Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 10/06/2025
Em interrogatório no Supremo Tribunal Federal, o ex-comandante da Marinha, Almirante Almir Garnier, negou ter oferecido tropas a Bolsonaro para um suposto golpe. Ele confirmou participação em reunião no Palácio da Alvorada, onde foram discutidos cenários políticos pós-eleições e a possível implantação do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

Assista ao Jornal da Manhã completo: https://youtube.com/live/yHO5k4uk6BM

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan
#JornalDaManhã

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Porque o STF, então, que começou a realizar os interrogatórios dos réus do chamado Núcleo Corrucial
00:06no começo dessa semana, já entrou hoje no segundo dia e a gente vai acompanhar aqui ao vivo no Jornal da Manhã.
00:14Não sendo verdadeira acusação, como diz o senhor, o senhor tem algum motivo em particular
00:21que entende por que foi atribuída a acusação ao senhor?
00:26Não, senhor.
00:27O senhor tem conhecimento das testemunhas que já foram inquiridas?
00:33Conhece todas ou algumas?
00:36Conheço algumas.
00:37Tem algum impedimento em relação a alguma delas?
00:41Não, que me lembre, doutor.
00:44Então vamos às perguntas específicas, o senhor tendo todo o direito de respondê-las ou não,
00:54como disse anteriormente.
00:57O senhor na polícia foi chamado para interrogatório ou é mais, exerceu o seu direito ao silêncio?
01:09Confere.
01:10Verdade, ministro.
01:11Pronto.
01:11Certo.
01:16O senhor, vamos iniciar.
01:18Posso aduzir?
01:19Eu exerci o direito de ficar calado por orientação do meu advogado, uma vez que naquele momento
01:26não haviam sido dados a conhecer as acusações contra mim.
01:32Apenas eu sabia pelo jornal.
01:36Certo, correto.
01:37Vamos iniciar com a reunião do dia 7 de dezembro.
01:46O senhor se recorda quem convocou o senhor para essa reunião?
01:50O presidente da república, por intermédio provavelmente do ministro da defesa.
01:55Quem mais participou com o senhor nessa reunião?
02:01O ministro da defesa, o então ministro, o general Paulo Sérgio, o general de exército
02:09Freire Gomes, comandante do exército à época, o próprio presidente.
02:13E em termos de reunião, foram esses.
02:22Não compreendi.
02:24Por que em termos de reunião?
02:25Havia mais alguém, mas não participou da reunião.
02:28É, porque creio que o coronel delator, ele entrou, organizou, ligou o computador e deixou
02:42o ambiente, é o que eu me lembro.
02:45Mais ninguém?
02:46Não o que eu me lembro.
02:48O que foi tratado nessa reunião, comandante?
02:52Essa reunião, é, bom, havia vários assuntos, né, dentre os quais o principal era a preocupação
03:01que o presidente tinha, e também era nossa, das inúmeras pessoas que estavam, digamos
03:11assim, insatisfeitas e se posicionavam no Brasil todo, normalmente em frente aos quartéis
03:19do exército, e aquilo poderia trazer alguma dificuldade para a segurança pública, não
03:27se sabia muito bem para onde ia aquele movimento.
03:31E dentre os assuntos tratados, esse eu acho que ocupou uma boa parte do tempo.
03:36e houve uma apresentação de alguns tópicos de considerações que poderiam levar a, talvez
03:52não foi decidido isso naquele dia, a decretação de uma GLO ou de necessidades adicionais, principalmente
04:02visando a segurança pública.
04:06Foi apresentada uma minuta.
04:09Eu não vi minuta, ministro.
04:11Eu vi uma apresentação na tela de um computador.
04:15Havia um telão onde algumas informações eram apresentadas na tela.
04:22Eu não recebi, quando o senhor fala minuta, eu penso em papel, em um documento que lhe é
04:29entregue.
04:29Eu não recebi esse tipo de documento.
04:32O senhor se recorda dos considerantes?
04:36O senhor se recorda de alguns dos considerantes ou de algo que estava escrito nesse documento
04:43que foi exposto?
04:46Eu me lembro, talvez eu não lembre das frases, eu me lembro do conteúdo.
