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Apresentado por Júlia Schiaffarino

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00:00A CIDADE NO BRASIL
00:30A CIDADE NO BRASIL
01:00A CIDADE NO BRASIL
01:30A CIDADE NO BRASIL
02:00A CIDADE NO BRASIL
02:02A CIDADE NO BRASIL
02:06A CIDADE NO BRASIL
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02:18A CIDADE NO BRASIL
02:20A CIDADE NO BRASIL
02:22A CIDADE NO BRASIL
02:24A CIDADE NO BRASIL
02:26A CIDADE NO BRASIL
02:30Oi, oi, tudo bom? Sejam muito bem-vindos ao Meio Dia em Brasília, nesta terça-feira, dia 1 de agosto.
02:56Bem-vindos ao Meio Dia e bem-vindos ao mês de agosto também.
03:00Eu sou Júlia Schiaffarino e hoje a gente vai falar o que está no radar da notícia nesta terça-feira.
03:07Seguinte, dia 1 de agosto, retorno do legislativo, fim de recesso.
03:31E no Congresso a gente tem a volta também da CPMI do 8 de janeiro, que começou os trabalhos hoje de manhã, os trabalhos dessa segunda etapa após recesso, com a oitiva de Saulo Moura da Cunha.
03:45Saulo é ex-diretor da BIM e ele assumiu a agência logo no iniciozinho do governo Lula, isso foi em janeiro.
03:53Deixou a função no dia 2 de março.
03:56Saulo teve uma série de idas e vindas.
03:58Em abril, ele foi nomeado como chefe da Assessoria Especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos do GSI, que é o Gabinete de Segurança Institucional vinculado à Presidência da República.
04:10Pouco depois que ele foi nomeado, vieram ao público algumas das imagens, a gente lembra disso, vocês devem ter assistido, devem ter visto em vários locais,
04:19do então chefe ministro do GSI, Gonçalves Dias, andando tranquilamente no palácio enquanto acontecia a invasão, tanto ao Palácio do Planalto, quanto ao Congresso, quanto ao Supremo.
04:30No dia 2 de junho, ele foi o quê? Dispensado do cargo.
04:35A gente tem um trechinho da CPM que está acontecendo agora, eu vou pedir para soltarem, para vocês verem como que está o clima lá na comissão.
04:43A CPM, lembrando, ela começou pela manhã e segue provavelmente até o meio da tarde.
04:48Nós temos a impressão, nós temos já uma certa convicção, e nesse momento a marcha se deslocava, ela não havia rompido ainda nenhuma barreira,
04:59ela começava a se deslocar, de que as sedes dos poderes serão invadidas, ou pelo menos haverá uma ação violenta em relação a esses prédios.
05:12Isso é por volta de uma e meia da tarde, por aí.
05:16Foi então o horário que o senhor possivelmente falou com ele por telefone a última vez.
05:19Por telefone, mas eu fico...
05:21Abriu o primeiro contato...
05:23O primeiro contato por WhatsApp, por volta de...
05:27De oito horas da manhã, nós trocamos...
05:28Mas nesse horário de oito horas da manhã, o senhor conversou com ele por telefone?
05:31Não, eu só conversei com ele por telefone.
05:36Às oito e pouco da manhã, eu sinalizo os 105 ônibus, e ele me responde, dizendo, acho que vamos ter problemas.
05:45Certo.
05:46Por WhatsApp.
05:47Senhor, certo.
05:48E eu continuo encaminhando as mensagens, e por volta de uma e meia eu falo com o ministro e passo essa minha preocupação.
05:58Já aí já havia, por parte da, pelo menos da BIM, uma certa convicção de que nós poderíamos ter atos extremistas e não seria apenas uma passeata pacífica.
06:10E o próprio general reconheceu isso no seu depoimento.
06:12Senhor Saulo, o G. Dias, ele fala no depoimento, e ele, na verdade, será ouvido aqui, que ele fez contato, por exemplo, com o coronel penteado, que era o número dois.
06:23Oh, perdão, o general penteado, estou rebaixando aqui.
06:27O general penteado, que era o secretário executivo do GSI, né?
06:31Ou seja, era o número dois dele, e naquele momento o penteado teria dito a ele que estava tranquilo, que precisava ele vir.
06:39Ele também, por exemplo, fala com o coronel, o general Amorim, que eu coloquei aqui, não, mas foi...
06:47O Amorim, que era o chefe de coordenação de análise de risco.
06:51E ele também teria dito que era uma baixa gravidade, criticidade baixa, né?
06:57Ele também teria falado com o Feitosa, que é ex-secretário de Segurança e Coordenação Presidencial, e também teria passado tranquilidade.
07:05Ao mesmo tempo, por exemplo, nós temos 11h36 da manhã, o tenente-coronel Alex Marcos...
07:14Vocês estão vendo ali, só para situar quem está assistindo, do lado de cá, ela é a relatora Elisiane Gama.
07:24Ao lado dela, a gente tem o presidente da CPMI, que é o Arthur Maia, deputado federal,
07:29e o ex-diretor da Binho, o Saulo, que está respondendo, no caso, nesse momento, as perguntas da Elisiane.
07:37Bom, a gente vai voltar daqui a pouco para a CPMI, eu prometo que eu libero umas imagens de novo, já, já.
07:44Só que, ainda dentro desse assunto, tem até uma matéria que saiu hoje na Folha de São Paulo,
07:49que trouxe documentos que indicavam uma falta de planejamento do GSI,
07:55como eu disse, é vinculado à presidência da República, no que antecedeu essas invasões.
08:00Por que eu estou dizendo isso?
08:01Porque tanto a ação do GSI, quanto a ação da BIM, elas têm sido alvo dos questionamentos na CPMI.
08:09Esses inquéritos, eles são inquéritos que estão correndo no âmbito policial,
08:15e o que acontece?
08:17Dentro desses inquéritos, parte desses documentos obtidos pela Folha,
08:21indicam que houve uma...
08:23Não sei se a gente dá para usar esse termo, a Folha usou, mas, enfim,
08:26um certo apaziguamento de responsabilidade do Exército.
08:32O que é que acontece?
08:33Hoje pela manhã, o diretor-geral da PF, o Andrei Rodrigues,
08:37ele participou de um evento no qual ele falou que, sim,
08:41haverão novas ações da Polícia Federal contra as pessoas que são investigadas
08:45por envolvimento no 8 de janeiro.
08:47Então, novas ações da Polícia devem ser realizadas,
08:51a gente vai ter desdobramentos do caso.
08:53E ele também criticou a atuação do Exército.
08:56Ele disse que houve uma complacência do Exército em relação aos acampamentos.
09:02Os acampamentos que eu falo, aqueles acampamentos bolsonaristas
09:04que estavam em frente ao quartel-general em Brasília.
09:08O delegado Andrei, ele falou, as declarações dele foram dadas
09:12em um evento que aconteceu em São Paulo
09:14sobre os 10 anos da lei anticorrupção.
09:18Então, a gente terminou o bloco anterior falando desse evento dos 10 anos da lei anticorrupção
09:31e é hoje que se comemora, como marco, a sanção da lei.
09:37Essa lei foi sancionada na gestão Dilma Rousseff no bojo de uma série de ações do governo
09:44pós-protestos de rua, protesto de 2013.
09:48E ele traz um texto, essa lei traz um texto que mudou significativamente
09:53os paradigmas de combate à corrupção no país,
09:55principalmente no que tange à atuação de empresas privadas.
09:59Só que a presidente Dilma, na época, ela não previu o furacão que viria depois,
10:05que é a Operação Lava Jato.
10:06Operação cerca de um ano ou um ano e pouco depois.
10:10Dentro desse tema, eu vou chamar para a conversa agora
10:13o advogado e professor de direito da FGV do Rio, Thiago Bottino.
10:19Tudo bem, doutor Thiago?
10:21Oi, Júlia, tudo bom?
10:24Como eu disse, essa lei foi aprovada há 10 anos.
10:27Eu queria pedir para o senhor iniciar a nossa conversa
10:31trazendo o que a lei trouxe de tão significativo
10:35para ela ser considerada esse marco
10:37e qual o status que a gente está hoje dentro dessa legislação.
