- 12/06/2025
Victor Santos, secretário de segurança pública do Rio de Janeiro, e Maurílio Nunes, explicam por que o Rio de Janeiro se tornou um estado dominado por facções.
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NotíciasTranscrição
00:00O que que faz o Rio de Janeiro um local diferente?
00:05Por exemplo, no que diz respeito à ocupação territorial e o uso de armamento de guerra como esse.
00:11Bom, o primeiro fuzil apreendido foi em 1989, pelo 9º Batalhão, né?
00:16Coronel Laranjeiras, Emile Laranjeiras era o comandante lá.
00:19Naquela época ele disse, expôs a arma no Palácio, o Manabal disse,
00:23essa arma vai vitimizar muito policial e muita gente inocente.
00:28Em 1989, ou seja, um tenente-coronel da PM na época, um visionário, e era um fuzil americano.
00:39Então, isso começou nessa época.
00:42Obviamente, a entrada da cocaína na década de 90, produto muito caro,
00:49então o criminoso começou a se valer desse armamento para defender esse produto.
00:54Mas com o tempo, e a gente viu isso, o território hoje, que é o grande atrativo,
01:01porque é através do território que ele gera receita.
01:04Para se defender de quem?
01:07Do inimigo.
01:09Do concorrente.
01:11Então, as guerras de facções no Rio de Janeiro é que faz com que elas se armem
01:16e a quantidade de fuzis é muito grande.
01:18E a gente tem visto apreensões recentes de fuzis novos.
01:21Ou seja, não é aquele fuzil velho, surrado, que está passando de mão em mão.
01:25Não, é um fuzil novo.
01:27Isso mostra a facilidade de acesso desses criminosos a esse tipo de armamento.
01:32Mas o fuzil hoje é a ferramenta de defesa de território e, obviamente, do plano de expansão deles.
01:40A questão do fuzil é bem interessante para ver o impacto de políticas públicas desordenadas
01:50ou desconectadas da realidade podem gerar consequências a longos e longos anos.
01:58Não estou justificando que a gente tenha que fazer mais, que nós estamos fazendo mais,
02:02mas a gente está pegando um reflexo de políticas públicas lá de trás que foram equivocadas
02:07e hoje a gente sofre com o problema do uso do fuzil, que foi normalizado.
02:11E aí temos esse problema também no Rio de Janeiro.
02:14O Carioca, às vezes, normaliza algumas coisas e a gente não vai sentir isso como confortável,
02:19normalizar o uso do fuzil, que não é normal e nem é um lugar do mundo.
02:23Nem é um lugar do mundo.
02:25E aí é uma questão da gente discutir também do Pacto Federativo, inclusive.
02:29Nosso governador Cláudio Castro vem conversando sobre isso,
02:32de dar autonomia para os estados legislarem algumas pontas de direito penal.
02:38Por que não se discutir?
02:39Ah, mas é cláusula petra e tal.
02:40Mas eu tenho que olhar a realidade do povo.
02:42Olha, a gente tem que ter leis globais, mas coincidências locais.
02:47Então, nesse caso do fuzil, me curtir se eu estiver errado.
02:50A gente tem pelo menos dois aspectos aí.
02:52O primeiro é que não deveria haver fuzis à venda no Rio de Janeiro.
02:59Ou seja, mesmo que o marginal quisesse comprar, ele não deveria poder comprar um fuzil.
03:04O fuzil não deveria chegar na mão dele.
03:06E aí vem um problema que o próprio secretário acabou de citar.
03:09Todos os entes federativos têm sua responsabilidade.
03:12Não fabricamos fuzil no Rio de Janeiro.
03:14Ele vem de algum lugar.
03:16E no Brasil também são poucas fábricas.
03:19Então vem de fora.
03:21Fronteiras.
03:22Controle de fronteiras.
03:23Isso é uma questão.
03:25Eu disse que eram duas, mas acho que são três.
03:27Essa é uma questão.
03:28A segunda questão é, nós temos uma legislação que trata o fuzil de uma forma ingênua.
03:35Que olha para o fuzil e não se importa com o fuzil.
03:38Na minha concepção de cidadão comum, o sujeito que anda com o fuzil na rua,
03:44e ele comprou aquilo para praticar o crime, ele tinha que ficar dez anos na cadeia, sem sair dali.
03:49E a terceira é o sistema de justiça criminal, que apesar da lei ser fraca, o sistema de justiça criminal poderia fazer mais do que ele faz.
