- 24/06/2025
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08:30Me pegaram aqui arrumando o microfone. Tudo bem, boa tarde. Hoje é sexta-feira.
08:59Dezoito de novembro, está começando mais um Papo Antagonista, mas antes de passar para as notícias, eu preciso fazer um agradecimento a todos vocês que nos acompanham, nos assistem, porque olha só que legal, nós conseguimos vencer em três categorias do prêmio IBESTE.
09:20É política, notícias de jornalismo e como veículo de opinião. E é óbvio que isso só aconteceu porque vocês votaram, vocês nos ajudaram nessa competição.
09:34Então, é muito legal para um veículo como nós, independente, nem pequeno, nem grande, mas aqui brigando para ter notícia todo dia, para comentar as informações com vocês, é muito legal ver que tem essa resposta e que vocês realmente dão apoio ao trabalho do Antagonista.
09:55Então, muito obrigado. E não é só esses três prêmios que a gente tem para comemorar, a gente também tem um tricampeonato para celebrar aqui.
10:09Numa das categorias, em política, a gente venceu nos últimos três anos. Então, parabéns a toda a equipe do Antagonista, sou relativamente...
10:23Eu sou um recém-chegado aqui no Antagonista e na Cruzoé, mas já há muito tempo o trabalho vem sendo bem feito e vem sendo reconhecido por vocês que gostam do nosso jornalismo.
10:44Então, tá aí. Tricampeonato, muito obrigado para os Antagonistas todos aí Brasil afora.
10:51E agora, vamos chamar a vinheta para começar a falar das notícias de hoje.
11:02Cruzoé, uma ilha no jornalismo.
11:10Ajeitando o microfone, porque hoje é dia de Cruzoé, sexta-feira.
11:14Temos uma nova edição da revista no ar.
11:18Vamos ver a capa.
11:19A capa é de um assunto importante dessa semana e que vai continuar sendo comentado ainda por um bom tempo.
11:27A PEC da gastança, a transição e todos os esforços do PT para ter recursos no começo do ano que vem.
11:39Dinheiro para gastar nos seus programas, para cumprir promessas de campanha e tudo mais.
11:48O problema dessa negociação do PT com o Congresso atual...
11:54Né, Duda? Oi, o Duda está aqui do lado.
11:57Está tomando uma cerveja sem álcool em homenagem à Copa do Catar, né?
12:04Mas então...
12:06O problema dessa negociação que o PT está fazendo para obter recursos para o ano que vem
12:14vem da...
12:17Como é que eu posso chamar?
12:19Da arrogância do Lula, né?
12:24Que resolveu, nessa semana, comprar uma briga desnecessária com o mercado.
12:31Tratando a responsabilidade fiscal, né?
12:37O cuidado com as contas públicas.
12:40O cuidado para não deixar que a dívida pública brasileira saia completamente do controle.
12:47Ele resolveu tratar essa responsabilidade como sendo antagônica
12:51naquilo que ele tem chamado de responsabilidade social.
12:54Ou seja, a necessidade de atender aos pobres, né?
12:59Aos vulneráveis brasileiros, que são milhões.
13:04Trinta milhões de pessoas, segundo as estatísticas, estão passando fome no país hoje em dia.
13:10Sim, tem pouco dinheiro para atender essas pessoas e para ainda fazer investimentos em infraestrutura,
13:17movimentar a economia, tentar fazer o PIB crescer.
13:20Tem pouco dinheiro.
13:21Mas essa ideia de contrapor responsabilidade fiscal e responsabilidade social não é boa.
13:32Não é boa.
13:33Não é boa porque, por motivos prosaicos, né?
13:37O mercado reage imediatamente como fez.
13:41A bolsa caiu, o dólar subiu.
13:45E não é boa, principalmente porque ela manifesta uma visão errada, perigosa,
13:53daquilo que é a gestão das contas públicas.
13:57Quando dívida sai de controle num país, um dos primeiros efeitos é a inflação.
14:05Você começa a produzir inflação.
14:07Inflação é o imposto mais terrível que você pode cobrar de uma sociedade.
14:13É o imposto mais terrível que você pode cobrar dos pobres.
14:16São eles que mais sofrem com isso.
14:18Eu fiz duas entrevistas bem interessantes para essa reportagem e elas vão ser postas no ar nesse fim de semana.
14:28Com dois economistas que estão sempre participando do nosso debate público e que são craques, né?
14:34São especialistas no tema das finanças.
14:37E um deles é o Fábio Jambiagi e o outro é o Samuel Pessoa.
14:45O Samuel Pessoa teve uma frase muito...
14:47Aquilo que ele chamou de mantra dele sobre a inflação, né?
14:51Ele disse que pior do que a inflação para gerir os problemas de distribuição de dinheiro numa sociedade,
14:57só uma guerra civil.
14:59Ou seja, não tem quase nada pior do que a inflação como destruidor de riqueza,
15:05como destruidor da vida das pessoas.
15:07O risco dessa visão meio irresponsável do Lula é justamente produzir inflação.
15:14Mesmo que a inflação não vire uma hiperinflação, como aconteceu na Argentina, por exemplo, né, Duda?
15:20Nos últimos anos, uma inflação fora de controle.
15:25Você vai ser obrigado a tomar medidas muito duras de ajuste que acabam produzindo recessão.
15:29Foi o que aconteceu no Brasil aqui em 2015 e 2016.
15:33A Dilma, no primeiro mandato, foi gastadora, foi responsável, fez as pedaladas.