10:42Olha, eu acho que as coisas principais que a lei trouxe
10:46podem ser agrupadas em quatro características.
10:52A primeira delas foi a possibilidade de você responsabilizar
10:56uma empresa de forma objetiva.
10:59O que significa responsabilizar de forma objetiva?
11:02Significa que vai ser responsabilizada a empresa
11:06por um ato de um funcionário,
11:08ainda que você não precise demonstrar que esse funcionário
11:11agiu por determinação do presidente da empresa.
11:16Então, se um funcionário de uma empresa qualquer
11:19pratica um ato de corrupção,
11:21ele vai ser processado criminalmente.
11:23Mas a empresa não tinha nenhum tipo de punição.
11:27E agora, se um funcionário da empresa
11:30pratica um ato de corrupção,
11:32além dele ser processado criminalmente,
11:34a empresa também é multada administrativamente.
11:38Então, essa responsabilidade objetiva
11:41fez com que as empresas tivessem que controlar melhor
11:45a atuação dos seus funcionários.
11:47O que significa?
11:48Significa que elas passaram a ser responsáveis
11:51pelas práticas de vários funcionários.
11:54Então, você não pode mais simplesmente virar o rosto,
11:57fingir que não viu.
11:58Você tem que ter cuidados específicos.
12:00Uma das formas justamente de estimular isso
12:03é porque, na verdade, você está transferindo em parte
12:07a responsabilidade pela prevenção desses crimes
12:11para o ente privado, para a empresa.
12:13E você tem lá uma especificidade da lei
12:17que diz que essa multa será aplicada,
12:20mas que se a empresa demonstrar que tinha regras de controle interno
12:25e que essas regras de controle interno foram,
12:27eventualmente, burladas,
12:29mas que ela possuía e fazia atividade de fiscalização,
12:31essa multa pode ser reduzida.
12:33E, basicamente, é isso que a gente chama de compliance.
12:36Então, as empresas passaram a fazer um investimento em compliance,
12:40criar divisões de controle interno
12:43para estabelecer procedimentos, fiscalização rotineira,
12:47com a finalidade de, caso haja algum tipo de problema,
12:51essa multa vai ser reduzida
12:53em razão da existência desse programa
12:56de integridade dentro das empresas.
12:59Então, primeira mudança,
13:01essa responsabilidade objetiva
13:02e associada a essa questão também do compliance,
13:05de criar uma cultura dentro das empresas
13:08de fiscalização permanente das suas atuações.
13:13Uma outra diferença,
13:15uma novidade, vamos botar assim, importante,
13:18já existia em outras leis,
13:20mas foi a figura do acordo de leniência.
13:23Então, a gente já tinha um acordo de leniência
13:26para atos anti-competição,
13:30na lei de concorrência.
13:32Então, você já tinha ali na lei do Cade,
13:33que criou o Cade, essa possibilidade,
13:36e veio em 2013 essa lei anticorrupção
13:40prevendo também o acordo de leniência.
13:42Mais tarde, em 2017,
13:44se colocaram previsões parecidas também
13:47para a CVM, para a Banco Central,
13:50mas com outro nome,
13:51com o nome de acordo de supervisão,
13:52mas que tem a mesma lógica.
13:53E o que significa esse acordo de leniência?
13:56Basicamente, é a possibilidade de você
13:59reduzir ainda mais as multas
14:01se a empresa concordar em não só se abrir
14:07a essa fiscalização,
14:08mas fornecer todos os elementos possíveis
14:10para responsabilizar individualmente
14:12aquelas pessoas que, empregadas da companhia,
14:15praticaram atos de corrupção.
14:17Perfeito.
14:19O senhor falou da questão do complice,
14:21é um dos pontos que eu queria abordar,
14:24e sobre a questão das leniências também.
14:26Primeiro, vou até antecipar um pouquinho,
14:28essa questão do complice,
14:30a gente vê muito nas grandes empresas,
14:33que são as que, geralmente,
14:34acabam conseguindo contas maiores
14:37com a União, etc.
14:38Só que a gente sabe que tem uma gama
14:40de empresas também que atuam junto
14:41a prefeituras e até governos estaduais,
14:45que são os de menor porte.
14:47Até que ponto que o complice,
14:49ele, de fato, passados 10 anos,
14:51ele está internalizado no agir empresarial
14:56ou não?
14:57Ele acaba sendo ali uma figura
14:58meio que restrita,
14:59só para dizer que tem.
15:02Bom, acho que a gente tem
15:03muitas situações diferentes.
15:05Então, as empresas grandes,
15:06multinacionais,
15:07que já atuavam em muitos países,
15:09elas talvez tenham tido
15:11muito mais facilidade
15:12de criar programas de complice
15:16durante a sua atuação aqui no Brasil
15:18do que outras,
15:19muito por conta da cultura empresarial.
15:22Em segundo lugar,
15:23o complice, ele aumenta
15:24o custo operacional da empresa.
15:26Então, você vai contratar pessoas
15:28especificamente para ficarem fiscalizando
15:31o trabalho de outros funcionários.
15:34Então, imagina, você tem lá uma empresa,
15:35você tem 15 funcionários,
15:36você vai ter que contratar um, dois, três,
15:39para poder fiscalizar a atuação dos outros.
15:41É claro que em uma empresa muito grande,
15:44esse custo é diluído.
15:45Você estabelece aqueles procedimentos,
15:47você consegue manter uma equipe
15:47relativamente pequena
15:49para acompanhar tudo.
15:50Mas em uma empresa pequena,
15:51esse custo é proporcionalmente muito maior.
15:54Por outro lado,
15:55em uma empresa pequena,
15:57mesmo se você não tiver
15:58programas de complice,
15:58você consegue acompanhar.
16:00O que é difícil é você,
16:02sei lá, imagina,
16:03ser diretor de uma empresa
16:04que tem 15 mil funcionários
16:06e você sabe que a sua empresa
16:08vai ser responsabilizada
16:09pelo ato de qualquer uma dessas 15 mil pessoas
16:11e você nem conhece,
16:13nem sabe quem são essas pessoas
16:14que estão trabalhando na sua empresa.
16:16Em uma empresa menor,
16:17é mais fácil estabelecer esses controles.
16:19Porque assim,
16:19o compliance não é uma exigência,
16:22não é uma obrigatoriedade.
16:24Ele reduz a multa
16:26quando essa multa vem,
16:28caso haja um ato de corrupção
16:30praticado por um funcionário,
16:32mas ele não é obrigatório.
16:33Então, as empresas menores,
16:35elas eventualmente buscam
16:38suprir essa necessidade de fiscalização
16:40sem necessariamente criar
16:42programas de compliance.
16:42Você também pode ter
16:43programas de compliance
16:45ajustados para diferentes
16:48tamanhos empresariais.
16:49Você pode ter, assim,
16:52uma espécie de manual de conduta,
16:54você pode ter regras mais claras
16:56de como fazer,
16:57você pode dizer,
16:57olha, não pode presentear o funcionário,
17:00não pode chegar no final do ano
17:01e dar lavinho,
17:02fazer isso, fazer aquilo.
17:03Você vai criando normas
17:04quando você precisa ter
17:05uma estrutura voltada
17:07para fazer essa fiscalização constante.
17:11Em relação aos acordos de leniência,
17:13aí voltando um pouquinho,
17:14a gente tem uma discussão
17:16que começou no ano passado
17:17e ela passa pelo Congresso
17:19de que empresas que firmaram
17:21acordos de leniência
17:22poderiam voltar a ter contratos
17:24com órgãos públicos.
17:27Não sei se o senhor sabe
17:28em que pé está essa discussão,
17:30mas, assim,
17:31para além disso,
17:31o que eu queria saber?
17:32isso seria um avanço da lei
17:34ou não?
17:35Seria uma brecha
17:36que pode ser aberta aí?
17:39Olha, a lei de corrupção,
17:41ela não traz como pena
17:43a proibição de contratar
17:45com o poder público.