04:51O conteúdo dizia a respeito à pressão popular nas ruas, considerando que há insatisfação,
05:02que há pessoas na porta dos quartéis e havia alguma coisa de, talvez já de caminhoneiros.
05:11E também havia algumas considerações acerca do, talvez do processo eleitoral, alguma coisa
05:23ligada à forma como algumas questões eleitorais aconteceram.
05:30Sinceramente, eu não lembro dos detalhes, porque, como disse para o senhor, algo apresentado numa tela
05:38de computador, onde não se aprofundou em nada, mas era parte de uma, talvez de uma análise do cenário
05:52político e social do Brasil naquele momento.
05:58O ministro, seja em relação a Minuto, ao documento, aos conselheandos, seja na conversa,
06:08foi conversado sobre eventual fraude às urnas nas eleições, sobre exageros da justiça eleitoral,
06:16sobre a necessidade de novas eleições?
06:19Sr. ministro, não vejo, não me vem à cabeça a questão de necessidade de novas eleições terem sido discutidas ali
06:30naquele dia, não houve isso.
06:34A busca, a ideia de que poderia haver fraudes ou alguma coisa ligada à condução das eleições,
06:49de certa forma, estava dividida em duas vertentes, uma com a equipe de transparência,
06:58que trabalhava na transparência eleitoral, tinha um grupo das Forças Armadas que trabalhavam junto ao TSE,
07:04que estavam analisando a questão que poderia levar a esse entendimento de que se identificou ou não alguma fraude.
07:14E, ao mesmo tempo, o presidente também nos colocava a par das questões legais,
07:22onde ele discutia, através, creio eu, ou juntamente com o partido dele, o Partido Liberal,
07:30questões de condução da justiça eleitoral.
07:36Ele nos colocava a par disso, ele costumava falar.
07:44O senhor se recorda se, nesses conciliandos, a conclusão era, não só a questão da GLO,
07:52mas a decretação do estado de sítio a partir do que se considerava ilegítima condução das eleições?
08:03Senhor ministro, neste dia, não houve conclusão nem deliberações.
08:12O que eu me lembro, neste dia, foram apresentadas considerações que deixavam uma dificuldade, vamos dizer assim,
08:22na condução do país.
08:23Afinal de contas, o candidato derrotado, Jair Messias Bolsonaro, ainda era o presidente eleito,
08:31naquele período, e preocupava a ele e aos demais ministros, incluindo o da defesa,
08:41qualquer questão que pudesse descambar para algo não muito agradável.
08:48Então, essa era a tônica.
08:51E não houve conclusões, não houve discussões.
08:55Eu me lembro que o presidente interrompeu essa reunião, dizendo que talvez nos convocasse em outro momento,
09:02mas que ele estava pensando, era um estudo, alguma coisa que me parecia que ele estava estudando.
09:08Ele chegou a convocá-lo novamente?
09:10Para esse tema, não, senhor.
09:12O senhor, provavelmente, ou certamente, acompanhou pela imprensa o depoimento do então comandante do Exército,
09:30que também estava presente nessa reunião, o general Freire Gomes,
09:35e do comandante da Força Aérea, o brigadeiro Batista Júnior.
09:39Nos depoimentos, seja na etapa policial, seja agora em juízo,
09:48e eu vou começar pelo comandante Freire Gomes,
09:54perguntado inicialmente pelo Ministério Público,
10:00ele, assim como o senhor, disse, abre aspas,
10:04que o presidente apresentou considerantes, esse apanhado de considerantes,
10:08sobre, segundo ele, aspectos jurídicos dentro da Constituição,
10:14por isso não causou nenhuma espécie.
10:17A partir disso, o procurador-geral da República perguntou se ele teria feito alguma advertência ao presidente,
10:26como ele disse, na fase policial, entre aspas, o comandante Freire Gomes, no inquérito policial.
10:36O Exército não participaria da implementação desses institutos, visando reverter o processo eleitoral.
10:43O senhor se recorda disso?
10:45Eu não me recordo que ele tenha dito isso nessa reunião.
