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Casos divulgados nesta terça-feira ilustram avanço do Centrão no governo do petista e o toma lá dá cá

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Transcrição
00:00Vamos em frente, falando do Tom Maladacá, da República do Escambo,
00:05Governo Dula, Congresso Nacional, a turma de Arthur Lira,
00:09sempre os mesmos personagens.
00:11O município de Barra de São Miguel, cujo prefeito é Benedito de Lira,
00:15pai de Arthur Lira, que é o presidente da Câmara dos Deputados,
00:18foi o oitavo que mais recebeu verbas do Ministério do Esporte
00:22desde que André Fufuca assumiu a pasta em setembro de 2023.
00:26Os três políticos são filiados ao PP, partido que integra o Centrão.
00:32Arthur Lira, inclusive, foi o fiador da indicação de Fufuca ao governo Lula.
00:37Então vocês entenderam, o Arthur Lira cobra do governo Lula
00:42que entregue um ministério ao Centrão,
00:47aí ele escolhe qual é o aliado dele que ele vai colocar lá,
00:50chega o André Fufuca no ministério,
00:52e aí você tem uma irrigação do reduto eleitoral da família Lira
01:00por meio do ministério, quer dizer, dinheiro que está indo para lá.
01:04Segundo o Jornal Globo, a cidade de 8 mil habitantes no litoral alagoano
01:07recebeu 3,94 milhões de reais para a construção de duas arenas,
01:12um complexo esportivo e para impulsionar o futebol amador.
01:16Eu sempre acho que a gente precisa fazer um disclaimer aqui,
01:24porque mesmo quando a gente critica isso,
01:27para a família Lira, isso não é um desgaste.
01:32Por quê?
01:32Eles chegam lá no reduto eleitoral e falam,
01:34olha, estamos conseguindo trazer dinheiro aqui para vocês.
01:36E é no reduto eleitoral que eles ganham votos.
01:40É assim que eles conseguem perpetuar a família em cargos de poder,
01:45no poder público, na prefeitura,
01:48fora os votos daquele município
01:52para a eleição do Arthur Lira como deputado federal,
01:55que aí envolve todo o estado de Alagoas.
01:58Então, quando você fala assim,
01:59ah, o Arthur Lira conseguiu, por meio de um aliado,
02:03usar o Ministério de Esporte para fornecer um monte de equipamentos públicos
02:08ou de verba para construção lá na cidade governada pelo pai dele.
02:14O pessoal fala, ótimo.
02:15Então, eles viram para o eleitorado e falam assim,
02:17ah, estamos trazendo para você.
02:19Agora, qual é o problema disso para o Brasil?
02:23O problema disso é o Toma Lá da Cá,
02:26que é feito por conveniência,
02:27que é feito por interesse pessoal,
02:29por interesse eleitoreiro,
02:30sem um planejamento estratégico de gastos públicos
02:35para aquilo que é urgente,
02:38para aqueles locais que têm maior necessidade.
02:42Então, você tem cidades que têm uma precariedade total,
02:46de habitação, que pode morrer gente nas chuvas, etc.
02:49E elas não estão recebendo dinheiro,
02:51porque tem parlamentar que usa a sua influência
02:55para mandar os maiores quinhões para o seu reduto.
02:59Então, esse que é um dos problemas
03:02dessa República do Escanto,
03:05é que não existe um planejamento
03:07para atender de uma maneira estratégica
03:09a população brasileira, o seu território.
03:13É tudo feito na base do poder individual
03:16e do interesse eleitoral.
03:19Então, a reportagem também diz
03:20que projetos do município comandado por Benedito de Lira
03:22não detalham o local, capacidade,
03:24ou quais equipamentos vão fazer parte das estruturas
03:27que serão construídas com o dinheiro destinado
03:29pelo Ministério do Esporte.
03:31A cidade de Barra de São Miguel já conta
03:33com o estádio municipal, o Andradão,
03:35que é usado em disputas de torneios amadores de futebol,
03:38além de dois ginásios cobertos
03:40e duas quadras poliesportivas.
03:42Deixa eu só fazer um outro parêntese.
03:45Enquanto eu dou informação
03:46e faço aqui uma pequena análise.
03:49Qual é o outro risco
03:50que esse tipo de escambo,
03:53esse tipo de toma-lá-da-cá, traz?
03:56É o risco de escoamento de dinheiro público
03:58em algum tipo de esquema obscuro.
