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Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual e fundador do Instituto de Tecnologia e Liderança, detalha como é feita a seleção de alunos e a distribuição de bolsas de ensino para a graduação e pós-graduação no Inteli.

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Transcrição
00:00Como o Intel está conseguindo fazer uma seleção tão apurada, refinada desses jovens talentosos
00:06no momento que nós temos esse grande problema no ensino médio brasileiro, de uma grande evasão escolar?
00:12Vocês estão conseguindo peneirar e tirar o melhor do que sai desse ensino médio?
00:17Olha, felizmente, Felipe, a qualidade dos alunos não tem sido a nossa limitação.
00:23Bom, acho que está muito comprovado que no Brasil a oportunidade pode ser mal distribuída, mas o talento é bem distribuído.
00:32E a gente fez um processo seletivo muito abrangente, porque se a nossa meta é ser uma das melhores faculdades do mundo,
00:40é uma das melhores da América Latina, a gente pode ter um campus magnífico, professores fantásticos,
00:46mas isso não será possível sem os melhores alunos.
00:49Então, a atração dos melhores alunos é chave.
00:51Então, acho que a gente fez uma coisa que nunca tinha sido feita no Brasil.
00:56Porque, como você falou, você citou aqui duas instituições maravilhosas, o INPA e o ITA,
01:01são duas instituições públicas que não cobram mensalidade.
01:05Nós somos uma entidade sem fins lucrativos, porém que cobramos mensalidade.
01:09Então, o que nós fizemos? Nós fizemos um processo bem diferenciado,
01:13que envolve uma primeira fase, que é uma prova de lógica e matemática.
01:17Se você quer ser engenheiro, o que importa é a lógica de matemática.
01:20Se você teve dinheiro para pagar um bom cursinho, para revisar história, para revisar literatura,
01:27você talvez passaria num vestibular completo.
01:29Agora, no nosso caso, o que importa é a lógica e matemática, isso é eliminatório.
01:34Depois disso, a gente pede para os candidatos fazerem redações,
01:37onde a gente quer conhecê-lo como pessoa.
01:40E aqui a gente quer medir distância percorrida.
01:42quais são as oportunidades que você teve, como você as aproveitou,
01:48como você demonstrou resiliência, intensidade, dedicação, comprometimento
01:53para seguir crescendo.
01:55O que você vê de atividades extracurriculares, Olimpíadas Estudantis?
01:59E aí ele recebe também uma avaliação disso.
02:01E, finalmente, temos uma terceira etapa,
02:04que é uma dinâmica de grupo, é um trabalho em grupo,
02:06onde a gente faz uma avaliação de comunicação, colaboração e pensamento crítico.
02:13E depois a gente vai explicar, depois, como o Intel é feito com ensino baseado em projetos em grupo,
02:17isso é muito importante.
02:19Feito isso, tem-se um ranking dos candidatos.
02:22E aí que eu acho que vem algo que nos orgulha muito
02:26e que deixa que a gente realmente consiga atrair os melhores talentos.
02:30Quem aí não pode pagar a mensalidade do Intel,
02:34ele recebe uma bolsa que é muito, muito competitiva.
02:39Se necessário, a bolsa de estudos do aluno pode ser,
02:42incluir mensalidade, moradia, transporte, alimentação, computador e inglês.
02:50E com isso, é o que você falou, a gente está peneirando,
02:53a gente está na última classe e tiver em torno de 200 alunos.
02:57A gente tem capacidade para ter 240 alunos por ano.
03:00Então, perto de 1.960 alunos, quando a gente estiver com capacidade máxima.
03:06O Brasil tem muito mais que 1.000 alunos talentosos.
03:09A gente precisa realmente achá-los e criar condições para que eles possam frequenciar o Intel.
03:16Ou seja, apesar da excelência, não existe barreira pela questão do pagamento da mensalidade.
03:24Qualquer um que tenha talento, passou nesses exames, vai ter a bolsa de acordo com a sua condição financeira.
03:30Olha, eu me arrisco a dizer que das entidades privadas do Brasil,
03:34nós somos o maior programa de bolsas do país.
03:36E a gente já nasceu assim.
03:38A gente já nasceu assim por causa dessa convicção
03:42que a gente precisava atrair os melhores alunos.
03:45E essa convicção que, no Brasil, se você der a oportunidade de educação, de trabalho,
03:53o brasileiro se desenvolve, performa e gera desenvolvimento, gera riqueza e gera emprego para o resto do país.