10:48O senhor também não se recorda que teria, que já é o comandante da Força Aérea,
11:05teria dito tanto no inquérito policial quanto em juízo,
11:09teria dito que, a partir dessas discussões, da possibilidade que o presidente colocou
11:17de um estado de exceção e, com isso, a decretação da GLO para novas eleições
11:26e impedir que o presidente eleito pudesse tomar posse,
11:31que o senhor teria sido o único que, abre aspas,
11:36colocaria as tropas da Marinha à disposição do presidente.
11:40O senhor se recorda disso?
11:41Eu me recordo do que disse o Brigadeiro Batista Júnior.
11:45Isso não ocorreu.
11:47Então, senhor, em primeiro lugar, o Brigadeiro Batista Júnior não estava presente nessa reunião.
11:53O comandante Freire disse, perdão, é verdade.
11:57O comandante, o general Freire.
12:00O general Freire Gomes estava presente.
12:02Isso.
12:02Ele disse que o senhor teria sido o único que colocaria as tropas da Marinha à disposição.
12:07Isso ocorreu ou não?
12:09Não, senhor.
12:10Não ocorreu.
12:11O senhor nem tocou nesse assunto.
12:14O senhor vai ter essa oportunidade.
12:16O senhor não tocou nesse assunto.
12:19Senhor ministro, como eu lhe disse há pouco,
12:23não houve deliberações,
12:27nem o presidente não abriu a palavra para nós.
12:29Ele fez as considerações dele,
12:32expressou o que pareciam para mim mais preocupações
12:36e análise de possibilidades
12:40do que propriamente uma ideia
12:44ou uma intenção de conduzir alguma coisa em uma certa direção.
12:50a única que eu percebi que me era tangível e importante
12:56era a preocupação com a segurança pública
12:59para a qual a GLO é um instrumento adequado
13:03dentro de certos parâmetros, que o senhor bem sabe.
13:07Então, eu, como é normal na minha atitude,
13:13eu me atenho às minhas funções e às minhas responsabilidades.
13:17faz parte, às vezes, lendo alguns desses depoimentos,
13:25eu tenho certa dúvida de procedimentos,
13:30porque o senhor sabe que nós estamos tratando de militares.
13:34A Marinha é extremamente hierarquizada
13:36e nós seguimos bem à risca o Estatuto dos Militares.
13:42Então, eu não vejo espaço.
13:47O Estatuto dos Militares diz que
13:49a um subordinado
13:50é dado apenas o direito de pedir por escrito
13:55uma ordem que ele receba e considere flagrantemente ilegal.
14:00Então, até que isso aconteça,
14:03para mim, ilações, discussões,
14:06eu vi aqui coisas como conversa de bar,
14:09eu era o comandante da Marinha,
14:12eu não era assessor político do presidente.
14:14E eu me ative ao meu papel institucional.
14:20O senhor disse aqui anteriormente,
14:23duas, três respostas atrás,
14:26em relação à questão das eleições, das urnas,
14:29que a questão estava sendo tratada
14:32na comissão de transparência
14:35que as Forças Armadas faziam parte.
14:37Perfeito.
14:38A Marinha fazia parte dessa comissão?
14:42Ministro, se não me engano,
14:43a Marinha tinha dois oficiais superiores nessa comissão.
14:48O senhor se recorda das conclusões dessa comissão?
14:54Muito genericamente,
14:57porque a comissão foi conduzida
15:00mais diretamente pelo Ministério da Defesa.
15:03O que nós fizemos como comandante de Força,
15:06bom, eu até vi o depoimento do Brigadeiro Batista Júnior,
15:10que ele disse que se envolvia,
15:12dialogava com o pessoal dele.
15:14No caso da Marinha,
15:15o que eu fiz foi alocar pessoal
15:17como solicitado pelo ministro
15:19e aguardar que os trabalhos fossem concluídos.
15:23Então, havia lá, se não me engano,
15:27dois militares,
15:29dois oficiais superiores,
15:30salvo engano,
15:32e me lembro que foi expedido o relatório final,
15:37que nós lemos,
15:38o ministro nos deu a conhecer, sim.
15:40Obrigado.

Recomendado