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Categoria

😹
Diversão
Transcrição
00:00A CIDADE NO BRASIL
00:30A CIDADE NO BRASIL
01:00A CIDADE NO BRASIL
01:29A CIDADE NO BRASIL
01:31A CIDADE NO BRASIL
01:33A CIDADE NO BRASIL
01:35A CIDADE NO BRASIL
01:37A CIDADE NO BRASIL
01:39A CIDADE NO BRASIL
01:41A CIDADE NO BRASIL
01:43A CIDADE NO BRASIL
01:45A CIDADE NO BRASIL
01:47A CIDADE NO BRASIL
01:49A CIDADE NO BRASIL
01:51A CIDADE NO BRASIL
01:55A CIDADE NO BRASIL
01:59A CIDADE NO BRASIL
02:01A CIDADE NO BRASIL
02:03A CIDADE NO BRASIL
02:05A CIDADE NO BRASIL
02:07A CIDADE NO BRASIL
02:09A CIDADE NO BRASIL
02:11A CIDADE NO BRASIL
02:13A CIDADE NO BRASIL
02:15Fala, sangue de boi
02:17Bordo
02:18Se assaltou pra quê?
02:21Pra ganhar um bando de conta vencida?
02:23Eu estava na joalheria
02:25Quando entrou um bandido
02:26Mascarado
02:27E roubou um colar
02:29Caríssimo
02:30A polícia chegou
02:31E o bandido me pegou de refém
02:33Gente
02:35Gente
02:36Gente
02:37É um espetáculo
02:52É bom, amor
02:53Vocês não sabem o que eu ouvi na televisão
02:55Um ladrão perigosíssimo
02:57Assaltou uma joalheria
02:59Roubou uma coroa
03:00E manteve um colar como refém
03:01Que eu saiba
03:04Ele roubou um colar
03:05E manteve uma coroa como refém
03:08Coroa é a senhora sua mãe, Neide Aparecida
03:11O que é isso, mami?
03:12Está com o sistema nervoso?
03:14Magda, filhinha
03:16A sua mami foi vítima
03:18De um terrível bandido
03:20Ah, não sei quem é
03:21Já vi a foto dele no jornal
03:23Um homem horrível
03:24O nome dele é Cano Curta
03:27Credo
03:29Eu conheci uma vez uma dupla caipira
03:31Cano e curto e curto e grosso
03:33Ah, por quê?
03:35Só uma pessoa com diarreia mental
03:36Para inventar o nome desse
03:37Cano Curto
03:38Checa
03:39Não faça brincadeiras
03:40Não tem a menor graça, viu?
03:43Eu estou muito nervosa, Caco
03:45Eu imagino
03:46Deve ter sido um trauma horroroso
03:47Para você encarar um cano curto
03:49Afinal de contas
03:50A última vez que tu encarou um cano curto
03:52Foi quando o falecido brigadeiro não era vivo, né?
03:54Caco
03:56Não está mais aqui quem falou
03:58She not here who speak
04:01Como é que não está?
04:02Estou vendo você
04:03Neidinha, vai lá embaixo
04:07Compre um calmante
04:08Para a mami
04:09Por favor, né?
04:10Ah, mas eu não vou mesmo
04:11Esse cano curto e solto por aí
04:13Vou ficar dando mole na rua
04:15Já pensou se ele quiser abusar de mim?
04:17Só se...
04:18Só se ele tivesse acabando na mão desesperado para abusar de mim
04:23Aqui, farropeira!
04:25Meu Deus do céu
04:26Bom, nesse caso
04:27Eu vou dar um pulo até a farmácia, né?
04:29Mami, dá uma deitadinha no sofá
04:31Aproveita
04:32Vê se dá uma relinchadinha
04:36Relaxadinha, Magda!
04:37E você não vai a lugar nenhum
04:39Mas por que não?
04:40Eu estou preparadíssima
04:42Para enfrentar qualquer tipo de assalto
04:44Dá só uma olhada no que eu comprei
04:45Ó
04:46Magda!
04:47Larga isso!
04:48Isso não é brinquedo?
04:49É, brinquedo
04:51Isso é de plástico, meu amor
04:53Tá?
04:54Ó
04:55Agora, até o bandido perceber que toicinho de porco não é tomate
04:59Ele já foi preso
05:01Magda, minha...
05:02Tchauzinho, boa luta
05:03Magda, pelo amor de Deus
05:04Não faça isso
05:05É muito perigoso lidar com a...
05:07Faça alguma coisa, Cacantibes!
05:09Desce, desce, desce
05:11Magda é inofensiva
05:13O máximo que pode acontecer
05:14Acontecer ela se influenciar com alguma bala perdida e sair ricocheteando por aí
05:17O que é isso, Vavá? Um atentado ao pudor?
05:35Não, atentado ao pudor não
05:38São dois atentados ao pudor
05:40Porque essa cueca samba a canção dele é um crime
05:42Isso é aquele tipo de cueca que vai ficando amarelado assim do lado daquela mancha amarela
05:46Que é conhecida como o mataborrão da última gota
05:49O que que é isso?
05:56É mole
05:58Ele tem um jacaré no pinto
06:01E o que é pior? Tem um tuiuiu no rabo
06:03Olha aqui
06:07Vocês não sabem pelo que eu passei, Cassandra
06:10Eu tô tomando a minha cervejinha lá na esquina com meus amigos
06:14De repente, na hora de pagar a minha tua mão, percebo que me bateram a carteira
06:18Você acredita isso?
06:20Não tive saída, tive que deixar as calças pra cobrir o prejuízo
06:23Queria que eu deixasse suspensório
06:25Falei suspensório não porque é inglês
06:27Pra cobrir o prejuízo, você teve que descobrir o prejudicado, né?
