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No Papo Antagonista desta sexta-feira, Claudio Dantas falou sobre a reunião de Luciano Bivar com Renata Abreu para decidir o futuro da candidatura de Sergio Moro. O presidenciável do Podemos pode migrar para a União Brasil.
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Transcrição
00:00Bom, vamos aqui falar de que agora? Vamos falar de Sérgio Moro, Sérgio Moro. Sérgio Moro, ó, eu tinha comentado com vocês ontem dessa expectativa de mudança, de legenda, e isso é um tema de agora, um tema que está em discussão numa reunião de agora da Renata Abreu, presidente do Podemos, com o Luciano Bivar, presidente da União Brasil.
00:26Eles estão reunidos em São Paulo discutindo um acordo que permita a transferência do Moro para a União Brasil. Por que, Cláudio? Porque a União Brasil tem mais estrutura financeira e política para conduzir uma campanha presidencial.
00:44Num país do tamanho do nosso, você tem que ter força, tem que ter musculatura, especialmente diante de duas candidaturas também fortes, do ponto de vista estrutural, como são a candidatura do Lula e do Bolsonaro.
00:59Bolsonaro, então, tem uma máquina por trás, a máquina pública, tem a caneta presidencial. O PT tem um fundo eleitoral também bilionário, assim como a turma do PL aí, que é o partido que o Bolsonaro escolheu, junto com o PP, etc.
01:15Então, está em jogo tempo de televisão. Se o Moro for para a União Brasil, ele vai ter maior tempo de televisão, então ele ganha tempo de televisão, que é fundamental para expor as suas ideias.
01:30É um candidato ainda desconhecido como candidato. Então, ele vai ter tempo de televisão, vai ter estrutura financeira para bancar equipes. Não tem jeito para criar palanques, para fazer showmício, que agora voltou o showmício aí, para poder transformar sua candidatura em uma candidatura viável.
01:49E aí, é curioso, porque o bolsonarista fala assim, ah, então ele está interessado, né? Eu vi aí a Alê Silva publicando, ah, o negócio dele está interessado no fundão eleitoral.
02:02Pô, mas aí, o Bolsonaro também está interessado no fundão eleitoral, o Lula também está interessado no fundão eleitoral, e o Bolsonaro também está interessado no fundão eleitoral do União Brasil.
02:12Por quê? Porque, nos últimos dias, o Bolsonaro mandou o Flávio ligar para a turma do União Brasil, tentar sabotar esse acordo com o Podemos.
02:24O Ciro Nogueira entrou na jogada, outros ministros do Bolsonaro entraram na jogada, usando, inclusive, ali os cenários regionais, os palanques regionais,
02:38para tentar sabotar, inviabilizar esse acordo. Por quê? Porque eles sabem que a consequência desse acordo é você ter um candidato competitivo,
02:46não só do ponto de vista da persona, mas do ponto de vista mesmo prático, estrutural.
02:53E essa é a regra do jogo? A regra do jogo é fundo eleitoral e doação privada de pessoa física.
03:00Não é a regra do jogo ideal? Então, a gente muda para a próxima eleição.
03:06A gente aqui é crítico ao uso de bilhões desse fundo eleitoral, de um fundo eleitoral tão grande.
03:14A gente aqui defende campanhas cada vez mais econômicas, mas eles defendem campanhas que gastam cada vez mais.
03:21Por isso que o Bolsonaro sancionou o orçamento, elevando de 2 bi para 4,9 bi, o fundão eleitoral.
03:32Então, meu, é a regra do jogo. É o que está posto.
03:38E você precisa usar dessas mesmas ferramentas para você viabilizar a sua disputa com os outros que estão usando também.
03:46Então, não há muito o que dizer. Você pode concordar ou não concordar, mas essa é a regra do jogo.
03:53É igual você entrar numa competição lá, campeonato brasileiro.
03:58Pô, eu não gosto desse, do, do, né, mano a mano ali, né, dessa tabelinha do jeito que está sendo feita.
04:07Mas é a regra do jogo agora, tem que ser, é a nova regra, tem que ser, tem que ser essa.
04:12Então, vai pra frente. Ganha, depois tenta mudar.
04:17É assim que tem que ser.