17:47A lei de improbidade
17:48tem uma previsão assim,
17:50a pessoa, né,
17:50uma empresa que é punida
17:52por improbidade,
17:53ela fica proibida
17:54de contratar com o poder público,
17:55mas a lei de corrupção
17:56não tem esse dispositivo.
17:57e a ideia, justamente,
18:00é você ter medidas
18:02para sanear a empresa
18:03para a empresa continuar existindo.
18:05Porque, bem,
18:05a lei anticorrupção,
18:07ela quer que as empresas
18:09se ajustem
18:11a um novo ambiente,
18:13na relação
18:14entre ente público
18:15e ente privado,
18:17mas ela não quer
18:17matar as empresas,
18:19não quer fazer
18:19com que as empresas
18:20não possam trabalhar.
18:21Dependendo do segmento
18:22da sua empresa,
18:23você vai sempre estar
18:24contratando com
18:25o setor público
18:27por conta
18:27da sua atividade fim.
18:29Então, a ideia
18:30de você proibir
18:32uma empresa
18:32de contratar
18:33com o poder público
18:34muitas vezes
18:34vai significar
18:35quase que uma pena
18:36de morte
18:37para essa empresa.
18:39Então, se,
18:40mesmo na situação
18:41de empresa
18:42que é punida,
18:43ela não fica proibida
18:44de contratar,
18:45a empresa que faz
18:45o acordo de alienência,
18:47portanto, né,
18:48ela não foi punida,
18:48ela fez um acordo de alienência,
18:49ela cooperou,
18:50ela colaborou,
18:51mais uma razão
18:52para que ela não fique
18:53impedida de contratar.
18:54não significa
18:55que você não
18:56deva manter lá
18:57os controles, né,
18:58e em caso, sei lá,
18:59de reincidência,
19:00você pode aplicar
19:01uma multa muito maior,
19:02mas a ideia é separar,
19:04de bem,
19:04o que é a responsabilidade
19:06de um ser humano
19:08que ainda que pratique
19:09um ato, né,
19:10pratica pensando
19:11no benefício da empresa,
19:12da empresa em si.
19:14Você pode ter empresas
19:14grandes que têm acionistas
19:16que, na verdade,
19:16não têm nenhuma responsabilidade
19:17sobre a gestão
19:18daquela companhia.
19:19Então, você vai punir
19:20aqueles gestores,
19:21aqueles executivos,
19:23e você vai preservar
19:24a empresa, né,
19:25enfim,
19:26trocando aqueles acionistas
19:27para que ela promova
19:28também a sua função social,
19:30né,
19:30de atividade econômica
19:32que contribui
19:33para o desenvolvimento
19:34nacional.
19:34ponto, doutor Tiago,
19:38que quando a gente fala
19:39de Lava Jato,
19:40não tem como dissociar,
19:42é a discussão
19:43em torno
19:44das competências.
19:45A gente viu,
19:46durante todo o episódio
19:47da Lava Jato,
19:48uma série de críticas
19:49e reafirmações
19:50do Ministério Público,
19:52que muitas vezes
19:52evocou para si
19:53funções da lei,
19:55que depois, enfim,
19:56foi motivo
19:56de embate jurídico.
19:58A lei,
19:59passados 10 anos
20:00da lei anticorrupção,
20:02como está esse vácuo,
20:04esse diálogo
20:06entre os poderes?
20:09O vácuo,
20:09ele persiste?
20:10A gente teve
20:11algum tipo de avanço
20:12ou continua sendo
20:13um ponto
20:14que precisa se avançar?
20:16Bom,
20:17na verdade,
20:18nunca existiu
20:18um vácuo, né,
20:19nunca existiu
20:20uma falta
20:21de orientação
20:22normativa, né,
20:24o que a gente tem
20:25historicamente comprovado
20:28que aconteceu
20:28durante a Lava Jato
20:29foi alguns membros
20:31do Ministério Público Federal
20:32celebrando acordos
20:34sem que a lei
20:35desse para eles
20:36nenhum tipo
20:36de autorização
20:37para isso, né,
20:38isso,
20:39inclusive,
20:40foi objeto
20:41de discussão
20:42no Judiciário,
20:44o Judiciário falou assim,
20:44olha,
20:45você não tem
20:46atribuição
20:47para fazer
20:48acordo de leniense,
20:49e bem,
20:50nós que somos
20:50cidadãos,
20:51indivíduos,
20:53particulares,
20:54nós podemos fazer
20:54tudo aquilo
20:55que a lei
20:55não proíbe,
20:57mas o servidor público
20:58só pode fazer
20:59aquilo que a lei
20:59autoriza, né,
21:00o sujeito não pode,
21:02sei lá,
21:02eu sou juiz,
21:03e vai dar uma sentença
21:04em outro estado,
21:04não,
21:04não existe isso,
21:06né,
21:06você tem ali
21:07o que é a sua competência,
21:08o Ministério Público tem ali
21:09o que é a sua atribuição,
21:10e a lei
21:10estabeleceu
21:11desde o começo
21:12que a atribuição
21:13para fazer
21:13acordo de leniense
21:14é da Controladoria
21:15Geral da União,
21:16ponto, né,
21:18assim como o acordo
21:19de leniense
21:20no âmbito
21:20do Conselho
21:22de Defesa Econômica,
21:24é do CAD,
21:24é do Conselho
21:25de Defesa Econômica, né,
21:26lá no caso do CAD,
21:28existe um membro
21:29do Ministério Público
21:30que participa, né,
21:32das negociações,
21:34opina,
21:34dá uma opinião,
21:35ah, eu acho que é bom,
21:36eu acho que é ruim,
21:37mas não é ele
21:38quem celebra,
21:39e no caso da lei
21:40de corrupção,
21:41o Ministério Público,
21:42alguns membros,
21:43vamos deixar bem claro,
21:44alguns membros
21:45do Ministério Público Federal
21:46resolveram celebrar
21:47esses acordos
21:48e alguns juízes
21:49resolveram homologar
21:50esses acordos,
21:52totalmente fora da lei,
21:53né,
21:53o judiciário precisou
21:54depois ali
21:55fazer até um esforço
21:57para corrigir isso,
21:58alguns desses maiores acordos
21:59tiveram que ser refeitos,
22:01agora sim,
22:01com a participação
22:02da CGU, né,
22:04junto do Ministério Público,
22:07e isso implica
22:08também qual é a destinação
22:10dos recursos, né,
22:11esses primeiros acordos
22:12de leniense
22:13celebrados pelo Ministério
22:13Público Federal,
22:14os recursos tinham
22:15uma destinação,
22:16e aí quando a CGU
22:18entrou e esses acordos
22:19foram refeitos,
22:20essa destinação
22:20foi modificada, né,
22:23então às vezes você
22:23tem lá um acordo,
22:26você tem uma vítima,
22:26o dinheiro não voltava
22:28para a vítima,
22:29deveria voltar para a vítima,
22:30aquela pessoa
22:30que sofreu prejuízo
22:31e não retornava,
22:33então essa é uma questão
22:34que no fundo
22:35nunca houve um vácuo,
22:37houve um comportamento
22:38ilegal
22:40que o judiciário
22:41corrigiu,
22:43e esse é o ponto, né,
22:44então se hoje
22:44a CGU faz mais
22:46ou menos acordos,
22:48se seria bom
22:49ou ruim
22:49ter a participação
22:50do Ministério Público
22:51nesses acordos,
22:52uma outra questão,
22:53eu particularmente
22:54até acho que
22:55é conveniente
22:56ter a participação
22:58do Ministério Público
22:59durante essas negociações,
23:01mas a decisão
23:02de firmar
23:03ou não um acordo
23:04não cabe ao Ministério Público,
23:06cabe à CGU,
23:07como no caso
23:07da lei
23:08anticoncorrencial,
23:10cabe ao Cade,
23:11como no caso
23:11de infrações
23:12contra mercados capitais,
23:13cabe à CVM,
23:15no caso do sistema financeiro
23:16cabe ao BACEM,
23:17todos esses órgãos
23:18têm a previsão
23:20de realização
23:21de acordos, né,
23:22e tem que ser feitos
23:23de acordo
23:24com o interesse
23:25desses órgãos, né,
23:27que muitas vezes
23:28é dissociado
23:28do interesse
23:29do Ministério Público, né,
23:30o Ministério Público
23:30tem outro tipo
23:31de interesse,
23:32procura outra coisa,
23:33né,
23:33tem como atribuição
23:35lá processar criminalmente,
23:37e aí,
23:37e nesse caso aqui,
23:38muitas vezes
23:39você não tem nem crime,
23:40né,
23:40você pode ter uma infração
23:41que não seja,
23:42é uma infração administrativa,
23:43mas que não é um crime.
