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NotíciasTranscrição
00:00Consegue pensar em um refrigerante da cor laranja?
00:04E se eu disser uma companhia aérea que é laranja, qual nome vem na sua mente agora?
00:09Em um banco todo laranja?
00:11Aposto que você já pensou.
00:13Em um plano de saúde laranja?
00:16Calma que esse lugar já tem dona.
00:19Apresento a vocês a ampla saúde.
00:22E agora você já sabe, pensou laranja?
00:25Pensou no seu plano laranja?
00:30Jovem Pan Saúde.
00:34Oferecimento ampla.
00:35Muito mais que um plano, um compromisso com você.
00:39Isso é ampla.
00:43Jovem Pan Saúde.
00:46Olá, seja muito bem-vindo a mais uma edição do Jovem Pan Saúde.
00:5130% dos brasileiros têm algum tipo de alergia, que pode ser rinite, asma, dermatite, urticária.
00:59Quem sofre disso já sabe.
01:01É coceira, vermelhidão, narizarde, a garganta arranha, os espirros sem parar, a falta de ar é um incômodo danado.
01:10E nessa época agora do ano, outono, inverno, os sintomas costumam piorar bastante.
01:15O ar fica mais seco, aí a gente fecha a casa toda e é um ambiente prato cheio para crises alérgicas.
01:22Hoje vamos falar sobre como identificar, tratar e principalmente como prevenir as alergias.
01:28E também te lembrar que existe a Semana Mundial da Alergia, que acontece este ano, de 29 de junho até o dia 5 de julho,
01:36e que foi criada justamente para alertar sobre esse problema que atinge tanta gente.
01:41Para esse bate-papo recebemos hoje o chefe do grupo de alergia de otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP,
01:51o professor doutor João Melo Júnior e também a doutora Fátima Rodrigues Fernandes,
01:56que é presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.
02:02Sejam muito bem-vindos aqui ao nosso programa.
02:04Vou trazer mais um dado para a gente começar essa nossa conversa.
02:07Nos últimos 10 anos, o número de internações por choque anafilático, que são reações alérgicas graves,
02:14mais do que dobrou aqui no país.
02:16Só em 2024 foram registrados 1.143 casos, um aumento de mais de 100% em relação a 2015,
02:25segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, do Ministério da Saúde.
02:30Por isso que eu queria começar essa nossa entrevista hoje perguntando para você, doutora Fátima,
02:34o que é exatamente essa palavrinha difícil, né?
02:39Anafilaxia e o que diferencia de uma relação alérgica comum?
02:43Muito boa pergunta. Bom dia a todos.
02:46Eu acho que é muito interessante esses dados que você traz, Soraya,
02:50porque realmente é o que nós vemos na prática clínica, né?
02:53Um aumento dos quadros de alergia e, infelizmente, um aumento também dessas alergias mais graves,
02:59onde o extremo da gravidade é a anafilaxia, como você comentou.
03:04O que é a anafilaxia?
03:06É uma reação extrema que compromete dois ou mais órgãos ou sistemas do nosso organismo.
03:12O que significa isso?
03:13Além daquelas lesões clássicas na pele, vermelhas, inchadas, que coçam,
03:18a gente vai ter mais algum órgão comprometido, que pode ser o pulmão, dando uma falta de ar,
03:25chiado no peito, pode ser o sistema cardiovascular, com uma queda da pressão
03:30e chegando potencialmente até o choque anafilático,
03:34que é uma situação muito grave, que coloca em risco de óbito aquele paciente.
03:39Então, é muito importante que a gente conheça esse quadro, saiba diagnosticar corretamente,
03:45e tente investigar qual é a causa para a gente estabelecer o tratamento correto.
03:50Esse aumento na prevalência pode ter dois fatores.
03:53Alguns gatilhos?
03:55Isso, alguns gatilhos que colaboram, algumas situações que a gente chama de novas sensibilizações
04:01ou novos alérgenos.
04:03Hoje em dia, a gente come coisas que antigamente a gente não comia
04:07e tem contato com coisas que antes a gente não tinha.
04:10Por exemplo, a borracha, o látex da borracha é um potencial alérgeno.
04:15E também, um outro fator que pode contribuir para esse aumento é o próprio diagnóstico melhorado.
04:20Então, graças à informação de profissionais da saúde e também da população,
04:25hoje em dia, a gente tem condições de fazer um diagnóstico mais correto
04:29e antecipar esse diagnóstico para prevenir.
