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  • 25/05/2025
MINHA HISTORIA DE FANTASMA 3

Categoria

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TV
Transcrição
00:00Estes eventos ocorreram com pessoas reais, alguns podem ser perturbadores.
00:13Nós ouvíamos o ruído dos gravetos que se partiam das folhas que ficavam voando, era
00:22como se ela se arrastasse.
00:26Três das oito da noite arrastavam os móveis, escutávamos uma bola que se movia pelo chão.
00:32É muito difícil saber que não se tem paz em sua própria casa.
00:37Os guardas, quando são mulheres, elas não querem ficar sozinhas no hotel.
00:40Por quê?
00:41Porque as coisas se mexem, a televisão liga sozinha, há manifestações diferentes com
00:46elas.
00:47Eu pensava, uma hora ele vai falar, ai meu Deus, por que isso está acontecendo comigo,
00:53porque eu não posso me mexer.
00:54A colcha ficou com uma forma estranha, eu começo a ver um pouco os detalhes, eu começo
01:02a ver o contorno, a silhueta de uma mulher.
01:08Minha história de fantasmas.
01:15Nós ouvíamos o ruído dos gravetos que se partiam das folhas que ficavam voando, era
01:20como se ela se arrastasse.
01:26Eu era atraído, na verdade eu não sei se eu me sentia atraído, mas eu comecei a ir
01:31na direção dela.
01:32Eu não podia me mexer, eu sentia medo, não podia me mover, não podia falar, não podia
01:37fazer nada.
01:38A minha sensação foi, eu pensei que ia sair alguma coisa do lago, que ia agarrar os meus
01:47pés e ia me puxar.
01:49A Chorona.
01:50A minha história de fantasmas começou em Montevideo, Uruguai, em novembro de 2010.
01:57Montevideo, Uruguai.
01:59Eu fui com os amigos numa noite, saí para me divertir e nós acabamos vendo o que ninguém
02:06gostaria de encontrar.
02:08Minha história de fantasmas aconteceu dentro de um parque que é muito famoso pela história
02:13da Chorona.
02:15Tudo começou quando eu estava trabalhando.
02:20Eu tenho uma colega que mora do lado do parque e ela me contou que, pela primeira vez em
02:27dez anos, ela tinha ouvido um choro do lado da sua casa e vinha direto do parque.
02:34Entramos, demos umas voltas lá, caminhamos pelas ruas lá dentro do parque, nós caminhamos
02:40por ruas escuras.
02:43Quando conseguimos entrar, o medo era enorme, porque só enxergávamos mais ou menos um
02:51metro de distância.
02:52Era isso que víamos, nada mais.
02:54Não havia luz em lugar nenhum, só víamos algumas luzes sobre a Avenida Itália, mas
03:01eram poucas luzes entre as árvores e começamos a andar.
03:06Fomos tirando fotos, depois relaxamos, já éramos cinco.
03:10Estava muito tranquilo até esse momento.
03:14Começou a complicar quando nós resolvemos dar a volta no lago.
03:19E aí começamos a tirar fotos do lago, não aparecia nada.
03:23Já havia passado meia hora, uns quarenta minutos.
03:26Fomos dando voltas até que nós começamos a andar ao redor do lago, um pouco mais perto
03:31do lago.
03:32Não dá pra ver nada no parque de noite, quer dizer, até tem o estádio Charua, que
03:37fica perto também, e é o único lugar onde dá pra ver a iluminação desse parque.
03:41É mais pelo estádio velho que qualquer outra coisa, então desse lado via-se alguma coisa,
03:46mas depois era tudo escuro.
03:49Tem muitos mendigos dormindo, muitos cachorros e muito mais perigo humano do que qualquer
03:54outra coisa, então a gente estava muito mais preocupado com isso.
03:57Nós tínhamos resolvido parar de tirar fotos, só dar mais uma volta no lago e ir embora.
04:02E quando estávamos terminando, nós íamos dar a volta no lago, ali, eu estava bem perto,
04:10a um metro dele.
04:13Sensações estranhas começaram nesse momento, porque eu que estava bem perto do lago, e
04:21as histórias da Chorona dizem que ela sai do lago e agarra as pessoas que passam por
04:27lá e tudo mais.
04:29Eu comecei a ficar com medo, era eu que estava mais perto do lago naquela hora.
04:33A minha sensação foi que eu pensava que ia sair alguma coisa do lago, da água que
04:42ia me agarrar os pés e ia me puxar.
04:44Foi muito complicado nesse momento.
04:47Quando estávamos avançando, na metade, nós ouvimos um ruído, do lado esquerdo, sobre
04:55as árvores.
04:56Pensávamos que fossem uns cachorros que andavam por lá, mas não, foi uma coisa que surpreendeu
05:04a todos.
05:05Quando estávamos beirando o parque, escutamos o ruído à esquerda, e depois disso nós
05:10vimos uma sombra branca que se deslocava bem no meio das árvores.
05:13Ela ficou numa árvore fixa, olhando para a gente.
05:18Era como o flash de uma câmera, numa velocidade incrível, nós ouvimos o ruído dos gravetos
05:25que se partiam, e as folhas que saíam voando, era como se ela se arrastasse.
05:31E numa velocidade enorme, que não dava tempo de identificar o que nós víamos, só víamos
05:38uma luz, um flash de árvore em árvore, entre cinco, quatro árvores, até que parou e ficou
05:45bem do nosso lado, nós nos viramos e a vimos bem de frente, era uma garota jovem.
05:51Daí naquele momento, estávamos Adrian, Juan Pablo, Bruno, que é meu irmão, o Ismael
05:58e eu.
05:59E daí naquele momento, meu irmão e o Ismael saíram correndo, foram os primeiros a reagir.
06:05Talvez nós também devêssemos ter feito isso.
