixo, ele é uma pessoa que incomoda as milícias
09:37há muitos anos. Ele tem uma rota de colisão. Quem assistiu Tropa de Elite 2, aquele personagem,
09:43o Diogo Fraga, foi inspirado nele. Ele fez a CPI das milícias e tal. Então, existe aqui no Rio de Janeiro
09:48essa ideia de que, de um lado está a milícia, do outro lado está o Freixo. E o Freixo, as informações
09:54que a gente tem, é que é verdade. Ele realmente incomoda muito as milícias. Bom, teve um caso
10:00horroroso na família dele, que o irmão dele foi assassinado, vocês devem lembrar disso. E, um tempo
10:08depois, morre a Marielle Franco. O que essas mortes têm em comum? São pessoas muito próximas
10:16ao Freixo. O que acontece com o Marcelo Freixo? O Marcelo Freixo é alguém muito protegido. Ele
10:22anda com seguranças o dia inteiro. Seguranças da elite do BOP do Rio de Janeiro. Então, ele
10:29seria... Vamos dizer que o miliciano queira matar o Marcelo Freixo. Tem um plano de matar
10:36o Marcelo Freixo. Para você executar esse plano, você tem que fazer uma guerra campal e transformar
10:43ao Rio de Janeiro na faixa de Gaza. Porque o Marcelo Freixo, ele anda protegido com seguranças
10:49do BOP da elite da polícia. Então, assim, você teria... Inclusive, se a gente tem essa
10:57percepção, né? Que as milícias e as polícias têm relações próximas e tal, o miliciano que
11:04fosse matar, quisesse mandar matar o Freixo, no tiroteio que aconteceria, talvez morresse
11:11gente de todos os lados, morressem policiais, fosse uma cena de um filme do Tarantino.
11:18Então, o que você faz numa situação dessa? O que eu estou falando aqui é pura especulação,
11:24tá? Pura especulação. Você mata as pessoas próximas, entendeu? Você manda o recado.
11:29Já que o Freixo é um cara tão protegido, mata o irmão, mata, abraça o direito, melhor
11:35amiga, assessora, entendeu? Você vai mandando esses recados para uma pessoa. Já que ele
11:42está protegido, você vai atingindo o entorno e manda o mesmo recado que seria mandado.
11:48Na minha cabeça, eu acho que essa é uma explicação mais plausível para o crime do que a explicação
11:55que está sendo dada, que Marielle foi morta porque votou, por causa de uma disputa de
12:00terreno. Eu acho isso tudo ok, com todo respeito à investigação, se é para esse lado que vai
12:07a investigação, tudo bem, as autoridades vão falar, a gente vai ouvir como cidadãos,
12:12comentaristas, a gente vai ouvir. Na minha cabeça, como morador do Rio de Janeiro, natural do Rio
12:17de Janeiro, e que escuta histórias aqui na cidade, eu acho que é um crime executado pelas
12:25milícias para atingir o Marcelo Freixo, que ele especificamente é inatingível ou é muito
12:32difícil de ser atingido pela quantidade de seguranças que estão em torno dele o dia
12:37inteiro. Então, pessoas próximas dele acabam sendo atingidas, como foi o irmão e como foi
12:43a Marielle Franco. Enfim.
12:45Rodrigo Oliveira.
12:47Então, na verdade, o que eu queria, na verdade, é fazer uma pergunta para vocês aí, que
12:51são mais entendidos desse assunto do que eu, e o Alexandre meio que tangenciou isso agora,
12:57já tocou nesse ponto, que é exatamente o pouco que eu li, o que eu li sobre isso, não
13:03necessariamente pouco, mas eu não consigo ver um motivo claro para esse assassinato, essa
13:10conversa do terreno também, para mim parece pouco, aquela conversa do PL, de um projeto
13:19de lei que ela votou contra, ou fez movimentos contra, parece menos provável ainda, não
13:28incomoda a falta de um motivo claro para isso? Já tem isso na investigação do PL?