15:42No começo do segundo mandato, ela tentou consertar as coisas.
15:46E o que aconteceu?
15:47Crise econômica, crise de confiança, desempregados.
15:52Tudo que a gente se lembra, porque é recente e foi bem ruim, né?
15:58Então, a reportagem, o núcleo, a ideia central da reportagem é mostrar que essa contraposição
16:03entre responsabilidade fiscal e responsabilidade social não faz sentido.
16:08E aí, a gente tem, enfim, entrevistas e muitos outros dados.
16:16Quer falar uma coisa?
16:18Desculpa, me empolguei.
16:20Não tem pra você tomar uma água aí, mas a matéria é bem interessante, porque o Lula
16:24tá jogando isso nas costas do Congresso, né?
16:29Como você coloca ali, mas, enfim, uma administração aí mais madura das contas no próximo governo
16:38envolveria outras decisões, né?
16:41E acho que a sua matéria, ela aponta essas soluções, né?
16:45De uma mudança ali nos tributos, né?
16:49E como são cobrados e tudo mais, em vez de ir lá e pedir dinheiro mais, né?
16:54Me indigar dinheiro para o Congresso.
16:55E o que eu acho que deve ser claro para todo mundo, os políticos falam em nome de quem eles quiserem, né?
17:05Eles chegam lá e falam, não, eu tô fazendo isso por causa dos pobres, né?
17:09Ou por causa das mulheres, ou por...
17:11Mas nós aqui, como sociedade, a gente deve escutar isso e desconfiar sempre, né?
17:19E ver realmente que resultados essas políticas já tiveram, porque a economia é uma coisa muito...
17:26Já estudada, a gente sabe, né?
17:28Que decisões acabam tendo quais resultados.
17:32E, muitas vezes, essas decisões aí acabam revertendo contra os grupos que eles dizem defender.
17:40Exatamente.
17:40No caso, os pobres brasileiros.
17:42Eu queria só chamar a atenção para uma reportagem que saiu hoje no Antagonista.
17:49Eu menciono, na matéria da Cruzoé, um estudo do Instituto Fiscal Independente,
17:57que é uma entidade ligada ao Senado, que fica ali vigiando as contas públicas o tempo todo.
18:02Até o momento em que eu fiz a reportagem, o estudo mais recente do IFE falava que a dívida bruta brasileira
18:19em relação ao nosso PIB, a tudo que a gente produz, vai chegar ali, vai ser da ordem de 77,2%.
18:28Hoje saiu um novo estudo do IFE mostrando que, com a PEC da gastança, com a PEC que o governo está apresentando
18:41para tirando os gastos do Bolsa Família do teto de gastos, tentando transformar isso numa coisa à parte
18:49de qualquer esforço de responsabilidade fiscal.
18:53A gente pode chegar a 2031 com 95,3% do PIB, com uma equivalência da dívida em relação ao PIB de 95,3%.
19:09O que significa isso?
19:12Quando um credor brasileiro, ou quando alguém que está pensando em investir no Brasil,
19:16em comprar títulos do governo brasileiro, olha para o país e fala
19:20Opa, o governo deve 95% de tudo o que o país produz.
19:29E imediatamente para para pensar.
19:33Será que se eu emprestar dinheiro para esses caras, eles vão conseguir me devolver?
19:38Com essa dívida brutal?
19:39Na Argentina, a gente nunca sabe qual é o momento em que a coisa vira.
19:46Mas na Argentina, né, Duda, nesses últimos 10 anos, a gente viu exatamente isso acontecer.
19:52Chegou um ponto em que ninguém mais confiava no país.
19:56A Argentina não conseguia mais emprestar dinheiro, financiar as suas necessidades no mercado internacional.
20:03E o que que fez?
20:04Teve que chamar socorro, pedir socorro para o FMI.
20:07É, e o dólar acaba subindo por causa disso também, né?
20:11Os investidores acabam...
20:14A população para se proteger, se resguardar na Argentina, compra dólares e os investidores tiram o dinheiro daqui, né?
20:24Então é por isso que o dólar sobe, é uma consequência disso daí,
20:27essa perda de confiança na capacidade que o país vai ter, tem de pagar no futuro, né?
20:33Exatamente.
20:33Bom, é isso.
20:38A gente tem uma outra reportagem da nossa mais recente contratada, Natália Lázaro, que está lá em Brasília.
20:47Chegou aqui faz duas semanas.
20:50E nessa semana ela fez uma primeira contribuição aí para a Cruzoé,
20:56tentando entender o que está acontecendo com o Bolsonaro, que anda sumido, né?
21:01Desde do dia 1º, na verdade acho que do dia 2 de novembro,
21:08quando ele pediu ali para os caminhoneiros que estavam interrompendo o tráfego nas estradas
21:13liberarem o trânsito, né?
21:16Bolsonaro parou de falar nas redes sociais, ficou ali quietinho na residência oficial, no Palácio da Alvorada,
21:27pouco foi, acho que nem foi, da expediente ali na repartição no Palácio do Planalto.
21:36Então, o que está acontecendo com o Bolsonaro?
21:38Ele está deprimido?
21:41Ou ele está tramando um retorno triunfal, né?
21:44Uma maneira de continuar em evidência depois da passagem de governo?
21:55Ou ele está pensando em nem sequer deixar o governo ser transferido para o Lula, né?
22:00Ele está conspirando ali com militares.