06:07Eu acho que ela tinha entre uns 20 e 25 anos, tinha cabelo longo, molhado, e foi o que mais
06:16me chamou a atenção, porque era como se ela tivesse mesmo saído do lago.
06:19A cara era séria, pálida, com os olhos perdidos, mas sempre olhando muito pra gente, era como
06:27se ela olhasse além da gente, como se soubesse o que estávamos pensando e tudo mais.
06:32A primeira coisa que eu senti foi um medo enorme, eu nunca tinha sentido aquilo, eu estava
06:39vendo uma coisa que eu não deveria ver, aquilo era realmente um fantasma, nós ficamos paralisados
06:45de medo, e ela olhou pra gente, mexia a cabeça olhando pra gente, um por um.
06:51Quando Juan Pablo contou pra mim, quando nós conversamos, ele disse que ele se sentiu atraído,
06:57que sentiu a mesma coisa que eu, que era atraído, e eu, na verdade, eu não sei se eu me senti
07:04atraído, eu só comecei a ir na direção dela.
07:06Eu não podia me mexer, eu sentia medo, não podia me mover, não podia falar, não podia
07:10fazer nada.
07:11Mas depois eu me dei conta de que eu tinha uma câmera fotográfica na mão, aí eu tirei
07:15uma foto, e quando eu apontei pra ela e tirei a primeira foto, ela olhou pra gente de novo,
07:21com um olhar bem desafiador, aí ela se colocou de lado, como se fosse contra uma árvore.
07:29Nesse momento, ela inclinou a cabeça e olhou só pro Andrés.
07:37Quando ela começou a olhar pra ele, o Adrián e eu, nós meio que conseguimos sair de um
07:43transe, bem naquela hora, conseguimos nos mover de novo.
07:49Mas o Andrés não, o Andrés, ele caminhava até ela, era como se ela estivesse atraindo
07:53ele com um olhar.
07:59Me deu muita tristeza, eu comecei a sair, andei, tinha um muro na nossa frente, eu pulei,
08:03eu acho que andei um metro ou dois, e aí o Adrián agarrou o meu braço, e eles vieram
08:10comigo.
08:12Nessa, ela estava de perfil, e na foto dá pra ver claro, dá pra ver muito claro.
08:17Eu não sei como, mas eu tirei uma segunda foto.
08:20Na verdade é que eu não sei como, pelo medo que eu sentia, eu não sabia como eu tinha
08:25conseguido tirar a primeira foto.
08:27Eu não sei se foram uns segundos, uns minutos, o tempo nesse momento foi eterno.
08:36Quando eu terminei de tirar a segunda foto, o flash desapareceu, e ela desapareceu como
08:41se fosse fumaça.
08:42Nesse momento, o Adrián disse, vambora, vambora, e a gente começou a correr.
08:53Nós conseguimos correr só uns 200 metros, eu acho que foi isso, mas a sensação, eu
09:01não sei se era só a sensação ou se era ela que nos seguia entre as árvores, nós
09:05ouvíamos o ruído, era como se ela arrastasse tudo, e o frio que nós sentíamos na nossa
09:10nuca era algo incrível, era como se ela estivesse entre as árvores e atrás da gente ao mesmo
09:15tempo.
09:16Nós saímos pelo mesmo lugar por onde entramos, com medo enorme, olhando pra todos os lados,
09:23e nos encontramos com o meu irmão e o Ismael numa estação a duas quadras do lugar de onde
09:28nós estávamos.
09:29Quando nós nos encontramos com os rapazes, nós fomos até a minha casa, porque ela fica
09:33perto do parque, nós nos sentamos, nos olhamos, e aí perguntamos um pro outro se tínhamos
09:40visto a mesma coisa, todo mundo disse que sim, todos descreveram a mesma garota, e então
09:46nesse momento nós quisemos verificar as fotos, e as fotos mostraram o que nós vimos.
09:52Só pela foto ninguém acreditaria, porque na hora você não sabe se só você viu,
09:57se todo mundo viu, se todo mundo viu a mesma coisa que você viu, todo mundo ficou quieto,
10:01você não sabe porque, você não tem ideia de nada, e quando nós vimos as fotos, então
10:07percebemos que nós vimos a mesma coisa, nas fotos saiu o que nós vimos, e por um lado
10:12você fica contente, porque você pensa, bom, todo mundo vai acreditar, porque todo mundo
10:16viu a mesma coisa que você viu, a verdade é que é uma experiência que eu não desejo
10:20pra ninguém, nas fotos dá pra ver a figura do que pra mim é uma espécie de adolescente,
10:27uma mulher, de cabelo comprido, e você vê uma espécie de aura branca que rodeava tudo
10:33de baixo a cima até em cima da cabeça, e na foto dá pra ver, dá pra ver o rosto,
10:37dá pra ver o braço, dá pra ver tudo, na segunda já dá pra ver que ela tá de perfil,
10:46eu tirei a foto quando ela tava saindo, então essa, ela é igual a primeira só que é de
10:52perfil, e ela é mais perto, só uns 3 ou 4 metros, bom, o que eu acho a respeito da
11:00história da chorona, é que há muitas versões, mas pra mim, é o que eu digo, pra mim, quando
11:05os espíritos têm alguma coisa pendente, eles ficam dando voltas até poder resolver,
11:09um dia ela tava trabalhando, quando voltou pra casa, que também fica em frente ao parque,
11:16ela encontrou o marido morto, e os filhos desapareceram, disseram pra ela que os filhos
11:22dela foram levados por duas pessoas, como reféns, e foram lá pra dentro do parque,
11:29bom, então ela foi até o parque com a polícia, com os vizinhos, e eles procuraram dia e noite,
11:35mas nunca encontraram nada, as pessoas que viram aquela mulher depois do que aconteceu,
11:41diziam que ela tava meio estranha, que tinha ficado louca, até que um dia ela não suportou
11:45mais a pressão, e acabou se afogando, então pra mim a chorona vai ficar lá até o dia em
11:51que resolver o assunto dela, seja a história dos filhos, ou seja lá o que for, mas vai
11:56continuar dando voltas, até poder resolver. Minha história de fantasmas. Minha história de fantasmas.
