Os Estados Unidos possuem a única bomba capaz de anular as instalações nucleares do Irã, uma capacidade que pode alterar radicalmente o rumo da guerra no Oriente Médio.
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00:00E os Estados Unidos tem a única bomba que é capaz de destruir as instalações nucleares subterrâneas, como as do Irã.
00:07Pedro Trito preparou uma matéria especial para explicar como a GBU-57 funciona.
00:13Com 13 toneladas e 6,6 metros de comprimento, a ogiva antibanker, segundo o Exército dos Estados Unidos,
00:21é projetada para atravessar até 601 metros de rocha e concreto antes de detonar.
00:27Essa bomba não está no arsenal de Israel, o que a torna uma das principais ferramentas estratégicas dos Estados Unidos na guerra entre israelenses e iranianos.
00:38A decisão de usá-la ou não cabe exclusivamente ao presidente americano Donald Trump.
00:43Diferente de mísseis convencionais que explodem ao impacto, a GBU-57 é projetada para se enterrar no solo e só detonar quando atinge seu alvo subterrâneo.
00:55O sistema de detonação é acionado quando os sensores detectam que a ogiva entrou em uma cavidade aberta, como túneis ou instalações nucleares enterradas.
01:07Os únicos aviões capazes de lançar a GBU-57 são os bombardeiros fugitivos B-2, que podem carregar duas ogivas por vez.
01:17De acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, graças ao seu longo alcance, os B-2 podem decolar diretamente dos Estados Unidos e realizar bombardeios no Oriente Médio,
01:31algo que já aconteceu em operações anteriores.
01:33Apesar de, em apenas cinco dias, o exército de Israel ter conseguido eliminar a cúpula militar do Irã e destruir diversas instalações,
01:44especialistas seguem céticos quanto à eficácia dos ataques israelenses contra o núcleo do programa nuclear iraniano.
01:51A planta de enriquecimento de urânio de Fordão é uma das principais preocupações.
01:57De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica, a instalação, localizada a cerca de 100 metros de profundidade,
02:05não sofreu danos aparentes, ao contrário das instalações de Natanz e Esfarran.
02:11Além disso, segundo analistas, há uma nova instalação próxima às Natanz, ainda mais profunda do que Fordão,
02:20cuja função permanece em volta em mistério.
02:23Professor Furriella, a gente acompanhou na matéria aqui essa arma que só os Estados Unidos possuem
02:29para mudar os destinos da guerra, a única arma capaz de atingir as instalações subterrâneas do Irã.
02:38A pergunta é, se os Estados Unidos fornecerem esta arma para Israel,
02:44e Israel utilizar para atingir os seus objetivos em relação a essas instalações nucleares,
02:50significará que os Estados Unidos terão entrado de fato na guerra?
02:53Sem dúvida, porque você tem um conceito internacional de que os Estados podem apoiar grupos de preferência.
03:02Então a gente tem isso, por exemplo, na Ucrânia.
03:04Há um grande apoio da União Europeia, dos Estados Europeus,
03:08a Ucrânia na guerra contra a Rússia,
03:11e havia um grande apoio norte-americano na gestão Biden, também a Ucrânia.
03:17Mas, como o apoio não era de tal forma grande que fizesse com que a guerra fosse revertida,
03:25ou seja, que a Rússia saísse derrotada,
03:27então o que você tem por esse conceito?
03:30É um apoio, mas não é uma participação direta.
03:34Participação direta você tem quando você tem envio de tropas,
03:37ou utiliza efetivamente os seus armamentos, os seus equipamentos no ataque,
03:42com a sua equipe, com as suas forças armadas, esse é um dos caminhos.
03:48O outro é fornecer equipamentos a uma das partes, armamentos principalmente,
03:53que façam absolutamente toda a diferença.
03:56É o que a gente teria aqui no caso do Irã.
03:59Então nós temos dois cenários.