06:30Não é isso, Caco
06:32O problema não é só o dinheiro que tá na carteira
06:34Você sabe disso
06:35São os documentos
06:36São os meus cartões
06:38Tudo
06:39Eu não sei
06:40Eu daria uma tremenda recompensa pra quem achasse a minha carteira
06:47Uma recompensa de quanto?
06:49Ah, sei lá, Caco
06:51Acho que eu daria tudo
06:53Todo o dinheiro que tá na carteira
06:54Todo
06:55Eu só quero os documentos e o meu cartão
06:57Hoje é seu dia de sorte, Vavá
06:58Olha aí
07:00Tá aqui, toma a sua carteira
07:03O que é que você tá fazendo com a minha carteira, Caco?
07:05Pelo que eu estou vendo
07:07A criminalidade na rua anda solta
07:10Mas temos agora
07:11O excelente serviço de ladrão a domicílio
07:15Que bonito
07:16Dobre a língua
07:17Cascavel enlaqueada
07:20Eu estava com a carteira dele pra salvar a carteira dele
07:23Resguardá-la da criminalidade que anda solta nas ruas
07:26E sabem por quê?
07:27Porque este país precisa de educação de base
07:30Outro dia mesmo eu vim andando pela rua
07:32Subitamente
07:33Numa casa abandonada
07:34Eu vi um soluço
07:39Aproximei-me, pé ante pé
07:43E o que vi eu?
07:44Uma moça simples, muito bonitinha
07:47Com um vestido simples, soluçava
07:49E nas mãos ela tinha um toco de giz azul
07:52Sabe por quê azul?
07:53Por quê azul?
07:54Sei lá
07:55Estou perguntando
07:56Você também não sabe?
07:57Com um toco azul ela rabiscava nas paredes
08:01Por favor, salvem a professora
08:05Isto é sério, gente
08:07Professor no Brasil ganha menos que faxineiro
08:10É uma vergonha
08:11Todos juntos
08:23Então a campanha nacional que o Sai de Baixo lança
08:27Por favor, salvem a professoria
08:31Esse país tem que tomar vergonha na cara
08:34Educação de base
08:35Eu estou por aqui
08:36Estou por conta
08:37Não sei nem por quê, mas estou por conta
08:39Obrigado
08:41Olha aí, a solidariedade humana
08:44Não, passa pra cá meu cartão que está faltando aqui
08:47Ô, mas essa bosta não deve ter saldo mesmo, não?
08:50Vavá, chega, vamos embora
08:52Vamos embora que a nossa cota de bandidos se esgotou por hoje
08:56Esgotou?
08:58Ah lá, parece um garrafão de sangue de folha
09:00Vai, Vavá! Vai, Vavá! Vai, Vavá!
09:03Vai, Vavá!
09:09Vem, Vavá!
09:10Vem, Vavá!
09:15Opa, arrumei pra hoje!
09:20Vem, vai!
09:22Vem, vai, Vavá!
09:23Vem, forma praça da sete e fica pra lá, viu?
09:25Ah, tem...
09:26Não tem aí uma batata, um arroz pro seguinha?
09:28Mulher gostosona...
09:30Vem, vavá, vavá!
09:32Aliás, o que que é?
09:34Tu agora tá fazendo o meu expediente como mendigo pra completar o salário?
09:37Tô disfarçado, boca quente.
09:39O marido aí da mulher, o corno 405, tá atrás de mim, quer me matar, seu caco.
09:44A mulher dele falou assim, você é igual uma televisão velha, você não presta mais pra nada, você não tá pegando.
09:49Aí eu fui lá, botei duas antenas na cabeça dele.
09:51É o corno a cabo.
09:54Eu faço todo de uma assinatura lá.
09:58Ele disse assim, se eu pegar aquele vagabundo do Ribamar, eu tiro as tripas dele pra fazer uma buchada.
10:02Ele falou.
10:03Eu não conheço o cara, mas já tô gostando dele, só por isso.
10:05Eu sei que todo corno é solitário, seu caco.
10:07Não.
10:09É o mesmo ponto de vista.
10:11Mas não entra nessa, não.
10:12Mas se tu encontrar com esse corno vigador, tu fala que o tenteiro é meu.
10:16Toma!
10:16Não, bate a porrada ali.
10:18Deixa eu bater.
10:19Mete a porrada ali.
10:20Deixa eu bater.
10:21Eu não tô vendo nada, eu tô seguindo.
10:24Tira a mão daí.
10:25Vai mostrar essa beiga ali pra tuas negas, vai.
10:29Pega, pega, pega.
10:30Bota a mão no tufinho, vai.
10:32Meus disfarces não tão dando mais nada.
10:36Ninguém acredita mais em mim.
10:38Eu só preciso me ajudar, seu caco.
10:39É, não dá hora.
10:40Pra ajudar a pobre, eu cobro bandeira dois, rapaz.
10:49Assaltou caixa de igreja?
10:51Isso aqui é poupança de trombadinha?
10:52É real que eu tinha, rapaz.
10:54Vai embora.
10:54Tá bom, Maria.
10:55Tá bom.
10:55Me ajuda.
10:56Vai por quê?
10:57Eu tô em desespero.
10:57Eu preciso...
10:58Não, até se fala.
10:59Me ajuda, sim.
11:00Não.
11:01Me ajuda, rapaz.
11:04Eu tô pedindo nada.
11:05Engola o choro!
11:08Engola esse choro!
11:09Ai, ai, ai, ai, ai!
11:12Engola o choro!
11:14Engola o choro!
11:15Pra você ser respeitado pela Leide e por todos aqui do Arochi, eu vou lhe dizer o que você tem que fazer.
11:27Você tem que ser um homem louro.
11:28Louro.
11:29Um homem alto.
11:30Um príncipe dinamarquês.
11:32Esta visão deslumbrante que aparece e estonteia.
11:38Assim como eu?