13:34Deixa eu dar uma de advogado do Tinhoso aqui, porque aí, Rodrigo, eu acho que assim, eu
13:41vou, eu coaduno contigo, mas ao mesmo tempo eu discordo, eu vou dar uma modulada no teu
13:45voto, né, utilizando aqui a minha, o meu jurídico de quinta categoria. A questão é a
13:52seguinte, eu acho que no caso, eu concordo com o Alê, eu concordo contigo, mas algo que
14:01eu estava refletindo ontem, lendo o inquérito, lendo as, indo na fonte primária, eu peguei
14:08o inquérito ontem, por volta de três e meia da tarde, eu estava ali em casa, enfim, acabei
14:11entrando no circuito e acabei publicando algumas matérias aqui para o antagonista, depois
14:16fui ler com um pouco mais de calma as conclusões da Polícia Federal. E qual é a minha visão
14:22nesse ponto, Rodrigo? Que eu acho que a gente tem que olhar para essa disputa política com
14:28menos, como é que eu posso falar, com menos idolatria de um crime político e mais a partir
14:35da visão de um banditismo de quinta categoria. Porque quando a gente pega ali, e aí nesse
14:41ponto eu concordo com o Alê, porque qual é o ponto? Você tem um crime que ele tem
14:45características de ser um crime de banditismo de quinta, mas que serve para dar recados,
14:52serve para dar recados de grandes repercussões, como no caso do Marcelo Freixo. Por isso
14:59que eu acho que os dois tem, a gente tem que, eu pelo menos penso assim. Por quê? E aí
15:06eu vou falar uma coisa que é triste, mas é da realidade brasileira, e eu estou falando
15:10isso como repórter de política, que eu já atuo há aproximadamente 20 anos, fora
15:14principalmente desse eixo Rio-São Paulo-Brasília. Se você for para uma cidade pequena, de interior
15:21do Ceará, enfim, Maranhão, Piauí, esse tipo de execução, infelizmente, acontece. Qual
15:32o problema aqui? É que se mexeu com uma... De novo, né? Vou pegar um pouco o raciocínio
15:38do Alê. Você pegou um personagem que é símbolo de todas essas caixinhas identitárias
15:44da esquerda. Mulher, negra, LGBTQIA+, e aliada do Marcelo Freixo, que aproveitou esse momento
15:52também para continuar, para manter viva a sua chama de homem que luta contra a milícia, etc, etc, etc, etc.
16:02Então a gente tem que pensar, eu pelo menos penso dessa forma, sabe? Que a gente precisa juntar isso,
16:07porque aí eu vou trazer um outro episódio para correlacionar isso, para vocês verem como é que a
16:13política, às vezes, funciona. O que aconteceu na semana retrasada, lá em Pernambuco, quando houve, quando se
16:23incendiou a casa do Antônio Rueda, presidente eleito do União Brasil, e a polícia de Pernambuco
16:31investiga que aquele é um crimezinho de banditismo político, é encomendado pelo seu adversário,
16:38infelizmente é o que acontece fora desse eixo Rio-São Paulo-Brasília.
16:42Foram duas casas, né? A do Rueda e da irmã, não é isso?
16:44Do Rueda, exatamente. Foram duas casas, o do Rueda e da sua irmã. Então assim, esse tipo de
16:51situação acontece, gente. Infelizmente isso acontece. No Rio de Janeiro, então, se você juntar isso,
16:58banditismo, milícia, jogo do bicho, sabe? Então assim, eu acho, na minha opinião, eu não
17:07descordo das conclusões da Polícia Federal, eu acho que a Polícia Federal, acho que ele chegou
17:11num ponto da motivação, X, né? Eu acho que é um ponto específico, um ponto importante,
17:16de fato, eu acredito nas conclusões da PF, de que houve uma disputa por terras, banditismo,
17:22uma atrapalhava o... a Marielle atrapalhava os objetivos do Brasão, sobre a questão do projeto
17:27de lei, regularização de terras ilegais, enfim. Esse tipo de coisa acontece, que eu já vi
17:32muito político sendo executado por muito menos. Agora, só que esse caso específico ganhou
17:38uma dimensão maior, como disse bem o Alexandre Borges, porque ele foi visto como simbólico
17:43e serviu como bandeira de luta da esquerda durante seis anos. E aí eu vou parafrasear
17:49aqui alguém que tá no chat, que eu acho que aí tem outro detalhe, que aí eu vou levantar
17:54a bola pra ti, Alexandre, que é outra confusão desse caso Marielle, que se depender da esquerda,
17:58especificamente, não acaba por aí. Não acaba por aí.
