Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • ontem
O ex-presidente americano Donald Trump venceu as primárias do Partido Republicano no estado de Iowa nesta segunda-feira, 15 de janeiro.
-
Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.
Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo... e muito mais.
Link do canal:

https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344

Apoie o jornalismo independente, torne-se um assinante do combo O Antagonista | Crusoé e fique por dentro dos principais acontecimentos da política e economia nacional:

https://hubs.li/Q02b4j8C0

Não fique desatualizado, receba as principais notícias do dia em primeira mão se inscreva na nossa newsletter diária:

https://bit.ly/newsletter-oa

Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast.

Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00O ex-presidente americano, Donald Trump, venceu as primárias do Partido Republicano no estado de Iowa nesta segunda-feira, 15 de janeiro.
00:07Está aí, imagem do Trump.
00:09Essa foi a primeira votação da pré-campanha republicana para as eleições presidenciais de novembro.
00:15Desde 1972, Iowa tradicionalmente realiza as primeiras eleições primárias do Partido Republicano,
00:23o que confere ao estado um estado de trampolim para as campanhas.
00:27Um bom desempenho em Iowa pode impulsionar a candidatura, atraindo mídia e doações, enquanto o resultado ruim pode ser devastador.
00:36Para comentar um pouco essa primeira vitória do Trump, eu sou chatou aqui com o Alexandre Borges.
00:42Estávamos conversando aqui nos bastidores antes do programa, trocando impressões, falando groselha.
00:48Definitivamente eu preciso ir no Rio de Janeiro para a gente tomar aquela caipirinha, para a gente conversar pessoalmente.
00:53Eu já estou me convidando, a minha cara de pau já diz tudo.
01:01Como diz aquele cara da escolinha do professor Raimundo, venha!
01:06Venha!
01:07Boa, Alê!
01:09Alê, primeira vitória do Trump, por uma margem acima do que se imaginava.
01:15Dá para dizer de cara que o Trump vem com tudo ou precisamos esperar um pouco?
01:23É muito cedo para gerar qualquer tipo de prognóstico?
01:26Ou ainda tem muita água para rolar por debaixo dessa ponte?
01:29Não, ele veio...
01:31Olha, a questão é o seguinte, é claro que nós estamos falando de uma eleição que acontece em novembro, nós estamos em janeiro.
01:37Então, a única dúvida é algum fato novo, caiu um raio na cabeça do Trump, sei lá.
01:45Agora, se as coisas continuarem se desenvolvendo do jeito que estão, a vitória dele em Iowa não foi brincadeira.
01:52Ele teve mais do que 50% dos votos, que é uma coisa absolutamente inédita.
01:57Ele abriu 30 pontos de vantagem sobre o segundo colocado.
02:01A maior vitória já registrada em todas as vezes que teve essa primária em Iowa foi 12 pontos.
02:11Ele abriu 30.
02:12Então, assim, e ele nem precisava ganhar em Iowa para ser o escolhido.
02:18Vamos lembrar que em 2016, que ele nem tinha sido presidente ainda,
02:23em 2016 ele perdeu em Iowa, abriu com a vitória do Ted Cruz.
02:28Mas depois ele reverteu, teve a maior votação em primária da história de um candidato republicano.
02:37Foi a votação dele em 2016.
02:39Então, ele quase que chutou a porta para dentro do partido republicano e foi o escolhido e depois venceu a eleição.
02:48Então, assim, ele não tem concorrente hoje viável dentro do partido republicano.
02:54Eu dei essa matéria mais cedo, depois o nosso companheiro Duda Teixeira fez uma ótima análise também.
03:01Convido a quem está acompanhando a gente dar uma olhada lá.
03:05Basicamente, qual foi o cenário?
03:06O Trump ganhou de lavada no Estado inteiro.
03:11Tem um condado lá, que é o Johnson County, que se não me engano ele perdeu por um voto para Nick Haley.