11:40É, eu sou é muito chique mesmo, sou.
11:42Obrigado, obrigado.
11:42Olhando assim, dos pés à cabeça, não tem quem diga que eu sou o maior safadão.
11:46Sabe, rapaz, toma teu roubo.
11:48Pode ir na...
11:49Ah, ah, ah!
11:52Quem confere o ferro, no ferro será ferido!
11:57Comigo, anão, violão!
12:00Quem sai na chuva é pra se queimar, meu amigo.
12:02Eu tenho a impressão de que seus dois neurônios, o tico e o teco, entraram no surto antropofágico e se devoraram mutuamente.
12:08Magda, minha querida, o que foi que aconteceu?
12:10Eu explico.
12:11Eu estava andando na rua, de repente, vi um rapaz mascarado na minha direção, esbarrou em mim, eu notei que eu estava sem o meu colar, peguei minha arma, fui até ele, rendi o rapaz e tomei de volta meu colar.
12:25Só tem um problema, minha filha.
12:27Você saiu sem colar.
12:31Mami, imagina.
12:33E isso aqui, o que que é?
12:34Oh, meu Deus, é o colar do cano curto.
12:40Cano curto?
12:41É.
12:44Magda, mas você assaltou um ladrão?
12:46Eu me tornei uma criminosa?
12:53Meu Deus.
12:55Eu vou me entregar, eu pretendo pagar essa dívida pra sociedade.
12:59Eu, eu vou...
13:01Será que a sociedade aceita cartão de crédito?
13:04Me dá isso aqui.
13:05Como esposo da trombadinha, eu me sinto no dever de ser tutor deste colar.
13:12Ele vai ficar comigo até completar 18 anos, e depois eu mando ele pra um cofre na Suíça pra ele completar os estudos.
13:18Ih, jeito nenhum.
13:20Aqui, farroupilha, este colar vai ficar guardado naquela gaveta, até nós decidirmos o que vamos fazer.
13:27Tá?
13:28E enquanto isso, vou pro meu quarto pensar em alguma saída pré-escolar.
13:46Eu só saio daqui quando você sair.
13:49Eu estou vendo que você está de olho nessa joia.
13:52Ah?
13:53As suas butucas ofídias estão em cima de quê?
13:56Hein?
13:57Tá bom, eu saio.
14:03Mas a gente sai junto.
14:04Vamos sair ao mesmo tempo.
14:07Ah.
14:08Pai.
14:08Aqui de Cassandrão.
14:10Vai.
14:11Vai.
14:13Vai.
14:15Ai.
14:16Opa.
14:18Ai.
14:23Toque o seu dedo de vocês e faça o meu cobertor.
14:27Vai ser assim.
14:28Já vai.
14:29Ai, ver a mão.
14:35Eu sou Cano Curto.
14:38O assaltante mais perigoso do Brasil.
14:41Ai, palhaçada é essa, Ribamar.
14:44Cano Curto é um homem com H maiúsculo.
14:46E pelo que eu saiba, você tem tudo minúsculo.
14:48Cala a boca.
14:50Cala a boca, sutiã recheado.
14:54Senão eu te arrumo um emprego de faxineira com São Pedro lá no céu.
14:59Fica parado aí, se não quiser virar peneira, peitão.
15:17Guarda essa munição, Ribinha.
15:21Que mais tarde eu quero você cheio de bala na agulha.
15:24Ribinha é um cacete.
15:27Eu sou Cano Curto.
15:30Ai, Palmar.
15:30Aonde está o colar?
15:32Ribamar, eu gostei dessa brincadeira de Cano Curto.
15:35Vem!
15:36Me assalta!
15:38Me leva tudo!
15:39Toma!
15:39Vem!
15:40Vem, mamar!
15:41Baixa os braços!
15:43Por quê?
15:44Parece que tem um bicho morto aí debaixo do teu sovaco.
15:47Eu vou dar um jeitinho e já volto.
15:55Aonde está o colar?
15:57Parece que eu entrei no apartamento errado.
15:59Vou dar um trato neste colar antes que algum aventureiro lance em mão.
16:21O suguizo da cascacu, ela está se aproximando.
16:29Eu conheço o cacuantibes.
16:32Tenho certeza que aquele salafrário é capaz de chegar aqui, abrir essa gaveta, surrubiar esse colar.
16:45Ai, tem que me dar alguém.
16:46Vou me esconder.
16:50Tem a impressão que esse colar deve estar correndo perigo.
16:55Ah, está aqui.
16:56Pega, ladrão!
16:57Pega, ladrão!
16:57Não, calma, eu já não roubei nada ainda, não.
17:00Oh, Vavá!
17:02Não, peraí, peraí, calma.
17:04Eu sou inocente.
17:05Vavá, você manchou o nome da nossa família.
17:09Ah, manchou o nome da família.
17:11Ora, Cassandra, faça-me o favor.
17:13Essa família tem mais mancha do que micose de praia, vem com esse papo.
17:17Tem depois de ter os antibes fazendo parte dela.
17:22Tá, abre esta tua língua bipartida, cascacu.
17:26Fique a senhora sabendo que a minha família descende da digníssima baronesa Weisfüder.
17:33Sobre mim...
17:34Sobre mim a família nunca pairou nenhuma dúvida.
17:39Claro, não paira nenhuma dúvida de que todos não prestam.
17:45Olha aqui, eu só quero saber uma coisa.
17:46Vocês dois não estavam escondidinhos lá pra fazer nenhuma boa ação.
17:51Eu vim conferir se o colar estava no lugar, tá?
17:54Agora mesmo vou providenciar um destino pra esse colar.
17:59Tá?
17:59Porque eu já percebi que vocês dois estão com coceira na mão.
18:03Imagina, imagina.
18:04Que absurdo.
18:05Que absurdo.
18:16Com essa peruca de cacantibus eu quero ver se o corno a cabo o vingador me pega.