18:03Eu não sei se você viu, o Noblat fez um tweet agora, que era quem mandou o mandante
18:08mandar... Entendeu? A nossa companheira...
18:12É exato, gente.
18:13A nossa companheira, a Madelene Lasco, ela deu um retweet contando assim,
18:20alguém me diz que esse tweet é de uma conta de paródia, né?
18:24Porque, realmente, o Noblat que tá um pouco nesse campo lá da extrema esquerda e tal,
18:32desse ultrapetismo aí que a gente... que topa todo mundo que não é de esquerda é Hitler,
18:38aquela coisa toda, você vê que a única solução aceitável pra essas pessoas nesse caso
18:46seria... Por exemplo, vocês devem... Acho que você lembra que sexta-feira
18:50eu recomendei pra quem tava acompanhando a gente aquele documentário
18:56que chamava Conspiração Americana,
18:58que você começa a ver o documentário,
19:01tudo leva a crer que o crime lá, o assassinato que aconteceu, tem um culpado.
19:07E aí, se você chega no final da série, dos quatro episódios,
19:11e não é quem parece que a coisa vai levando,
19:16alguns espectadores podem se sentir frustrados.
19:18Eu não me senti, eu achei a série muito boa,
19:21até pela honestidade de dizer,
19:23olha, tem um monte de indício pra um monte de lado,
19:26mas as investigações são inconclusivas até esse ponto.
19:31Ou então, na Globoplay, tem uma série sobre a morte do Celso Daniel.
19:36Acho que já são seis episódios, não sei se vocês assistiram.
19:39Muito bem feita a série.
19:40Eu conheço a produtora que fez, inclusive.
19:42E eu sempre acreditei na tese que a direita acredita.
19:50Quem mandou matar foi o PT, o Celso Daniel estava atrapalhando os esquemas ali e tal.
19:59Eu acreditei nisso.
20:01Até eu assistir esse documentário.
20:03E, como eu conheço quem fez o documentário,
20:05e eu sei que não é gente de esquerda,
20:07não é gente que teria um interesse em levar as conclusões ali
20:13pra um lado ou pro outro,
20:15você termina achando que a hipótese do crime comum é bastante plausível.
20:24Quer dizer, pra quem a vida inteira,
20:26desde 2001, quando o Celso Daniel morreu,
20:29acreditou durante 20 anos,
20:31acreditou que quem mandou matar foi aquela turma lá do PT.
20:35De repente, você assiste um documentário sério, bem feito,
20:38com rigor jornalístico,
20:40e ele enfia essa minhoca na sua cabeça
20:42de que o crime comum é plausível,
20:46no mínimo plausível,
20:48e é, você assistindo,
20:50e é,
20:51você pode continuar agarrado com a narrativa,
20:54continuar agarrado com a história,
20:56mas o garçom que serviu no restaurante morreu,
20:59e sei lá o quê,
21:00e continuar vivendo essa história,
21:03ou você vai falar,
21:04pô, de repente foi mesmo um crime comum.
21:08Então, assim, eu estou dando esses exemplos,
21:10porque especificamente no caso da Marielle Franco,
21:13tentou-se criar um roteiro hollywoodiano
21:17pra essa morte,
21:19mas me parece,
21:20ou nem hollywoodiano da Globo,
21:22vamos dizer, de novela,
21:24pelo menos da Globo, pós-Roberto Marinho,
21:26mas eu acho que no final das contas,
21:32o que você está chamando de banditismo de quinta,
21:35eu sempre chamei de banditismo regional,
21:37de banditismo local,
21:39não era algo que tinha um reflexo
21:42de o Bolsonaro contra o Lula e o PT,
21:46era uma questão aqui do Rio,
21:48era uma coisa que envolvia bandidos,
21:51milicianos do Rio,
21:52com o interesse do Rio.