12:05As portas se abriam e ninguém explicava porque. Senti quando alguém entrou no meu quarto,
12:15subiu na minha cama, e em cima de mim, fiquei nervosa, mas queria saber quem era.
12:20Depois das oito da noite, arrastavam móveis, escutávamos uma bola que se movia pelo chão.
12:27É muito difícil saber que não se tem paz em sua própria casa. Um vizinho mais distante.
12:36Minha história de fantasma começa exatamente em 24 de fevereiro de 2008. Bogotá, Colômbia. Nós
12:43de São Javier, Bogotá, éramos novos no bairro. Chegamos em casa e sentimos um ambiente estranho na
12:49hora, não sabia se era por sermos novos no bairro, ou sei lá, mas desde que chegamos sentimos como
12:56se alguém nos olhasse. Escolhi meu quarto e todos estávamos contentes, porque era uma casa nova, era
13:01muito bonito o apartamento, e morando lá, eu senti que me observavam em várias partes da casa.
13:09É muito difícil saber que não se tem paz em sua própria casa, e quando você chega em casa para descansar,
13:17se sente ameaçado. Minha história de fantasma começa em 24 de fevereiro de 2008, quando chegamos para morar
13:24em um apartamento. No segundo andar, ouvimos como se alguém jogasse uma bola, como se movessem os móveis.
13:32Numa noite, estávamos, havia uns 15 dias na casa, e escutamos no terceiro andar que arrastavam móveis, e
13:41então nós pensamos que tinham chegado os vizinhos novos. Pareciam estar mudando, mas sempre na mesma
13:47hora, depois das oito da noite, arrastavam os móveis, escutávamos uma bola que se movia pelo chão.
13:53Até que um dia o som foi tão forte, que decidimos falar com os vizinhos, não, já chega sempre na mesma hora,
14:01porque mexem tudo nessa hora. Então chegamos lá em cima, e a porta estava entreaberta, e quando abrimos,
14:07estava totalmente escuro, e não havia nada, não havia nem gente, nem móveis para serem arrastados, não havia
14:13absolutamente nada.
14:18O tempo foi passando, e chegaram os novos vizinhos para o apartamento dos fundos, e minha mãe fez amizade com eles,
14:25e eles perguntaram quem, quem era a pessoa que saia às três da manhã da casa, e eles viam um senhor com um sombreiro
14:31que sempre saia nessa hora. E minha mãe disse, como assim, eu vivo só com, com os meus filhos, e nós somos só quatro.
14:40Todo mundo dizia que saia um homem daqui, de sombreiro preto, que chegava na porta, descia as escadas, abria e saia.
14:49Numa noite eu cheguei do colégio, estava fazendo os deveres, e aí o som ligou. Eu pensei que fosse qualquer coisa
14:56no volume, não sei, eu apertei o controle, mas aí ele apagou. Voltava a ligar, a desligar, a ligar, a desligar,
15:03e assim sucessivamente. Então isso me deu um certo medo de que estivesse acontecendo alguma coisa naquela casa.
15:13A televisão começava a ligar, as portas se abriam, e ninguém explicava por quê.
15:20Teve um dia também que eu cheguei do colégio, eu estudava no colégio noturno, cheguei umas dez horas mais ou menos.
15:25Então eu vi um filme na sala, entrei no banheiro, me escovei os dentes, eu conseguia ver bem o espelho,
15:31o espelho refletia a porta do banheiro, a parte da saída. E entre a saída eu consegui ver o rosto de um senhor,
15:37ele tinha um sombreiro, e era um senhor mais velho, de mais ou menos uns 60 anos.
15:42Quando eu virei pra olhar pra trás, não tinha mais ninguém.
15:45Aí eu comecei a sentir medo de verdade. Medo por quê? Porque era a mesma pessoa,
15:50era a descrição exata que deram do suposto amante clandestino da minha mãe.
15:58Numa noite todos saíram, e eu quis ficar na casa pra ver se ele aparecia.
16:02E aí eu liguei a televisão, e ouvi fecharem com força a porta que ficava ao lado da sala.
16:10Nesse momento, nem foi tanto o medo, foi mais a raiva desse barulho, dessa incerteza de não saber o que era.
16:17Eu disse, eu sei que você tá aqui, se mostre. E nesse momento eu vi uns passos no corredor.
16:23A luz tava apagada na cozinha, e eu conseguia ver o reflexo como se estivesse depois da cozinha,
16:29no corredor entre a cozinha e a luz do espelho.
16:33Eu não sei se ele me disse mesmo falando, ou se foi mentalmente, mas eu não sei.
16:39Eu só ouvi ele dizer, eu preciso de ajuda, eu só posso ter ajuda quando encontrar minha esposa.
16:44E desapareceu.
16:45Eu fiquei totalmente imóvel, como assim? Esposa? Quem é esse senhor? O que tá acontecendo na casa?
16:54Depois de um tempo nós ficamos sabendo que na verdade era o antigo dono da casa.
16:59Uma senhora foi ao apartamento onde eu moro, e me disse, conheço essa casa há anos.
17:05Ela disse, faz mais de 20 anos que morei aqui.
17:09E eu disse, escuta, como é o antigo dono da casa?
17:12Ela disse, era alto, moreno, e sempre usava um chapéu grande.
17:17Então eu disse, sério? Então é o homem que continua aqui. Já viram ele sair daqui?
17:24Uma noite eu estava dormindo e bateram no meu quarto.
17:29Achei que era meu filho que estava me chamando. Fui na cozinha fazer o café.
17:34Ele se levantou e disse, mãe, o que está fazendo na cozinha? São só três da manhã.