18:23Tá agradando.
18:33Sim.
18:34Eu ia pela rua.
18:36Quando vi uma imagem deslumbrante, era um espelho.
18:39Parei.
18:40Olhei.
18:41Vi aquele ser nórdico diferente.
18:43Olhos azuis como se forem duas safiras.
18:46Comecei a sentir tesão por mim mesmo.
18:49E naquele momento eu comecei a fazer amor comigo mesmo.
18:51E me beijava.
18:55E me acariciava.
19:13Tá passando mal?
19:16Vem cá.
19:17Você parou de brincar de cano curto, é?
19:19Não, eu só...
19:20Cadê aquele trabuco enorme?
19:23As crianças estão assistindo o programa, Neide.
19:27Eu sou cacantibus agora, tá vendo não?
19:29É inversão, edição em revista extra especial.
19:33Hum?
19:33É?
19:34Gostou?
19:34Então vamos lá fazer um calão com o Manco.
19:36Vamos, mamãe.
19:38Vamos.
19:39Vamos que vamos.
19:40Caquinho!
19:42Caquinho!
19:43De mamãe!
19:44De mamãe!
19:45O que foi?
19:45O que foi, querida Magda?
19:47Isso é uma coisa horrível.
19:49Eu acabo de presenciar um assalto à mão armada.
19:51E o que é pior?
19:52Um revólver e tudo.
19:55Você foi testemunha?
19:58Não, eu fui a assaltante.
20:01De novo, Magda?
20:03Isso só pode ser de influência do caco.
20:05Contenha os guizos.
20:06Contenha os guizos, Cascavel.
20:08Eu e Magda somos um casal muito moderno.
20:11Dividimos tudo.
20:12Até os produtos do roubo.
20:14Nota por nota, né, meu bem?
20:16Amor, o que aconteceu foi o seguinte.
20:20Eu estava andando na rua procurando uma delegacia.
20:23Perguntei ao rapaz onde é que fica a delegacia.
20:26Disse a ele que eu era uma assaltante e tudo e tal.
20:29Ele não acreditou.
20:31Aí eu peguei a arma, mostrei pra ele.
20:34Antes que qualquer coisa acontecesse, ele começou a tirar o relógio,
20:38me dar a carteira, me jogar tudo.
20:40Mas, Magda, minha querida, por que você não disse a ele que o revólver era de brinquedo?
20:45Eu ia puxar o gatilho pra mostrar isso pra ele.
20:48Quando eu ia fazer isso, ele só não saiu correndo, doido.
20:50Não me deu tempo nem de explicar.
20:52Eu sabia que esse revólver ia trazer problema.
20:55Amor, eu caí na vida de ladra, de latrina.
20:58Meu bem, calma.
21:00Calma, meu bem, calma.
21:01Eu estou do seu lado.
21:02Eu sou seu esposo e tenho que dividir as alegrias, as dores, a carteira, o relógio.
21:07Vamos ver, meu bem.
21:08Não, não toque em mim.
21:10Não toque em mim.
21:11E me tornei uma pessoa nociva, infecciosa, contagiosa, criminosa.
21:19Eu sou praticamente uma marginal de ET.
21:22Eu vou te contar uma coisa.
21:34Numa outra encarnação, eu fui muito pobre.
21:37Na Judéia.
21:39Eu era um hebreia, meu nome era Betisababababá.
21:43Um dia eu ordenhei as cabas, fui vender leite.
21:46Leite no mercado.
21:47Botei aquele pote na cabeça de terracota e fui.
21:52Mas eu era um hebreia muito pobre.
21:54Aí eu vi uma aglomeração.
21:55Sabe que pobre gosta de aglomeração, né?
22:00Foi acidente, foi...
22:02Tem morto, tem morto.
22:03Quantos morreram?
22:05Quer saber o que está acontecendo.
22:07Vem uma aglomeração.
22:08Não, estavam pregando um homem numa cruz.
22:09Eu fui lá ver.
22:11Aí vi a aglomeração.
22:12Aqueles pobres, tudo cutucando.
22:13E lá, lá, lá, está pregando.
22:14Lá, lá, lá, lá.
22:15Eu peguei uma pedra e taquei na cruz.
22:18Pá!
22:19Aí ele falou, tu me aguardes.
22:24Me aguardes.
22:31Vais voltar no Aroche.
22:34Casado com a mula e genro da terrível Cascacu.
22:38Magda!
22:39Cassandra, eu vou tomar um calmante
22:41que é o único jeito de sobreviver nesse hospício.
22:45Estou só.
23:06O apartamento é este mesmo, sim.
23:09Resta saber se aquela empregada maluca não está por aqui.
23:12Ela é que nem melequa.
23:13Quando gruda, é difícil de retirar.
23:16Aonde está o meu colar?
23:17Iba Amar, o que você está fazendo aqui na sala, minha?
23:21Calango Manco está esperando a gente lá dentro, bobo.
23:23Calango Manco é a mãe.
23:26Eu sou cano curto.
23:27E cuidado com quem caçoa com a minha cara.
23:30Ai, Iba Amar, me mata, me maltrata, me leva, vem, Iba Amar.
23:36Sai daqui.
23:38Vai embora antes que eu te mate.
23:40Aonde está o meu colar?
23:43Aonde foi que aquela ladra colocou o meu colar?
23:46Como ousa me chamar de ladra?
23:49Você é um ponteiro.
23:51Ai, meu dedão.
23:52Ponteirinho vagabundo.
23:55Virou uma pizza, meu dedão.
23:57Você...
23:58Ah...
24:00A madame da relojoaria.
24:06Sim, você é uma mulher morta.
24:11Estou conhecendo este capacete de laque.
24:13Ribabar, Ribabar, para com essa palhaçada aí.
24:17Onde é que você pensa?