22:03Então, a reportagem tenta entender o que está acontecendo,
22:07quais são as ideias que estão sendo ali ventiladas no entorno do Bolsonaro.
22:14E é uma atitude que chama muito a atenção, porque a gente conhece, né?
22:21Como que o Bolsonaro funciona, né?
22:23E ele é um cara que todo dia sair ali do Palácio falando ali no cercadinho, né?
22:30Sempre foi muito ativo e, enfim, realmente impressiona um pouco essa mudança de postura dele.
22:40O Produto Interno Bruto de polêmica do Brasil cresceu enormemente, né?
22:46E a gente até brinca, né?
22:49Silêncio é de ouro, né?
22:51Não é tão ruim assim você parar um pouco de ouvir o presidente
22:57tão falastrão, tão agressivo, tão pesado, às vezes, como o Bolsonaro, né?
23:05Bom, isso aconteceu com o Trump também nos Estados Unidos.
23:07A hora que ele deixa o cargo, realmente,
23:11dá uma diminuída grande, assim, na tensão que havia, né?
23:17E na imprensa e tudo mais.
23:19Enfim, depois ele acaba até sendo cancelado, né?
23:22Nas redes sociais.
23:24Mas também não quer dizer que ele vai...
23:27Que ele perde o capital político, né?
23:29Isso continua, mas a situação fica mais calma.
23:32Eu já disse isso aqui, eu não sei se você concorda comigo, Duda.
23:35Tudo que eu queria na vida era um presidente chato.
23:37Presidente que passasse meio despercebido, assim.
23:40Você lembra dele duas vezes por mês, tal.
23:42Eu lembro quando o Fernando Henrique assumiu, né?
23:46Já em 94.
23:47Mas existia esse debate, né?
23:52Puxa, a gente tá chegando um presidente aí que vai ser chato, né?
23:56Não vai ter muito o que noticiar, tal.
23:58Porque, enfim, o Brasil tava vindo do Collor, né?
24:01O Itamar com a...
24:03Com a moça sem calcinha no carnaval.
24:07É, mas no final, a gente nunca tem um presidente calmo.
24:11Não, nunca é tão parado assim, né?
24:13Mas vamos combinar, vai, Bolsonaro, Trump, eles realmente aumentam os decibéis, né?
24:20Sim, sai do padrão.
24:22Sai do padrão.
24:22Sai do padrão.
24:24Duda, me conta o que que tem aí de internacional.
24:29Quer dizer, me conta não, eu sei o que tem.
24:31Me conta pro pessoal que tá assistindo o que que tem de internacional.
24:34Na Cruzoé, a gente tem a matéria do Caio Matos.
24:38O Caio que foi emprestado também.
24:40Ele é do Antagonista e faz uma matéria sobre as maletas atômicas.
24:46Ele investigou bastante aí, até entrevistando especialistas nessas questões nucleares,
24:53pra entender, enfim, a gente, o mundo andou muito preocupado com essa questão da possibilidade
25:00do Putin deflagrar um ataque com armas nucleares táticas, né?
25:06Ali na Ucrânia.
25:07E aí ele investigou ali o que que o Putin realmente, se ele precisa consultar alguém, né?
25:13Como é que ele precisa, o que ele precisa fazer pra realmente iniciar um ataque desse tipo?
25:20Que consequência que isso pode ter em termos radioativos também?
25:25Se isso pode chegar ao Brasil?
25:27Enfim, é uma boa investigação, uma apuração que ele fez sobre como que isso pode acontecer e as consequências.
25:37Podemos ficar tranquilos?
25:39Nós podemos ficar tranquilos se for um uso de arma tática, né?
25:44Que são de curto alcance, até 2 mil quilômetros, mas se for uma...
25:51Se ele usar arma estratégica, que é de longo alcance e o efeito muito mais devastador,
25:58aí não vai ter muito onde esconder, não.
26:02Não vai acontecer.
26:03E a gente tem um artigo muito interessante na edição de um boliviano.
26:16Sim, o Humberto Vacaflor Ganan é um jornalista boliviano,
26:22muito entendido ali nas questões de como que estão as plantações também de coca na Bolívia, né?
26:34Ele supervisionava isso muito bem e também na situação dos indígenas, né?
26:41E, enfim, a gente teve o Lula já durante toda a campanha anunciando esse Ministério dos Povos Originários, né?
26:51E é um tema que o brasileiro aqui costuma ouvir, mas porque está ouvindo isso os chilenos falarem isso, os bolivianos, né?
26:59Mas no Brasil, no nosso português aqui, quando você fala fulano é originário, você pergunta de onde, né?
27:08A gente espera que venha um complemento, né?
27:10Então, o jornalista é proveniente, é originário do interior, né?
27:16Mas essa coisa do originário que fica por isso mesmo, né?
27:20Como um adjetivo que se completa, é uma coisa que está vindo forte agora com o Lula e esse Ministério aí,
27:29ele falando dos povos originários e tal.
27:31E o Vacaflor traz a trajetória desse termo na Bolívia.
27:39Não era um termo corrente na Bolívia e isso vira, começa a ser muito usado com o Evo Morales.
27:49O Evo Morales assume, acho que é 2006, e desde então assume isso e vai falar desses povos.
27:56E a Bolívia tem uma Constituição que vai falar, são 36 nações originárias, né?
28:03Ele contesta isso, ele tem uma boa bagagem sobre a história boliviana.
28:10Primeiro que esses originários vieram de outros lugares, né?
28:14Eles são originários no sentido brasileiro, né?