04:00E a gente vê, como o secretário disse, muitos bandidos soltos na audiência de custódia.
04:04Olha que ponto chega da interpretação.
04:08Mas esse rapaz, aí eu vejo o judiciário e falo assim, e esse cidadão que está com um fuzil, para mim estar com um fuzil não é cidadão.
04:14Não cumpre os requisitos para ser um cidadão.
04:16Está com uma arma de guerra.
04:17A gente viu isso de gente da mídia, um cidadão que está com um fuzil.
04:22Como é que eu posso interpretar isso?
04:22Eu me lembro dessa frase.
04:23Ah, mas ele não está oferecendo perigo.
04:26Não é um risco iminente?
04:28Se uma pessoa se predispõe a pegar um fuzil de guerra e ir defender um território,
04:34e o agente precisa esperar ele apontar e atirar para assim reagir,
04:38já escutamos isso de pessoas altamente capacitadas.
04:42Esse tipo de interpretação.
04:44Estão desconexos da realidade.
04:46Em frações de segundos de tomada de decisão, o policial ou morre, ou se fere,
04:51ou pode tomar uma decisão equivocada e ferir alguém.
04:55É muito rápido para ele tomar essa decisão que vai infringir isso.
04:59E cada vez que a gente tenta discutir isso e ver essas opiniões,
05:03tira a vontade do policial combater.
05:05E essas frações de segundo podem levar à morte do policial.
05:08Então são essas questões que a gente bota em discussão,
05:11que a gente precisa entender a realidade que a gente vive na ponta da linha,
05:15que é esse policial que está lá na ponta,
05:17que mais a gente precisa proteger para ele poder proteger a sociedade.
05:20A gente precisa empoderar esse policial.
05:21E ele vai se sentir empoderado quando ele se sentir
05:24que ele está com uma garantia legal de fazer o seu serviço.
05:29Nós não vamos aceitar um vagabundo marginal com um fuso na mão
05:34e achar que ele não está trazendo violência para a sociedade.
05:38Ele está, sim.
05:39Nós precisamos enfrentar isso e falar a verdade.
05:42Ele está ameaçando a sociedade, sim.
05:44Então, se ele estiver com um fuso na mão,
05:46será dado a voz de prisão.
05:47E se ele escolher confrontar as forças policiais,
05:52aí será dado outro tratamento para ele.
05:54Mota, olha só, vamos deixar a segurança pública de lado
05:57em relação à questão do fuzil?
05:59Porque aí pode ser que a gente esteja romantizando,
06:02achando que aqui tem dois profissionais que estão romantizando
06:04e valorizando demais a questão do fuzil,
06:07da periculosidade, do poder de dano.
06:11Pergunta ao médico que trabalha
06:13num plantão de emergência do Getúlio Vargas.
06:18Pergunta para ele o tipo de ferimento
06:20que esse tipo de arma produz
06:21e que ele tem que lidar e tratar.
06:24Pergunta para ele a quantidade
06:25de pessoas que chegam nessas unidades
06:28e o tipo de ferimento
06:29e ele olhar pelo mundo
06:31e dizer o seguinte,
06:33essa estatística se assemelha
06:35a qual país do mundo?
06:37A gente vai ver que nós temos
06:38um país de paz,
06:42mas com estatística de guerra.
06:45Eu fico pensando, secretário,
06:46que imagine se eu
06:48resolvo
06:49comprar um fuzil amanhã nos Estados Unidos,
06:53trazer o fuzil ilegalmente para cá,
06:55botar no ombro
06:56e ir passear no shopping da Zona Sul.
07:00E aí, evidentemente,
07:01eu provavelmente vou ser preso.
07:03Imagina no dia seguinte
07:04o que as manchetes vão dizer a meu respeito.
07:06Eu imagino a que pena
07:08que uma pessoa que fizesse isso
07:10que eu estou sugerindo aqui
07:11seria condenada.
07:12A expressão foi do Otávio Guedes,
07:14o repórter.
07:15Ele diz que no Brasil
07:17nós vivemos um garantismo ingênuo.
07:20Eu concordo, é verdade.
07:22Então esse garantismo ingênuo
07:24praticado, executado
07:27por profissionais
07:27que eu digo
07:29que não estão nem dentro da bolha.
07:31Porque antigamente a gente falava
07:32não, ele está dentro da bolha,
07:34tem que estourar a bolha.