24:18Por que esse menino não vai trabalhar?
24:20Ele não é o Ribabar.
24:23Ele é o cano curto.
24:25Ah, sim.
24:26Não é o Ribabar, é o cano curto.
24:27Olha para mim.
24:28Eu sou o Elvis Presley.
24:31A diferença é que Elvis não morreu.
24:33O apatubá, o apatubá, tutulá, tutulá.
24:36Ai.
24:38Ai.
24:43E você é um homem morto.
24:48Onde está aquela maluca com o meu colar?
24:50Olha, que eu saiba, não tem ninguém aqui, assim.
24:55Essa...
24:55Não tem nenhuma pessoa.
24:56Cale-se.
24:56Tem sim.
24:57Eu vi.
24:58Suspensório Kid.
24:59Eu vi.
25:00Ela entrou aqui nesta casa.
25:01Uma gostosa.
25:02Uma mulher perigosa.
25:03Traiçoeira.
25:04Uma mulher tapada que só fala besteiras.
25:06Eu vi.
25:06Ora, ora, seu cano curto.
25:09Imagina.
25:10Nós somos pessoas cultas.
25:12Nesta casa nós não somos assim, não.
25:14Nós não dizemos besteiras, não.
25:17Mas ao alto!
25:18Me peguei.
25:35Não digo eu, meu amigo.
25:38Se você ficar, a bicha pega.
25:41Se você correr, a bicha come.
25:42Magna, pelo amor de Deus, me dá essa arma antes que você faça uma besteira.
25:46Eu vou fazer uma besteira, titio.
25:47Todo mundo sabe que a arma é de brinquedo.
25:50Senso de humor, hein?
25:52Aham, te peguei.
25:54Agora, mula maravilha.
25:57Sim, você sabe quem brinca com a cara de cano curto duas vezes?
26:01Eu faço comer capim pela raiz.
26:03Se bem que isso é o seu habitat natural, hein?
26:06Me dê esta arma.
26:10Já vai!
26:11Todos para lá.
26:13Passem agora.
26:14Passe!
26:15Tô indo.
26:15Vamos!
26:16Passa rápido.
26:18Nossa!
26:19Passa!
26:20Oh, inferno!
26:21Já vai!
26:22Que coisa!
26:23Oh!
26:27Ei, mamá!
26:28Desde quando tu toca campainha nessa casa, hein?
26:31Cala a boca, Neide!
26:33City!
26:33Junto!
26:34Morta!
26:34É isso.
26:35É uma imitação paraguaia-media em Ceará?
26:39Gostou, não?
26:39É a versão remix de Cacantibes.
26:48Não ouse profanar o meu louro nome em vão.
26:51Cacantibes só tem um.
26:53Graças a Deus.
26:54Toma teu rumo!
26:54Toma teu rumo, peitão.
26:56Vá, vá, vá, só você também.
26:57Eu preciso dar um trato no colar, antes que alguém faça.
27:12Tomara, eu te mandei sair daqui, retirante.
27:15Errou, Angélico.
27:18Errou duas vezes.
27:20Duas vezes.
27:20Eu não sou Ribamar.
27:22Segundo.
27:23A última vez que um louro brincou com a minha cara foi um papagaio.
27:26E eu dei cinco tiros neles.
27:27No papagaio?
27:28Não, no dono do papagaio.
27:30Papagaio eu usei para cavar a cova do morto.
27:32É.
27:33Se você continuar praticando, você talvez consiga imitar macho numa outra encarnação.
27:37Tira essa peruca, tira.
27:38Mas tu grudou essa peruca na cabeça?
27:40Sluta!
27:41Eu sou cano curto.
27:43E este é o meu crachá.
27:46Tá com medo?
27:48Tá tremendo, hein?
27:50Covarde.
27:51Pelo amor de Deus, não me mate.
27:52Não me mate.
27:54Eu sou arrimo de família.
27:55Eu que sustento essa família.
27:57Trabalho feito louco.
27:58Não me mate.
27:59Covarde.
28:00Melhor ainda para te matar.
28:02Vou contar até três.
28:03É um, é dois e...
28:05Não!
28:05Não mate meu marido.
28:07Se você quiser matar, Caco vai ter que me matar primeiro.
28:10E pra me matar, vai ter que passar por cima do meu cadáver.
28:12A mulher é valente e o marido é frouxo.
28:19A inteligência é que é menor do que a saia.
28:23Eu posso poupar a vida desse covarde se você me disser aonde está o colar.
28:28Colar?
28:28Colar.
28:29Que colar?
28:30Ah, deve ser aquele que está na gaveta.
28:31Não tem colar nenhum na gaveta.
28:34O que tem na gaveta é uma coleira que ela escreveu o meu nome na coleira.
28:37Por sinal escreveu errado.
28:38Escreveu com K-U.
28:39Cacu.
28:41Preciso verificar na gaveta.
28:43Sim, precisamos ver.
28:45Aqui não tem colar nenhum.
28:47Eu não disse?
28:47Como não tem colar nenhum?
28:49Cadê meu colar?
28:50Olha quem é que meteu a mão no colar.
28:51Deve ter sido o Ribamar.
28:53Quem é Ribamar?
28:54Esse cara está em todas.
28:56Não, o Ribamar é o nosso porteiro, mas ele imagina.
29:00Jamais faria uma coisa dessas.
29:01Porteiro, hã?
29:02Vou dar uma dura nesse cara.
29:04Vou lá embaixo agora.
29:05Se ele tiver a joia, vou dar um tiro na cabeça dele.
29:07Se ele não tiver a joia, vou dar dois tiros na cabeça dele.
29:11Eu não entendi.
29:12Dá para explicar de novo?
29:14Dá.
29:15Dá para explicar.
29:15Vou fazer isso com vocês também.
29:18Vamos.
29:18Todos para o banheiro.