17:38Eu levantei pra dizer, mãe, são três da manhã.
17:40Ela me olhou assustada, como assim?
17:43Eu vi que você levantou e entrou no banheiro.
17:46E eu disse, acabei de levantar porque escutei você na cozinha.
17:49Quando eu li o banheiro, a luz estava acesa.
17:52Abrimos a porta e não tinha ninguém lá.
17:55A porta do quarto da minha irmã também estava aberta e achamos que ela foi ao banheiro e deixou a luz acesa.
17:59Mas nós olhamos, o chuveiro não estava ligado, não tinha ninguém lá.
18:02Com certeza não tinha ninguém lá.
18:04Ele disse, não mãe, são três horas, vai se deitar.
18:07Então senti quando alguém entrou no meu quarto, subiu na minha cama e em cima de mim.
18:13Nesse momento eu fiquei muito nervosa, mas queria saber quem era.
18:19Uma curiosidade de saber o que estava acontecendo.
18:23Foi como se eu estivesse sonhando, mas estava acordada e sentia ele ali.
18:29Então depois que aquela entidade ficou bem em cima da minha mãe,
18:33nós tentamos colocar uma câmera para ver se a gente captava alguma coisa ou ouvia algum som.
18:40Pusemos a câmera e várias vezes tentamos gravar, mas não vimos nada.
18:45Eu estava desistindo daquilo, até que um dia nós vimos que a porta se abriu e alguma coisa passou bem rápido.
18:55Passou como uma sombra e quando chega exatamente na cama, no momento em que chega, ela faz isso.
19:01E acaba aí, não tem mais nada, acaba aí.
19:04A câmera só tinha 30 minutos de gravação.
19:07Dá para ver uma sombra negra, escura.
19:10Pode-se dizer que é escura porque estava totalmente escuro,
19:13mas era uma coisa mais escura que estava exatamente em cima da cama, na diagonal.
19:17Onde ela diz que estavam tocando ela, onde ela sente todas as sombras.
19:21Na hora, eu não senti medo, porque queria ver o que era.
19:27Eu estava com os olhos fechados, mas sabia que estava acordada e pensei, vou olhar para ver o que é.
19:35Então, esperei que chegasse na cama, subisse.
19:38Eu queria abrir os olhos, mas não conseguia ver o que estava em cima de mim.
19:44Com o passar do tempo, apareceu uma sombra,
19:48Com o passar do tempo, apareceram os senhores que viveram no apartamento.
19:53E eles contaram que a esposa tinha se suicidado exatamente onde nós morávamos.
19:58Depois disso, passou um tempo e ele também se suicidou.
20:02O amor que tinha por ela era tão grande que não podia viver com aquele peso.
20:06Estudamos esses fenômenos e chegamos a uma conclusão de que talvez,
20:09essa tal entidade estivesse esperando que a esposa também chegasse ao ponto de se encontrar com ele e irem embora.
20:18E para falar a verdade, apesar de tanto tempo que se passou, nós ainda podemos sentir essas relações.
20:26Será que esse senhor foi muito mal?
20:29Porque é o que sentimos aqui, sinto que ele me faz muito mal.
20:33Talvez seja porque enterrou alguma coisa ou porque a esposa se suicidou, deve ser por isso também.
20:41Ou será que eu pareço com a mulher dele para ele me seguir tanto assim?
20:47Não é fácil dizer as pessoas e eu vi um fantasma.
20:50Não é fácil dizer as pessoas na minha casa, possivelmente a presença de uma pessoa que está morta.
20:57Não senti tanto medo naquela hora porque eu sabia mais ou menos o que estava encarando.
21:01Mas senti como se, como se uma incerteza de por que está se manifestando?
21:08E justamente porque quando chegamos, por que com a gente?
21:12E por que com a minha mãe que foi a pessoa mais afetada nesse caso?
21:32Minha história de fantasmas
21:39Eu vi uma sombra que estava passando e me chamou a atenção e eu disse o que é isso?
21:45Eu ampliei a imagem e vi essa entidade, essa energia.
21:52Os guardas quando são mulheres não querem ficar sozinhas no hotel.
21:56Por que? Porque as coisas se mexem.
21:57A televisão liga sozinha.
21:59Há manifestações diferentes com elas.
22:05Qualquer pessoa que chega lá a primeira vez sente essa energia e fica com medo.
22:10Hotel assombrado
22:14Minha história de fantasmas começa em um hotel na cidade do México,
22:18onde eu trabalhei durante seis anos como chefe de segurança.
22:22Distrito Federal, México
22:24Eu me lembro que eu fui atrás de uma pessoa que subiu a escada da recepção.
22:29Essa pessoa entrou no banheiro e começou a demorar demais.
22:32Eu achei muito estranho.
22:34Era muito cedo, oito da manhã, oito e meia,
22:36que eu só fui me dar conta depois de vinte ou trinta minutos que tinha acontecido alguma coisa.
22:41Porque esse era o meu dever como chefe de segurança.
22:45Mas não havia ninguém no banheiro.
22:47Eu abri a porta e não havia absolutamente ninguém.
22:49A porta estava fechada, estava completamente fechada.
22:51E não tinha absolutamente ninguém lá dentro.
22:54Continuamos, obviamente, tendo mais evidências.
22:57Nós tínhamos uma tarefa de rotina que tínhamos que fazer todo dia,
23:00que era revisar as gravações
23:02e ver se as pessoas estavam fazendo bem os seus trabalhos,
23:06como estavam se saindo.
23:08E eu tinha que fazer isso todo dia de manhã.
23:11Eu chegava no meu horário, que era às nove da manhã,
23:14eu começava a revisar os pontos onde as pessoas trabalharam,
23:17durante a noite, nos turnos da noite.
23:19E quando eu fui ver a câmera da recepção no circuito interno de TV,
23:24porque eu tenho vários ângulos, são dezesseis câmeras e só um monitor muito pequeno.
