00:00ao senhor Antônio Palocci, porque se a gente for falar de terceiro, fica sempre no ouvir dizer, né?
00:04Então, o senhor alguma vez recebeu solicitação de vantagem ou propina do senhor Palocci?
00:09Não, eu expliquei exatamente como se deu o contexto das duas contrapartidas específicas
00:15e os meus pedidos para ele para negar pedidos que vieram de outros.
00:19Eu expliquei exatamente o contexto.
00:21A minha pergunta, então, pessoalmente, o senhor Palocci pediu propina para o senhor alguma vez?
00:26Mas, dentro do contexto que eu expliquei, ele não pediu especificamente, só que ele tinha ciência e, em paralelo, essas duas contrapartidas específicas.
00:37Ele tinha ciência?
00:38Ele tinha ciência e fazia parte, ou seja, o Guido me pedir ou o Paulo Bernardo me pedir sozinho, na verdade, não iria para frente.
00:48Ele autorizou, é isso?
00:49Ele, exatamente, eu fui checar, depois que o pedido de Guido foi feito, depois que o pedido de Paulo Bernardo foi feito,
00:57o meu interlocutor principal era Palocci, eu fui checar com ele se era isso mesmo, se era isso mesmo.
01:00E ele autorizou que fosse pago como contrapartida.
01:03E ele disse que não, sabia, era isso mesmo, e combinamos que falou.
01:07Você já respondeu isso, doutor, várias vezes.
01:09Não é apropriado, vossa excelência, colocar na boca da testemunha, que ela autorizou, isso é inapropriado.
01:14Ele já falou antes, doutor.
01:16É inapropriado. Ele não falou, autorizou, excelência.
01:19Ele falou antes, doutor.
01:20Não, não falou, não. Não falou, não.
01:22O doutor continua tentando induzir a testemunha, doutor, a resposta específica.
01:25Eu sei que vossa excelência tem aí a sua posição em relação à produção de provas e tal, mas vossa excelência tem que respeitar a defesa.
01:34Eu respeito, doutor, mas a defesa não pode induzir respostas.
01:37Eu não estou induzindo o que induziu aqui, foi vossa excelência agora.
01:40Essa palavra autorizou, pode verificar no vídeo, ela não está gravada.