04:32Agora, doutor João, quando essa vítima, os sintomas aparecem nas vias respiratórias,
04:40o que exatamente acontece e por que é tão sério, tão perigoso?
04:44Bom, aí a gente tem que dividir em duas coisas.
04:48Como a Fátima falou, tem que atingir dois órgãos.
04:50Se atingir pulmão, aí ele vai ter uma crise de bronquospasmo muito intenso
04:55e corre risco também de vida, né?
04:58Sim.
04:58Junto, se for o cardiovascular.
05:02Mas no nariz, aí não é...
05:03Mesmo que ocorra o quadro nasal, que normalmente pode estar associado, porque vai ser via aérea,
05:09o segundo órgão, se for a via aérea, só o nariz não vai matar ninguém,
05:15porque a gente pode respirar pela boca.
05:16Então, aí acaba não sendo muito grave a sintomatologia nasal.
05:23É a que menos chama a atenção.
05:24O que mais vai preocupar é o quadro sistêmico desses pacientes.
05:29Que seria o que exatamente?
05:31O quadro sistêmico?
05:32É o choque.
05:33É o tal, aí entra o nome choque.
05:36Tá.
05:37A anafilaxia foi uma reação sistêmica que atingiu dois órgãos.
05:42E, na verdade, o que a gente precisa, vamos dizer assim, meio que entender é que a alergia,
05:52ela é um mecanismo de defesa do nosso organismo.
05:55Nosso organismo vai interpretar, isso aqui não é bom pra mim.
05:57Perfeito.
05:58Então, eu vou me defender.
05:59O nariz se defende obstruindo, escorrendo, espirrando.
06:05Tô removendo as coisas.
06:07O pulmão fecha pra não entrar.
06:10O sistema gastrointestinal, eu vou ter náuseas, vômitos, posso ter diarreia,
06:14pra eliminar aquilo o mais rápido possível.
06:16Só que são reações muito exacerbadas.
06:18É um mecanismo de defesa descontrolado.
06:22Tá.
06:23Né?
06:23E aí a reação acaba sendo muito intensa.
06:26Agora é importante, só um parênteses, né, João?
06:28Que o nariz, embora não seja tão grave quanto o comprometimento do pulmão, às vezes ele é o sinal de alerta, né?
06:35Então, se a pessoa tem uma urticária e começa a espirrar sem parar, ter coceira no nariz, coceira na boca...
06:42Muito rapidamente, ou seja, você falou do alimento, né?
06:46Se comeu alguma coisa e já automaticamente já escorre o nariz ou dá uma tosse, isso já é um sinal de alerta?
06:52Já é um sinal de alerta.
06:54Principalmente se a gente conhece aquela alergia.
06:57Se o paciente já sabe que tem aquela alergia.
06:59E é importante a gente lembrar que, às vezes, o contato com aquele alérgeno é oculto.
07:05Então, a pessoa sabe que tem alergia, por exemplo, ao leite.
07:08E ela pode receber esse leite ou a proteína do leite escondida em algum alimento.
07:15Então, às vezes é complicado, as famílias têm que se acostumar a ler os rótulos, a pesquisar toda a fonte alimentar que dá para essa criança ou mesmo para o adulto,
07:25para evitar que esse alimento escondido, essa proteína escondida, desencadeie o quadro.
07:30Agora, doutora, esses sinais de alerta, eles diferenciam quando é uma reação alérgica grave ou uma mais amena?
07:39Ou pode aparecer das duas formas e aí é que serve mesmo o alerta? Precisa observar.
07:45Então, cada paciente tem um tipo de reação.
07:48Isso é muito individualizado.
07:50Felizmente, não são todos os pacientes alérgicos que vão ter anafilaxia.
07:54Senão, seria uma situação muito grave.
07:57Então, o mais comum é o paciente apresentar uma rinite alérgica, uma dermatite atópica, uma urticária, até mesmo um inchaço, que a gente chama de anjoedema.
08:08Agora, uma parte desses pacientes, mais ou menos um para cada 100 mil pacientes alérgicos, podem ter esse quadro mais exacerbado, que daí exige muito cuidado.
08:18Então, é importante fazer uma consulta com um especialista e diagnosticar qual é o tipo de alergia que aquele indivíduo tem para promover uma prevenção adequada para aquele indivíduo.
08:31Doutor João...
08:32Desculpe, posso completar?
08:34Por favor.