03:16Mas não conta, quer dizer, na verdade ele ganhou de lavada no Estado inteiro com muita tranquilidade,
03:24principalmente num eleitor menos escolarizado e mais pobre.
03:28Isso é outro ponto interessante.
03:30O Trump é um republicano popular nas camadas médias e baixas da população.
03:38Então, ele tem uma base popular muito forte.
03:40A Nick Haley, por exemplo, é bem votada entre os bens escolarizados, ricos e tal,
03:48que é aquela base tradicional que se associa ao eleitor conservador do partido republicano,
03:54porque nem sempre os republicanos estão conectados com a base mais popular dos seus eleitores
04:02e até da própria população como um todo.
04:04Não é o caso do Trump.
04:05É por isso que quem não gosta do Trump cola nele a história de ser populista.
04:10populista é, o que eu brinco, o que eu falo, é um xingamento para alguém que é popular e você não gosta.
04:16Se alguém é popular e você não gosta, você chama de populista.
04:18Mas o Trump tem uma base forte entre negros, latinos,
04:25gente que você não associa naturalmente ou normalmente ao partido republicano.
04:30Então, ele foi muito bem, muito mais do que ele precisava para garantir a...
04:39Não só que a...
04:40Porque essa é a primeira, tá?
04:42As primárias, elas rodam o país.
04:45É apenas...
04:46Ontem a gente teve a abertura, né?
04:48Mas foi uma abertura tão avassaladora que perde um pouco a graça do que vem pela frente.
04:54Ontem a gente teve o Succession ganhando o Emmy, a gente teve o Messi ganhando pela oitava vez o jogador do ano
05:03e a gente teve o Trump vencendo em Iowa.
05:06Ontem foi um...
05:08Um goleado, né?
05:09É, ontem foi um dia sem surpresas, né?
05:11Porque todo mundo achava que o Succession ia ganhar o Emmy,
05:14todo mundo achava que o Messi ia ganhar o melhor jogador e ganhou pela oitava vez.
05:19E o Trump também.
05:20Então, assim, eu vi alguns analistas, eu vi um que teve a manha de dizer
05:24não, porque eu acertei que o Trump ia ganhar.
05:26Você falou, amigo, tá bom.
05:28Que mais que você acertou?
05:29Aí é brincadeira, né?
05:30É, mas que mais que você acertou que ontem é a segunda?
05:34Mas não, ele deve ter acertado que estava frio em Iowa também, né?
05:38É...
05:39Matheus, coloca aí o artigo do texto do Alexandre,
05:43que ele publicou mais cedo, sobre os 30 pontos.
05:45Tá aí, Trump abriu 30 pontos de vantagem sobre o segundo colocado em Iowa.
05:48É, tipo, também fazer previsão da Fórmula 1, né?
05:51Verstappen vai ganhar a corrida.
05:52Gente, pelo amor de Deus, né?
05:54É o óbvio...
05:54O que a gente pode destacar também é que em alguns lugares de Iowa,
05:58a sensação térmica era de menos 40 graus.
06:02É...
06:02Tá um frio, assim...
06:04Tá um inverno muito rigoroso nos Estados Unidos.
06:08E em Iowa, especificamente, estava muito frio.
06:12E coincide que Iowa tem aquele sistema que eles chamam de cálculos, né?
06:16Que é um sistema diferente.
06:18As pessoas, elas têm que sair de casa, ir pra um lugar onde tem uma reunião,
06:23que é uma coisa que vem desde o tempo da colonização,
06:25que é muito charmoso.
06:27Pra quem gosta de política, é muito charmoso.
06:28Essa coisa do candidato ter que levantar e falar,
06:31ou os seus defensores, os seus militantes,
06:33ter que juntar e, né, no gogó, convencer as pessoas.
06:36Depois o sujeito vai lá no papelzinho e escreve o nome.
06:39Então isso teve...
06:41O clima, né?
06:43A temperatura teve uma influência,
06:44porque realmente muita gente não saiu de casa.
06:48Mas isso não...
06:49É um detalhe, né?
06:50Quer dizer, você teve esse turnout alto,
06:52mas não muda o fato de que o republicano mais popular
06:58e que hoje, segundo as pesquisas,
07:01ele inclusive está à frente do próprio adversário, do Joe Biden.