07:34Não.
07:35Hoje ele está desconectado
07:37da realidade.
07:39Ele não tem nenhuma visão
07:40do que acontece no mundo aqui fora.
07:42Parece que ele está
07:42num centro cirúrgico
07:43onde tem a sepsia total.
07:46Ele não tem contato com nada.
07:48Então isso é muito grave.
07:49Hoje o criminoso, por exemplo,
07:51ele quer
07:52preso com um fuzil,
07:53ele quer ser condenado
07:54na audiência de custódia.
07:56Sabe por quê?
07:58Porque ele começa a contar
07:59o prazo
08:00de um sexto
08:01para ter o benefício
08:03de sair.
08:06Então imagina,
08:07eu posso ser condenado
08:08cinco anos
08:09de prisão.
08:11Se eu sou condenado
08:12na audiência de custódia,
08:13eu cumpro só um sexto apenas.
08:15E vou ter liberdade.
08:16Ao contrário,
08:18se ele não sair
08:19na audiência de custódia
08:20por algum motivo,
08:23o processo
08:23ele é mais demorado,
08:25de cada ele ficar
08:25mais tempo preso
08:26pelo processo
08:27por conta da instrução dele
08:30até o final
08:31do que efetivamente
08:32pelo cumprimento da pena.
08:34Olha como é que fica
08:35desconectado às vezes, né, Manta?
08:36Ele quer...
08:38Ele não atirei em ninguém
08:39e só estava com a arma na mão.
08:41Ele declara isso
08:41para ser justificado logo.
08:43Porque aí ele tem
08:44esse benefício
08:44e começa a cumprir
08:45e me condena logo
08:46que rapidinho
08:46eu estou de volta, né?
08:48E muitas das vezes eles...
08:49Por que que eles não deixam
08:50de traficar
08:51nas comunidades?
08:52Ficam só explorando
08:52os serviços, né?
08:54Porque eles não querem
08:55ser enquadrados com milícia.
08:57Porque tem uma lei específica
08:58sobre milícia.
08:59Ser enquadrado sobre milícia
08:59é muito mais pesado
09:00do que como traficante.
09:01Então ele se declara
09:02que sou traficante, sim.
09:03Aí vem um outro problema.
09:05São as facções
09:06e o sistema
09:07prisional brasileiro.
09:08Que é outra discussão
09:10que a gente tem
09:10que entrar muito firme
09:12sobre isso.
09:13Porque a justiça
09:14vai bater lá.
09:15A gente costuma falar
09:16que tudo começa
09:17e termina
09:18nos presídios.
09:20E a gente tem que entrar
09:21nessa discussão
09:22para estruturar melhor
09:23nosso sistema.
09:25Muitos dizem
09:25que querem desencarcerar
09:26nossa opinião contrária.
09:29E alguns países
09:30do mundo
09:30mostraram
09:32que dá certo
09:33o encarceramento
09:33de criminosos.
09:34coronel,
09:36até onde eu sei,
09:37não existe
09:38nenhum exemplo
09:39de país no mundo
09:40que conseguiu
09:40reduzir os índices
09:41criminais
09:42reduzindo o número
09:43de criminosos presos.
09:44O senhor conhece algum?
09:46Não conheço
09:46e isso é mais
09:47uma falácia
09:48que jogam
09:49nas mídias
09:50que tentam convencer
09:51a população
09:52e aí vem
09:53o que você fala muito,
09:54Mota,
09:54que ficam mais preocupados
09:56com o criminoso
09:57do que com a vítima.
09:58Tantas garantias
09:59para o criminoso.
10:00Quem decidiu
10:01delinquir
10:03foi ele,
10:04não foi a sociedade
10:05que levou ele.
10:06E aí está a teoria
10:07econômica do crime.
10:09Não são os fatores sociais,
10:10os fatores econômicos
10:10que levam ele a fazer aquilo.
10:11E nas pesquisas
10:12que se fazem,
10:13conseguem comprovar isso.
10:14Porque ele quer o dinheiro
10:15para comprar alguma coisa,
10:16que ele quer o tênis,
10:17ele quer poder.
10:18Então, não é coitadinho,
10:20porque tem oportunidade.
10:22Então, a gente tem que
10:22preocupar muito mais
10:23com a vítima
10:24do que com o criminoso,
10:25porque o criminoso
10:26tem que ficar preso.
10:30Não tem outra opção.