23:45Então,
23:45acho que a questão
23:46dos acordos de leniência
23:47ainda podem ser melhorados
23:49se houver, né,
23:50uma previsão legal
23:51para a participação
23:53do Ministério Público
23:54na celebração
23:56desses acordos.
23:56se a gente pensar,
23:58se a gente pensar, então,
23:59nos próximos dez anos,
24:00a gente teve dez anos
24:01passados da lei,
24:03pensando agora
24:04num espaço
24:05de uma década também,
24:06na avaliação do senhor
24:07que acompanha esse assunto,
24:09o que é que precisa
24:09ser observado
24:11para que a lei,
24:12de fato,
24:12tenha uma eficácia
24:14maior,
24:16e aí,
24:16quando eu falo maior,
24:17a nível nacional mesmo,
24:19em mais locais,
24:20e também,
24:21quais são os gargalos
24:22que o texto
24:24ainda enfrenta?
24:25Será que é necessário
24:26uma atualização?
24:27Enfim.
24:28Eu acho que essas duas
24:29perguntas que você fez
24:31têm uma resposta só, né,
24:32a lei anticorrupção,
24:34ela previu o seguinte,
24:35que cada órgão
24:36no nível
24:37municipal,
24:39estadual e federal,
24:40em cada um dos poderes,
24:42executivo,
24:42legislativo,
24:43judiciário,
24:44deveria regulamentar
24:45a lei, né,
24:47então, você tem
24:47decretos que regulamentam,
24:50então,
24:50o que é mais importante hoje?
24:52Você tem uma certa
24:52padronização,
24:53você tem um decreto
24:54no âmbito executivo
24:56federal,
24:57você tem um outro decreto,
24:59né,
24:59sei lá,
25:00São Paulo,
25:00Rio,
25:01no âmbito executivo
25:01estadual,
25:02esses decretos todos,
25:04eles têm que conversar,
25:05eles têm que ter
25:06uma característica parecida
25:08para que as empresas,
25:10né,
25:10enfim,
25:10os brasileiros
25:13possam se orientar
25:14por eles
25:14e não ficar,
25:15né,
25:16perdidos eventualmente
25:17numa selva de
25:18regulamentações
25:18totalmente diferentes.
25:19Você imagina,
25:205 mil municípios,
25:21se cada município
25:22regulamentar
25:23de uma forma diferente,
25:24né,
25:25se no âmbito
25:26do legislativo
25:27for muito diferente
25:28do âmbito do judiciário
25:29e muito diferente
25:29do âmbito do executivo,
25:31tudo isso torna
25:32muito mais custoso,
25:33né,
25:33fazer com que essas normas
25:34sejam,
25:35de fato,
25:36seguidas,
25:36observadas
25:37e criem ali
25:39as condições
25:40de uma atividade
25:41empresarial
25:42sem corrupção,
25:44né,
25:44quando você cria
25:45muita dificuldade,
25:46aquilo fica muito confuso,
25:48é um ambiente
25:49onde surge lá
25:50o sujeito
25:51que vai tentar
25:52dar um jeitinho,
25:53fazer uma gambiarra,
25:54facilitar de um jeito
25:55ou de outro,
25:56que na verdade é tudo
25:57que a lei quer evitar,
25:58então acho que o maior
25:58desafio hoje
25:59que a gente tem
26:00é terminar
26:02de regulamentar,
26:03vários municípios
26:04não regulamentaram ainda,
26:05alguns estados
26:06não regulamentaram ainda,
26:07é ter uma regulamentação
26:08parecida,
26:09é claro que a gente
26:10tem que respeitar
26:11as diferenças,
26:12o que vai funcionar
26:13bem no executivo
26:14não é a mesma coisa
26:15do legislativo,
26:16o tipo de contratação
26:16é outra,
26:17o tipo de atividade
26:18é outra,
26:19mas tem que conversar,
26:20tem que ter ali
26:21uma base comum
26:23para não tornar
26:24tão custosa
26:25a observância
26:29dessas regras
26:30sempre que você estiver
26:31lidando com o poder público.
26:34Ok.
26:35Doutor Tiago Bottino,
26:37queria lhe agradecer
26:38a participação,
26:39os esclarecimentos,
26:40viu?
26:41E deixamos o espaço
26:42aqui aberto
26:42para sempre que tiver
26:43alguma coisa
26:44voltar e conversar
26:45com a gente.
26:46Tá bom, Júlia,
26:47muito obrigado.
26:47e eu que agradeço
26:48com a gente.
26:49Até mais.
26:57Seguinte,
26:58a gente vai fazer
26:59um giro agora
26:59de notícias
27:00e o presidente Lula,
27:03ontem ele foi
27:04a público
27:05e desmentiu,
27:06dá para usar
27:07assim essa palavra,
27:08desmentiu,
27:09a ministra do planejamento,
27:10Simone Tebet.
27:11Só para a gente
27:12dar uma contextualizada
27:14no que aconteceu
27:15para quem está pegando
27:15o bom de andando.
27:17O governo,
27:18mais exatamente,
27:20o ministro de comunicação,
27:22Paulo Pimenta,
27:23disse que o diretor do IBGE
27:25seria trocado.
27:27E é no lugar do atual
27:28e diretor
27:29entraria Márcio Postman.
27:31Bom,
27:32isso não caiu bem
27:33para Simone Tebet
27:34porque o IBGE
27:35é um órgão vinculado
27:37ao planejamento
27:38e isso aconteceu
27:41em tese
27:41sem que ela soubesse.
27:43Bom,
27:43foi isso que a ministra
27:44falou.
27:45Ela deu uma declaração
27:46logo depois
27:47dizendo que
27:49tinha conversado
27:50com o presidente Lula.
27:52Nessa conversa
27:52foi levantada
27:54a possibilidade
27:54de uma mudança
27:55no comando do IBGE,
27:57mas que em momento nenhum
27:58tinha ficado acertado
28:00que seria opóstuma
28:01e que isso seria anunciado.
28:03E que Paulo Pimenta
28:04teria se adiantado
28:06ao anúncio.
28:07E aí o presidente Lula
28:09disse hoje,
28:11hoje ou foi ontem,
28:12estou em dúvida agora,
28:12que não.
28:13Ela sabia há muito tempo,
28:15ela sabia há muito tempo
28:16em aspas.
28:18Tem um VT sobre isso.
28:19Não é aceitável
28:21as pessoas tentarem
28:23criar uma imagem negativa
28:25de uma pessoa
28:27da qualificação
28:28do Márcio Postman.
28:30O Márcio Postman
28:31é um dos grandes intelectuais
28:32desse país.
28:33É um rapaz
28:35extremamente preparado
28:37sabe?
28:38E esse rapaz,
28:40eu escudei ele
28:41porque eu confio
28:42na capacidade intelectual dele.
28:44Ele é um pesquisador exímio.
28:47Agora,
28:47algumas pessoas
28:48que possivelmente
28:49queriam ir para lá,
28:52ficam colocando
28:53dúvidas
28:56sobre a idoneidade
28:57do Márcio Postman.
29:00Eu queria dizer
29:00ao povo brasileiro
29:01que o Márcio Postman,
29:03se tiver dez pessoas
29:04da mais alta,
29:06100% idônia
29:07nesse país,
29:08um é o Márcio Postman.
29:10Queria só dizer isso.
29:11E dizer o seguinte,
29:12a Simone Tebbet
29:14sabe que o Márcio Postman
29:16é o meu escolhido
29:17há muito tempo atrás
29:18e com toda clareza
29:20ela ponderou
29:21que era importante
29:22terminar o censo,
29:23fez o censo,
29:24terminou o censo,
29:25agora o Márcio Postman
29:26para tomar posse
29:26como diretor do IBGE.