29:20Vamos.
29:20Passa em todos.
29:21Mas eu não estou com vontade.
29:22Passa para o banheiro.
29:26Não estou mandando você passar para o banheiro.
29:29Da própria vez, vou assaltar pessoas de mais alto nível.
29:32Eu tenho aquele moço do basquete, o Oscar.
29:34Ele tem um nível altíssimo.
29:36Passa para o banheiro.
29:37Passa para lá.
29:39Eu estou me irritando já.
29:41Droga.
29:45Misericórdia.
29:46Eu prefiro tomar um tiro.
29:47O Vavai pesteou o banheiro.
29:50Misericórdia.
29:50Olha aqui.
29:52Não fui eu.
29:53Ah, não, minta.
29:55Você faz isso desde pequeno.
29:57É uma antiga mania.
29:59Ah, mas também pode ser o capo que uma vez na lua de mel da gente, basta aquele cobertor
30:04grosso.
30:04Cala a boca, Magda.
30:05Cala a boca, Magda.
30:11Fiquem todos sabendo que o meu peido não cheira.
30:21É uma fragrância.
30:22É uma fragrância de liláses finlandeses com gardênias da Europa Oriental.
30:30É um cheiro tão maravilhoso que uma vez eu estava com Magda na Maison Chanel, de repente...
30:34Opa, soltei um peidinho.
30:35O homem veio correndo falando que precisamos engarrafá-lo.
30:40Vai vender que vai ser uma loucura.
30:42Peidô de cacô.
30:43Ai, o cano curto voltou.
30:49Ai, eu cuida disso, seu moço.
30:51Pelo amor de Deus, eu desculpe.
30:52Nós saímos do lavabo, era impossível ficar lá.
30:55A gente, o vová transformou o lavabo num camarão de gás.
30:59Camarão?
30:59Isso é repolho, minha filha.
31:01Já.
31:01Vou falar pela segunda vez.
31:03Não fui eu.
31:03Cala a boca, peidão.
31:07Seu cano curto, não nos mate.
31:09Faremos qualquer coisa, menos beijo na boca.
31:12Agora, se o senhor fizer a questão, a gente estuda a proposta.
31:15Pra mim?
31:16Liberou geral pra mim?
31:17Foi.
31:18Exatamente, é só o senhor pedir.
31:20Anota aí, eu quero 60 dias de férias remuneradas, cada dia 10 real.
31:24Eu quero tique, refeição, vale transporte.
31:27Eu quero dona Magda, dia sim, dia também.
31:30E também queria que você desse um laque nessa minha peruca aqui de cacantib.
31:35Sente só, o senhor não é cano curto.
31:38O que foi que a Neide andou falando sobre o meu respeito?
31:45Desgraçado Ribamar, se fazendo passar por um ladrão.
31:48Eu tava me disfarçando do senhor, não tenho culpa se uma coisa eu levo a outra.
31:52Mas eu não tô entendendo.
31:54Você é o Ribamar imitando cano curto que finge que é o cacantib?
31:58Ou é cano curto imitando o Ribamar fingindo que é caco?
32:02Vocês ficam nesse blá blá blá, já viram que ele é o Ribamar?
32:05O outro que é o fascínio vai entrar por aquela porta dentro e vai bater tiro pra todo lado em cima da gente.
32:12É? Vai matar nós?
32:13Então eu tô fora, que eu não me sinto muito bem morto não.
32:16Saída pela direita.
32:17Para com isso.
32:18Chega.
32:19Chega essa palhaçada.
32:20Vou mostrar aqui dentro quem é macho.
32:23É o Vavá.
32:23Qualquer coisa eu tô embaixo da cama.
32:24Eu não.
32:25Ô caco, falta aqui.
32:26Chega.
32:27E agora, mãe, é ribacano ou cano ribacurto?
32:32Mostra um pedaço de rapadura.
32:34Se avançar, é o Ribamar.
32:36Eu disse...
32:38Chega.
32:40Eu disse...
32:41Chega.
32:43Vocês estão me irritando.
32:46Eu não estou gostando nada disso.
32:49Eu falei que vou matar todos com colar ou sem colar.
32:55De colar é melhor, né, mãe?
32:57Mais bonito.
32:58Colar dá um acabamento, assim.
33:00Cala a boca, Magda.
33:02Eu vou calar a boca dela para sempre.
33:04Eu não estou tendo paciência com vocês.
33:20Quem é que vai querer ir primeiro para o quinto dos infernos?
33:24Hein?
33:25A mami, claro.
33:28É uma questão de educação.
33:30Os mais velhos primeiro.
33:32Gostei da ideia.
33:33Você, assassina do meu dedo, vai chegar primeiro no inferno.
33:39Piedade, mas eu tenho uma filha para criar.
33:42Solta ela no pasto que ela se vira sozinha.
33:45Ribamar, que história é essa?
33:47Ô, Neide, deixa eu te explicar uma coisinha.
33:49Deixa eu te explicar.
33:50Vê isso aqui, Ribamar.
33:51Que tu não está muito grandinho para ficar brincando de polícia e ladrão, não, Ribamar.
33:54Cuidado, cuidado.
33:56Cuidado, peito da alucinada.
33:58Cuidado.
33:59Esta arma está carregada.
34:01Eu vou te carregar lá em cima de você daqui a pouco.
34:03Cuidado, não se brinca com o revólver.
34:06Pelo amor de Deus.
34:08Que isso?
34:09Deus do céu, você é a verdadeira quente machona, hein?
34:14Neide, você nos livrou do cano curto, bandido.
34:19Obrigada.
34:20A cacacana...
34:21Aquele era o cacana curto?
34:23Magda, rápido, rápido, Magda.
34:24Magda, leva a Leide para a cozinha para tomar o calmante.
34:27Peraí, Vavá, peraí.
