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A estudante Luane Pimenta, de 24 anos, convive com o vitiligo há quase duas décadas. O diagnóstico veio aos 5 anos de idade, logo após a perda de sua avó. Como resultado do abalo emocional, Luane começou a desenvolver manchas brancas na pele — o sinal mais característico da doença. “Meus pais me levaram ao dermatologista, e o diagnóstico de vitiligo foi confirmado. A justificativa apontada foi a questão emocional”, relata ela.

REPORTAGEM: Fernando Assunção (Especial para O Liberal)
IMAGENS: Carmem Helena

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Transcrição
00:00Foi logo após o falecimento da minha avó paterna, Maria.
00:04As manchas começaram a surgir e meus pais me levaram ao médico dermatologista.
00:10E o diagnóstico foi vitíligo e a justificativa até então que eu me lembre
00:15era a questão emocional da perda dela.
00:17Isso acabou abalando o meu emocional a um nível absurdo.
00:20E aí as manchas surgiram.
00:23É o que eu consigo lembrar.
00:24A minha avó faleceu um pouco após o meu quinto aniversário,
00:27mas como eu era muito jovem, para lembrar,
00:32eu só fui notar as minhas manchas mesmo a partir dos 10 anos.
00:35Foi quando eu comecei a ganhar um pouco mais de consciência
00:36e eu notei que eu tinha manchas na pele.
00:39Mas minha mãe diz que foi a partir do quinto ano.
00:41Assim, eu vejo um impacto mais externo.
00:44Às vezes as pessoas olham para as manchas e fazem umas expressões meio de nojo.
00:51Sabe, isso é uma coisa que é um pouco assustadora de ver no rosto delas,
00:55mas não tem nenhum grande impacto interno.
00:58Eu percebi, é claro, essa mudança.
01:00De nada a minha pele começasse a se tornar branca em certas áreas.
01:05Mas eu levei isso até que numa boa.
01:07No começo foi um pouco estranho.
01:08Mas depois que me explicaram mais ou menos o que era
01:10e como não havia nenhum grande problema além das manchas,
01:14não coçava, não me prejudicava em nada,
01:18eu segui a minha vida.
01:19De acordo com o estresse, assim que eu quero abalo mais emocional.
01:22Às vezes elas somem numa área e aparecem em outra e parece que fica transitando perante o corpo inteiro.
01:29Fica assim mais ou menos.
01:31Quando eu era mais jovem, no começo da adolescência,
01:34até se chegou a fazer um tratamento com o dermatologista.
01:38Só que a minha família antes não viu uma grande mudança,
01:40então a gente me parou com isso.
01:42E eu decidi levar a minha vida ao normal.
01:44O máximo que eu faço é cuidar da área,
01:47como ela é uma área mais branca e sensível à luz,
01:49é bastante aplicação de protetor solar.
01:53E lidar com o estresse, enfim.
01:55Tento ter momentos de descanso
01:57pra cuidar da saúde mental,
02:00momentos de lazer.
02:02Eu gosto muito de dançar.
02:03E a prática da leitura.
02:05E assistir filmes, no geral, assim.
02:08Coisas que me relaxam.
02:09Talvez isso ajude as pessoas que têm vitíligo
02:11a entender que isso não é um problema extremamente ruim.
02:15Isso afeta a sua vida, né?
02:16Você tem que tomar cuidado com a sua pele e tal.
02:19Mas eu percebo que as outras pessoas
02:22que olham as ternas...
02:25Eu já...
02:26Eu reparei que as pessoas mais velhas
02:28que tinham vitíligo quando eu era mais jovem,
02:30elas eram muito acuadas.
02:31Elas tinham uma autoimagem muito destruída.
02:34E eu não queria acabar assim, sabe?
02:36Eu queria aprender a lidar com isso bem.
02:39Pra eu tentar ter uma boa vida.
02:41Só crescer e viver, sabe?
02:43Sem ficar o tempo inteiro sendo agorista,
02:45trâneo com vitíligo.
02:47Então, é bom ter uma data que ajude as pessoas
02:50a entenderem que o vitíligo é uma questão.
02:51De certa forma, não é legal.
02:53Você vê a sua pele do nada mudando de cor.
02:56Mas que a gente pode aprender a conviver com isso.
02:59A lidar com a vida.
03:01E só seguir.
03:02Nem tudo tem que ser tão terrível o tempo inteiro.
03:04E aí
03:10E aí
03:10E aí
03:11E aí

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