21:53Apenas a versão que me parece mais plausível,
21:58mas eu tenho todo o respeito à investigação
22:00e não vou ficar aqui requentando teorias,
22:04mas a explicação que,
22:06de tudo que eu já pensei,
22:07soube, li e ouvi desse caso,
22:11a explicação que me parece mais plausível
22:13é que o Alvo é o Freixo,
22:16o Alvo é o senhor Marcelo Freixo,
22:18mas como ele é muito difícil de ser atingido,
22:21ele realmente anda com um secto de seguranças,
22:27de realmente muito...
22:29E gente do BOP,
22:31gente que, para matar a ídia,
22:34você tem que conhecer essa dinâmica do Rio de Janeiro.
22:37Você matar um cara do BOP,
22:39você vai ter trabalho,
22:40porque o BOP vai atrás de você.
22:42Entendeu?
22:43Então, assim,
22:44você tem uma turma de elite
22:47fazendo segurança para o Freixo,
22:49então, como é difícil pegar o Freixo,
22:52até dentro desse mundo do crime,
22:57pega-se,
22:58pegou o irmão,
22:59pegou a braço direito melhor amiga
23:01e vai mandando os recados.
23:03Essa é a versão que até hoje
23:05me parece mais plausível.
23:08Muito mais nessa história de terreno,
23:11de votação, de coisa.
23:12Entendeu?
23:13Você vai matar uma vereadora
23:15numa votação na Câmara?
23:17Não me parece fazer muito sentido,
23:20mas vamos confiar no trabalho da investigação,
23:23Polícia Federal, Ministério Público,
23:25vamos acompanhar.
23:26Oi, Duda.
23:27Acho ótimo esse ponto do Alexandre.
23:31Vamos acompanhar.
23:33Mas tem gente que sempre vai ficar acreditando
23:36na última consideração.
23:38e teve, sim,
23:40uma tentativa de muita gente da esquerda
23:43de pegar e relacionar esse crime
23:46com Jair Bolsonaro
23:47ou com alguém da família Bolsonaro
23:49e até agora isso não apareceu.
23:53Agora,
23:55eu critico muito a esquerda aqui,
23:57isso foi um erro da esquerda.
23:59Agora,
24:02também acho que a gente tem que admitir
24:04que ter uma esquerda
24:06que tem acolhão aí, né?
24:10Ei, rapaz,
24:11olha os termos,
24:11é um programa de família, rapaz,
24:13que é isso,
24:13olha os termos.
24:16Gorrones!
24:17Gorrones!
24:19Gorrones!
24:22É isso aí, Duda,
24:23é isso aí, Duda,
24:23é isso aí, Duda,
24:24é isso aí.
24:25Coloque o seu na mesa
24:26e pronto,
24:27acabou.
24:27Vamos que vamos.
24:28Vai lá, Duda.
24:29Aqui a gente é Duda Futebol Clube.
24:32Vambora, Duda.
24:32Não é fácil
24:35pegar e enfrentar a milícia
24:38aí no Rio de Janeiro, né?
24:39Você vai lá e vota contra
24:40um projeto de lei
24:41para regulamentar
24:43terreno
24:45em área da milícia, né?
24:48Então, assim,
24:50tanto a Marielle
24:51quanto o Freixo,
24:52nesse tema aí,
24:54não estou nem tratando aqui
24:55os outros assuntos
24:56que ela defendia
24:58ou que ele defende, né?
25:00O Freixo acho que erra muito
25:01também,
25:02mas, assim,
25:03tem que ter
25:04coragem aí
25:06e a gente tem
25:08a esquerda
25:09no Rio de Janeiro
25:10que cumpre esse papel
25:11e que faz
25:14de um jeito,
25:16não sei se é trabalhoado,
25:17mas que se posiciona
25:20e isso é muito bom.
25:32que o que é?
25:33E aí o que é?
25:34E aí o que é?
25:35Obrigado.

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