34:28Está bem que ela salvou a nossa vida, tudo certo?
34:31Mas agora, por causa disso, ela não vai tomar todos os nossos calmantes.
34:34Vai lá dentro e dá meio comprimido para ela.
34:38Depois a gente desconta do salário.
34:40Vamos nos livrar primeiro da máquina mortícia.
34:43E vem, né, Doquinha?
34:44Vem.
34:44Ah, não estou legal.
34:45Vem, calma.
34:46Esquece, pensamento positivo.
34:47E aí, o cano curto já foi?
34:50Acabou de fugir.
34:52Com certeza, prescintiu a minha presença e morreu de medo.
34:56Ah, está certo, Caco.
34:58Prescintiu a minha presença.
34:59Eu quero saber onde é que está a joia.
35:02Estou aqui, não está vendo?
35:05Para de brincar, Caco.
35:07Eu quero saber onde está o colar.
35:09Ó, pelo destino que tomou a sua carteira, não é muito difícil de se deduzir, não é?
35:15Olha quem fala.
35:16Uma mulher que, na época, que era casada com brigadeiro, era conhecida como Sandroca Cinzeiro.
35:21Ah.
35:22Qualquer lugar que ela ia, ela afanava os cinzeiros.
35:24Era igual turista brasileiro pobre.
35:26Quando vai ao hotel, chega nos banheiros de hotel, abre a mão e ela...
35:30Leva tudo.
35:34Até papel e jeito de sobressalir.
35:35Falei, isso aqui é uma maciez maravilhosa.
35:37É uma carícia nas nádegas.
35:40O armário dela parece um almoxarifado.
35:41Tem tudo ali dentro.
35:43Palhaçona.
35:44Vai apolir tuas escamas.
35:46Cascacu imperial.
35:47Olha aqui, Caco.
35:48Mas acontece que você é o primeiro suspeito.
35:50Portanto, você trata de resolver isso logo.
35:53Senão você vai ter que explicar para o delegado.
35:55Isso na melhor das hipóteses.
35:58Porque na pior, você vai ter que se explicar com cano curto.
36:02Peraí, não fica, senão vem cá.
36:03Você tem que dar explicação.
36:04Vem cá.
36:05Cassandra, eu quero saber onde é que está o meu colar.
36:08Tá sentindo melhor?
36:09Ai, eu ainda estou meio nervosa.
36:11Natural.
36:12Você só tomou meio comprimido, né?
36:15Ai.
36:27Mas amanhã a gente pede bastante para a mami.
36:29Quem sabe ela te dá a outra metadinha, né?
36:32Mas eu queria te falar uma coisa, Neide.
36:34A vida.
36:38Quando a gente pensa que não está para acontecer nada.
36:42É aí que não acontece nada mesmo.
36:44Não, não, não, não, não, não.
37:14Ai, Imbamar é o porteiro, o porteiro.
37:19O porteiro, a mim.
37:22Jura que é você, Imbamar?
37:24Eu, oi.
37:27Eu vou mostrar meus documentais.
37:29É aquela praga minha.
37:31Para que tem outro correndo desse jeito, Imbamar?
37:34Minha filha, o corno vingador queria me pegar.
37:40Eu cheguei lá embaixo.
37:41Tinha um homem a minha cara querendo bater em mim.
37:43Eu quase que apanho de mim mesmo.
37:47Eu acho que ando bebendo demais, meu Deus do céu.
37:57Neide, eu estou tendo uma intuição.
37:59Ai, meu Deus do céu.
38:02E você sabe que eu sou uma pessoa que tem um aguçado sexto sentido, não sabe?
38:07Sei, eu só não sei se a senhora tem os outros cinco.
38:11Acaba de me ocorrer que se eu capturar cano curto, eu conseguirei me regenerar da minha vida de crimes.
38:18O que é que você acha?
38:18É o que eu vou fazer, Neide, obrigada.
38:22Eu precisava da sua força.
38:24Deixe-me ver que...
38:25Qual dos dois revólveres eu usarei?
38:26É.
38:31Este aqui.
38:32Não tente me impedir, Neide.
38:34Eu vou...
38:35Voltarei com este fascínio na das minhas mãos.
38:38Ai, meu Jesus.
38:40Pois, o anjo da dona Magda deve estar no estresse sororoso.
38:47Sou eu quem entro, hein?
38:52Minha arma!
38:54Aqui está a minha arma.
38:56Eu sabia!
38:58Eu não tenho culpa, Cacotibs.
39:00Eu não tenho culpa.
39:01Essa joia deve ter caído no meu porta.
39:04Essa joia por engano.
39:07Conta outra.
39:08Laqueólatra cleptomaníaca.
39:10Eu sabia!
39:12Então o Caco acabou confessando.
39:14Não, senhor.
39:15Esse colar estava na toca da Cascacu.
39:17Minha própria irmã.
39:19Eu só estava querendo proteger a joia do Caco.
39:23Quem vai salvar essa joia?
39:25Agora sou eu.
39:26Vocês estão todos enganados, otários.
39:29A joia é minha.
39:32Estátua!
39:38Olha que palhaçada é essa.
39:45Você é um lelé da cabeça.
39:47Você não tem juízo.
39:48Essa sua arma é de brincadeira.
39:50Será?
39:51Como é que nós vamos saber qual das duas armas é a de brinquedo?
39:54É fácil, Caco.
39:55É só puxarmos o gatilho.
39:57Não, Magda!
39:58Pelo amor de Deus, Magda!
39:59Magda!
40:04Magda!
40:05Minha filha!
40:06Ah, meu pai!
40:07Minha filha!
40:08Ah, meu pai!
40:08Ah, meu pai!
40:09Ninguém entra, ninguém sai.
40:10Ah, meu Deus!
40:11Magda!
40:12Magda!
40:12Ah, meu pai!
40:42Chega!