04:01É o risco
04:01de você beneficiar, inclusive,
04:05empresas de aliados.
04:06Era o que acontecia no caso do orçamento secreto.
04:08Então, eles pegavam lá uma verba
04:10sem deixar rastro.
04:12Quer dizer, não tinha nome da pessoa que pegou
04:14como parlamentar,
04:16da pessoa que recebeu na cidade.
04:18Precisava a imprensa ir vasculhar
04:19um monte de planilha e tal
04:20para entender
04:21que o parlamentar pegou aquele dinheiro,
04:24mandou para o seu reduto eleitoral,
04:26especificamente para a cidade governada pela família,
04:28que aí contratou um serviço
04:30de uma empresa, de outro familiar
04:31ou de um amigo
04:32para fazer alguma obra.
04:35E aí vai caindo o dinheiro
04:36na mão de cada um.
04:38Do clã.
04:40Entende?
04:41Isso quando não há um esquema
04:43de desvio de dinheiro.
04:44Não estou dizendo o que está acontecendo nesse caso.
04:46Isso aí cabe
04:46aos órgãos de fiscalização e controle
04:48monitorar.
04:50Mas em vários outros casos
04:51dos quais a gente tratou aqui,
04:52houve esquema de desvio de dinheiro.
04:55E, obviamente,
04:56é mais fácil
04:57fazer esquema de desvio de dinheiro
04:59em reduto eleitoral,
05:01que é onde o político tem mais poder.
05:03Então, esse é
05:04um segundo problema da lista.
05:06E procurado,
05:07o Ministério do Esporte
05:08disse que os critérios
05:09para a escolha de municípios
05:10são técnicos.
05:11Claro, vai dizer o quê, né?
05:12E que os acordos firmados
05:14foram analisados e tratados
05:15com base na estrita legalidade.
05:18É, só faltava
05:19o Ministério do Esporte
05:19dizer assim,
05:20Olha, vocês descobriram.
05:22A gente está fazendo aqui
05:23tudo por interesse político,
05:25eleitoral.
05:27Aqui, esse negócio de preocupação
05:29com a estrita legalidade
05:30não acontece.
05:31É claro que eles não vão dizer isso.
05:33Agora, isso é suficiente?
05:34Não.
05:35Precisa haver fiscalização
05:37não só por parte da imprensa,
05:39que está fazendo seu papel nesse caso,
05:41mas por parte de órgãos
05:42de fiscalização e controle.
05:43No entanto,
05:43eles são instrumentalizados
05:45politicamente
05:45pelos próprios políticos
05:48que indicam
05:49os seus comandantes.
05:50Augusto Aros,
05:51enquanto esteve na PGR,
05:53não fez muita coisa
05:54em relação a isso.
05:55Vamos ver se o Paulo Gonê,
05:56ex-sócio do Gilmar Mendes,
05:58colocado lá pelo Lula,
05:59vai fazer.
06:00O que você destaca, Graeto?
06:02Então,
06:02como você mencionou, Felipe,
06:05a cidadezinha
06:06tem oito mil habitantes.
06:09Já tem estádio,
06:11já tem quadra pós-esportiva,
06:13já tem ginásio coberto.
06:15Certo?
06:17Daí,
06:18foram quatro convênios
06:20que o município
06:22obteve aí
06:23com o Ministério do Esporte.
06:25Segundo a reportagem,
06:28só teve uma cidade
06:30que obteve mais convênios
06:32do Ministério do Esporte.
06:33Seis convênios.
06:34Que é Belo Horizonte.
06:37Belo Horizonte
06:39tem mais de dois milhões
06:41de habitantes.
06:43Então,
06:46eu acho difícil
06:48encontrar um critério técnico
06:51que justifique
06:53você passar de uma cidade
06:55de dois milhões de habitantes,
06:57mais de dois milhões,
06:58bem mais de dois milhões
06:59de habitantes,
07:00com seis convênios,
07:01para uma cidade com oito mil,
07:04com quatro convênios.
07:05Qual é o critério técnico
07:07que justifica
07:08esse salto absurdo
07:09de investimento
07:12de uma metrópole?
07:14E vamos lembrar,
07:15Belo Horizonte,
07:17muitas vezes,
07:18dependendo de onde você
07:19instalar o equipamento,
07:20esse equipamento
07:21não vai atingir
07:22só quem mora
07:22em Belo Horizonte.