08:34Porque uma outra coisa que ocorre, nós estamos falando especificamente de alergia, mas existem reações que simulam alergia.
08:42Então, é importante procurar o médico para que ele faça essa diferenciação, para, inclusive, tranquilizar o paciente.
08:49Você teve essa reação porque você tomou um remédio.
08:53Ou você teve essa reação porque você tem reação a tal alimento e daí você não pode de jeito nenhum tomar esse...
08:59E quando procurar o médico?
09:01Só quando a pessoa já teve algum sintoma ali mais forte?
09:06No caso da alergia, sim.
09:07Não tem jeito, né?
09:08Isso acaba descobrindo que ele talvez tenha alguma coisa...
09:10Depois de passar por algum episódio, né?
09:12As crianças têm, naturalmente, as vias aéreas mais estreitas e isso aumentaria o risco ou não?
09:21Não, não.
09:22Porque é estreito, mas é proporcional.
09:24Tá.
09:25Então, sobre esse aspecto, nós vamos considerar que não está tendo nenhum tipo de comprometimento maior.
09:32Mas, claro, a criança, a reação pode ser extremamente grave como no adulto.
09:40Certo.
09:40E tem alguma idade certa para aparecer algum tipo de alergia ou a pessoa está vulnerável aí a vida inteira?
09:47Às vezes não apareceu na idade mais jovem, vai aparecer na fase adulta?
09:51É, a alergia é de zero a cento e quanto?
09:55Cento e vinte?
09:56A gente pode dizer.
09:57Bastante.
09:58Ela pode acometer em qualquer idade.
10:00Existe uma variação.
10:02Por exemplo, em relação aos alimentos, existem alimentos que são mais comuns na faixa etária pediátrica.
10:07Por exemplo, leite, ovo, trigo, soja, amendoim.
10:10E outros alimentos são mais comuns na faixa etária de adolescência e no adulto.
10:15Camarão, frutos secos, enfim, crustáceos de maneira geral.
10:21Entretanto, em qualquer idade pode aparecer.
10:24A gente estuda um mecanismo que a gente chama de marcha atópica,
10:29que é uma tendência populacional, não quer dizer que cada indivíduo vai seguir aquela marcha,
10:36onde desde o nascimento, principalmente naquelas crianças que vêm das famílias que já têm alguma atopia,
10:42alguma alergia, ela vai apresentar uma sequência de doenças, de condições.
10:48Então, no primeiro ano pode acontecer a alergia alimentar, a dermatite atópica
10:53e depois existe uma evolução para a asma e para a rinite alérgica.
10:58Então, a gente fala que às vezes vai mudando o órgão de choque,
11:02mas aquele organismo que tem aquela constituição alérgica pode ser alérgico para o resto da vida.
11:09O importante é controlar cada uma dessas condições.
11:11E como que é feito o diagnóstico, por exemplo?
11:14Então, o diagnóstico, o ponto-chave do diagnóstico, como a gente sempre fala
11:18para a maioria das questões em medicina, é a conversa, é a história clínica.
11:23É ir para um médico, para um especialista e contar tudo o que aconteceu,
11:28desde o quadro daquele paciente, mas também dos ancestrais,
11:32então dos pais, dos avós, para a gente entender essa tendência hereditária.
11:37Então, dependendo dos sintomas, a gente encaixa, né, João, em determinadas síndromes.
11:42Então, tem as alergias respiratórias, que o João já falou,
11:45tem as alergias gastrointestinais, tem as alergias alimentares,
11:49alergias a medicamentos, que é muito importante a gente detalhar bem
11:53essa história para entender qual foi, se foi uma reação adversa,
11:57como o João comentou, se realmente é um mecanismo de alergia.
12:00Então, todo esse composto de dados clínicos é o pilar principal
12:06para a gente estabelecer o diagnóstico.
12:07Entretanto, felizmente, também a gente tem algumas ferramentas para aprofundar.
12:13Então, a gente pode fazer aqueles testes cutâneos,
12:15que são aquelas escarificações que a gente faz na pele
12:18e observa a reação para inalantes, como ácaros, poeira,
12:23pólenes, caspas de animais, alimentos.
12:26Existem também exames de sangue, que diagnosticam também essas alergias,
12:32evidenciando um anticorpo que a gente tem no sangue,
12:35que se chama IgE, imunoglobulina E,
12:38que é justamente esse anticorpo que faz a reação que o João comentou,
12:43de excesso de resposta imunológica a um agente estranho para aquele indivíduo.