23:29Então, de repente, eu vi uma sombra passando.
23:33E ela me chamou a atenção e eu disse, o que é isso?
23:37Então eu li a imagem e vi essa entidade,
23:40essa energia que passava por dentro da câmera.
23:43E parou exatamente em frente às recepcionistas,
23:47a dois metros e meio de distância,
23:50onde está o balcão e a recepção.
23:52Então ela para ali e fica observando.
23:59A silhueta que se pode ver ali no vídeo é a silhueta de um homem,
24:05um homem magro.
24:07Era isso que se via.
24:08Se via mais ou menos num espaço de dois minutos.
24:11E isso me assustou muito.
24:13E eu comecei a pensar, o que é isso?
24:15Eu não devo estar enxergando bem,
24:17mas se vê claramente que vai se movendo, vai caminhando.
24:20Então para e fica observando a área dos recepcionistas que estão conversando.
24:24Os dois estão parados, estão conversando.
24:27Então passa um tempo ali, eu não sei, um minuto ou dois.
24:30Então se retira novamente, volta a sair e desaparece.
24:34Simplesmente desaparece.
24:35A primeira coisa que eu pensei foi em consultar o engenheiro de sistemas.
24:39Então eu perguntei se isso pode ser algum defeito da câmera,
24:42mas ele disse que não, não era nenhum defeito da câmera.
24:45Isso não pode acontecer.
24:47Quando chegou o diretor-geral, nós contamos para ele o que aconteceu,
24:51que a câmera captou que havia captado uma sombra.
24:54E foi, claro, uma surpresa para todos,
24:57porque esse vídeo foi bem examinado e há evidências dessas sombras.
25:02Perguntamos aos recepcionistas se eles viram alguma coisa,
25:05e eles disseram que não perceberam nada.
25:07As pessoas sentem a presença dessa, dessa energia.
25:12Todo mundo que chega lá pela primeira vez sente essa energia e fica com medo.
25:17De dia a noite, a qualquer hora, as pessoas sentem essa energia.
25:21Há uma lenda sobre uma pessoa que se chamava Maria,
25:25e ela estava sentindo essa energia.
25:28Há uma lenda sobre uma pessoa que se chamava Guera,
25:32era uma moça, e existem duas versões aí.
25:35Uma era de uma garota francesa que ia se casar.
25:38A primeira história diz que o noivo,
25:41o noivo a deixou esperando no altar, não quis casar com ela.
25:46E enquanto ela esperava, ela ficou bebendo.
25:50Então depois disso, ela se livrou da dama de companhia e se suicidou no quarto.
25:57Na segunda, contam que uma moça, na sua noite de núpcias,
26:02encontrou o marido com outra mulher no quarto.
26:05Então ela sai correndo pelos corredores do terceiro andar.
26:08Ela tropeça, cai lá de cima e acaba morrendo.
26:12Me surpreende muito isso porque houve uma vez,
26:15depois de tudo isso que estava acontecendo,
26:17uma camareira foi possuída pela tal de Guera.
26:21Então tiveram que chamar um sacerdote e algumas outras pessoas.
26:24E foi uma vidente, uma menina de 14 anos,
26:28amiga de alguém da região, que não tinha nenhum conhecimento disso.
26:32A menina disse que essa moça não se matou,
26:35que ela saiu correndo, escorregou,
26:37e como não havia corrimão, ela caiu e acabou morrendo.
26:42Eu tenho um cunhado que fez a reforma desse prédio,
26:45e comentando com ele, eu perguntei se havia um corrimão,
26:49e ele disse que não sabia nada disso.
26:51Com certeza não havia um corrimão ali naquele andar.
26:54E essa garota não tinha como saber.
26:56Se eu não sabia, então imagina a garota.
26:58Então parece que realmente existiam muitas energias ali.
27:10Sobre a Guera, o que eu entendo é que ela tem ressentimento,
27:15e o que eu imagino, se é como as pessoas comentam,
27:18é que ela tem ressentimento com as mulheres,
27:20porque são elas que mais a veem.
27:22Quando elas estão sozinhas nos quartos,
27:24elas ficam as coisas mexendo.
27:26Quando os guardas são mulheres,
27:28elas não querem ficar sozinhas no hotel.
27:30Por quê? Porque as coisas ficam mexendo,
27:32a televisão liga sozinha.
27:34As manifestações são as mais diversas com elas.
27:41Um dia desses, no circuito interno de TV,
27:43eu capitei uma coisa que eu não tinha conhecimento do que era,
27:46depois que eu fiquei sabendo que aquilo eram manifestações.
27:49Eu estava revendo as imagens no meu escritório,
27:51e de repente eu vi uma imagem que parecia a de um incêndio,
27:55com bolinhas que caíam,
27:57e a nossa câmera é uma câmera infravermelha,
27:59e as bolinhas iam caindo,
28:01pareciam bolinhas de neve, caíam muito devagar,
28:03mas quando elas chegavam ao chão, começavam a voltar para cima
28:06e começavam a quicar.
28:08Na hora eu pensei que fosse um curto circuito no andar de cima.
28:12Então peguei meu material de segurança,
28:14fomos até o lugar com extintores,
28:16abrimos a sala, que é um depósito de toalhas de mesa,
28:19e não tinha ninguém lá.
28:22Então, a partir daí,
28:24foi que nós começamos a ver com mais frequência
28:26esse tipo de acontecimento.
28:28E...
28:30Bom, então me disseram que era um orbe,
28:32só que eu não tinha esse tipo de informação,
28:35e eu entendi que são manifestações de algum tipo,
28:37de alguma forma,
28:39de alguma forma,
28:41de alguma forma,
28:43de alguma forma,
28:45de alguma forma,
28:47de alguma forma,
28:49de alguma forma,
28:51de algum tipo de energia
28:53que acontecia no quarto de goeira,
28:55que é o quarto 315,
28:57que agora foi transformado no nosso depósito.