41:12Tá tudo escurecendo.
41:15Eu acho que...
41:16Você acha que vai morrer, minha filha?
41:19Eu acho que...
41:20Acho que o tio Vavá não pagou a conta de novo.
41:36Olha aí, gente!
41:37Olha aí, gente!
41:39Meu canguru, é de carro!
41:40Não, não está.
41:57Ela quase conseguiu o papel.
42:15Na última hora, Spielberg deu pra aquele anão que acabou fazendo.
42:19Magda, meu bem, não morra!
42:20Essa casa está parecendo um baile funk.
42:23Uma bala perdida acertou bem dentro da minha panela, que estava em cima do fogão.
42:27É mole!
42:28No fogão?
42:30Jesus, Maria José!
42:32Não, se a bala foi parar na cozinha, então não acertou a Magda!
42:37Ué, deixa eu ver.
42:38Não, todos os furos eu conheço, não tem nenhum novo.
42:41Magda, será que esta arma é falsa?
42:44Não, ela é brincadeira.
42:46Ele estava com a arma de verdade, veja.
42:51Ele caiu em cima de mim!
42:53Meu Deus!
42:54Urubu!
42:55Urubu!
42:57Caiu um urubu no broteiro!
43:01Agora acabou, estamos mal agorados pro ré do ano.
43:03Caiu um urubu ali dentro.
43:06Magda, você não levou tiro nenhum, minha querida.
43:10Não!
43:10Então é por isso que não está doendo nada, né?
43:15Graças a Deus!
43:17Ai, tudo terminou bem!
43:20Tudo terminou bem?
43:21Minha panela!
43:22Minha panela preferida!
43:24O Balé Moderno de Brasília apresenta Juventude e Revolta.
43:37O Balé Moderno de Brasília apresenta Juventude e Revolta.
43:40Jovem Luiz, para essa palhaçada!
43:49Falta de assunto.
43:52Meus queridos irmãos,
43:54é com muita honra que venho abençoar esta casa.
44:00No versículo 14
44:03Vimos a passagem de Radamés
44:07Naquele momento o avisalão foi avisar a Valquimar, a Valquíria, a Valtemar e a Zinomar
44:14Que se sucedia o milagre do xixi
44:17E naquele momento ele saiu pelo meio do mar vermelho
44:21Passando as entrevas da solidão
44:23Quando foi tentado pela quarta vez
44:25Passando o mar vermelho
44:26Chegando dentro do mar
44:27Sobre as ovas
44:29Sobre as ojas e sobre os camarões
44:34Esta casa está abençoada
44:37Um vinhozinho para o padre
44:39Que coisa linda
44:42O cano curto se regenerou e se transformou em padre, minha gente
44:47Magda, esse não é cano curto
44:50Não?
44:51Não
44:51Se não é cano curto
44:54É ribamar?
44:59Elementar, meu Einstein de mini saia
45:02Ribamar, você viu o cano curto fugir?
45:04Menina maluquinha, vi sim
45:06Eu estava lá embaixo
45:08Quando o corno estava atrás de mim
45:10Achou eu parecido
45:12Começaram uma briga
45:13O cano curto foi atirar
45:14Não tinha bala
45:15Foi com a polícia
45:16Chegou e levou eles dois presos
45:18Foi
45:18Graças a Deus passou o pesadelo, né?
45:22O final só não ficou mais feliz
45:24Porque o colar ficou com o cano curto
45:27Neidinho, eu estava pensando aqui
45:29Vamos fazer um 3 em 1?
45:313 em 1?
45:31É
45:32Nós pecamos
45:33Eu confesso
45:34E você absorve
45:36É
45:36Ô ribamar
45:37Diz só uma coisa pra mim
45:39Por que você está vestido de padre?
45:42De padre
45:42Se o tirano
45:44O traidor
45:44O safado
45:45Já foi preso
45:46Sabe aquela mulher daquele corno
45:48Que eu estava creio nela?
45:50Sei
45:50Ela tem uma amiga
45:51Que é casada também
45:53E eu estou agora
45:54Dando em cima dela, certo?
45:56Então o homem está atrás de me matar
45:58E eu estou nessa aqui, você está entendendo?
46:00Vou ter gás na cabeça de outro
46:02É
46:02Ah, é?
46:03Então aproveita a batina
46:05E faz uma autoestremunção
46:07Que eu vou te matar
46:08Graças a Deus!
46:09Graças a Deus!
46:11Esta casa voltou ao estado normal
46:14Voltou ao estado normal, não é?
46:17Magda
46:17Já que acabou essa história de crime
46:19Vamos continuar no crime
46:21Vamos lá pra dentro
46:22Fazer um atentado ao pudor
46:23Não sei, amor
46:24Eu estou um pouco assustada
46:25Com a violência do cano curto
46:27Vou curar o teu trauma, meu bem
46:28Depois de um canguru perneta
46:30Bem realizado
46:31Tu nunca mais vai falar outra vez
46:34Em cano curto
46:35Vambora, Magda!
46:49Você está com o colá na mão?
47:17Como é que ele vai pegar o colar?
47:18É
47:19Ela está doida, ela pegou o colar
47:24Põe lá
47:24Não está aqui
47:28Não está aqui
47:30Aconteceu comigo agora, gente
47:32É um programãozinho
47:38Palma para os contra-regras, por favor
47:40É um colar roubado pelo cano duro
47:45Carmo!
47:47Carmo!
47:47Carmo!
47:47Carmo!
47:48Carmo!
47:48Carmo!
47:49Carmo!
47:49Carmo!
47:50Carmo!
47:51Carmo!
47:51Carmo!
47:52Carmo!
47:53Carmo!
47:54Carmo!
47:55Carmo!
47:56Carmo!
47:58Carmo!
47:59Carmo!
48:00Carmo!
48:01Carmo!
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48:13Carmo!

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