12:48E existem outros testes também, que são feitos mais na alçada do especialista,
12:53como testes de provocação.
12:56A gente não pode esquecer também dos testes de contato,
12:59porque é muito comum também a gente ter alergia por contato com alguma substância.
13:04Então, existe um padrão de testes onde a gente aplica aquela substância
13:07num adesivo nas costas e observa se a reação se repete.
13:12E coça, né?
13:14Coça muito, é verdade.
13:16Tem uma coisa interessante, Soraya, na alergia, que o paciente, ele não nasce alérgico.
13:24Ah, não nasce? Ele vai adquirindo...
13:26Ele nasce com a capacidade de se tornar alérgico.
13:29Tá.
13:29Então, a reação, ela ocorrerá depois de alguns contatos.
13:35Tá.
13:36Então, por exemplo, no Hemisfério Norte, é onde a gente tem rinite por pólen,
13:44o mais importante.
13:45No Brasil até tem, mas o mais importante é lá.
13:47O paciente não tem a sintomatologia no primeiro ano que ele tem contato com aquele pólen.
13:51No primeiro ano, ele se sensibiliza.
13:54Aí vai para verão, outono, aí na hora que volta para primavera,
13:58aí que ele tem a reação.
13:59Poxa vida.
14:00E como diferenciar uma rinite alérgica de uma gripe, de um resfriado,
14:06que, enfim, a gente está nessa época, né?
14:09Outono e inverno.
14:11Os sintomas são muito parecidos, né, doutor?
14:13Então, os sintomas nasais, porque são mecanismos de defesa.
14:16Da mesma forma, na alergia, ele vai obstruir nariz, tecoriz, espirros.
14:21Na gripe ou resfriado, ele também pode ter esses sintomas,
14:24porque o nariz está defendendo o organismo.
14:26Então, o que vai diferenciar é sintomas gerais.
14:32Se o paciente vai ter febre, vai ter mal-estar, mialgia,
14:37são sintomas sugestivos de um quadro infeccioso.
14:42No quadro alérgico, a gente não tem.
14:43Não, né?
14:44A grande confusão que acabou ocorrendo
14:46é que os quadros podem ficar se...
14:51Intercalando, né?
14:53Favorecendo o outro.
14:54Então, na alergia, a gente pode ter um favorecimento
14:57para o acometimento de algum vírus
15:01e, da mesma forma, na hora que o paciente teve a infecção viral,
15:05ele fica mais suscetível aos alergenos,
15:08às coisas que causam alergia.
15:10Porque ambas são inflamações,
15:12inflama o meu nariz,
15:13o meu nariz fica um pouco mais suscetível
15:16à entrada dos vírus e dos coisas.
15:19Então, fica um quadro que não acaba.
15:20Os pais vêm falando,
15:22ah, eu não sei se meu filho tem vírus ou alergia.
15:24E fica com essa rinite crônica que a gente costuma falar, né?
15:27Que não tem muita cura, tem que ir tratando ao longo...
15:31Tem, tem.
15:32Tem cura.
15:33Tem controle, tem controle.
15:34Tem controle, tá.
15:36Então, se a gente controlar o quadro alérgico,
15:39nós vamos conseguir, com as vacinas também para os quadros infecciosos,
15:43a gente consegue controlar a intensidade dessas reações
15:47e diminuir a frequência com que elas estão ocorrendo.
15:51Especificamente no caso da alergia,
15:53nós também temos a imunoterapia alérgica específica,
15:56que é um tipo de vacina
15:57com um conceito completamente diferente do que normalmente se tem,
16:01que a vacina vai fazer um anticorpo.
16:04A imunoterapia, ela tem um mecanismo completamente diferente.
16:07Mas ela consegue, em um bom número de casos,
16:10a depender da indicação correta,
16:12fazer com que o paciente fique sem sintoma
16:14e sem medicação.
16:16E como que tem que ser tomada essa vacina?
16:19E para quem é indicada?
16:21Bom, nós temos dois tipos de vacina,
16:24duas formas de aplicação de vacina.
16:27Vacinas orais e vacinas injetáveis.
16:31As injetáveis, inclusive, têm mais de 100 anos.
16:35Completou, se não, foi em 2010, se não me engano.
16:372011, é.
16:38Completou um século de vacina.
16:42Mas mais recentemente, há uns 10, 15 anos,
16:45começou a surgir essas outras formas de aplicação,
16:48que são as vacinas orais.