29:30É só isso.
29:32Ah, mas os fascistas
29:35estão dizendo
29:35ah, mas ele vai manipular
29:37dado
29:38a favor do governo.
29:40Vou falar uma coisa
29:41para vocês, gente.
29:43Quem tem uma história
29:45nesse país
29:46como é que vocês
29:47me ajudaram a construir
29:49não vai precisar
29:50de manipular dado
29:51para poder fazer
29:52as coisas nesse país.
29:53Quanto mais verdadeiros
29:55forem os dados,
29:56melhor para quem governa.
29:58Quem gosta de dados mentirosos
30:00caiu fora.
30:02Quem gosta de...
30:03Só em relação
30:11ao vídeo anterior,
30:14a gente lembra
30:14que uma das críticas
30:15ao Postman
30:16é que ele seria
30:18ligado,
30:19vinculado ao PT
30:20e que o IBGE,
30:23que, enfim,
30:24responsável por pesquisas
30:25que têm influência
30:26sobre políticas
30:28de governo
30:29precisaria de alguém técnico.
30:32Bom, dito isto,
30:33seguimos.
30:34E a gente volta
30:35a falar da CPMI.
30:36Eu prometi que eu voltava
30:37com o CPMI
30:37de 8 de janeiro.
30:39O que acontece?
30:39O presidente
30:40Arthur Maia
30:41quer as imagens
30:42do Ministério da Justiça
30:44do dia da invasão.
30:46E ele decidiu,
30:47ele disse que vai
30:48ao Supremo Tribunal Federal.
30:50Bom,
30:51qual é a questão
30:52em torno
30:53dessas imagens?
30:54Elas haviam sido
30:55solicitadas
30:55e o ministro Flávio Dino
30:57respondeu que não,
30:58que não ia dar
30:59as imagens.
31:01E agora,
31:02a gente tem
31:02o presidente da CPMI
31:03atrás do Supremo
31:05querendo as imagens
31:06do Ministério da Justiça.
31:08Tem um videozinho
31:09sobre isso.
31:10eu não posso aceitar
31:12que as partes
31:14que sejam
31:15objeto de determinado
31:16requerimento
31:16simplesmente tenham
31:17o direito
31:18de dizer
31:19eu não vou atender.
31:21Porque se isso
31:22for feito,
31:23se nós adotarmos
31:24e aceitarmos passivamente
31:25esse tipo
31:27de comportamento,
31:28essa CPMI
31:29está fadada
31:31mais do que
31:31é o fracasso,
31:32está condenada
31:33ao ridículo
31:33de todos os requerimentos
31:35que nós aprovamos aqui,
31:36simplesmente o alvo
31:37do requerimento
31:37é, olha,
31:38eu não vou entregar.
31:40E se nós
31:40agirmos dessa forma
31:41em relação
31:42ao ministro Flavio Dino,
31:44todo o respeito
31:46ao ministro Flavio Dino,
31:47eu não conheço
31:49pessoalmente,
31:51nunca estive
31:51com o ministro
31:52pessoalmente,
31:53mas, por isso mesmo,
31:54não tenho nenhum motivo
31:55para ter nada
31:57contra ele.
31:57Pelo contrário,
31:58considero ele
31:59um quadro público,
32:00uma figura
32:01e um quadro
32:02da mais alta
32:03significância
32:05nesse país,
32:06senador da República,
32:07etc.
32:08mas, se eu aceitar
32:10passivamente
32:11que o ministro
32:13pode se denegar
32:15a dar
32:16conhecimento
32:18à CPI
32:19de um documento
32:21que a CPI
32:21requereu,
32:23obviamente
32:23que isso
32:24prevalecerá
32:25para todos
32:26e qualquer
32:27outros
32:28alvos
32:30de requerimento
32:31da CPI.
32:32Assim,
32:33eu quero informar
32:34ao colegiado
32:35que estou
32:36determinando
32:37a advocacia
32:39do Senado
32:39para que
32:41solicite
32:42ao Supremo
32:43Tribunal Federal
32:44uma ordem
32:46para que
32:46o Supremo
32:47solicite,
32:48determine
32:49ao ministro
32:49que sejam
32:50entregues
32:51esses documentos.
32:52Então,
32:52essa decisão
32:53é a decisão
32:54que a mesa
32:54está tomada.
32:57E como política,
32:59lembra daquele jogo
33:00Passa ou Repassa?
33:02Pronto,
33:03Flávio Dino
33:03respondeu.
33:04A gente tem até
33:04o Twitter dele,
33:06que vou pedir
33:06para lançarem
33:06aqui na tela.
33:08Seguinte,
33:08Flávio Dino
33:09falou um monte
33:10de coisa.
33:11Um,
33:12tentaram fraudar
33:12a eleição de 2022
33:14para ficar no poder.
33:15Ainda assim,
33:16perderam.
33:16Dois,
33:17tentaram dar um golpe
33:18de Estado
33:19entre outubro de 2022
33:21e janeiro de 2023.
33:23Perderam novamente.
33:24Três,
33:25tentaram explodir
33:25o aeroporto de Brasília
33:27e matar centenas
33:28de pessoas.
33:29Não conseguiram.
33:30Essas são verdades
33:31comprovadas.
33:32Não adianta ficar
33:32inventando fatos
33:34para encobrir
33:34tais verdades.
33:36Vamos seguir governando
33:37e cuidando da população.
33:38Muito trabalho
33:39para reconstruir
33:40o Brasil.
33:42Enfim,
33:43tem aí a réplica,
33:45ou seria a tréplica,
33:46não sei,
33:46de Flávio Dino.
33:47A gente vai dar
33:48uma espiadinha agora
33:49na CPMI
33:50lá do 8 de janeiro,
33:52que, como eu disse,
33:53está acontecendo
33:54no Senado,
33:57no Congresso,
33:57a CPMI é mista.
33:58Então,
33:59é deputado
33:59e senador.
34:01Está acontecendo lá.
34:02Agora há pouco,
34:03o ex-diretor da BIM
34:05disse que a agência
34:06tinha feito
34:0733 alertas
34:08entre os dias
34:098 e 2 de janeiro.
34:12E agora a gente tem
34:13o depoimento.
34:14Eu vou pedir
34:14para soltar
34:15um trechinho
34:16para ver
34:17como é que está
34:17a discussão
34:19lá no Senado.
34:19Eu não tinha visto
34:22aquelas imagens.
34:23Eu vi as imagens
34:24quando todo mundo
34:25aqui,
34:26quando todos os senhores
34:27viram.
34:29Ah, desculpe.
34:32Foi nesse momento.
34:34Eu tomei conhecimento
34:35daquelas imagens
34:35pela televisão.
34:38Ali o general
34:39está chegando.
34:40Eu não sei se aquelas
34:40imagens fazem jus.
34:42Eu não vi a íntegra
34:43também das imagens.
34:44Eu não sei se aquelas
34:44imagens...
34:45Só a última pergunta.
34:46Só a última aqui.
34:46depois do dia 8...
34:48É porque a vossa senhora
34:49interrompeu ali
34:50e ele estava respondendo.
34:52É a última.
34:53É a última questão aqui.
34:54Vossa senhora
34:54chegou a sofrer
34:55alguma espécie
34:56de pressão
34:56do general G. Dias
34:58depois do dia 8 de janeiro
35:00ou do passe
35:00de alguma autoridade?
35:02Não.
35:02Não sofri
35:02absolutamente
35:03nenhuma pressão.
35:04Muito obrigado,
35:05deputado
35:05Senador Exalci.
35:06Passamos ao próximo
35:07orador,
35:08que é o pastor
35:09Marcos Feliciano,
35:09que me parece
35:10que não está presente.
35:12Então passamos
35:12ao próximo orador,
35:13que é o
35:14nobre deputado
35:16mineiro
35:17Nicolas Ferreira.
35:19Muito obrigado,
35:19senhor presidente.
35:21Quero cumprimentar
35:22aqui meus pares,
35:24agradecer a presença
35:24do senhor Saulo.
35:25Obrigado por o senhor
35:26estar aqui esclarecendo
35:26algumas questões.