07:24Vai satisfazer também
07:26quem mora
07:27na região metropolitana,
07:29no município
07:30logo ali do lado.
07:31É improvável
07:35que isso aconteça
07:36na cidadezinha
07:37de oito mil habitantes
07:38que o pai
07:39do Arthur Lira
07:40governa.
07:41E é uma forma
07:42de turbinar
07:43o fundão eleitoral.
07:44Quer dizer,
07:44eles aprovam
07:45um fundão eleitoral
07:46de 4,9 bilhões de reais,
07:48quase 5 bilhões de reais,
07:51para a eleição presidencial
07:52de 2022.
07:53Aí, depois,
07:54turbinam
07:55o fundão
07:55que existia
07:57para a eleição municipal
07:59para esse mesmo valor
08:00de 4,9 bilhões de reais
08:02para a eleição desse ano.
08:05A municipal
08:05é de 2024.
08:07E esse é o bolo completo.
08:09Obviamente,
08:10isso é distribuído
08:11para os partidos.
08:11Então,
08:11os maiores partidos,
08:13como o PT
08:14do Lula
08:16e o PL
08:17do Bolsonaro,
08:19eles ficam lá
08:20com centenas de milhões,
08:21cerca de 700 milhões,
08:22algo por aí.
08:25E isso é distribuído
08:27entre os caciques,
08:28principalmente,
08:29do partido,
08:30também não há
08:30uma grande distribuição
08:32igualitária
08:33para novas candidaturas,
08:34etc.
08:35E aí,
08:36você ainda tem
08:37como uso eleitoral
08:40a verba
08:41das emendas parlamentares,
08:44a verba
08:44que é
08:45distribuída
08:47por meio
08:47de ministérios
08:48em esquemas
08:49de orçamento secreto
08:52maquiado,
08:53que precisam ser revelados
08:55por apuração minuciosa
08:56da imprensa.
08:58Então,
08:59assim,
08:59é muito dinheiro
09:00a serviço
09:01dos políticos
09:02e de seu projeto
09:03de poder
09:04e do projeto
09:05de poder
09:05do seu clã,
09:06da sua família,
09:07do seu grupo
09:08de aliados,
09:09e não a serviço
09:10do Brasil,
09:11e não a serviço
09:11do interesse público.
09:13E a gente vai continuar
09:13falando sobre o Centrão,
09:15citando mais um exemplo
09:16disso.
09:16Eu quis unir
09:17nessa mesma pauta
09:19duas reportagens
09:20que saíram hoje.
09:21a LB Construções,
09:23empresa que pertence
09:24a Breno Chaves Pinto,
09:25da União Brasil,
09:27segundo suplente
09:27do senador
09:28Davi Alcolumbre,
09:29também da União Brasil,
09:31fechou contratos
09:32no valor
09:32de R$ 354,5 milhões
09:34com o governo federal
09:37entre o final
09:38de 2023
09:38e início
09:39de 2024.
09:41Então,
09:42vamos deixar claro.
09:43Davi Alcolumbre,
09:45já vou citar aqui
09:46a lista
09:46de favores
09:47que ele tem feito
09:48para o governo Lula.
09:49Ele faz ali
09:51aquilo que o governo Lula
09:52quer
09:53e o governo Lula
09:54contrata,
09:56quer dizer,
09:56decide pela contratação
09:58da empresa,
09:59do suplente dele,
10:00que é um aliado próximo.
10:02E aí,
10:02o valor disso
10:03é de R$ 354,5 milhões.
10:09Quer dizer,
10:09é uma fortuna.
10:10Segundo a Folha,
10:11um dos contratos
10:12foi firmado
10:13com o Departamento Nacional
10:14de Infraestrutura
10:14e de Transporte,
10:15que é o DINIT,
10:16aliás,
10:17alvo de corrupção
10:18em governos passados
10:19do PT,
10:20em parceria
10:20com outra empresa,
10:21no valor
10:22de R$ 268 milhões.
10:25Além disso,
10:25a construtora
10:26venceu
10:26três editais
10:28da Codevash,
10:29a Companhia de Desenvolvimento
10:30dos Vales
10:31do São Francisco
10:31e do Parnaíba,
10:32que é conhecida
10:33já como a Estatal
10:34do Centrão,
10:35que fez licitações
10:37para obras e produtos
10:38no valor
10:38de R$ 5,3 bilhões
10:40no ano passado.