16:50O tratamento, normalmente, será longo,
16:54porque a ideia dessas vacinas é induzir,
16:58então estou falando da vacina de alergia,
16:59induzir uma tolerância no paciente,
17:03para que quando ele entre em contato com aquilo que causou alergia,
17:07o ácaro, o pelo de gato, o que quer que seja,
17:09o organismo dele, ao invés de ficar produzindo a IgE,
17:14como a Fátima falou, que é um anticorpo importante nessas reações,
17:18ele produz outro tipo de anticorpo,
17:20que não vai ter o mesmo efeito de reação de uma asma,
17:25de uma renite, ou coisas assim.
17:27Ele pode ainda apresentar algum tipo de sintoma,
17:30mas não na gravidade, que seria sem ele ter se protegido.
17:34A principal ideia é essa,
17:36mas alguns pacientes conseguem ficar sem sintoma algum.
17:39Olha que ótimo.
17:40Mas são tratamentos longos,
17:41não é uma dose, duas doses, não.
17:44São de dois a cinco anos o tratamento, pelo menos.
17:48Esse ano, inclusive, a Semana Mundial da Alergia,
17:51que acontece de 29 de junho até 5 de julho,
17:55traz um tema direto, que é urgente,
17:57que é o que a gente comentou no começo do programa,
17:59a anafilaxia, que é uma informação que salva,
18:03essa é a campanha, que quer chamar atenção
18:05para a reação alérgica, que é grave, potencialmente fatal,
18:09e que pode acontecer ali questões de minutos,
18:12e que precisa ser tratada rapidamente,
18:15até com adrenalina injetável, inclusive.
18:18Que no Brasil a gente não tem essa disponibilidade,
18:22e isso falta ainda para que a gente consiga salvar
18:28e diminuir esses números que a gente apresentou?
18:32Sem dúvida, esse é um ponto crucial,
18:35que eu acho que é uma emergência pública, digamos assim,
18:38a gente advogar em favor do acesso universal
18:43para todo paciente, quer seja da saúde suplementar,
18:47quer seja do SUS, que ele possa ter consigo
18:50esse equipamento, essa ferramenta, esse dispositivo,
18:54que é a caneta de adrenalina,
18:56que pode ser usada no momento de uma crise grave
18:58e que realmente vai salvar a vida.
19:01Aqui no Brasil, infelizmente, ainda não existe o registro
19:04na Anvisa, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia,
19:08a ASBAI, tem um trabalho muito forte
19:11para tentar implantar esse processo no Brasil,
19:16inclusive existem dois projetos de lei no nosso Congresso,
19:19um deles que obriga a notificação dos casos de anafilaxia,
19:23para que a gente tenha conhecimento da extensão desse problema,
19:26e um outro mais recente,
19:28que é o projeto de lei 85 de 2024,
19:32que obriga o acesso, o fornecimento gratuito
19:37da caneta de adrenalina com a prescrição médica
19:40para os pacientes anafiláticos.
19:42Então, torcemos aí para que esses dois projetos
19:44sejam encaminhados e validados,
19:46para que a gente tenha o controle dessa situação no Brasil,
19:49sendo que em várias, dezenas de outros países do mundo
19:53já existe essa disponibilidade
19:56e a gente está um pouco atrasado nisso, Soraya.
19:59Agora, doutor João, aproveitando a sua especialidade,
20:02nessa época do ano, por conta do frio,
20:05enfim, o tempo seco,
20:06se fala muito em doenças respiratórias.
20:09Algo pode ser feito dentro de casa
20:11para evitar o surgimento dessas doenças,
20:15enfim, a rinite também,
20:17alguns cuidados ali do ambiente,
20:19que a gente tem a mania de fechar janelas,
20:21portas para ficar quentinho, né?
20:23Só que é um ambiente bem propício
20:25para atingir principalmente quem é mais alérgico.
20:29Essa pergunta é o principal foco da alergia.
20:36Então, o tratamento da alergia sempre será
20:38vamos tentar diminuir o contato com aquilo
20:41que causa reação.
20:42Perfeito.
20:43Alimento, medicamento, o que quer que seja.
20:46Ácaro, pelos de animais.
20:47Então, esse é o conceito.
20:49Então, a hora que a gente se fecha
20:51no período do inverno, no ambiente,
20:53obviamente, a sujeira que está dentro daquele ambiente,
20:57ela fica mais difícil de ser removida.
