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  • 20/06/2025
O ministro do GSI, Augusto Heleno, ameaçou ontem o Supremo ao reagir a um suposto pedido de apreensão do celular do presidente da República. Celso de Mello teve que explicar que não fez tal pedido, apenas encaminhou à PGR o pedido feito por partidos políticos.

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Transcrição
00:00Hoje foi um dia que já começou quente, porque o Celso de Mello, o ministro relator dessa investigação
00:07que apura a possível ingerência do Bolsonaro, ingerência já declarada, não tem muito mais o que fazer
00:13na Polícia Federal, ele pegou algumas petições que tinham lá de alguns partidos e encaminhou para a PGR.
00:20O que dizia, o que esses partidos queriam? Apreensão, busca e apreensão, apreensão inclusive dos celulares
00:26do Bolsonaro, do Carlos Bolsonaro, etc. Celso de Mello fez aquilo, quer dizer, fez ali um despacho,
00:32mais quase que burocrático, porque são petições avulsas que não estão dentro do inquérito,
00:37não é uma decisão do Celso, não é um pedido de diligência do próprio ministro baseado em elementos de prova
00:45que estão sendo colhidos ali, não. Na verdade, é uma petição avulsa que chega e ele manda para a PGR.
00:51A PGR que decide sobre tais diligências ali, se é conveniente, se não é conveniente,
00:57e depois vai me avisar e eu vou autorizar.
00:59Bom, noticiamos isso, esse pedido.
01:04É claro que ele dá um recado nesse despacho dele, dizendo, olha,
01:09A indisponibilidade da pretensão investigatória do Estado impede, pois, que órgãos públicos competentes
01:15ignorem aquilo que se aponta na notícia crimes, motivo pelo qual se torna imprescindível a apuração
01:22dos fatos delatados, quaisquer que possam ser as pessoas alegadamente envolvidas,
01:26ainda que se trate de alguém investido de autoridade na hierarquia da República,
01:29independentemente do poder legislativo, executivo ou judiciário, a que tal agente se ache vinculado.
01:36Bom, isso aqui já serviu de motivo pra quê? Pra uma reação também institucional.
01:41Aí o Augusto Heleno soltou uma nota, ele dizendo o seguinte, que
01:45O pedido de apreensão do celular do Bolsonaro é uma interferência inadmissível.
01:52Aqui a mensagem dele.
01:54Olha, o pedido de apreensão é inconcebível e até certo ponto inacreditável.
01:58Caso se efetivasse, seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo
02:03e uma interferência inadmissível de outro poder na privacidade do Presidente da República
02:07e na segurança institucional do país.
02:10O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência alerta as autoridades constituídas
02:14que tal atitude é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes
02:19e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional.
02:23É uma ameaça à própria institucionalidade, né?
02:29Quer dizer, o Augusto Heleno solta essa nota, faz uma ameaça aos demais poderes
02:36dizendo o seguinte, ninguém toca aqui, é um absurdo esse negócio, ninguém toca no celular do presidente.
02:42Bom, primeiro que até o Celso teve de explicar isso, todo mundo sabia que não havia ocorrido
02:48um pedido do Celso de Mello para a busca e a apreensão desse celular.
02:53Então, o Augusto Heleno ou está mal informado, precisa se consultar juridicamente antes de se manifestar,
02:59o que eu creio que não é a verdade, ou estava ali já usando isso como uma forma de criar aí
03:06uma cortina de fumaça em função do vídeo que seria divulgado, enfim.
03:11O problema é o seguinte, não só ele divulgou isso, como isso foi retuitado pelo próprio presidente,
03:17pelo filho dele, o deputado Eduardo Bolsonaro, criou uma confusão.
03:21Então, obviamente todo mundo reagiu, não é possível esse tipo de coisa.
03:26E no final das contas, ele está se manifestando sobre um fato que não é real.
03:34Então, temos aí o videozinho.
03:38Solta o videozinho, porque aí o Bolsonaro aproveitou a saída dele e respondeu mais uma vez ao Celso de Mello.
03:45Eu encaminho um pedido ao Procurador da República para pegar meu telefone.
03:49O meu telefone não é meu particular.
03:54Esse meu telefone é institucional.
03:57Tem que dar ligações com chefes de Estado, com pessoas aqui que decidem as questões no Brasil.
04:02Eu não acredito que ele tenha feito esse pedido.
04:07Não estou acreditando.
04:10Não estou acreditando.
04:11O senhor Procurador da República, Augusto Aras, que eu indiquei, mas tem sua autonomia,
04:16vai decidir sim ou não.
04:17Não sei o que passa na cabeça dele.
04:19Está certo?
04:20Respeito, admiro, tenho um profundo carinho para o senhor Augusto Aras.
04:24Está fazendo um trabalho excepcional do Ministério Público, como nunca se viu na vida.
04:29Agora, me desculpe, senhor ministro Celso Mello.
04:32O senhor me desculpe.
04:34Retira seu pedido.
04:36Que o meu telefone não será entregue.
04:38Isso aí.
04:41O que parece que o senhor quer com isso?
04:43Me desculpe, ministro do Supremo Tribunal Federal.
04:45Não sei desculpa não, senhor presidente.
04:47Me desculpe, senhores ministros do Supremo Tribunal Federal.
04:49Mas o que parece que o Celso Mello quer é que fique cozinhando agora lá a entrega do meu telefone.
04:56Ninguém vai pegar meu telefone.
05:03Jogada para a torcida, um jogo para a torcida.
05:07Vocês percebam, o presidente da República, o seu ministro do GSI, cria uma fake news,
05:15reage a essa fake news, quer dizer, a reação dele é uma reação em cima de algo que não aconteceu.
05:23Então, ela em si, ela é uma fake news.
05:26O presidente usa essa fake news para fazer aí a sua, jogar para a plateia, jogar para o seu eleitorado,
05:34dizer que está sendo vítima aí de perseguição do Supremo.
05:38A gente já viu essa história, já vimos essa estratégia, não cola mais, não cola, não cola.

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