00:00E aí, em um determinado momento da negociação, enquanto a gente estava discutindo a questão do refis da crise, que acabou gerando um INP, que se beneficiou não só aquelas empresas, como também acho que outras empresas com outros passivos tributários puderem entrar,
00:15mas em algum momento da negociação, eu estava na reunião com o Guido, ele escreveu num papel o valor de R$50,00, mostrou e disse que tinha uma expectativa desse valor para a campanha presidencial de 2010.
00:35No âmbito da discussão?
00:36No âmbito da discussão.
00:37Ele não chegou para mim e falou, Marcelo, só vou fazer isso por causa disso, mas a gente está discutindo o assunto, ele botou no papel e disse, tenho a expectativa de receber isso para 2010.
00:45Mas qual o assunto que era discutido especificamente?
00:47Era o refis da crise.
00:49E não o crédito do IPI?
00:51Não, na verdade, era a MP que geraria o refis da crise.
00:56Veja bem, eu não tenho, mas se esse approach foi feito ou não em relação às outras empresas, pelo menos comigo foi, também a gente tinha uma liderança grande nesse processo.
01:04Ele pediu esse valor, eu fui falar com o presidente da Braskem, nós concordamos juntos, eu também concordei, que esse valor, mas eu não podia tomar decisão sem a Braskem concordar, mas o presidente da Braskem na época concordou também.
01:18E nós aceitamos, então, contribuir para a campanha.
01:22Então, foi o primeiro, na verdade, apesar de não estar aqui, foi o primeiro crédito na planilha italiana.
01:27Então, eu passei a ter 50 milhões, mas que, no meu alinhamento com o Palocci, seria só gerido pelo Guido, só o Guido pediria.
