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Em participação no Papo Antagonista com Claudio Dantas desta terça-feira (10), o ex-juiz Sergio Moro comentou as investigações lideradas por alguns ministros do TCU que questionavam contratos de trabalho privados do ex-ministro e que de repente, após a retirada da sua pré-candidatura à presidência da República, estão estagnadas.

Para Moro, esse assedio judicial "foi um absurdo" e não passa de uma "história fantasiosa".
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Transcrição
00:00Você, quando chegou, voltou dos Estados Unidos para cá, voltou dos Estados Unidos para o Brasil,
00:05se filiou ao Podemos, fez aquela cerimônia aqui, inclusive em Brasília,
00:11aqui num centro de eventos aqui em Brasília, e você já se lançou aí como um nome
00:20para disputar a presidência.
00:23Desde então você começou a ser assediado judicialmente, TCU, mexeu com suas contas,
00:31foi nos contratos que você tinha com Alvarez e Marçal, atropelaram todos os estamentos legais,
00:43todos os limites legais do próprio tribunal, fizeram tudo isso.
00:49E a gente viu também o pessoal aí do PT, todo mundo movendo a ação, tentando recorrer,
00:55tem gente querendo você preso.
00:58Você agora não é nada, não é candidato a nada por enquanto, nesse momento, nesse limbo que você se encontra.
01:05E de repente parou tudo, parou o assédio, parou os processos, cadê as ações?
01:10É, não vamos falar alto não, porque eles retomam.
01:13Mas é, é inacreditável, porque foi um absurdo, esse procedimento, por exemplo, do TCU,
01:19é uma história fantasiosa, né?
01:21Então, lá na Lava Jato, a gente combateu a corrupção,
01:25e aí eles colocam, ah, corrupção, o combate à corrupção quebrou as empresas,
01:29que é um disparate.
01:31Em qualquer lugar do mundo, ninguém passa a mão na cabeça das empresas
01:35ou dos proprietários que praticam corrupção.
01:38Elas têm os mecanismos que se ativeram, que eram os acordos de veniência.
01:42Então, quem comprometeu a saúde financeira dessas empresas
01:45foram esses modelos de negócios baseados em corrupção.
01:49E aí vem com essa historinha da carochinha, ação popular, para buscar indenização,
01:54a TCU fazendo ali uma perseguição absurda,
01:59e conselheiro do TCU que estava em festa, em homenagem ao Lula, lá em São Paulo.
02:06E é engraçado, né?
02:07Porque você tem todo um grupo aí de supostos advogados garantistas,
02:11que são garantistas de araque, né?
02:14E garantem apenas a impunidade de quem cometeu crimes de verdade
02:18e defendem a perseguição de quem combateu a criminalidade.
02:22É lamentável.
02:24Mas foi isso que você falou.
02:26A partir do momento que eu me coloquei como pré-candidato à presidência,
02:30houve uma concentração, né?
02:32Tanto dos dois extremos, em cima da minha pré-candidatura.
02:38E, além disso, aí, por meu ver, é um jogo sujo,
02:41essa utilização, né?
02:43Essa perseguição institucional que é totalmente fora do padrão.
02:49Lamentável que isso ocorra no Brasil.
02:51Talvez, infelizmente, seja um prenúncio do que pode vir,
02:55a depender do resultado dessas eleições.
02:59Por isso que, às vezes, as pessoas colocam,
03:00ah, você acha que vai ter revanchismo, perseguição?
03:04Já está tendo, meu amigo.
03:06Então, abre o olho, já está tendo.
03:08E agora, tem uma questão também, a meu ver, Cláudio, que é importante.
03:12Cadê a imprensa denunciando esse fato?
03:16Com raras exceções, o antagonista é uma das exceções,
03:20cadê a imprensa desse país denunciando esses fatos?
03:23Que o que a imprensa fazia, basicamente,
03:25era reverberar, sem uma postura crítica,
03:29esses processos absurdos.
03:31Como aquele outro processo lá das diárias,
03:34do pessoal da Força Tarefa, do Ministério Público.
03:38Poxa, os caras recuperaram 6 bilhões de reais
03:42para a Petrobras.
03:44E vão lá incomodar por causa das diárias,
03:46do pessoal que vinha de fora para trabalhar lá em Curitiba.
03:50Um negócio absurdo.
03:51Fora que a gente está falando de um procedimento
03:54que vale para todos.
03:57Então, esse tipo de aprovação de diária,
03:59eu mesmo levantei e publiquei,
04:01o próprio Bruno Dantas também tem várias diárias dele
04:05para seminários no exterior,
04:08e que mereciam também uma investigação.
04:11Você falou aí, mencionou até advogados e tal,
04:14eu me lembrei do Botelho, né?
04:16Sim, sim.
04:17Botelho, que agora é candidato, é deputado pelo PSB.
04:21É curioso, né?
04:21Porque o pessoal que te acusava de usar a justiça
04:25com objetivo político, né?
04:27Que você já teria, já tinha lá em 2014,
04:30você já tinha um plano para virar presidente da República.
04:32Pois é.
04:33E aí, essa gente está na política,
04:37agora entrando para a política,
04:38um ex-advogado da Odebrecht.
04:40Não, ele tinha que explicar lá
04:42por que ele dizia que a Odebrecht era inocente,
04:45que estava todo mundo sendo perseguido,
04:48e depois mudou totalmente o quadro.
04:51Eu acho complicado explicar essa história,
04:53porque eu acho que o advogado tem que dar a melhor defesa para o cliente, sabe?
04:57Então ele pode defender assim,
04:58olha, não tem prova dos crimes,
05:00esse é um discurso.
05:01Agora, afirmar que é inocente quando não é,
05:04e a gente viu que a Odebrecht estava envolvida em corrupção
05:08no mundo inteiro, né?
05:10Inclusive de quatro ex-presidentes do Peru.
05:12Eu acho esquisito, sabe?
05:15Então, o país está um pouquinho do avesso, né?
05:17A gente está vendo o errado ser colocado como certo,
05:22o certo ser colocado como errado.
05:25E eu acho que não tem como a gente construir
05:27uma grande democracia e uma economia próspera
05:30se a gente não se basear em integridade,
05:34em honestidade, em ética.
05:36O Brasil está seguindo um caminho muito perigoso.
05:40O Brasil está seguindo um caminho muito perigoso,

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