O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chamou a paralisação de funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) nesta terça-feira, 28, de “desarrazoada” e “política”. “Não tem pauta, não tem reivindicação do ponto de vista salarial”, criticou o governador.
“Sabemos que tem muita coisa para fazer, a gente está procurando seguir aquilo que nós prometemos na campanha. As desestatizações, os estudos para concessões não vão parar, não adianta fazer greve com esse mote. Nós vamos continuar tocando, pois nós dissemos que faríamos isso”, disse Tarcísio, durante entrevista coletiva convocada para a manhã desta terça.
Segundo o governador, “a operação [privatização] da Sabesp vai acontecer em 2024, pode ter certeza disso”. “E vai ser um grande sucesso. É o que vai garantir para o estado de São Paulo a universalização do serviço de saneamento, aumento da disponibilidade hídrica, o alcance de pessoas nas áreas rurais e despoluição do Tietê”, completou.
Greve
O transporte de passageiros sobre trilhos em São Paulo opera parcialmente na manhã desta terça, em mais um dia de paralisação dos sindicalistas contra os planos de privatização e concessão de serviços públicos à iniciativa privada do governo Tarcísio. A greve é menos drástica do que a de 3 de outubro, quando 100% dos serviços foram paralisados.
A circulação de ônibus foi reforçada e o rodízio de veículos foi suspenso na capital, para tentar minimizar o impacto da greve. O governo paulista também decretou ponto facultativo para o serviço púbico.
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00:00E esse projeto está sendo discutido com a sociedade, porque já foram inúmeras reuniões, reuniões com prefeitos, praticamente recebemos aqui todos os prefeitos, reuniões com o parlamento, reunião com o Tribunal de Contas do Estado, reunião com o Tribunal de Contas do Município, reunião com os servidores.
00:16Então é um processo, audiência pública na Assembleia, audiência pública na Câmara de Vereadores, além das audiências públicas que fazem parte do próprio processo de desestatização.
00:25E nada vai ser feito sem muito debate. Agora, tem uma turma que não quer o debate, que é impor a vontade, querem desgastar o governo, desgastar o programa.
00:36E no que tenta atingir o governo, atinge em cheio o cidadão. O cidadão que fica sem o serviço de transporte, o cidadão que fica sem o metrô, que fica sem o transporte de massa,
00:50que vai chegar no final do dia, vai levar horas depois de um dia exaustivo para chegar em casa, que vai secatuvelar para entrar no ônibus, que vai enfrentar a superlotação.
01:02Esse cidadão é que vai sofrer.
01:20O cidadão é que vai ser um processo de desestatização.