10:31Então, como você bem disse,
10:33qual o país que deu certo
10:34fazendo desencarceramento?
10:36E o Brasil continua
10:37nos mesmos erros.
10:39A consequência está aí
10:40nas ruas.
10:41E a gente tem
10:42uma preocupação muito grande
10:43e não se preocupa
10:44só com o Rio de Janeiro,
10:45não, tá?
10:46A gente tem muitas reuniões
10:47no Conselho de Secretários,
10:48que o secretário vai,
10:49ele pode falar
10:50até melhor do que eu
10:51sobre isso,
10:52que a gente avisa
10:53para os outros estados.
10:54Ele deu o exemplo da Bahia.
10:56Quem está lá,
10:56sabe o que?
10:57Ma, comando do Vermelho,
10:58uma facção do Rio de Janeiro.
11:01A gente está acabando
11:02fazendo,
11:02levando os nossos problemas
11:03para outros locais.
11:04Então, o problema
11:05não é somente do Rio.
11:07O problema
11:08é do sistema brasileiro,
11:10que a gente precisa
11:10atacar veementemente
11:12essa reestruturação.
11:15É quase que repactuar.
11:16Repactuar.
11:18Inclusive,
11:18pacto social.
11:19Porque a sociedade
11:20também tem que entender
11:20o seu papel.
11:22O seu papel
11:23nesse processo,
11:24nesse sistema.
11:25secretário,
11:28está acontecendo
11:28um debate
11:29sobre
11:30se essas facções
11:32do narcotráfico
11:33que estão no Brasil
11:33se classificam
11:35ou não
11:36como organizações
11:37terroristas.
11:38Eu queria saber
11:40a sua opinião
11:40e também saber
11:41se existe
11:42alguma ligação
11:44comprovada
11:45dessas facções
11:47com grupos
11:48terroristas
11:48internacionais
11:49ou até com guerras
11:50no exterior.
11:51Bom, Mota,
11:52a gente está costurando
11:53esse trabalho
11:54com o governo americano
11:56desde agosto
11:57do ano passado.
11:58E, infelizmente,
11:59houve um vazamento
12:00de um e-mail
12:01que acabou
12:02um jornalista
12:03tendo acesso
12:04e viu que o Rio de Janeiro
12:06estava conversando
12:07com o governo americano
12:08em relação a isso.
12:10Nesse assunto,
12:10nessa pauta,
12:12o governador
12:12Cláudio Castro
12:13é um grande entusiasta
12:14e ele mesmo
12:14está comandando isso.
12:15Claro, usando
12:16a secretaria
12:17porque nós é que temos
12:18essas informações.
12:20Então,
12:20foi produzido
12:21um relatório
12:21de inteligência
12:22que comprova
12:23a ligação
12:24do Comando Vermelho
12:25com o PCC.
12:28Tivemos recentemente,
12:29há três semanas atrás,
12:30uma grande operação
12:31da Polícia Civil
12:32onde foi possível
12:33bloquear
12:34seis bilhões
12:35de reais
12:36dessas duas facções
12:38e também
12:40mostrando
12:40que existem
12:41atores
12:42que atendem
12:43a essas facções
12:45Comando Vermelho
12:46e PCC,
12:47mas também
12:47organizações
12:49terroristas
12:51que atuam
12:53fora do Brasil.
12:54Então,
12:55isso é importante
12:56porque isso é um marco
12:57para a segurança pública
12:59do Rio de Janeiro
12:59e mostrar
13:00o quão
13:01o nível,
13:03quão alto está
13:03o nível
13:04de poder
13:07de ofensa
13:08ao Estado
13:08por conta
13:09dessas organizações
13:11criminosas.
13:11imagina
13:12essa expertise
13:13dessas organizações
13:14terroristas
13:15aqui no Brasil
13:16e, obviamente,
13:17também levando
13:18perigo
13:18para esses outros países.
13:20O governo americano
13:21é sensível a isso
13:23e a gente já
13:24começou a apresentar
13:26esse material,
13:28ou seja,
13:28ele foi construído,
13:29na realidade,
13:29desde agosto
13:30do ano passado
13:31a quatro mãos
13:32e eles
13:33entenderam
13:35do problema
13:36que eles podem ter
13:36no futuro.
13:37já tem
13:38comprovações
13:39de crimes
13:40dessas organizações
13:41criminosas,
13:42tanto o PCC
13:42quanto o Comando Vermelho
13:43em território americano.