28:17Da Argentina, do Chile, sei lá.
28:19Exato.
28:21E toda a hipocrisia do governo do Morales, né?
28:24Que usa essa questão dos originários mais como uma ferramenta ali para ganhar voto, né?
28:31Porque esses povos, eles têm mais direito de emplacar deputados e tudo mais.
28:37E são regiões em que só o movimento ao socialismo, né?
28:41O MAS tem acesso.
28:43E, no fim, acaba...
28:46É um governo que tem autorizado ou sido totalmente negligente
28:51com a exploração que os chineses, né?
28:55Tem feito nos rios da Amazônia e trazendo mercúrio
29:00e destruindo o meio ambiente onde vivem esses povos, né?
29:05Então é mais lábia do que benefício real para os indígenas.
29:12É, eu não sei o que o Lula está pretendendo com esse Ministério dos Povos Originários,
29:17mas é bom a gente realmente entender de que forma que isso foi utilizado politicamente pelo governo, né?
29:27Não é uma coisa que os indígenas saem falando, eu sou originário e tal.
29:30Isso é uma coisa que vem de cima para baixo e que no Chile, por exemplo, é muito presente, né?
29:38Eles tentaram adotar isso na Constituição que foi derrubada, né?
29:41Foi derrubada, é.
29:43Mas o Chile, antes mesmo do Gabriel Boric, já criou o Dia dos Povos Originários, né?
29:48E acabaram...
29:51Hoje tem um problema lá com os mapuxes, né?
29:53Que estão no sul, na Araucania, e estão querendo um povoado deles, né?
29:59Tem o terrorismo mapuche, né?
30:01Assim, é...
30:02É uma coisa separatista, assim, quase.
30:05Você acaba meio que criando divisões, né?
30:08Na sociedade, na Boliviana, isso é super.
30:11E na chilena, isso também aconteceu.
30:15Greb, a gente pediu que o Humberto Vacafor gravasse um videozinho explicando um pouquinho as ideias do artigo dele.
30:27Podemos rodar aí?
30:28Os povos indígenas da região amazônica de Bolivia não aceitam mais o soborno político do movimento ao socialismo
30:41quando decidiram rechazar aquilo que se chamam de povos originários.
30:49Não, somos indígenas, mas, ademais, exigimos, dizem eles, que se respeite o nosso habitat.
30:58Que se expulse aos chinos que han invadido os rios desta região,
31:04que estão envenenando as águas e as tierras com o mercurio,
31:09mas, ademais, que se expulse aos cocaleros, aos cultivadores de coca e aos narcotraficantes
31:17dos nossos parques nacionales, que é onde nós vivemos.
31:22Parece que os indígenas da região amazônica
31:26se han dado conta de que isto de chamar os originários se parece moito ao soborno que usaban os conquistadores
31:36quando venían con espejitos, con vidrios pintados e que se eu,
31:41para conquistar e seducir aos povos indígenas desta região.
31:47O movimento ao socialismo faz o mesmo, dizem eles vamos a chamar originários,
31:53os vamos a chamar primigenios, son os primeiros dueños deste territorio.
32:00Pero, isto sí, a cambio disso, e de que os vamos a chamar naciones,
32:06aunque sean tribus pequenas,
32:09a cambio disso, vos nos ten que dar seus votos,
32:14permanentemente, cada vez que nós exigamos.
32:17E claro, isto tem feito feito em alguns povos do altiplano e dos valles,
32:25mas, mas, os indígenas da região amazônica lhe estão dizendo que não,
32:32não queremos.
32:40Os povos indígenas...
32:41Opa! Muito bom.
32:44Essa é a experiência que ele traz na Bolívia, né?
32:48É bom a gente conhecer bem o que aconteceu e acompanhar o que vai acontecer por aqui, né?
32:55Já que o termo está sendo empregado aqui também.
33:00E também na Cruzeira a gente tem a entrevista com o Bruno Garchagin,
33:04o Bruno que é um cientista político,
33:07já tem dois livros publicados,
33:10pare de acreditar no governo e direitos máximos, deveres mínimos,
33:18e conversa um pouco com a gente sobre como muda a mentalidade do governo,
33:25da presidência aí com a mudança de presidente, né?
33:30O Lula, enfim, ele acredita que está muito mais...
33:35Se tornou um crente muito mais no estatismo, né?
33:39Na interferência do Estado na sociedade.
33:43Fala um pouco também sobre como que ele acha que o PT vai usar
33:48aí algumas instituições que foram criadas aí,
33:51tipo Fundação Palmares e tudo mais.
33:54Enfim, interessante a análise que ele faz aí,
33:57ele que tem um perfil, uma visão e mais conservadora.
34:02Muito bem.
34:03Vamos passar para o noticiário do dia, então.
34:07Vou continuar contigo, Duda.
34:09Isso.
34:11Vira o protagonista, muito bem.
34:13Teve hoje um encontro do Lula com o presidente de Portugal,
34:21do Portugal, é ótimo, em Lisboa.
34:26É, com o Marcelo Rebelo de Souza, né?
34:28Ele está aqui à direita.
34:31À direita do Lula tem o Felipe Nilce,
34:34que é de Moçambique.
34:37Mas...
34:38E aqui o Fernando Haddad.
34:39Bom, o que eu acho interessante é...
34:45Existem alguns...
34:46Tem um punhado de chefes de governo do mundo
34:49que realmente estão muito felizes com a eleição do Lula.