29:02À noite, quando eu trabalhava nessa área do hotel,
29:04nós víamos a sombra de crianças no lobby, sabe,
29:08como se estivessem brincando, fazendo várias coisas,
29:12apareciam mãozinhas nos vidros,
29:14muito pequenas, muito pequenas, sabe,
29:16eram muito especiais.
29:18À noite, como há menos luz,
29:19se vê mais as sombras do que de dia.
29:22E de dia se viu uma sombra do tamanho da minha mão,
29:25passando por todos os andares,
29:27uma sombra grande, às vezes sombras pequenas
29:29que andavam no lobby, desciam as escadas, subiam,
29:31andavam brincando por lá, e eu não sabia o que era.
29:34Até que a garota vidente disse que eram duas crianças,
29:36eu, tudo bem, são duas crianças
29:38que estão se manifestando,
29:40só que quando nós vemos, nós vemos o que é uma sombra,
29:42uma sombra que é bem mais comum.
29:44Nós já tivemos reclamações de clientes e hóspedes
29:46que já reclamaram que os quartos estavam ocupados
29:49do outro lado, que as pessoas falavam de madrugada,
29:51podem pedir para falar mais baixo, por favor?
29:53Eles ficam batendo na porta dos nossos quartos.
29:57Bom, nós nos acostumamos com isso,
29:59fomos acostumando pouco a pouco.
30:01Aconteceram coisas muito, muito estranhas comigo
30:03naquele lugar, e como evidência, nós temos,
30:06nós temos a câmera.
30:10E essas manifestações, como diz a garota,
30:12vão continuar lá, porque é o lugar delas.
30:15Somos nós que somos os intrusos,
30:17e elas nunca vão sair de lá.
30:19Vão ficar lá para sempre.
30:42De repente acabou toda a luz.
30:44Eu estava na frente da fonte de água e a luz acabou,
30:47e eu comecei a ouvir um ruído.
30:53Os meus rádios ficaram sem sinal.
30:56Eu fiquei olhando o menino, olhava, olhava,
30:59ele movia a cabeça, fechava os olhos,
31:01eu pensava, uma hora ele vai falar, ai meu Deus,
31:03por que isso está acontecendo comigo?
31:05Por que eu não posso me mexer?
31:09Minha história de fantasmas começa em 16 de novembro de 2007.
31:14Era uma casa colonial onde eu prestava serviço
31:17até às dez da noite.
31:22Lá se ouvem passos.
31:24Você vai dar uma olhada em quem está em cima,
31:29você ouve os passos que descem de alguém que vai descer,
31:33mas não tem ninguém.
31:35As coisas se movem, a luz apaga.
31:37Alguém diz, apagou a luz, acabou a luz.
31:40Você vai ver a luz em todos os lugares, menos ali.
31:43E não é só na casa, é no setor da universidade.
31:48Sempre acontecem coisas em toda a universidade.
31:52Nesse dia, cheguei no meu trabalho,
31:55troquei de roupa, puse o uniforme.
31:57Eu estava naquele trabalho, numa casa que já é imensa.
32:03Tem muitos quartos.
32:05Primeiro, é muito antiga.
32:08A universidade tem mais de 350 anos.
32:10Segundo, porque foi primeiro um monastério,
32:14depois foi uma prisão.
32:16E a história da universidade diz que matavam pessoas
32:20e elas eram enterradas ali mesmo, no pátio, os monges.
32:24Eu estava trabalhando no primeiro andar,
32:27onde há dois restaurantes.
32:29Ao chegar às seis, dou uma olhada em todos os lugares,
32:32vejo se as luzes estão acesas,
32:34se as janelas estão abertas, se não há bagunça.
32:37Em nenhuma das salas especiais dos convidados.
32:42Ao descer a escada, há um pátio.
32:44O pátio é fechado e tem uma fonte de água
32:48que não pode ser ligada de fora.
32:51As pessoas da cafeteria, que sempre têm que ligar,
32:53elas tinham ido embora e ela já estava desligada.
32:56Então, eu estava saindo quando, de repente, acabou toda a luz.
33:01Eu estava na frente da fonte de água, a luz acabou,
33:04e eu comecei a ouvir um ruído.
33:07Como se escapasse a água.
33:09Eu voltei a olhar a fonte e disse,
33:11ah, ligou, ai meu Deus.
33:13Não me deu medo na hora,
33:15eu só pensei que as senhoras viriam da limpeza de manhã
33:18e essa água...
33:20As pessoas da universidade são muito exigentes
33:22e vão encontrar aquilo sujo.
33:24Bom, eu procurei uma maneira de desligar.
33:26Eu tenho que desligar de algum jeito.
33:28Procurei e nada.
33:30Se teria um sifão ou alguma torneira.
33:32Procurei e nada.
33:34Bom, fiquei ali parada, esperando.
33:35E eu disse, bom, eu vou chamar alguém aqui.
33:37Quando eu falei em avisar,
33:39começou a sair água da fonte,
33:41começou a sair uma luz dourada e eu disse,
33:44que lindo, deve ser alguma coisa da fonte de água.
33:49Quando eu disse isso, saiu um menino.
33:51A imagem do rosto de um menino.
33:53Ele saiu, ficou me olhando, eu fiquei parada
33:56e disse, estou imaginando isso.
33:59Eu ia me mexer, mas estava imóvel.
34:01Eu fiquei quieta e meus rádios de comunicação ficaram sem sinal.
34:06Era um menino de pele branca, cabelo castanho,
34:10olhos castanhos grandes, mas era pálido.
34:14Seus lábios e suas orelhas eram rosadas.
34:17Meus rádios ficaram sem sinal.
34:20Eu fiquei olhando o menino, eu olhava, olhava,
34:23ele mexia a cabeça e fechava os olhos.