07:03O Joe Biden, ele tem vários problemas, né?
07:07Quer dizer, ele não engatou na economia.
07:10Ele é um sujeito que entrou,
07:12mas ele tem 81 para 82 anos.
07:16É o presidente mais velho, perdão,
07:19da história dos Estados Unidos.
07:21Eu vou falar de idade, olha aí.
07:23Comecei a tossir.
07:24Perdão.
07:25Vamos lá, vamos ajudar aqui o Alê.
07:28Idade aqui também, enfim.
07:30Vamos que vamos.
07:31Respira.
07:32Quer tomar uma água?
07:33Sem problema.
07:34Não sei o que deu aqui.
07:35Mas, enfim.
07:37O Biden, ele dá sinais de senilidade, né?
07:41Realmente, não é o Abílio Diniz,
07:44que está na academia com, sei lá, 90 anos,
07:47levantando peso, não é isso.
07:48Porque depende da condição, não é só a idade.
07:52Eu, pessoalmente, isso eu posso contar para vocês,
07:54em 2018, eu estive nos Estados Unidos
07:56e eu vi um comício do Trump ao vivo.
07:59Eu vi o sujeito uma hora e meia falando.
08:02E o Trump é uma força da natureza.
08:03Você pode gostar, não gostar dele.
08:05Tudo bem, não é isso.
08:07Mas, assim, eu vi o sujeito uma hora e meia falando ao vivo
08:10e a força que ele tem, ele é um sujeito muito alto,
08:14grandão, e ele tem um vozeirão.
08:16E ele fala uma hora e meia sem parar,
08:19quase sem respirar.
08:20É uma coisa que, para quem está assistindo,
08:23é uma experiência, no mínimo, marcante.
08:27Então, assim, o Trump não é tão mais novo
08:30do que o Joe Biden.
08:32O Trump, ele nasceu, acho que, em 1946.
08:36Ele vai fazer 70 aí?
08:4075, 76, né?
08:42Me ajuda aí na...
08:43Não, mais.
08:44Mas, assim, ele não é tão...
08:45Dá uma olhada aí no Google,
08:47que você me ajuda na memória.
08:48Não, ele está com 77 anos.
08:5277.
08:52Ele nasceu, mais precisamente,
08:54em 14 de junho de 1946.
08:58Exatamente.
08:59Acertei o 46, eu lembrei o junho.
09:01Bom, então, assim...
09:02Pode ir na guerra.
09:03Exatamente.
09:04Então, assim, ele é uns quatro anos mais novo que o Biden.
09:07Mas, em termos de vitalidade, de saúde,
09:11o Trump parece filho do Biden, parece neto do Biden.
09:14Então, assim, os quatro, cinco anos que eles têm de diferença,
09:18não espelham a diferença de vigor físico, de energia e de saúde dos dois.
09:25Eu estou falando porque eu vi pessoalmente.
09:27Eu tive no Estados Unidos e vi um homem falando ao vivo.
09:30E é uma coisa impressionante.
09:31E ele continua muito energético.
09:33As pessoas que trabalham com ele,
09:35todo mundo diz que não entende aonde vem essa energia,
09:37que ele é o primeiro a acordar, o primeiro a chegar no escritório,
09:40o último a sair, enfim.
09:42Algumas pessoas nascem com isso, ele nasceu com esse vigor.
09:46Então, ele é um cara energético,
09:48ele é um cara que está vindo com muita força
09:50para brigar por essa eleição,
09:54e o adversário dele é alguém que tem uma saúde debilitada.
09:58Inclusive, especulou-se muito em relação à própria saúde mental,
10:02de quanto que ele está senil, que ele está esquecendo,
10:04que ele está trocando as coisas.
10:06E, coincidência ou não, aí abre para debate,
10:11mas durante os anos de Joe Biden,
10:18você teve aí um mundo ficando muito mais inseguro.
10:22Você teve guerra na Ucrânia, você tem ainda, está rolando,
10:25você tem a invasão que o Hamas fez nos Estados Unidos,
10:28uma coisa totalmente sem precedente.
10:30Você tem aí a China dizendo que vai invadir Taiwan,
10:35que não quer nem saber.
10:36Você tem hoje, eu dei a notícia mais cedo,
10:38que a Coreia do Norte,
10:39dizendo, acabou essa...
10:40A Coreia do Norte disse assim,
10:42vamos parar de fingir que a gente quer paz com a Coreia do Sul,
10:45a gente quer guerra, a gente quer invadir,
10:47e a gente quer mandar na Península inteira.
10:50Então, assim, a gente tem na Casa Branca