34:53E isso porque foram muito maltratados pelo Bolsonaro, né?
34:58Então, o Biden, presidente dos Estados Unidos, Joe Biden,
35:03começa que ele é eleito e o Bolsonaro não acredita,
35:09no resultado da eleição americana,
35:11entra ali na retórica trumpista de que teve fraude e tal.
35:17O Macron também, né?
35:19Todos os absurdos que o Bolsonaro falou da esposa dele,
35:22aquela briga de se a Amazônia está pegando fogo, se não está.
35:25E o Macron também alfinetava e tudo mais.
35:28Quem mais?
35:31Bom, e temos o Alberto Fernandes também, na Argentina, né?
35:35Quando ele é eleito, o governo do Bolsonaro,
35:38o Ernesto Araújo falava que o mal venceu, né?
35:40Tem umas declarações, assim, do atual governo brasileiro ali
35:45que pegam super mal, né?
35:47Com o Alberto Fernandes.
35:49E o Marcelo Rebelo de Souza é outro aí que está muito feliz do...
35:54Porque foi muito maltratado pelo Bolsonaro, né?
35:58Vamos lembrar aí que em julho ele vem para o Brasil
36:03para um encontro com o Bolsonaro,
36:04mas ele passa antes para falar com o Lula,
36:07aqui em São Paulo.
36:09E aí o Bolsonaro, a turma do Bolsonaro já deixa claro,
36:12se passar com o Lula você já nem vem para cá, né?
36:14Então, rola aí um cancelamento de última hora.
36:20E no dia 7 de setembro,
36:23desfile aí que acho que é em Brasília
36:27que o Bolsonaro, a gente tem o vídeo também,
36:30vamos lembrar dessa cena,
36:32da cara constrangida do Marcelo Rebelo de Souza,
36:36pode jogar o vídeo aí.
36:37Para o presidente, ele faz a apresentação agora para o presidente,
36:41e aí dá o início ao desfile.
36:43A gente tem a participação do ilustre Luciano Hang,
36:48conhecido como o Velho da Havan,
36:51que estava bem animado no desfile e tal,
36:54mas realmente, assim, pegou super mal.
36:58Um chefe de Estado que vem aqui para o Brasil
37:02para uma celebração de uma data nacional
37:07e na tribuna de honra,
37:10e tem que dar espaço ali para esse senhor de Terno Verde, né?
37:13Leva uma cotovelada do véio da Havan,
37:15abre espaço, né?
37:18É, então, é óbvio que...
37:20Protocolo nunca foi o forte do governo Bolsonaro, né?
37:24É, óbvio que o Lula chegando lá,
37:27ele vai receber super bem, né?
37:29Muito bem.
37:31Outra informação importante
37:33que veio lá de fora, né,
37:36enquanto o Lula está viajando,
37:41é que o próximo ministro da Defesa
37:44deve mesmo, como já se especulava,
37:47ser um civil.
37:48O Michel Temer inaugurou
37:53na fase pós-fim do regime militar,
37:58pós...
38:01Na fase, nos últimos 25 anos de democracia,
38:05aí quase 30 agora, né?
38:07A gente sempre tinha
38:08ministros da Defesa Civis,
38:11o Michel Temer mudou isso, né?
38:13O Bolsonaro, como nós sabemos,
38:15manteve essa prática
38:17e agora o Lula
38:19pretende pôr um civil de novo
38:23nesse ministério.
38:29Supõe-se que isso
38:30possa criar alguma espécie de desconforto
38:35com os militares,
38:37que ganharam muita...
38:39muita influência,
38:41muitos espaços na administração
38:43nos últimos anos, né?
38:46Mas...
38:47a minha opinião,
38:50e a opinião de muita gente,
38:52é que o correto é esse, né?
38:56Num regime democrático,
39:00os militares têm uma função
39:02muito específica,
39:04que não é uma função política, né?
39:08E, portanto, eles devem responder
39:11à autoridade civis.
39:13Sim, de pleno acordo.
39:18O Brasil tem dado cada vez mais
39:20espaço para os militares,
39:24eles têm crescido demasiadamente
39:26dentro da política,
39:29e quando você cede poder
39:31para um grupo de pressão...
39:32Um grupo de pressão...
39:34Opa!
39:45Não dá um...
39:47Tudo bem, Duda?
39:50Mantenha a câmera no Duda,
39:52por favor, é mais divertido.
39:53Olha ali.
39:54O que é que eu mude de assunto?
40:02Quando você cede poder
40:04para um grupo de pressão,
40:08é difícil esse grupo,
40:09por si só,
40:10abandonar isso, né?
40:13Então, acho que o governo brasileiro
40:15precisa realmente
40:16voltar a estabelecer aí um padrão,
40:18e esse padrão
40:20é com o civil, realmente, né?
40:23Determinando aí
40:24o que é a política brasileira.
40:26Isso não é desmerecer
40:28os militares,
40:30mas o fato é que eles são,
40:32em países como os nossos,
40:34como os Estados Unidos,
40:35como os países da Europa,
40:37aqueles que recebem as armas, né?
40:41Eles têm uma situação
40:43absolutamente única
40:46na nossa ordem institucional, né?
40:50Então, é importante
40:52que eles
40:53fiquem ali
40:56sob controle, né?
41:00Eles devem
41:02ter um espaço de contenção
41:06e de autocontenção também, né?
41:08Quando o militar começa
41:10se meter na política,
41:11interferir na política,
41:13às vezes,
41:15dá ruim,
41:17como se diz popularmente aí, né?