35:28Muitas perguntas
35:28já foram esclarecidas,
35:30mas ainda há
35:30algumas lacunas,
35:32senhor Saulo,
35:32que eu gostaria
35:32que o senhor respondesse.
35:35Doutrinariamente,
35:35nós sabemos
35:36que a ABIN
35:39é um órgão
35:40de assessoramento
35:41e não decisório.
35:42portanto,
35:43o senhor
35:44está abaixo
35:45da decisão
35:46do general
35:47Gonçalves Dias,
35:47correto?
35:48Se o senhor puder
35:49só confirmar.
35:49Perfeitamente.
35:50Corretamente.
35:52O senhor,
35:53por ter essa função
35:54de associar,
35:55o senhor tinha
35:55interlocutores
35:56no GSI
35:57e no governo,
35:57correto?
35:59Não,
35:59eu tinha interlocutores,
36:00eu estava chegando
36:01na data dos fatos
36:04há seis dias,
36:06né?
36:06A minha interlocução
36:07basicamente
36:08é com o GSI.
36:09O senhor
36:09passou informações
36:11para alguém
36:12do governo
36:12além do general
36:13Gedias?
36:15O que o senhor
36:16chama de governo?
36:17Nós passamos
36:18para integrantes
36:19de órgãos de governo
36:20que estavam nos grupos,
36:21certo?
36:22Mas não para ninguém
36:23de primeiro escalão
36:23de governo,
36:24absolutamente não,
36:25porque esse também
36:26não é o papel da ABIN.
36:27A ABIN tem uma ligação
36:27clara, técnica,
36:30com o GSI
36:31e a interlocução
36:32com os demais órgãos
36:33de governo
36:33deve ser feita
36:34pelo GSI.
36:35Entre os dias 2
36:36e 5 de janeiro,
36:37o senhor transmitiu
36:37alguma mensagem
36:38ou entrou em contato
36:39com o general Gedias
36:40sobre a situação
36:41prevista para os dias
36:427 e 8 de janeiro?
36:45No dia 6 de janeiro
36:46eu conversei com ele,
36:47nós já tínhamos
36:48trocado,
36:49parece até
36:49num espaço pessoal,
36:51mas eu não encaminhei,
36:52não me recordo,
36:54mas eu acho que
36:55eu não encaminhei
36:55nenhuma mensagem
36:56específica para ele
36:57sobre isso.
36:57Ele participava
36:58do grupo
36:59de WhatsApp?
37:00Não,
37:00ele não estava
37:01participando de grupo.
37:02Perfeito.
37:03O senhor considera
37:04que o general Gedias,
37:05por intermédio
37:06dos vários alertas
37:07que o senhor enviou,
37:09ele omitiu
37:09informações relevantes
37:10para a sua equipe?
37:12Para a equipe dele?
37:14Isso.
37:14De segurança?
37:15Sim.
37:15Não posso afirmar,
37:16eu não sei se ele repassou
37:17essas informações
37:17para a equipe ou não.
37:18No dia 8 de janeiro,
37:20de manhã,
37:21o senhor,
37:22enquanto a senadora
37:23Elisiane Gama
37:24estava o inquirindo,
37:26disse que o senhor
37:27teve um diálogo
37:28com o general Gedias
37:29pela manhã,
37:30correto?
37:30Por WhatsApp.
37:31Por WhatsApp.
37:32Mensagem.
37:32E o que estava
37:33sendo descrito
37:34nessa mensagem?
37:34Estava sendo descrito
37:35a quantidade de ônibus
37:37que tinha chegado.
37:39Eu falei para ele
37:41que de um dia para o outro
37:42aquela quantidade
37:43tinha subido
37:45substancialmente.
37:46Ele me respondeu
37:47acho que vamos ter problemas.
37:49Perfeito.
37:50O senhor consegue
37:51descrever,
37:52por gentileza,
37:52o que de fato
37:53teve de retirado
37:55ou de acréscimo
37:56no primeiro relatório
37:57em relação ao segundo?
37:59Aquelas mensagens
38:00em que eu citava
38:01que foram encaminhadas
38:03por mim
38:03ao ministro-chefe
38:04do GSI.
38:04Se eu não me engano
38:05são quatro mensagens.
38:06E eu ressalto
38:08essas mensagens
38:09que ali constavam
38:11foram aquelas
38:12produzidas
38:13pela Abin.
38:14Certo?
38:15Que foram
38:16redifundidas
38:17para ele
38:18por mim.
38:18Sim,
38:19então a adulteração
38:19feita
38:20naquele relatório
38:22foi uma ordem
38:23acatada pelo senhor
38:24feita pelo general
38:25Gonçalves Dias,
38:26correto?
38:27Eu não vou entrar no mesmo
38:28se foi adulteração.
38:29Eu recebi uma ordem
38:30de retirar
38:31o nome do ministro
38:32do próprio ministro.
38:34Ok,
38:34então o ministro solicitou
38:35a retirada do nome dele
38:36nesse relatório.
38:37Exatamente.
38:37Correto.
38:38A Abin encaminhou
38:39os alertas
38:40ao Ministério da Justiça,
38:41senhor Salvo?
38:42Entre os receptores
38:43dos alertas
38:44estava a diretoria
38:45de inteligência
38:46da Secretaria
38:47de Operações Integradas
38:48do Ministério da Justiça.
38:49Então o senhor
38:50afirma que
38:51esses alertas
38:52foram recebidos
38:53pelo Ministério da Justiça,
38:54correto?
38:54Foram encaminhados
38:55ao Ministério da Justiça.
38:56Foram encaminhados,
38:57ok.
38:57E, obviamente,
38:59possivelmente,
38:59não possivelmente,
39:00ele foi recebido
39:01por esse Ministério.
39:02Porque se foi encaminhado,
39:03foi recebido.
39:04Possivelmente foi recebido.
39:05Correto.
39:05Eu gostaria, por gentileza,
39:06de passar um vídeo
39:07do então
39:08ministro Favudino,
39:09porque alguém está mentindo
39:09nessa história.
39:10Por gentileza.
39:12Pode passar, por favor.
39:16Mende o tempo aí.
39:17Como se repetir,
39:19transformasse uma mentira
39:20em verdade,
39:21que eu recebi
39:23um mítico
39:23informe da Abin,
39:25que é tão secreto
39:27que ninguém nunca leu.
39:28Nem eu mesmo.
39:29Como é que eu vou provar
39:31que eu não recebi?
39:34Isso não existe
39:35juridicamente,
39:36queridos irmãos e irmãs.
39:38Quem diz que eu recebi
39:39que mostre
39:41o tal informe mítico?
39:44O senhor consegue
39:45informar,
39:46por gentileza,
39:46senhor Sálo,
39:47qual foi esse informe
39:48que o ministro,
39:48debochando,
39:50ali naquela comissão
39:51de todos os parlamentares,
39:52dizendo que ele não recebeu.
39:53O senhor pode dizer
39:54qual o informe
39:55é esse,
39:56senhor Sálo?
39:57Eu nunca afirmei
39:58que o ministro da Justiça
39:59recebeu os informes.
40:01Eu disse que eu encaminhei,
40:03eu disse que os informes
40:04foram encaminhados
40:05para a Diretoria
40:06de Inteligência
40:07da Secretaria
40:07de Operações Integradas
40:09do Ministério da Justiça.
40:10Então o senhor encaminha
40:11um informe
40:12e não vê se ele foi recebido
40:13ou não?
40:14Pelo ministro, não.
40:15Não pelo ministro,
40:15pelo Ministério da Justiça.
40:16Pelo Ministério da Justiça, não.
40:18Nós não temos
40:19esse mecanismo,
40:20o Ministério,
40:21os órgãos não nos confirmam
40:22se receberam ou não.
40:23Agora, mais uma vez,
40:25os órgãos federais
40:27estavam representados
40:30na célula integrada
40:32de Inteligência
40:32e Segurança Pública.
40:34A BIM,
40:34ela não detém
40:36a cadeia
40:38do conhecimento
40:39depois que ele sai
40:40da BIM.
40:41Certo?