10:53um sujeito fisicamente debilitado, fraco,
10:56que não é tão popular,
10:59até porque o Partido Republicano
11:01foi muito para a esquerda nos últimos anos,
11:03e principalmente nas suas alas mais jovens.
11:05O jovem, ele comprou um discurso woke,
11:09ele comprou um discurso muito radicalizado,
11:11e o Joe Biden, ele não é tão radical.
11:14O Joe Biden, ele é uma esquerda da old school,
11:18de um time mais antigo e tal,
11:22então ele não é um cara que tenha muita naturalidade
11:26para comprar a conversa woke,
11:28ele não inspira isso no eleitor mais jovem,
11:31democrata.
11:31Então, ele não consegue engajar tanto,
11:34como a Hillary também não conseguia,
11:36porque também é de uma outra geração,
11:40e é diferente do Obama,
11:42o Obama era um cara mais jovem,
11:44ele era em si,
11:45ele personificava a política identitária,
11:50e ele tinha um discurso que colava muito
11:53no identitarismo,
11:54muito, inclusive,
11:55dessa virada do Partido Democrata
11:58e do próprio debate político americano
12:01indo muito para a esquerda,
12:03deve-se, evidentemente,
12:04há oito anos de Barack Obama
12:05na Casa Branca.
12:07Então, assim, você tem
12:09uma situação onde
12:10o Trump, inegavelmente,
12:13ele é, não só o favorito
12:15para a indicação do Partido Republicano,
12:18mas ele hoje é o favorito,
12:20inclusive,
12:21para a eleição,
12:22para ganhar em novembro
12:23e voltar a ser presidente da República.
12:25Se ele fizer isso,
12:27ele vai repetir,
12:28aí,
12:29uma curiosidade de Wikipedia,
12:31a gente tem boa memória,
12:34às vezes,
12:34não serve para nada,
12:35mas vamos lá.
12:37Nos Estados Unidos,
12:38você tem uma regra
12:39de reeleição
12:40que foi feita
12:41depois do governo
12:42Franklin Delano Roosevelt,
12:44o Roosevelt,
12:45ele foi eleito quatro vezes,
12:46seguidas,
12:48ele morreu,
12:50ele teve uma hemorragia cerebral
12:51e morreu
12:51durante o seu quarto mandato
12:53presidencial seguido,
12:55que entrou o Truman,
12:56que era ali o final
12:57da Segunda Guerra Mundial.
12:58E aí baixou-se
12:59uma nova emenda
13:00da Constituição,
13:02proibindo
13:03essas reeleições eternas.
13:05Então, hoje,
13:06nos Estados Unidos,
13:07pela Constituição,
13:08você só pode ser reeleito
13:09uma vez.
13:10O Trump,
13:11se ele for reeleito,
13:14vai ser uma reeleição
13:15não consecutiva.
13:17E isso só aconteceu
13:18uma vez lá no século XIX,
13:20com um democrata
13:21chamado Grover Cleveland,
13:23que foi,
13:23se não me engano,
13:24se a minha memória
13:24não está me traindo,
13:26ele foi o 22º
13:27presidente americano,
13:28ele entrou,
13:31depois,
13:32ele perde a eleição
13:33quatro anos depois
13:34para o Benjamin Harrison,
13:36o Harrison
13:36governa quatro anos,
13:39sai,
13:40e o Grover Cleveland
13:41volta.
13:42se a minha memória
13:43não está
13:44me atrapalhando.
13:47Mas,
13:47se isso acontecer,
13:49o Trump
13:49será o segundo
13:51da história americana
13:51a ter
13:53uma reeleição
13:54não consecutiva.
13:55Sair,
13:56ficar quatro anos
13:57em casa,
13:57aliás,
13:58que casa,
13:59em Mara Lago,
14:00para quem não conhece,
14:02o nome é Mara Lago,
14:03porque o negócio
14:04é tão grande
14:04que é mar de um lado
14:05e lago do outro.
14:06e Mara Lago
14:08é o maior imóvel
14:10da Flórida,
14:11inteira.
14:12É a casa do Trump,
14:13é o maior imóvel
14:14da Flórida.
14:15Então,
14:16ele foi para casa
14:17que não é qualquer casa
14:18e está com chance
14:20realmente real
14:21de ir com a Melania
14:24em casa ainda.
14:25E aí,
14:25quatro anos depois,
14:26ele está aí
14:27com essa chance
14:27de voltar
14:29para a Casa Branca
14:30e a bola está
14:31muito redonda
14:32para ele.
14:32Legenda Adriana Zanotto

Recomendado