20:59Mas o foco é esse.
21:01Então, alguns cuidados são importantes.
21:04No caso das vias respiratórias, né?
21:06O principal fator de reação
21:08são ácaros da poeira domiciliar.
21:12Que, na verdade,
21:14eles acabam se alimentando
21:15da escamação da nossa pele.
21:18Então, acaba tendo muito
21:19no quarto e no colchão.
21:21Então, uma das coisas que a gente sempre pede
21:23é para colocar a capa no colchão.
21:25Capas impermeáveis à passagem desses ácaros.
21:28Porque, com isso,
21:29a gente, pelo menos, tira
21:31oito horas de contato.
21:34É, porque não dá para lavar
21:35o colchão ali toda hora, né?
21:38Aliás, isso é importante que você comentou.
21:40Porque eu acabo vendo,
21:41não sei se a Fátima já percebeu isso também.
21:44Muitos pacientes colocam a capa
21:47e, semanalmente,
21:48tiram a capa para lavar.
21:50E não é para fazer isso?
21:50Não é para fazer isso.
21:51Porque a ideia da capa
21:53é prender o ácaro dentro do colchão.
21:56Se você tira toda semana,
21:57você está abrindo toda semana.
21:58E aí, vai vir gel logo na sua cara.
22:00E, além do mais,
22:02as capas, elas têm diversos tecidos.
22:04Algumas são de vinil,
22:05essa pode lavar sem problema.
22:07Mas as capas de tecido,
22:09quanto mais você lava,
22:10você vai esgarçando a fibra.
22:12E ela perde a função.
22:14Perfeito.
22:14Então, primeiro ponto.
22:15Eu acho que colocar capa no colchão
22:17tem um custo,
22:18mas é, uma vez,
22:20é única.
22:21Você colocou no colchão e travesseiro,
22:22colocou outra ponta.
22:24E o outro conceito importante
22:26é que tanto o ácaro,
22:28quanto fungos,
22:29que também são importantes,
22:30são os alergêminos,
22:31gostam de alta umidade relativa do ar.
22:33Então, se a gente conseguir
22:34deixar uma umidade menor,
22:37ao redor de 60%, 50%,
22:39mais baixo do que isso,
22:42irrita o nariz,
22:43fica até com sangramento.
22:44Mas se a gente conseguir manter nisso,
22:46é adequado para o controle dos ácaros.
22:49Então, se tiver equipamento de aquecimento...
22:52E é válido esse aquecedor?
22:54Porque tem gente que acaba colocando, né?
22:57Para deixar mais quentinho.
22:58Então, sim, sim, sim.
23:00Vai secar.
23:01O próprio ar-condicionado.
23:02Acaba o mecanismo dele,
23:03acaba secando o ambiente.
23:05Então, se o paciente já tem,
23:06eu acho que vale a pena.
23:08Se não,
23:09eu acho que não há necessidade
23:14de a gente falar,
23:14coloque um aparelho de ar-condicionado
23:16para se proteger.
23:17Mesmo porque é fundamental fazer
23:20a manutenção do aparelho.
23:24É muito antigo,
23:26mas teve uma vez
23:28um acampamento de crianças inglesas
23:31na Suíça
23:32e as crianças eram asmáticas,
23:34elas foram para lá
23:35e elas não tiveram mais nada.
23:36Porque era um ambiente muito mais seco,
23:38era mais alto e mais seco.
23:40E tem uma forma de limpar a casa
23:43de maneira ideal?
23:44É pano e água
23:46ou aspirador de pó?
23:48Nem pensar.
23:49Não, pode.
23:50Pode.
23:51Desde...
23:51O que a gente precisa é
23:53conter o ácaro.
23:54Então,
23:55varreção não é boa,
23:58porque nós estamos...
23:59Sobe a poeira, né?
24:00Os aspiradores são bons
24:02desde que tenham um filtro adequado,
24:05que chama filtro HEPA,
24:07filtro EPA,
24:08que hoje em dia já tem um custo,
24:09é caro,
24:10mas tem um custo que dá
24:12para a gente pensar em utilizar.
24:15Se não,
24:16é um pano úmido
24:17para remover a sujeira.
24:18E os animais,
24:19que é um outro foco,
24:22que pode acontecer,
24:23a gente precisa minimizar
24:26a entrada dos animais
24:28no quarto,
24:29de forma nenhuma...
24:31Subir na cama?
24:32Nem pensar?
