Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 24/06/2025
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, afirmou nesta segunda-feira (14) que o ataque à Suprema Corte é uma “marca do populismo autoritário”. Em Nova York, onde participa de um debate sobre o respeito à democracia, o magistrado disse que é papel do STF “limitar o poder político majoritário”, aplicando a Constituição.

“Outra marca do populismo autoritário em todo o mundo é o ataque às Supremas Cortes. [...] O papel de uma Suprema Corte é interpretar e aplicar a Constituição. E o papel da Constituição é limitar o poder. De modo que, em última análise, o nosso papel é limitar o poder político majoritário. Em todas as partes do mundo, existe algum grau de tensão entre quem exerce o poder político majoritário e quem tem o papel de conter esse papel político majoritário, de limitar o poder das maiorias”, afirmou.

“Só não existe tensão entre o poder político majoritário e a Suprema Corte onde não haja democracia ou onde as Supremas Cortes tenham sido capturadas. Na Hungria, na Turquia, na Rússia e na Venezuela não existe mais democracia e mais liberdade do que no Brasil”, acrescentou.

Barroso disse ainda que todos os presidentes tinham queixas contra o STF, mas, segundo ele, a diferença é que nenhum dos antecessores de Jair Bolsonaro atacou os ministros da Suprema Corte.

“Nós não temos lado político. O nosso lado é o lado da democracia e das instituições”, afirmou.

Cadastre-se para receber nossa newsletter:
https://bit.ly/2Gl9AdL​

Confira mais notícias em nosso site:
https://www.oantagonista.com​

Acompanhe nossas redes sociais:
https://www.fb.com/oantagonista​
https://www.twitter.com/o_antagonista​
https://www.instagram.com/o_antagonista
https://www.tiktok.com/@oantagonista_oficial

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00A outra marca do populismo autoritário em todo o mundo é o ataque às supremas cortes.
00:07Esse tem sido o padrão e os exemplos são múltiplos.
00:10Hungria, Polônia, Turquia, Venezuela, Filipinas, Nicarágua.
00:18Portanto, é um fenômeno global e mesmo as democracias mais sólidas viveram vicissitudes,
00:23como os Estados Unidos na operação relativa ao Capitório, como o Reino Unido, que está pagando um preço alto pela sua saída da União Europeia.
00:35O papel de uma Suprema Corte é interpretar e aplicar a Constituição.
00:41E o papel da Constituição é limitar o poder.
00:50E o papel de uma Suprema Corte é interpretar a Constituição.
00:54De modo que, em última análise, o nosso papel é limitar mesmo o poder político majoritário.
01:00De modo que, em todas as partes do mundo, existe algum grau de tensão entre quem exerce o poder político majoritário,
01:09ou seja, os agentes públicos eleitos, e quem tem o papel de conter esse poder político majoritário,
01:16de limitar o poder das maiorias.
01:19E a característica das democracias é que esta tensão seja absorvida de maneira institucional e civilizada.
01:29Só não existe tensão entre o poder político majoritário e as Supremas Cortes onde não haja democracia,
01:37ou onde as Supremas Cortes tenham sido capturadas, como em todos esses países que eu citei como exemplo.
01:44E gostaria de dizer que na Hungria, na Turquia, na Rússia e na Venezuela não existe mais democracia e mais liberdade do que no Brasil.
02:14Obrigado.
02:15Obrigado.
02:16Obrigado.

Recomendado