41:20Então, é uma medida
41:24correta,
41:26uma medida que responde
41:27às tradições democráticas,
41:29e esperamos que seja bem vista
41:31pelos militares também, né?
41:37Tudo bem aí, Duda?
41:38Agora melhorou?
41:40Eu acho que eu melhorei,
41:41mas vamos ver, né?
41:42Pode.
41:44Então, eu comecei
41:45muito antes,
41:46que a gente
41:48ia tomar uma cerveja
41:49sem álcool,
41:51em homenagem
41:51à Copa do Catar,
41:53que começa
41:53nesse fim de semana,
41:54começa no domingo,
41:55dia 20,
41:57e
41:58eu até fiz essa brincadeira,
42:00porque o assunto
42:01realmente está quente,
42:03é um assunto
42:05que o mundo inteiro
42:06está discutindo, né?
42:10O Catar
42:11proibiu
42:13a venda,
42:15é um país muçulmano,
42:16onde as bebidas alcoólicas
42:18são proibidas,
42:20e o país,
42:22em consonância com a sua religião,
42:24com a sua lei,
42:25proibiu a venda de cerveja
42:27nas mediações
42:29dos estádios.
42:31Acontece
42:32que,
42:33em Copas passadas,
42:35a FIFA
42:36pressionou,
42:38pressionou,
42:39e conseguiu reverter
42:40medidas parecidas
42:42que o Brasil,
42:43a Rússia,
42:44quiseram tomar, né?
42:45Então,
42:46a gente tem uma situação
42:47bastante curiosa aí,
42:48o país
42:49que conseguiu
42:51enquadrar a FIFA.
42:52Isso é bom?
42:53Isso é ruim?
42:53O interessante é que
42:56isso aconteceu
42:57dois dias antes,
42:59porque a abertura
43:01da Copa
43:02é no domingo,
43:04e vamos lembrar
43:06o que aconteceu
43:07no Brasil,
43:08o Brasil teve a Copa
43:09aqui em 2014,
43:11e tinha o estatuto
43:12do torcedor
43:14que proibia
43:14bebidas
43:15que pudessem
43:16suscitar
43:17atos de violência,
43:19então,
43:19os estádios no Brasil
43:21não permitiam
43:21cerveja.
43:23cerveja que está
43:25muito relacionada
43:26ao futebol, né?
43:27As pessoas assistem
43:28ao jogo
43:29não é tomando vinho,
43:30é tomando cerveja.
43:31Não,
43:32e tem o fato,
43:33né,
43:33de que, enfim,
43:34a Copa do Mundo
43:35é uma festa
43:36e é um negócio
43:38multibilionário.
43:40Então,
43:41a FIFA tem
43:41os seus patrocinadores
43:43e ela chega
43:44com o pacote
43:45pronto, né?
43:46E ela realmente
43:47impõe,
43:48de certa forma,
43:49os países
43:49que topam
43:50abrigar
43:51a Copa, né?
43:53Como é que a FIFA
43:55impôs isso
43:56ao Brasil, né?
43:58A Copa foi em 2014
43:59e em 2013
44:00a FIFA
44:02inicia um processo
44:03jurídico
44:04na justiça brasileira
44:05e ela ganha.
44:07Então,
44:07os estádios,
44:08todos os estádios
44:09do Brasil
44:09onde teve o jogo
44:10da Copa
44:11puderam,
44:12não teve nenhum problema
44:13em vender cerveja.
44:15a diferença
44:17para a situação
44:18do Qatar
44:19é que o Qatar
44:21faz o que quiser
44:22e o judiciário,
44:25a justiça do Qatar
44:26é totalmente
44:27submissa
44:29ao Emir, né?
44:31E o Emir
44:32entendeu ali
44:33de última hora
44:33que
44:34tinha autorizado
44:36no começo,
44:39depois, então,
44:40desautorizou,
44:41vai poder
44:43tomar cerveja,
44:45acho que só,
44:45acho que o texto
44:46traz isso, né?
44:47Só naquelas festas
44:48que acontecem,
44:50ainda assim,
44:50num horário
44:51que são quatro horas
44:53só de,
44:54e não tem
44:55a quem recorrer, né?
44:57O Emir
44:58faz isso
44:59porque o islamismo
45:00tem essa coisa, né?
45:01De proibição
45:02do álcool,
45:04porque o álcool
45:05é considerado tóxico,
45:06né?
45:06Ele muda
45:07como as pessoas
45:08pensam e tudo mais,
45:09também porque
45:10as coisas estão
45:11no Corão, né?
45:12De que
45:13pode fazer as pessoas
45:14se esquecerem
45:15das preces, né?
45:17São várias preces
45:17por dia,
45:19então, isso realmente
45:19é a tradição
45:20do mundo islâmico.
45:23E aí, o Emir
45:24de última hora
45:25achou que devia
45:26seguir ali
45:26mais literal
45:27o Corão.
45:29E aí, a FIFA
45:30agora
45:30chora, né?
45:31E a Budweiser também, né?
45:33Não tem muito o que fazer.
45:35Eu usei até a palavra
45:36a FIFA impõe
45:38e tudo mais,
45:39mas eu acho
45:39que é um uso
45:40incorreto
45:41da palavra, né?
45:43Porque
45:44o país,
45:47os países
45:48propõem
45:50a sua candidatura,
45:51um deles
45:53vence, né?