34:25E eu pensava, pronto, dentro de mim, eu dizia,
34:29uma hora ele vai falar, ai meu Deus,
34:31porque isso está acontecendo comigo,
34:33porque eu não posso me mexer.
34:35Quando o rádio voltou, eles me disseram,
34:40sexta de cinco, sexta de cinco, o que é sexta?
34:43É o posto onde presta o serviço e o cinco é o meu chefe.
34:46Ele estava me procurando, então eu escutava sexta de cinco
34:49e ele ao ouvir o rádio, mexeu a cabeça,
34:51abaixou os olhos e se enfiou.
34:53Começou a se enfiar de novo na água,
34:55a luz foi entrando, entrando, entrando, entrando,
34:57e sumiu, acenderam as luzes.
34:59Quando as luzes acenderam, meu chefe chegou,
35:01me olhou e disse, o que houve? Você está pálida.
35:02Eu disse, o menino, eu estava com o menino, que menino?
35:05E eu disse, o menino, o menino estava aqui, o menino.
35:08Então ele perguntou, o que houve?
35:10Eu já estava sem ar, então eu comecei a dizer,
35:13o menino, o menino, você não viu o menino?
35:15Ele disse, não, tem umas duas horas que eu estou te procurando,
35:17onde você estava?
35:19Então eu pude me mexer, senti que podia me mexer,
35:21me mexia, mas senti um tremor como se eu fosse cair.
35:25Então eu disse, estou me sentindo mal,
35:28saí assim da casa e sentei num patiozinho lá fora,
35:30onde corre um ar, e eu disse, eu me sinto mal e desmaiei.
35:35Então quando eu acordei, o meu chefe disse que eu estava doida
35:38e que eu tinha imaginado aquilo.
35:40Eu disse, não, não imaginei, vamos ver as câmeras.
35:43Se diz que eu imaginei, então me mostre, me mostre as câmeras.
35:47Se eu não estava lá, eu não vou aparecer.
35:49Então foi aí que vimos as câmeras.
35:54As câmeras de segurança ficam mais ou menos
35:56a uma distância de uns, mais ou menos, uns 8 metros de onde eu estava.
36:02Então o que fizemos foi voltar a gravação e ver a hora.
36:07A princípio, o meu chefe não acreditava em mim,
36:10que eu estivesse ali, ele dizia que eu tinha saído do meu posto,
36:15mas eu não tinha saído, eu estava lá.
36:17Fomos ver as câmeras e ele disse, mas está tudo escuro.
36:21E eu disse, vamos procurar, vamos procurar.
36:23E foi que passo a passo pela casa e ao ver o pátio estava eu lá, estava parada,
36:29mas estava escuro e tinha uma luz, uma luz dourada e cinza, totalmente cinza.
36:35E aí eu vi quando começou, quando a luz foi entrando, entrando
36:40e foi escurecendo, escurecendo, ficou escuro e as luzes se acenderam.
36:45Então eu estava lá, estava o tempo todo ali e a que horas foi,
36:49e como foram as coisas, então não foi só um sonho.
36:56E a minha reação, o que eu senti, o que eu vi, o vídeo estava mostrando, ou seja, era real.
37:06Foi algo que eu vivi e senti que era real.
37:09Essa casa foi doada porque um menino se afogou,
37:14essa casa foi doada porque um menino se afogou dentro dela,
37:20por isso a doaram para a universidade.
37:23Eram três meninas, já mocinhas, e ele era o único menino.
37:27O menino chegou na beirada para brincar, mas não se sabe como escorregou e bateu a cabeça.
37:33Ele ficou muito tempo ali e se afogou.
37:36Eles, no momento do desespero, doaram a casa para a universidade.
37:40Não quis voltar àquele lugar, não quis, eu andava sempre prevenida,
37:45sempre acompanhada de alguém enquanto eu trabalhei naquele lugar.
37:49Sempre andei acompanhada, prevenida.
37:53Aquele susto eu ainda sinto agora, eu fico agitada cada vez que eu lembro daquele momento.
38:00Volto a sentir isso.
38:02Minha história de fantasmas.
38:11Minha história de fantasmas.
38:19Quando eu cheguei nesse quarto, eu senti uma certa solidão, certa tristeza.
38:27E me chamou a atenção, porque eu olhei para a cama,
38:31e eu senti uma certa tristeza.
38:33E me chamou a atenção, porque eu olhei para a cama,
38:37e na cama eu vi a colcha com uma forma estranha, muito estranha mesmo.
38:43E eu comecei a ver um pouco os detalhes, eu comecei a ver o contorno e a silhueta de uma mulher.
38:48A mulher da foto.
38:52Minha história de fantasmas começou em fevereiro de 2008.
38:56Nós temos uma casa em Porto Suelo, que fica perto de Minas Gerais,
39:00nós temos uma casa em Porto Suelo, que fica perto de Ponta do Leste.
39:04E nós fomos para lá passar as férias em fevereiro com a minha família.
39:10E fazia alguns anos que eu não ia à região de Píria,
39:15ela é muito famosa pelo castelo de Píria, a capela abandonada.
39:19Sempre foi uma coisa que me atraiu muito,
39:22e sempre me chamou muita atenção toda aquela história bastante oculta por trás desse homem.
39:28E eu estava mais ansioso para ver esses lugares que eu não via há anos.
39:34Eu aproveitei para dar uma volta e eu fui primeiro na capela de Píria,
39:41que foi uma antiga igreja, uma antiga capela que está abandonada.
39:44Ela foi construída para as pessoas do local.
39:49Depois de tirar algumas fotos e depois também de visitar a capela,
39:53que estava bastante destruída, eu decidi ir ao castelo que eu não via há anos.
39:59E no meio da tarde, eu fui de carro, estacionei,
40:04e neste momento estavam chegando ao local duas excursões, e eu passei a fazer parte delas.