40:41Então,
40:42em momento nenhum,
40:43eu posso,
40:44eu vou afirmar aqui
40:45que o ministro,
40:46se outros ministros
40:47receberam
40:47essa...
40:49Claro, Sr. Saulo.
40:50A grande questão é que
40:51uma mensagem,
40:52um informe,
40:53ele é encaminhado
40:54para o Ministério da Justiça.
40:56Eu estou dizendo
40:56que isso chegou
40:57no WhatsApp
40:57do Flávio Dino.
40:59Mas o que eu quero dizer
41:00é que o ministro Flávio Dino,
41:01ele possui
41:02a soberania
41:04sobre o seu ministério.
41:06Então,
41:06não faz sentido
41:08você encaminhar algo
41:09como uma agência,
41:11como órgão,
41:12de encaminhar algo
41:13sem que você tenha
41:14confirmação
41:15se aquele ministério,
41:16aquele órgão
41:17recebeu ou não.
41:18Afinal de contas,
41:18eu envio um e-mail
41:20e não quero saber
41:21se isso foi recebido ou não.
41:22Eu envio uma mensagem
41:23e não me importa
41:24se recebeu ou não.
41:25Ou seja,
41:26a mensagem,
41:26ela é importante,
41:28assim como também
41:29o próprio mensageiro.
41:30Portanto,
41:31da mesma forma
41:32como a senadora
41:33tentou,
41:34por diversas vezes,
41:35o pressionar
41:36para poder tentar
41:37colocar a responsabilidade
41:38sobre a polícia militar,
41:40por exemplo,
41:40do DF,
41:41porque,
41:42afinal de contas,
41:43a polícia militar
41:44do DF recebeu,
41:45foi encaminhado isso,
41:46pelo menos,
41:47não sabe se recebeu ou não,
41:48mas é necessário saber
41:49se o ministério
41:50recebeu ou não.
41:51Afinal de contas,
41:53a inteligência
41:54só se faz
41:55efetiva
41:56se aquele órgão
41:57recebeu aquilo.
41:59Caso contrário,
42:00é somente encaminhado
42:01e se aquilo ali chegou
42:02ou não,
42:03não importa,
42:03a BIM,
42:04isso não facilita.
42:05A gente estava ouvindo aqui,
42:10só para algumas pessoas
42:11que estavam perguntando
42:12no chat,
42:12só para situar,
42:13o que está perguntando,
42:15o que está indagando
42:16é o deputado
42:17Nicolas Ferreira
42:18e o depoente,
42:20que é o ex-diretor
42:21da BIM,
42:22o Saulo
42:23Moura Cunha.
42:25Saulo Moura Cunha.
42:26Só uma atualização,
42:27gente,
42:27enquanto estava rodando o vídeo,
42:29eu estava pesquisando aqui,
42:30vendo em que pé
42:30que está a CPMI
42:31nesse momento.
42:33A gente falou há pouco
42:34que o Arthur Maia,
42:35que é o presidente
42:36da comissão,
42:37disse,
42:38inclusive soltou um vídeo
42:39dele falando isso,
42:40que ia acionar o Supremo
42:41para requerer as imagens
42:43do Ministério da Justiça
42:45no dia da invasão.
42:47O que é que acontece?
42:48Isso foi de agora há pouco.
42:49O presidente
42:50conversou com alguns
42:51integrantes da CPMI
42:52e o que é que ficou decidido?
42:54Que ele não vai apresentar
42:56esse pedido
42:56para o Supremo,
42:58não vai acionar
42:58o Supremo para isso
43:00e, ao invés disso,
43:02vai encaminhar
43:03ao Ministério da Justiça,
43:05no caso,
43:06o ministro Flávio Dino,
43:08um pedido formal
43:09para que em 48 horas
43:11sejam entregues
43:12as imagens.
43:13Isso seria
43:14para evitar
43:15um atrito
43:16entre os poderes.
43:18Foi um entendimento
43:18de agora há pouco
43:19entre os integrantes
43:20da CPMI.
43:21Também tem aqui,
43:22só para situar vocês,
43:25durante o depoimento,
43:27o ex-diretor da BIM,
43:28ele,
43:28dentre as várias coisas
43:30que ele falou,
43:31ele disse também
43:32que comunicou,
43:34no caso,
43:35ao G. Dias,
43:36que era o que estava
43:37à frente do GSI,
43:39um documento
43:40formalizando
43:41o risco de invasão.
43:43Aqui,
43:44ele recebeu,
43:44no caso,
43:45que ele disse
43:46em outras palavras
43:47que o diretor da BIM,
43:49então,
43:50o diretor da BIM,
43:50o G. Dias,
43:51ele tinha alertas
43:52via WhatsApp
43:53do risco
43:55de invasões
43:56às sedes
43:57dos três poderes
43:58que aconteceram
43:59no dia 8.
44:01E aí,
44:02ainda segundo
44:03o ex-diretor da BIM,
44:05esses alertas
44:07teriam sido
44:07arquivados
44:08pelo GSI.
44:10Bom,
44:11a gente tem também
44:11um vídeo,
44:12eu falei agora há pouco,
44:13de que,
44:14nesse mesmo depoimento,
44:16o Saulo Moura,
44:18ele disse que fez
44:1933 alertas
44:20entre os dias
44:222 e 8.
44:23A gente conseguiu
44:24recuperar o vídeo,
44:25eu vou pedir para soltarem,
44:27para mostrar para vocês
44:28justamente esse trechinho.
44:30Senadora,
44:31no dia 8,
44:33entre o dia
44:342 de janeiro
44:36e o final
44:38da madrugada
44:39do dia 8 de janeiro,
44:40a BIM produziu
44:4133 alertas
44:42de inteligência.
44:44Do dia?
44:45Do dia 6 de janeiro,
44:47do dia 2 de janeiro
44:48até o final
44:50do dia 8,
44:53até o final
44:54do dia 8,
44:55a BIM produziu
44:572 ao dia 8.
44:58Isso,
44:58produziu isso,
44:5933 alertas
45:00de inteligência,
45:02certo?
45:02Não são relatórios.
45:03Nesses alertas,
45:05inclusive,
45:05já foram disponibilizados
45:07a CPMI,
45:09se eu não me engano,
45:10nós falamos ali
45:12de que houve detecção
45:16de estímulo a invasões
45:19e ocupação de prédios.
45:21Nós falamos
45:21no próprio dia 8
45:23sobre a presença
45:25de pessoas
45:25que se diziam
45:27estar armadas,
45:28certo?
45:29e posteriormente,
45:32em um dos documentos
45:33que possivelmente
45:33também foram encaminhados
45:34para cá,
45:35nós apresentamos
45:36a identificação
45:37de algumas dessas pessoas,
45:39certo?
45:39Então,
45:39em tempo,
45:40eu diria,
45:41em tempo real,
45:42a ABIN produziu
45:44esses alertas.
45:46Necessariamente,
45:47nesses alertas,
45:47pelo menos nos alertas
45:49processados,
45:50nós não identificamos
45:52imediatamente indivíduos ali.
45:53Isso é uma questão
45:54também de polícia.
45:56Eu quero lembrar também
45:57que a nossa inteligência
46:00estava acompanhando
46:01esse evento
46:01do ponto de vista
46:02da proteção
46:04das instituições
46:05democráticas de direito.
46:06Havia a operação
46:08do dia 8,
46:08ela estava a cargo
46:09da Secretaria
46:10de Segurança Pública,
46:11que dispõe
46:12de uma inteligência própria,
46:14para a qual
46:14nós estávamos
46:16encaminhando
46:17informações também,
46:19certo?
46:21Praticamente,
46:21em tempo real.
46:22Saí um pouco
46:32de CPMI,
46:33e vamos falar
46:34de uma coisa
46:35que aconteceu
46:36e tem implicação
46:37em quem usa
46:38o Twitter
46:40aqui no Brasil,
46:41e o WhatsApp,
46:42e o Facebook,
46:43e redes sociais.
46:44Bom,
46:44a responsável
46:45pelo Facebook
46:46e pelo WhatsApp,
46:47que é a empresa Meta,
46:48ela foi condenada,
46:50isso em primeira instância,
46:51a indenizar
46:52um usuário
46:53do Brasil
46:54por casos
46:54recentes
46:55de vazamento
46:56de dados.