04:01Um, os próprios Estados Unidos fazendo esse ataque,
04:05utilizando essa bombinha específica para desmantelar as usinas nucleares,
04:11principalmente em Ford, nucleares, e desmantelar o programa nuclear,
04:16ele diretamente, aí por óbvio, equipamentos próprios, com equipe própria,
04:21entraria na guerra.
04:22Mas, por fornecer o equipamento, vamos supor que Israel,
04:27efetivamente, seguindo a tua pergunta,
04:29utilizasse esse armamento,
04:30como ele é um armamento determinante, de alto impacto,
04:35que faz toda a diferença no conflito,
04:37sim, por esse conceito seria considerado que os Estados Unidos,
04:41a partir desse momento, fariam parte da guerra.
04:45É uma linha muito tênue.
04:46Eu dei o exemplo da Ucrânia porque essa linha teve,
04:49por muitos momentos, a ser suplantada,
04:53ultrapassada, por conta dos armamentos fornecidos para a Ucrânia.
04:57Aqui é a mesma situação.
04:58Tem alguma pergunta para o professor Furrela
05:02sobre a possibilidade ou não de utilização deste armamento americano,
05:07americano por Israel, contra os projetos nucleares do Irã?
05:13Tenho certeza.
05:14Se, por acaso, esse cenário se materializar,
05:19se confirmar, professor,
05:21e for utilizado mesmo esse tipo de armamento,
05:25essa bomba, isso a gente pode considerar,
05:29isso aniquila o programa nuclear do Irã?
05:34Bom, não há essa garantia.
05:37Você tem vários problemas aqui,
05:39que não são somente relacionados ao uso deste armamento.
05:43Você tem um problema anterior.
05:45Quando você decide desmantelar um programa nuclear
05:48que é desenvolvido a partir de tecnologia de energia nuclear,
05:53que é o caso, porque o Irã partiu de um desenvolvimento da bomba
05:58a partir do desenvolvimento da energia nuclear em centrais nucleares.
06:03Que, aliás, é um projeto que o Brasil chegou a ter.
06:06É que a gente não desenvolveu a bomba, não avançamos.
06:09Mas a primeira etapa da tecnologia,
06:11quando a gente acertou,
06:13o Brasil assinou um acordo com a Alemanha nos anos 70
06:16para comprar usinas com transferência de tecnologia nuclear,
06:20a primeira etapa para começar o programa a gente já tinha ali.
06:23É o mesmo caso do Irã.
06:24Mas se você ataca essas centrais nucleares,
06:28há sempre o risco de não acertar na dose
06:32e acabar por causar uma enorme contaminação na região
06:36e até mesmo corrido o risco de provocar uma explosão,
06:40já que há uma acusação contra o Irã
06:42de um enriquecimento do urânio de cerca de 60%.
06:46Não é suficiente para o estágio final da bomba,
06:49que está lá mais ou menos a 90%,
06:51mas já é um estágio avançado.
06:53Então pode-se provocar uma explosão nuclear local,
06:58contaminação por radiação ser espalhada
07:01de tal forma que saia do controle.
07:04Então esse é um aspecto anterior até mesmo à explosão.
07:07Até agora isso não aconteceu,
07:09mesmo com tantos os ataques que Israel organizou
07:12às centrais nucleares que não são subterrâneas,
07:15aquelas que Israel consegue atingir.
07:18Agora em relação a essas subterrâneas,
07:21você tem a de Ford como a mais conhecida,
07:25o que acontece é que não há uma análise técnica precisa,
07:29ou informações para se saber o nível de profundidade
07:33e de resistência às explosões.
07:36Então ainda é uma avaliação que deve estar sendo feita,
07:39porque esse explosivo ele consegue chegar até 60,
07:43a 61 metros de profundidade,
07:45o que é algo muito substancial.
07:47Aqui lembrando que os armamentos de Israel
07:50chegam a 2, 3, no máximo 4.
07:52Então a gente já percebe de 4 para 60,
07:55ou de 3 para 60, como é substancial.
07:58Só que as instalações provavelmente estão a mais,