40:10As duas excursões iam entrando e tinha um guia que ia explicando a história do local, a história de Píria.
40:18E eu fiquei sabendo de muitos detalhes trágicos que eu realmente não conhecia.
40:23E daí nós começamos a percorrer todo o lugar.
40:28E eu, como jornalista, eu gosto de ir documentando tudo, então eu fui tirando algumas fotografias.
40:34E eu fui observando as coisas antigas, o entorno, toda a história, tudo o que aconteceu lá.
40:42E eu fui fotografando todo o andar de baixo.
40:45E quando eu chego no primeiro andar, eu ia com um grupo grande de gente,
40:52mas eu percebi que eu fui ficando um pouquinho para trás de todo mundo.
40:58E aí eu fui percorrendo o restante da casa.
41:02E eu cheguei a um dos dormitórios, e quando eu cheguei nesse dormitório, eu vi que tinha uma cama.
41:10E tinha também aqueles recipientes para se lavar as mãos, como antigamente.
41:15Tinha um armário, e tinha também uma corda dessas que não permite que você entre lá.
41:20E primeiro eu fui em um e tirei fotos, e quando eu cheguei nesse outro quarto,
41:25realmente eu senti uma coisa, sei lá, uma coisa um pouco estranha quando eu cheguei.
41:32Mas sem nenhum motivo, quando eu cheguei lá, eu senti uma certa solidão,
41:36uma certa tristeza.
41:39E me chamou a atenção, porque eu olhei para a cama, e na cama eu vi uma coxa com uma forma estranha.
41:49E daí eu comecei a tirar fotos, e eu tirei fotos da cama.
41:56E depois eu virei e tirei uma foto onde se vê a parte da cama e também o resto do quarto.
42:01E daí eu girei para dar uma volta, e eu me vi diante de um grande armário preto, escuro, com um espelho.
42:09E daí, instintivamente, eu tirei uma foto de mim mesmo, refletido naquele espelho.
42:15E quando eu me dei conta, eu terminei de tirar foto, eu vi que não tinha ninguém,
42:20e tinha pouco tempo, estava cheio de turistas que estavam acompanhando o guia.
42:24E talvez eu tenha passado mais tempo sem me dar conta.
42:28E quando eu voltei para o andar, eu vi que não tinha mais ninguém nele.
42:32Isso, sei lá, foi uma coisa que me impressionou bastante, porque eu senti como se eu estivesse
42:38num lugar, num momento, num determinado tempo.
42:41Uma coisa, uma coisa estranhíssima.
42:45E eu saí de lá com o guia.
42:47E eu saí de lá com essa sensação de ter vivido uma coisa muito estranha, mas eu não sabia o que era.
42:52Bom, eu encontrei a minha família, e daí a gente voltou para a nossa casa.
42:57E uma semana e meia depois, quando eu voltei a Montevidéu, e eu comecei a revisar as fotos e arquivar,
43:03então eu chego até as fotos do Castelo de Píria.
43:06As primeiras fotos são todas normais, mas quando eu chego na foto,
43:10eu vejo que não tem ninguém.
43:12As primeiras fotos do Castelo de Píria, as primeiras fotos são todas normais,
43:16mas quando eu chego na foto que eu tinha tirado diante da cama,
43:21eu vejo uma forma estranha, digamos, na coxa.
43:24E eu começo a ver um pouco os detalhes, e eu começo a ver o contorno e a silhueta de uma mulher,
43:30sobre a cama.
43:32E quando eu vi, eu pensei que fosse uma mancha da câmera,
43:37por causa da forma, porque era num tom mais claro,
43:39mas quando eu presto mais atenção, eu começo a ver o contorno e a silhueta de uma mulher,
43:45de cabelos pretos e longos, eu vejo a cintura, ela está meio recostada na cama.
43:55Imediatamente eu me lembro que eu tinha tirado fotos seguidas.
44:01Daí eu vou ver a foto seguinte, onde se vê parte da cama,
44:06e quando eu começo a olhar a segunda foto, eu também vejo a silhueta dessa pessoa refletida.
44:14E eu não conseguia acreditar naquilo.
44:17Eu continuei vendo as fotos, e eu lembro da foto que eu tirei em frente ao armário preto, aquele escuro.
44:24Eu olho a foto, e eu estou refletido, e atrás se vê parte da cama com reflexo novamente.
44:29Ou seja, seria uma coincidência absurda.
44:32Coincidência demais que justamente as três fotos que eu tirei tivessem a mesma imagem refletida.
44:38Inclusive é possível ver a mesma parte do rosto.
44:44E depois de algum tempo, falando com os guias e com as pessoas que estiveram lá,
44:49elas me contam que às vezes há movimentos que se esticam as colchas,
44:56ou se puxam, ou caem coisas, ou veem-se ruídos.
44:59As pessoas contam que sentem uma presença que passa atrás delas.
45:04Essa casa, nossa, ela está muito carregada de mistérios, de portas ocultas, de portas falsas.
45:11E eu confesso também que possivelmente quando a gente chegou naquele lugar,
45:16de alguma maneira a gente se sentiu, digamos, atraídos por esse ambiente.
45:20Às vezes dizem que Píria teve muitas amantes, e que uma das amantes desapareceu,
45:25mas olha, lamentavelmente eu não sei mais do que isso.
45:29Eu sempre tive aqui dentro de mim uma vontade de, sei lá, de averiguar quem pode ter sido essa mulher.
45:39Ou por que essa mulher apareceu naquele momento.
45:42E se repete em três fotos de três ângulos diferentes, inclusive refletida.
45:48Você vê o reflexo exato da foto principal.
45:51Ou seja, isso foi o que mais me chamou a atenção,
45:55porque não é um erro que pode ter ocorrido numa fotografia, mas estavam três fotos diferentes.
46:01É isso que acaba me dando a ideia, do ponto de vista racional, de que algo estranho aconteceu naquele lugar.