45:54Essa disputa
45:55para sediar
45:56uma Copa,
45:58e, nesse momento,
45:58eles assinam
46:00um contrato
46:01com a FIFA.
46:04Eles são livres
46:06para assinar ou não,
46:07para se candidatar
46:08ou não.
46:09Mas, uma vez
46:09que assinam
46:10um contrato,
46:12passam
46:12a estar
46:13submetidos
46:16a uma coisa
46:17que é universal
46:17no direito, né?
46:20Que é
46:21que contratos
46:22devem valer,
46:24certo?
46:24Porque, se não,
46:24o mundo
46:25enlouquece, né?
46:28E foi por isso
46:29que, como o Duda
46:30disse, né?
46:30A FIFA entrou
46:31na justiça
46:32aqui no Brasil
46:32e falou, olha,
46:33tem uma cláusula
46:34aqui, o Brasil
46:35aceitou isso,
46:36podia não ter aceito.
46:38Talvez, se não tivesse aceito,
46:40não recebesse a Copa,
46:41porque, de fato,
46:42a FIFA vem com
46:43o pacotão pronto.
46:45Mas aceitou.
46:46E a justiça falou,
46:47então,
46:49eu vou me lembrar,
46:50eu me lembrei agora
46:51da minha
46:52faculdade de direito,
46:54pacta sunt servanda,
46:57latim.
46:57advogado adora latim.
47:01Contratos precisam
47:02ser cumpridos,
47:04né?
47:05Só que,
47:06num país
47:07que é praticamente
47:07uma tenda,
47:09né?
47:10Com um shake
47:11lá dentro,
47:12que manda em tudo,
47:13pacta non sunt servanda,
47:16sei lá,
47:16como é que você fala isso
47:17em latim.
47:17Enfim,
47:18acho que a FIFA
47:20tem dois dias aí
47:21para correr atrás,
47:21né?
47:22E tentar reverter
47:23isso daí,
47:25mas,
47:25acho que o
47:27o Emir fez
47:28a conta dele,
47:29né?
47:30Ninguém vai cancelar
47:31essa Copa
47:31nesse momento,
47:32assim,
47:33em cima da hora.
47:34E a Copa
47:35vai acontecer
47:36e pro Emir
47:37é uma questão,
47:38enfim,
47:38mesmo que,
47:39sei lá,
47:39ele tenha que pagar
47:39uma multa
47:40por causa disso daí,
47:42dinheiro não está
47:43faltando no Qatar,
47:45ele tem todo o dinheiro
47:46que ele quer,
47:47aquilo ali é um poço
47:48de petróleo
47:49e gás natural.
47:51E a Copa
47:53acontecer,
47:54para ele,
47:55já é o objetivo
47:56dele,
47:57o Qatar,
47:58ele usa a Copa
48:00meio que para ganhar
48:01um poder
48:04na geopolítica mundial,
48:06né?
48:06Um país eco
48:07que está ali
48:08entre a Arábia Saudita
48:10e o Irã,
48:11tem medo dos dois,
48:13então,
48:13busca estender
48:15esses tentáculos,
48:16né?
48:18Para o mundo todo,
48:19então...
48:20É uma ferramenta
48:21de soft power,
48:22né?
48:22Soft power.
48:22Influência.
48:23É.
48:23Assim como outras
48:25ferramentas
48:26de soft power
48:26que o Qatar tem,
48:29que é,
48:30por exemplo,
48:31tem o escritório
48:32lá do Hamas,
48:33né?
48:33Grupo terrorista
48:34palestino,
48:36ou do Talibã,
48:37né?
48:38Estava entrando
48:39nas medições,
48:40todas as negociações
48:41de paz com o Talibã
48:42do Afeganistão,
48:44aconteceram no Qatar,
48:45né?
48:46Tem a Al Jazeera,
48:47né?
48:47Que é uma rede de televisão
48:49que vai para o mundo inteiro,
48:51né?
48:51Então,
48:52que tem lá o Sheik,
48:53o Izuval Karadawi,
48:55que dá os sermões,
48:56né?
48:57Enfim,
48:58é uma maneira de,
49:00puxa,
49:00já que eu estou aqui
49:01meio que acuado
49:02nesse cantinho aqui
49:03do Oriente Médio,
49:05entre duas potências,
49:06né?
49:07Regionais.
49:07Deixa o mundo saber
49:08que eu existo, né?
49:08Deixa o mundo saber
49:09que eu existo,
49:10a mais vem cá,
49:11e olha,
49:12Talibã também,
49:13e ó,
49:14vamos fazer uns joguinhos
49:15de futebol aqui,
49:16mas, pô,
49:16cerveja?
49:17Já é demais, né?
49:20Terrorismo,
49:20tudo bem,
49:21mas cerveja já é demais.
49:22É,
49:22o Qatar tem problemas
49:24muito maiores
49:25do que a cerveja.
49:29Vamos aproveitar
49:30que a gente está ali
49:32no Oriente Médio,
49:33falar também
49:34de outro Sheik
49:34muito peculiar,
49:37né?
49:38O Príncipe Saudita
49:39que ganhou imunidade
49:43no julgamento
49:44sobre o assassinato
49:46do Jamal Khashoggi.
49:48Você pode ler?
49:49Porque aí eu posso,
49:50claro.
49:51O Jamal Khashoggi,
49:54vocês devem se lembrar,
49:56é um jornalista
49:56que foi assassinado
49:59e esquartejado, né?