24:34Se a pessoa tem uma reação ao animal,
24:36sugerir para ele se desfazer do animal.
24:38Porque a gente sabe que,
24:39infelizmente,
24:40tem pessoas de má índole.
24:43Não, não dá.
24:43Então,
24:44a gente precisa tentar minimizar
24:46esse problema.
24:47Então, nos cachorros,
24:48por exemplo,
24:50banhos frequentes
24:51ajudam bastante
24:53a minimizar esse problema.
24:55No caso de gatos,
24:56já é mais difícil,
24:57porque ele, inclusive,
24:57é furtivo.
24:58Sim.
24:59Mas,
25:00manter o gato sempre limpo,
25:02também com algodãozinho,
25:04embebido e água,
25:05minimiza.
25:06E solicitar
25:08para que eles não entrem
25:09no quarto,
25:10pelo menos.
25:10Pelo menos, tá.
25:12E bicho de estima...
25:13de pelúcia,
25:14aí dá para eliminar, né?
25:15E cortina?
25:19Nunca mais.
25:22É,
25:22esses confortos,
25:23a gente tem que mudar
25:24para outros tipos de tecido.
25:26Tecidos que a gente
25:27possa passar com pano úmido
25:29e remover.
25:30Agora,
25:30por exemplo,
25:30a cortina,
25:31ela é um problema?
25:36Sim,
25:36mas o colchão é muito mais.
25:38que, às vezes,
25:39a gente nem pensa, né?
25:41Esquece,
25:42pensa em outros itens
25:43e objetos da casa
25:44e o colchão não pensa.
25:46Exatamente.
25:47Então,
25:47agora,
25:47no quarto,
25:48você evitar livros,
25:49coisas que vão ficar paradas
25:51lá há muito tempo,
25:52sim,
25:52vai acumular poeira,
25:53vai.
25:54Mas,
25:54o principal ali
25:56está sendo o colchão.
25:57É,
25:58verdade.
25:58A gente ainda põe o nariz
25:59dentro do livro.
25:59Agora,
26:01doutora,
26:02a gente está chegando
26:02no final do nosso programa.
26:04Queria um sinal de alerta
26:07que você poderia dar.
26:08Qual que a gente precisa
26:09ficar ali atento,
26:11que não deve ser ignorado,
26:13que exigem ali
26:14atendimento de urgência,
26:15que pode ser,
26:16de fato,
26:17um sinal
26:17para a gente observar?
26:19É,
26:20eu acho que
26:20é muito importante
26:21diante de qualquer sintomatologia
26:24que sugir alergia.
26:25Então,
26:26como a gente falou aqui,
26:27os quadros de rinite,
26:29coceira,
26:30espirros,
26:31coriza,
26:32os quadros de asma,
26:33falta de ar,
26:35chiado no peito,
26:36dificuldade para fazer exercício físico,
26:39às vezes,
26:39numa criança pequena,
26:40até dificuldade para mamar
26:41ou para dar risada,
26:43né?
26:43Já pode desencadear o sibilos,
26:45o chiado,
26:46né?
26:46As lesões de pele,
26:48desde as urticárias
26:49até as dermatites,
26:51que podem ser
26:51por substâncias de contato
26:54ou a dermatite atópica,
26:56que é uma situação
26:56que depende
26:57de uma condição alérgica
26:58intrínseca
26:59e também desencadeada
27:01por fatores de fora
27:02do organismo.
27:03Então,
27:04qualquer um desse,
27:05a reação a medicamentos,
27:07a reação a alimentos,
27:08qualquer um desses problemas
27:10deve merecer, né?
27:13A atenção de um especialista
27:14para um diagnóstico correto,
27:16identificar a causa,
27:18tentar eliminar a causa,
27:19como o João bem explicou,
27:21e mesmo, às vezes,
27:23eliminando ou diminuindo
27:24esse fator de desencadeamento,
27:26o paciente ainda pode ter sintomas,
27:28então,
27:29aí necessita, né?
27:30Para os quadros crônicos
27:31de um tratamento preventivo.
27:33Hoje em dia,
27:33a gente tem um arsenal
27:34terapêutico gigante,
27:36chegando a medicamentos
27:37de ponta,
27:38aí nos quadros mais graves,
27:39né?
27:39Os imunobiológicos
27:41que a gente fala.
27:42E,
27:43dessa forma,
27:44a gente não pode prometer
27:45que vai curar as alergias,
27:47mas,
27:48com certeza,
27:49hoje em dia,
27:50eu fui uma criança asmática,
27:51na minha época,
27:52era muito mais difícil
27:53o tratamento.