04:02Bom, eu visitei o Intel, tenho muito orgulho de ter visitado o Intel
04:05e vi essa dinâmica na sala de aula que é uma coisa muito diferenciada de outros países.
04:10Ou seja, você vê os alunos ali todos engajados nessa resolução de projetos.
04:17Como é criar uma metodologia tão única como essa de trabalhar em torno de projetos?
04:23Isso é muito comum nos Estados Unidos, por exemplo, mas não é comum aqui.
04:26Como preparar os professores para dar esse tipo de aula
04:30que é muito mais um facilitador dessa resolução de problemas em projetos reais
04:36do que uma aula clássica com o quadro negro, contando como é que é, qual é o conteúdo, o que ele deve saber.
04:43Se você me permitir, eu só queria dar um passo para trás para explicar um pouco da metodologia.
04:48Certo.
04:49E como que a gente chegou nela.
04:51Quando a gente decidiu, a gente passou três anos estudando o que seria o Intel.
04:56Nós não somos de educação, nós somos do mercado financeiro.
04:59A gente tinha uma página em branco, tínhamos recursos
05:02e não tínhamos que defender nenhum legado.
05:05Então a gente teve a oportunidade de ver o que pelo mundo estava sendo feito em educação.
05:11A gente foi visitar as faculdades tradicionais.
05:14MIT, Carnegie Mellon, Stanford.
05:17Vimos que eram fantásticos, instituições fantásticas.
05:21Mas a gente se perguntou se a gente precisava fazer um projeto para ensinar como era ensinado há 500 anos.
05:27Quando nós fomos para a faculdade, nós estudamos para tirar uma boa nota.
05:31A gente não necessariamente entendeu o porquê que a gente estava estudando aquilo.
05:37E aquilo é uma coisa que ficou na nossa cabeça.
05:39Aí a gente foi ver o que tinha de experimental pelo mundo.
05:42Minerva, Equal 42.
05:45A gente falou muito interessante, muito legal.
05:48Mas ainda experimental.
05:49Você não tem comprovação acadêmica que essa metodologia funciona.
05:54E aí a gente foi no ensino baseado em projetos.
05:58A gente foi visitar Olin, que é a faculdade irmã de Babson.
06:01Babson é business.
06:02Olin é engenharia.
06:04Mais de 40 anos de existência.
06:06Com mais de 80 anos de pesquisa, mostrando o quão efetivo é o ensino baseado em projetos.
06:13Então a gente voltou para cá.
06:15E aí a gente contratou o que eu brinco que são os gênios de educação.
06:19Aqui no nosso comitê acadêmico.
06:22E eles falaram, não, isso aqui é realmente único.
06:26É de um aprendizado fantástico, mas é difícil fazer.
06:29Mas o que a gente fez?
06:31A gente aproveitou tudo de tecnologia.
06:33A gente tem um time de desenvolvedores no Intel.
06:36Que desenvolveu o próprio sistema educacional.
06:40E como é que é o dia do aluno?
06:42Ele passa o primeiro terço do dia em autoestudo.
06:45Se você vai estudar engenharia, você vai estar sempre tendo que se...
06:49Renovar, acompanhar as evoluções.
06:52Então é muito importante você aprender a estudar de materiais desestruturados.
06:57Não é de uma apostila.
06:59É de um vídeo, de um texto de livro, de um artigo de um acadêmico.
07:03Então ele começa estudando.
07:06Aí depois ele vai para a sala tradicional que você falou.
07:08Mas ele não vai para ouvir uma palestra.
07:11Ele vai para tirar dúvidas.
07:12Para o professor ter certeza que ele entendeu conteúdos.
07:15Entendeu como é que funcionam vetores.
07:17E aí a terceira parte do dia, digamos que ele estudou vetores.
07:22Ele vai e aplica aquele conhecimento técnico num projeto de vida real.
07:28E ele entende que ele pode usar vetores para que os bichinhos do game
07:34que ele está desenvolvendo para celular se movam na tela.
07:38Com isso eu te garanto que ele nunca mais vai esquecer o tal de vetores.
07:42Você não estuda para ir para a prova.
07:43Você aplica.
07:44E como os nossos projetos são projetos reais, com empresas reais,
07:50eles estão sempre atualizados.
07:52Então isso garante que o nosso currículo esteja sempre atualizado.