46:58Exatamente,
46:58essa decisão,
46:59ela foi
47:00da 29ª Vara Civil
47:01de Belo Horizonte.
47:03Pela decisão,
47:05a Meta vai ter
47:05que pagar
47:0620 milhões
47:07de danos morais
47:08e coletivos,
47:09das morais coletivos,
47:10e mais 5 mil
47:11por danos morais
47:13individuais,
47:13ou seja,
47:14esses 5 mil
47:14seria para o indivíduo
47:16lá que alegou
47:16que teve dados vazados.
47:18Esses 5 mil,
47:19em tese,
47:20seria para cada usuário
47:21que comprovasse
47:22o uso
47:23do Facebook
47:24ou do WhatsApp
47:26entre 2018
47:27e 2019,
47:29alegando dados vazados.
47:31Lembrando que
47:32essa decisão,
47:33ela ainda
47:34cabe recurso,
47:35então,
47:35não acaba por aí,
47:36senão daqui a pouco
47:37vai ser um monte de gente
47:38que usa o WhatsApp
47:39e Facebook
47:40e outras redes sociais
47:41acionando a justiça.
47:43Bom,
47:43como eu disse,
47:44cabe recurso,
47:44a empresa americana
47:45disse que
47:46não foi notificada
47:47ainda da decisão,
47:49então o caso
47:50continua correndo.
48:00Uma outra notícia
48:01também é a decisão
48:02de Alexandre de Moraes,
48:04que é o ministro
48:04lá do Supremo,
48:05a gente volta e meia
48:05e fala dele,
48:06Supremo Tribunal Federal,
48:08de incluir
48:09o blogueiro
48:10Oswaldo Eustáquio
48:11na lista
48:12de procurados
48:13da Interpol.
48:13seguinte,
48:15essa ordem
48:16é para que
48:16o blogueiro
48:17passe a integrar
48:19a chamada
48:19lista de difusão
48:21vermelha
48:22da Interpol.
48:23Em dezembro
48:23do ano passado,
48:24Moraes tinha
48:24determinado
48:25a prisão dele,
48:26isso foi pedido
48:27para,
48:28foi um pedido
48:29da Polícia Federal
48:31e da Procuradoria
48:32Regional
48:33da República.
48:35O blogueiro,
48:35ele deixou o Brasil
48:36em março
48:37desse ano,
48:38tem uma história
48:39de que ele teria
48:39sido interceptado
48:40pela Polícia
48:41do Paraguai
48:42e foi localizado
48:43mas não houve
48:44prisão
48:45porque ele alegou
48:46que tinha pedido
48:47asilo
48:47no país vizinho,
48:48continua foragido
48:50e agora ele está
48:51na lista
48:51da Interpol.
48:59Ontem a gente comentou,
49:01inclusive Guilherme Mendes,
49:02que é o repórter
49:03de Antagonista
49:03lá em São Paulo,
49:05estava aqui com a gente
49:06comentando sobre
49:06as mortes
49:07no Guarujá
49:09e o que a gente sabe
49:10até o momento
49:10dessas mortes.
49:12Bom, a gente tem
49:12informações da ouvidoria
49:14da Polícia Militar
49:14de São Paulo
49:15que informou
49:16que ainda recebe
49:18uma série
49:18de denúncias
49:19de violência,
49:20episódios de violência
49:21policial
49:22no Guarujá,
49:23essa informação
49:24é da ouvidoria
49:25da PM
49:26de São Paulo.
49:27Até o momento
49:28pelo menos
49:2810 mortes
49:29estão confirmadas,
49:31isso em 3 dias
49:33de operação,
49:34essa operação
49:34ela é conduzida
49:35pela Rota,
49:36que é a tropa
49:36de choque da PM.
49:38Moradores do local
49:39também têm alegado,
49:41novamente conforme
49:42informações da ouvidoria
49:43da PM,
49:45que é o órgão
49:45que recebe
49:46as denúncias,
49:47que a polícia,
49:48policiais estariam
49:49ameaçando matar
49:50cerca de 60 pessoas,
49:52não é pouca coisa
49:53e não é uma situação
49:55fácil de se resolver.
49:57Ontem o governador
49:58Tarcísio de Freitas
49:59ele concedeu
50:00uma coletiva,
50:01inclusive foi até
50:02sobre essa coletiva
50:02que a gente falou,
50:04resgata lá no YouTube
50:05que vocês vão ver
50:05lá do antagonista
50:07e Tarcísio disse
50:09que a operação
50:10vai sim seguir
50:11e ele negou
50:12qualquer excesso
50:14nessa operação.
50:23Ontem teve uma notícia
50:24que começou a circular
50:25nas redes sociais
50:26quem curte série
50:27deve ter visto
50:28que é a morte
50:29precoce,
50:31diga-se,
50:31de 25 anos
50:32do ator
50:34que trabalhava
50:36em euforia,
50:37o Angus Claude,
50:40me perdoem
50:40se eu falei o nome errado,
50:41mas eu creio que é isso,
50:42que ele é da série
50:43Euforia,
50:44faleceu,
50:45tinha 25 anos,
50:47foi na Califórnia,
50:49Estado dos Estados Unidos,
50:50Distrito dos Estados Unidos
50:52e a informação
50:52foi confirmada
50:53pela família do artista,
50:55o motivo da morte
50:56não foi anunciado.
50:59A gente lembra
51:00que o ator
51:00perdeu o pai
51:01na semana passada.
51:11E assim a gente termina
51:12o giro de notícias
51:14de hoje,
51:15o meio-dia em Brasília
51:16de hoje,
51:18lembrando que
51:19a CPMI
51:20continua acontecendo
51:21no Senado,
51:22é possível assistir
51:23pelo YouTube
51:24de um antagonista,
51:25então vai lá,
51:26vê,
51:26porque tem muita coisa,
51:28muita pergunta,
51:29muito desdobramento
51:30que deve transcorrer
51:31ao longo da tarde.
51:33Eu queria agradecer
51:34a você que ficou até agora,
51:35a todo mundo
51:36que falou no chat,
51:37hoje eu não consegui acompanhar,
51:38mas eu vi que teve muita gente,
51:40e deixar um abraço
51:41e até amanhã.
51:42Eu sou Júlia Schiaffarino
52:04e apresento a vocês
52:055 Minutos,
52:06o novo podcast diário
52:08de O Antagonista.
52:09De segunda a sexta-feira,
52:12trazendo os principais fatos
52:14da política,
52:15da economia
52:15e de onde mais houver notícia.
52:17Todo dia
52:18com assuntos relevantes
52:19para vocês.
52:21Tudo isso
52:22em até 5 minutinhos.
52:23É o tempo
52:23de tomar aquele café esperto
52:25e começar bem o dia.
52:26Dar um golpe
52:31é a coisa mais fácil
52:32que tem.
52:33O golpe não foi discutido,
52:34não foi sequer pensado.
52:37Pensado,
52:37pensado,
52:38todo mundo pensa.
52:39Você não pode,
52:40de vez em quando,
52:40alguém falava alguma coisa,
52:41agora ninguém tentou
52:43me convencer.
52:44Acordou um dia e falou,
52:45eu preciso invocar
52:46esse 142.
52:47Eu vou.
52:48Não, não, não.
52:50O senhor teme
52:51o Alexandre de Moraes
52:52hoje,
52:52depois de tudo
52:52que aconteceu?
52:53O Francisco
52:55é uma pessoa fantástica,
52:57um gestor fenomenal.
52:59Uma pessoa pura até, né?
53:00Está tudo bem entre vocês?
53:01Sempre teve tudo bem.
53:02Não pode ter problemas
53:04em nós, né?
53:05Está consolidada já
53:06essa parceria
53:07com o Nunes?
53:08Bastante avançado
53:09com o Nunes,
53:10bastante avançado
53:11com ele.
53:12Eu sou o ex
53:12mais amado do Brasil.
53:23A CIDADE NO BRASIL
53:25A CIDADE NO BRASIL
53:25Legenda Adriana Zanotto

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