27:54É verdade.
27:54E, hoje em dia,
27:55eu vivia no pronto-socorro,
27:57com falta de ar, né?
27:59Ficava ali na janela,
28:00tentando pegar ar,
28:01e, hoje em dia,
28:02tem muitas outras opções, né?
28:03Acho que é importante,
28:04também,
28:05desmistificar a questão
28:06do mito da bombinha,
28:08que ainda existe, né?
28:09As pessoas ainda relutam
28:11em começar um tratamento
28:13inalatório, né?
28:14Por meio dos inaladores,
28:16as famosas bombinhas,
28:17mas é importante
28:19que a população saiba
28:20que esses medicamentos
28:21prescritos pelo profissional
28:23da saúde são seguros
28:24e são muito indicados
28:26tanto para o controle
28:27da rinite quanto da asma
28:28e devem ser usados
28:30para prevenir essas doenças.
28:32Eu queria só fazer um ponto
28:33que acho que a gente
28:34não tocou aqui,
28:35quando você fala
28:36da prevalência,
28:37por que que aumenta,
28:38a gente tem que recordar
28:39que a gente está
28:40numa época aí
28:41de muitas alterações
28:43climáticas.
28:44Bastante.
28:46Nos extremos,
28:47o frio excessivo,
28:49chuvas, inundações,
28:50até o calor excessivo,
28:52queimadas,
28:53aumento de poluentes
28:54na atmosfera.
28:56Então, esse é um dos fatores,
28:58a gente acabou de ver
28:58aí de um congresso europeu,
29:00que várias sessões
29:01mostraram isso
29:02com dados, assim,
29:04muito fiéis epidemiológicos,
29:06mostrando que no mundo inteiro
29:07essas alterações climáticas
29:09que estão acontecendo
29:10têm a ver com o aumento
29:12das inflamações alérgicas.
29:14Então, são fatores
29:16que individualmente
29:17talvez a gente
29:17não consiga resolver,
29:19mas eu acho que tem
29:19que ter a consciência
29:20de toda a população
29:21de cuidar do nosso ambiente,
29:24não só interno,
29:25mas dentro do que a gente
29:26puder do externo,
29:27de diminuir fatores
29:29que aumentam
29:29os poluentes
29:30no ar
29:32que a gente respira
29:33e torcer
29:34para que isso
29:35seja minimizado.
29:37Vai vir a COP30
29:39e vamos ver
29:39que propostas
29:41que a gente tem
29:41para minimizar isso.
29:42Tá certo.
29:43Muito obrigada,
29:44doutora Fátima,
29:45doutor João,
29:46mais de uma vez
29:47pelos esclarecimentos.
29:49Falei para vocês
29:49que era rapidinho,
29:50passava rápido demais.
29:53E a você também
29:54que nos acompanhou
29:55no programa de hoje.
29:56Se perdeu alguma parte
29:58e quer rever
29:58outras entrevistas,
29:59o programa vai estar disponível
30:01no nosso canal
30:02do YouTube
30:02ou no aplicativo
30:04da Panflix
30:04para Android ou iOS.
30:06Se tiver alguma sugestão
30:07de tema também,
30:08alguma dúvida,
30:09mande um e-mail
30:10para nós.
30:10É o saúde
30:11arroba jovempan.com.br
30:13e a gente se vê
30:14na semana que vem.
30:15Até lá.
30:16Tchau, tchau.
30:20Jovem Pan Saúde
30:22Jovem Pan Saúde
30:27Oferecimento ampla
30:29Muito mais que um plano
30:30Um compromisso com você
30:32Isso é ampla
30:33A opinião
30:35dos nossos comentaristas
30:36não reflete necessariamente
30:38a opinião do Grupo
30:39Jovem Pan de Comunicação
30:41Realização Jovem Pan News
30:47Consegue pensar
30:50um refrigerante
30:50da cor laranja?
30:53E se eu disser
30:53uma companhia aérea
30:54que é laranja?
30:56Qual nome vem
30:57na sua mente agora?
30:58Em um banco todo laranja
31:00Aposto que você já pensou
31:02Em um plano de saúde laranja?
31:05Calma que esse lugar
31:06já tem dona
31:07Apresento a vocês
31:09a ampla saúde
31:10E agora você já sabe
31:12Pensou laranja?
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