07:57Porque a gente está falando com as maiores empresas brasileiras,
08:00com as maiores empresas multinacionais que estão aqui no Brasil,
08:03com órgãos do governo, com ONGs, com startups.
08:06Então com isso a gente tem certeza que o nosso currículo está sempre atualizado.
08:09Agora, como selecionar...
08:12Primeiro eu queria falar dos professores, como é que você preparou os professores.
08:15E a segunda coisa, como selecionar os casos reais?
08:18Porque precisam ser casos factíveis e que os alunos consigam chegar ali a um fim
08:23e com uma solução importante.
08:24Não adianta também ter um caso para resolver o problema inteiro da empresa
08:27que não funciona.
08:28Como é que são essas duas coisas?
08:29A formação do professor para dar esse tipo de aula
08:31e essa história da seleção dos casos.
08:33Então, o professor, obviamente que você tem um processo de seleção.
08:39Ao longo do tempo que o professor começa no Intel,
08:43ele no final faz uma pós-graduação em ensino baseado em projetos.
08:48Então depois de um ano no Intel, ele sai com uma pós-graduação em ensino baseado em projetos.
08:53E ele também está sendo constantemente avaliado pelos alunos,
08:57pelos seus pares, pelos diretores acadêmicos.
09:01E por isso a gente tem sempre um processo de garantir
09:05que a gente tenha não só os melhores alunos,
09:07mas também os professores que tão gostam de dar aula,
09:10ou que gostam dos alunos,
09:12que estão entregando o que a nossa metodologia se propõe.
09:16Quanto à sua segunda pergunta, dos projetos,
09:20a gente tem uma entidade que a gente criou lá que chama Escritório de Projetos,
09:24cuja função é interagir com empresas e falar,
09:28olha, nos próximos três ou quatro trimestres nós faremos estes tipos de projetos.
09:34É um protótipo de internet das coisas,
09:37é um modelo preditivo usando inteligência artificial,
09:40é uma aplicação web e assim por diante.
09:43Você na sua empresa tem algum problema que possa ser solucionado por algo assim?
09:49As empresas se trazem de volta, falam,
09:53eu tenho um problema, eu gostaria de participar.
09:56A gente, grosso modo, tem entre, na média, seis empresas
10:00se candidatando para cada projeto que a gente vai fazer.
10:06E aí depois a equipe acadêmica vê qual projeto é melhor
10:10para o que eles querem ensinar.
10:12E aí as empresas têm duas obrigações.
10:16A primeira, ela quer não pode desistir.
10:20Tem que ter alguém designado e pelas próximas 12 semanas
10:23ela vai acompanhar do início ao fim,
10:25vai ter que estar lá a cada duas semanas
10:27para ver o trabalho dos alunos, passar feedback,
10:30ver como é que está sendo,
10:31e no final ele vai ter cinco ou seis protótipos
10:34que vão solucionar aquele problema
10:36e que depois ele pode fazer o que quiser.
10:38Esses protótipos também são códigos abertos
10:41e estão todos no GitHub do Intel.
10:43Então essa é uma outra coisa que a empresa tem que concordar.
10:46E a segunda coisa que a empresa não pode fazer,
10:48ela não pode recrutar nenhum aluno do Intel
10:51até que ele possa ou fazer estágio ou estar formado.
10:55Porque a gente acha muito importante
10:56que ele complete os quatro anos de estudo.
10:59Porque senão eu já imagino que isso vai ser um headhunting
11:01fortíssimo dentro do Intel.
11:04Não, a gente vê a turma já no primal do primeiro ano
11:06já realmente tem um nível de aprendizado fantástico,
11:10mas isso não tem sido o problema.
11:12Porque tanto as empresas têm respeitado
11:13quanto os alunos estão enxergando o valor da educação.
11:17E como a gente fez algo diferente,
11:19os primeiros dois anos é tempo integral,
11:22os alunos só podem fazer estágio de férias.
11:25Então eu te diria que provavelmente a maioria deles
11:29fez estágio tanto nas férias de janeiro
11:31quanto nas férias de julho,
11:33férias de quatro a seis semanas em empresas.
11:36E depois, no terceiro ano,
11:38eles podem já fazer estágio.
11:42Estágio na parte da manhã e tem aula à tarde.
11:46E no último ano é uma aceleração de carreira,
11:49onde ele pode estagiar o dia todo
11:50e tem aula à noite.
11:52E ele escolhe se ele quer a trilha empreendedora,
11:54a trilha acadêmica ou a trilha corporativa.
11:57E aí

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