10:43Então,
10:43assim,
10:43a mesma construtora
10:44ligada ao grupo
10:45de Davi Alcolumbre
10:46também ganhou
10:47três editais
10:48na Codevash,
10:49que é a Estatal
10:49do Centrão,
10:50porque foi entregue
10:51pelo Jair Bolsonaro
10:52para esse bloco
10:53parlamentar,
10:55que foi mantido
10:56em seu comando
10:57pelo Lula.
10:59Para quem acha
11:00que existe
11:01uma grande diferença
11:03na gestão
11:05Lula e Bolsonaro
11:06em relação
11:06a esses fatores,
11:08pelo menos
11:09o caso da Codevash
11:10mostra que não.
11:11E esses editais
11:12totalizam
11:12R$ 86 milhões
11:14e meio de reais.
11:15A empresa do suplente
11:16de Alcolumbre
11:17foi contratada
11:18pelo DINIT
11:18para pavimentar
11:20e promover melhorias
11:21em trechos
11:21da BR-156
11:23que passam
11:24pelo Macapá,
11:26quer dizer,
11:26estrada.
11:27E o senador,
11:28que é presidente
11:28da Comissão de Constituição,
11:29Justiça e Cidadania,
11:30CCJ,
11:32do Senado,
11:32obviamente,
11:33disse em nota
11:34que cabe ao governo
11:35a contratação
11:36e execução
11:39de contratos
11:39e convênios públicos,
11:40inclusive aqueles
11:41que usam verbas
11:42de suas emendas.
11:43Não tem nada a ver
11:44com isso.
11:44O governo
11:45que escolhe
11:46sob seu critério
11:47se escolher
11:48um aliado meu,
11:49se está aí
11:50pagando
11:50centenas de milhões
11:52de reais.
11:53É questão técnica,
11:54tudo dentro
11:55está mais estrito
11:55a legalidade,
11:56não é mesmo?
11:56Como disse
11:57o Ministério do Esporte
11:59em relação
11:59ao Tomalá Dakar
12:00de outro grupo.
12:02O Alcolumbre
12:02teve participação
12:03nas indicações
12:04dos ministros
12:04do Turismo,
12:05Celso Sabino,
12:06das comunicações,
12:07Juscelino Filho,
12:08aquele que tem
12:08a ficha de escândalos,
12:10e da integração
12:11e desenvolvimento
12:12regional,
12:12Valdez Góes.
12:14Além disso,
12:15esse é o ponto importante,
12:16à frente da CCJ,
12:17o parlamentar
12:19atuou para aprovar
12:20a indicação
12:20de Flávio Dino
12:21para o Supremo Tribunal Federal.
12:23Vocês lembram aqui
12:24da cobertura
12:25do Papo Antagonista,
12:26da Sabatina,
12:28com o Flávio Dino,
12:29indicado pelo Lula
12:30ao STF,
12:30para a vaga
12:30da Rosa Weber,
12:32e com o Paulo Goni,
12:33indicado pelo Lula
12:34para a PGR,
12:36para a vaga
12:36do Augusto Ares.
12:38Lembram
12:38que teve uma discussão,
12:40inclusive com questionamentos
12:43incisivos,
12:44como sempre,
12:45do senador Alessandro Vieira,
12:47sobre o formato
12:49daquela sabatina
12:50que deixou ali
12:52aquelas perguntas
12:54feitas em série
12:55pelos parlamentares
12:56para que fossem respondidas
12:57pelos dois postulantes
12:58ao cargo ao mesmo tempo,
13:00aquela sabatina dupla.
13:02Quem armou
13:03aquilo
13:04para que os nomes
13:06fossem aprovados
13:07mais rápido,
13:07para que houvesse
13:09uma certa blindagem
13:10deles
13:11contra um escrutínio
13:12mais detalhado,
13:14para que eles pudessem
13:15ter de versar
13:16e a palavra fosse
13:16passada para outros
13:18sem um grande
13:18confronto
13:20em relação
13:21às alegações
13:21que dariam.
13:22Foi o Davi Alcolum,
13:23que está sendo
13:25recompensado
13:26pelo governo,
13:27aparentemente,
13:28com a contratação
13:29de empresas
13:30do seu aliado,
13:34do seu suplente.
13:36Legenda Adriana Zanotto

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