04:19Como é que você vai mudar a regra se você não conseguir entrar no jogo?
04:22Se você não disputar o jogo, não ganhar o jogo?
04:25Porque só muda a regra quem ganha o jogo.
04:27Na política, só consegue mudar a regra da política quem está dentro da política.
04:33Nós estamos do lado de fora, a gente aqui reclama, critica, fiscaliza, elogia, bate,
04:42mas a gente não tem poder efetivo de legislar ou de meter a caneta ali, fazer um decreto, uma medida provisória.
04:54Não tem.
04:55Então, você tem que ganhar a política pra poder exercer a política e tentar melhorar essa política.
05:01Por isso que a gente precisa melhorar o ambiente da política e evitar reeleger político vagabundo,
05:09político corrupto, político inepto, político sanguinário.
05:13É isso que precisa acontecer.
05:16Vamos procurar ficha limpa, vamos procurar gente do bem,
05:19gente disposta a melhorar a sociedade,
05:21gente de sucesso, gente que já tenha tido sucesso na sua profissão.
05:26Isso é fundamental, porque, infelizmente, nós temos aí uma cultura de aproveitadores, de parasitas.
05:35Nós temos políticos que são parasitas a vida inteira, parasitando no sistema, sem produzir nada.
05:43O Bolsonaro é um exemplo clássico disso.
05:46Muito bem.
05:46Então, dito isso, temos aqui um registro também da campanha do Moro,
05:51que resolveu criar mais três núcleos.
05:53Nós já tínhamos o núcleo econômico, o núcleo jurídico e agora o núcleo de saúde, segurança pública e cultura.
06:00Ou seja, núcleos para elaboração de políticas públicas nessas áreas.
06:05Então, muito importante, eu havia comentado aqui a importância de você ter um olhar também para a cultura,
06:13você ter uma dedicação à saúde, que é um tema hoje prioritário na agenda da sociedade.
06:19Como a saúde hoje afeta o teu dia a dia, o seu trabalho, está afetando o nosso aqui.
06:25Nós estamos gravando aqui da sala porque os nossos repórteres, os nossos editores de vídeo estão em home office,
06:32estão isolados por causa da Covid.
06:34Então, a saúde virou um tema presente no nosso dia a dia.
06:41A segurança pública também é um grande problema e que poucos se dedicam a melhorá-la.
06:47E a cultura, que é fundamental para a gente elevar um pouquinho os nossos espíritos
06:53e tentar, a partir da provocação, a partir do entretenimento, avançar também na nossa, vamos dizer assim, na nossa seara civilizatória.
07:05Porque cultura é civilização.
07:08Uma civilização sem cultura, ela é o quê?
07:11A barbárie.
07:12Então, gente, está aí, fica o recado.
07:16Vamos esperar.
07:17A expectativa é que as primeiras propostas dessa campanha começam a vir a público já nesse mês que vem, em fevereiro.
07:24Vamos aguardar e usar isso depois no nosso debate.
07:29Muito bem.
07:32Aqui uma notícia de última hora.
07:33O Bruno Dantes tirou o sigilo dos documentos lá do caso do Moro, do processo do Moro no TCU.
07:39Um processo que não tem cabimento, um processo que está sendo, que é evado de irregularidades.
07:45O Bruno Dantes atropelando as auditorias, ignorando as auditorias internas, que já recomendaram o arquivamento,
07:52atropelando o procurador natural do caso, que é o Júlio Marcelo, despachando em dobradinha com pedidos do Lucas Furtado.
08:00Então, assim, o sujeito...
08:03O que está acontecendo no TCU hoje é uma arbitrariedade às listas de todos e você não tem ninguém.
08:11Quer dizer, você tem poucas pessoas defendendo o cumprimento estrito da lei.
08:18A maioria está quieta.
08:20Onde estão os garantistas?
08:21Agora é que a gente vê que o garantismo é seletivo no Brasil também.
08:26Está aí.
08:27Agora, qual é o objetivo?
08:28É expor, tirar o sigilo dos documentos, para expor para a construção de narrativas.
08:33E eu já disse aqui, essas narrativas não se sustentam.
08:37Elas não têm fundamentação.
08:40Enfim, está aí o registro.
08:42Está aí o registro.

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