13:45Comprovamos também
13:46a ligação
13:47do Comando Vermelho
13:48com uma
13:50das máfias
13:51italianas,
13:52ou seja,
13:54estão atuando
13:55em território
13:55italiano.
13:57Houve a morte
13:58de um integrante
14:00do Comando Vermelho
14:01no Algarve,
14:02em Portugal,
14:03algumas semanas atrás.
14:05Ou seja,
14:06já tem
14:06provas de que
14:08o Comando Vermelho
14:08é uma organização
14:10criminosa
14:11transnacional.
14:13Agora,
14:13ela é terrorista?
14:14Sim.
14:15No momento que você
14:15troca informações,
14:17troca expertise,
14:19utiliza dos mesmos
14:20caminhos
14:20para lavagem
14:21de dinheiro,
14:22compra de armas
14:23dessas mesmas
14:24organizações terroristas,
14:25obviamente que
14:26a gente consegue
14:28comprovar isso
14:28e o americano
14:29já entendeu isso.
14:31O que a mídia
14:31começou a explorar
14:32dizendo que
14:33no Brasil
14:34nós não podemos
14:35declarar
14:36o Comando Vermelho
14:37e o PCC
14:37como organizações
14:38terroristas,
14:40não tem o menor
14:41cabimento.
14:42A gente tem,
14:42a gente sabe
14:43que a construção
14:44da lei
14:44antiterror
14:45que é de 2016,
14:47ela foi construída
14:47dentro de uma
14:48concepção política,
14:50ideológica,
14:51que o legislador
14:52naquele momento
14:52achou que
14:53deveria ser
14:53daquela maneira.
14:54Nós temos os crimes
14:55e temos as motivações
14:57e finalidades.
14:58Aqui no Brasil,
15:00essas motivações
15:01e finalidades,
15:03elas são
15:03muito restritivas,
15:05mas a gente
15:05tem que entender
15:06que o Brasil
15:07é signatário
15:08de alguns
15:09acordos
15:10internacionais
15:11e lá
15:12as definições
15:13dos crimes,
15:14as finalidades
15:15e as motivações
15:16são mais abrangentes.
15:18O que a gente
15:18quer mostrar é o seguinte,
15:19isso aqui que acontece
15:20no Rio de Janeiro,
15:21que o Comando Vermelho
15:22faz,
15:23pratica no Rio de Janeiro,
15:25se praticado
15:26em território americano,
15:28o senhor acha
15:28que é terrorismo?
15:30E é essa a pergunta
15:31que a gente
15:32está fazendo
15:32ao americano.
15:33Para a gente
15:34do Rio de Janeiro,
15:35para nós do Rio de Janeiro,
15:36essa declaração
15:37é de extrema importância.
15:39E não é para
15:40responsabilizar
15:41criminalmente
15:42aqui no Brasil
15:43algum membro
15:44do Comando Vermelho.
15:45Não é isso,
15:45porque a nossa legislação
15:46é restritiva.
15:48Mas no momento
15:48que há essa declaração
15:49por parte do governo americano,
15:51alguns dos benefícios,
15:52por exemplo,
15:53o americano
15:54detém o sistema SWIFT,
15:57que é justamente
15:57o sistema
15:58que faz
15:59e monitora
16:00as transações
16:01financeiras.
16:02Com apenas o clique
16:03de um botão,
16:04ele consegue bloquear
16:05o dinheiro
16:06e o recurso
16:07em qualquer lugar
16:07do mundo.
16:08E, obviamente,
16:09também,
16:10traficantes,
16:12líderes
16:12de organizações
16:13criminosas
16:13do Rio de Janeiro
16:14ou até do Brasil
16:15que forem
16:17aos Estados Unidos
16:18podem sofrer
16:20restrições
16:20de prisão
16:21ou até
16:22de quebra
16:23do sigilo telemático
16:24naquele momento
16:25que entrarem
16:26em território
16:27nacional,
16:28americano.
16:28Então,
16:29isso para a gente
16:30é importante
16:30porque o americano
16:31já percebeu
16:32no futuro
16:34ter, por exemplo,
16:36aquelas gangues
16:36americanas
16:37com essa filosofia
16:39de tomada
16:40de território
16:41e subjulgação
16:42da população
16:44americana,
16:45isso para eles
16:46é uma questão
16:47de segurança
16:47nacional.
16:48e aí
16:51o
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