50:03Dentro de uma embaixada
50:05por ordem
50:06do Príncipe Herdeiro
50:08da Arada Saudita,
50:09o Mohamed Bin Salman,
50:12né?
50:13E esse julgamento
50:15está para acontecer,
50:18só que o Bin Salman
50:19ganhou aí
50:20uma imunidade.
50:21Por que, Duda?
50:22Então,
50:23a esposa do Khashoggi,
50:28que é turca,
50:29decidiu entrar
50:30com um processo
50:31contra o Mohamed Bin Salman
50:33nos Estados Unidos,
50:34porque ela entendeu
50:35que era nos Estados Unidos
50:36onde ela poderia realmente
50:37ter um julgamento justo,
50:40né?
50:40Do que aconteceu.
50:43E havia essa dúvida
50:45se ele poderia realmente
50:46ser real
50:48nesse processo
50:49e, enfim,
50:52a coisa começou a andar
50:53na justiça
50:54e foi feita uma consulta
50:55às autoridades americanas
50:58se ele realmente poderia ser
50:59ou não real no processo.
51:03E o que aconteceu,
51:04o que a gente está vendo aí,
51:06na verdade,
51:06já é o resultado
51:07de uma decisão
51:08que foi tomada
51:09no final de setembro
51:11pelo rei Salman,
51:13o rei da Arábia Saudita,
51:15que uma semana antes
51:16do governo americano
51:18dar o parecer
51:19se ele poderia ou não
51:20ser real
51:22nesse processo
51:23pela morte do Khashoggi,
51:26nomeia
51:27Mohamed Bin Salman
51:29primeiro-ministro.
51:31Até então,
51:32o rei Salman,
51:34ele era
51:34o rei
51:36e o primeiro-ministro,
51:37ele acumulava
51:38as duas funções
51:39e aí,
51:40muito espertamente,
51:41o rei que já,
51:43o rei já está com 86,
51:46acho,
51:47então, assim,
51:48no comando do país,
51:51realmente,
51:52quem está tomando conta ali
51:54já é o Mohamed Bin Salman,
51:56então,
51:57o que o rei fez
51:57foi oficializar
52:00isso daí.
52:02E aí,
52:03pelas leis americanas,
52:05você,
52:06o
52:06chefe de governo
52:09não pode ser alvo
52:11de acusações
52:12na justiça americana,
52:14então,
52:15ele ganha aí
52:16essa imunidade,
52:19é uma injustiça,
52:21porque,
52:22realmente,
52:22as agências
52:23de inteligência
52:24americanas
52:26realmente
52:28apontaram
52:29o Mohamed Bin Salman
52:31como o autor intelectual
52:32desse assassinato
52:35que foi cruel,
52:36né?
52:38Ele era um colunista
52:40do Washington Post,
52:42que as colunas
52:44provavelmente
52:44incomodaram
52:46aí a monarquia saudita
52:48e essa ação
52:49completamente
52:50é violenta
52:51no consulado
52:52de Istambul.
52:53Ele foi atraído,
52:55entre aspas,
52:55para o consulado,
52:57ou ele foi...
52:58Era alguma questão,
52:59acho que,
53:00de visto,
53:00não sei o quê,
53:01e aí,
53:02ele é trazido
53:04para dentro
53:05e nunca mais sai,
53:06né?
53:07E a gente tem,
53:09enfim,
53:09acho que tinham várias
53:10agências de inteligência
53:12acompanhando ele,
53:13né?
53:14e a gente escutou
53:16até as gravações,
53:19né?
53:19Que eles conseguem
53:20do...
53:21Enfim,
53:21foi uma coisa
53:22realmente aterrorizante
53:25e assustadora.
53:26Mohamed Bin Salman
53:27é uma pessoa
53:30que realmente
53:31tem um lado aí,
53:34apesar de ser
53:35um rostinho bonito
53:36e está sempre sorridente,
53:40é um cara sombrio
53:42e cruel
53:43e realmente
53:44se livrou
53:45dessa daí.
53:47Muito bem,
53:47estava aqui olhando
53:48a nossa pauta,
53:51eu acho que a gente
53:51escutou
53:52uns assuntos
53:53interessantes do dia,
53:55acho que a gente pode
53:56libertar vocês
53:58para o fim de semana,
53:59libertar o Duda
54:00para um xarope
54:01de mel
54:02e agrião,
54:04é...
54:06Algum protesto?
54:06Farei isso,
54:07farei isso.
54:10Vou pular
54:11a Band Zero hoje
54:12e pegar direto
54:13no xarope.
54:14Exatamente.
54:16Como o Lula,
54:18o Duda...
54:19É,
54:20falei da voz do Lula
54:22da outra vez,
54:23né,
54:23no 427,
54:24viu o castigo.
54:25Gente,
54:25muito obrigado
54:26mais uma vez
54:27por terem ajudado
54:29o Antagonista
54:31a conquistar
54:32três prêmios
54:33no IBESTE
54:34deste ano.
54:36Está ali, olha,
54:37política,
54:38notícias de jornalismo,
54:39veículo de opinião.
54:40muito obrigado
54:41por terem ajudado
54:42o Antagonista
54:43a conquistar
54:44o tricampeonato
54:45em política
54:46e até a próxima vez.
54:50Na semana que vem
54:50estamos aqui de novo
54:51com o Papo Antagonista.
54:53Um grande abraço
54:54para vocês.
54:55Tchau,
54:55boa noite.
54:55Tchau,
55:25Tchau,
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