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  • 22/05/2025
O governo deve anunciar nesta quinta-feira (22) um congelamento de recursos no orçamento de 2025 para cumprir as regras fiscais. Na coletiva de imprensa do anúncio, está prevista a presença dos ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Simone Tebet, do Planejamento. A presença dos ministros aumenta a expectativa pelo anúncio de medidas adicionais para conter gastos e elevar a arrecadação. Na semana passada, Haddad afirmou que apresentaria ao presidente Lula medidas pontuais para cumprir a meta fiscal de 2025.

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Transcrição
00:00Vamos agora ao próximo tema.
00:02O governo deve anunciar hoje um congelamento de recursos.
00:08Ah, estava demorando.
00:10No orçamento de 2025, para tentar cumprir a meta fiscal.
00:15Na coletiva de imprensa do anúncio,
00:19está prevista a presença dos ministros,
00:22Fernando Haddad, da Fazenda,
00:25e Simone Tebet, do Planejamento.
00:27A presença dos ministros aumenta a expectativa
00:32pelo anúncio de medidas adicionais
00:34destinadas a conter gastos
00:37e, é claro, elevar a arrecadação.
00:41Na semana passada, Haddad afirmou que apresentaria
00:44ao presidente Lula medidas pontuais
00:47para cumprir a meta fiscal deste ano.
00:52Meu querido Paulo Loyola,
00:54você aqui que sempre nos ajuda
00:58enriquecendo esse debate com ideias,
01:01com contrapontos.
01:03O governo consegue atingir essa meta fiscal ou não?
01:06Você tem essa expectativa?
01:11Capês, o que a gente tem visto
01:12é o governo cumprindo a meta fiscal.
01:14Inclusive, já cumpriu no ano passado,
01:17como eu costumo lembrar aqui,
01:19mesmo pagando os precatórios
01:21que o Bolsonaro tinha andado calote
01:22no seu último ano de governo,
01:25o governo federal, no ano de 2024,
01:29cumpriu a meta de superávit,
01:32que é de 0,25% do PIB para cima ou para baixo,
01:36que dá mais ou menos R$ 31 bilhões,
01:39isso mesmo com as despesas extraordinárias
01:41causadas, por exemplo,
01:42pelas chuvas do Rio Grande do Sul.
01:43Vejo absolutamente todos os indícios
01:47para que essa meta
01:49seja mais uma vez cumprida.
01:52Governo que, na verdade,
01:54a gente tem visto resultados
01:55bastante acima das expectativas
01:58ou da torcida do mercado.
02:00O boletim Focus, por exemplo,
02:03que foi divulgado no final de março,
02:05apontava um crescimento
02:07de menos de 2% no ano de 2025.
02:11O que a gente viu na prévia do PIB
02:13foi um crescimento já recorde,
02:15inclusive, de 1,3%
02:18para o período do primeiro trimestre somente,
02:20ou seja, quase 70% da meta
02:23do que seria o crescimento do país
02:26já atingido no primeiro trimestre.
02:29Então, o que a gente tem visto,
02:30e eu tenho repetido isso aqui no programa
02:32algumas vezes, Capês,
02:34é uma economia superaquecida,
02:36tem, inclusive,
02:38a gente tem visto isso
02:40no próprio resultado fiscal,
02:42porque o governo também,
02:43em função da atividade aquecida,
02:45está arrecadando mais.
02:48Não vejo nada de novo nesse processo
02:50que não seja o compromisso contínuo
02:52desse governo com a questão
02:53monetária e fiscal.
02:57Doutora Priscila Silveira,
03:00o Brasil, nos últimos 12 meses,
03:03acumulou o déficit público nominal
03:06de cerca de R$ 950 bilhões.
03:12Déficit, déficit público nominal,
03:15que implica em todos os gastos,
03:17a diferença entre receita e despesa,
03:20mais o serviço com juros da dívida.
03:22Então, são R$ 935 bilhões de serviços da dívida
03:27e mais R$ 13.500 bilhões de déficit nominal.
03:30Como é que vão fechar essa conta
03:33se nós estamos avançando perigosamente
03:36para a faixa de R$ 1 trilhão de pagamento
03:39somente de juros da dívida,
03:42o que é quase 10% do PIB brasileiro?
03:45Ou o governo aperta o cinto
03:48ou vão ficar sem cinto.
03:52Capês, a gente vem falando disso
03:53desde a virada dessas questões
03:56ligadas ao orçamento.
03:58Aqui o Paulo disse que o governo
04:00está arrecadando mais e vê com bons olhos
04:03e a gente espera que se cumpra aí
04:05essas despesas e cerca a bolsa fiscal,
04:08mas em nenhum governo,
04:10até dentro da nossa própria casa,
04:13não tem como a gente ter algo
04:15que é superavitário
04:17se nós gastarmos mais do que arrecadamos.
04:20Então, não adianta, Capês,
04:23a gente vai ficar aqui discutindo
04:24anos e anos,
04:25durante a vigência do atual governo,
04:28em que sentido?
04:29Não adianta só arrecadar mais.
04:32Arrecadar mais é uma diretriz importante
04:34para colocar um balanço dentro do caixa,
04:39do financeiro dentro de um país.
04:41O que deve ser feito, Capês,
04:43que aí entra o problema,
04:45é arrecadar mais e gastar menos.
04:47E, infelizmente, o que a gente tem visto,
04:50é um descontrole com relação
04:52a não gastar mais do que se ganha,
04:55tendo em vista que cargos são feitos,
04:57aumentos de salários a gente tem percebido,
04:59e ao criar cargos e dar diretrizes
05:03para esse pagamento,
05:04há e traz um desequilíbrio
05:06para todas as finanças dentro do país.
05:08Então, nós vamos continuar aqui.
05:09É claro que eu quero ter um cenário positivo,
05:12como o meu querido amigo Paulo Loyola,
05:14no sentido de que o país está aí,
05:16lutando para poder trazer esse equilíbrio fiscal,
05:19mas não vai ter jeito.
05:20Claro, eu não sou economista,
05:21você deve estar falando,
05:22se ela sabe o que precisa ser feito,
05:24então, por que ela não vai lá?
05:25Porque eu não sou economista,
05:26e eu não estou lá para resolver.
05:28Quem tem que resolver é quem está dirigindo.
05:30O país, que sabe muito bem como deve ser feito,
05:33não faz.
05:34Pois é.
05:35Será que sabe?
05:36Então, deve saber.
05:38Saber sabe.
05:39Meu querido Diego Tavares,
05:42estava vendo um documentário
05:44de economistas americanos
05:47comentando sobre a dívida pública dos Estados Unidos.
05:50A dívida pública americana é 38,
05:5338 trilhões de dólares.
05:57É uma coisa, assim, absurda.
06:00E os Estados Unidos estão pagando de juros.
06:04Vamos parar esses 38 trilhões de dólares.
06:06Ele está pagando 1,2 trilhão de dólares por ano.
06:111,2 trilhão de dólares por ano.
06:12Está pagando de juros quase o PIB do Brasil.
06:15Então, esse 1,2 trilhão de dólares,
06:18se você fizer o cálculo em relação ao PIB americano,
06:21tem um PIB de 28, 29 trilhões,
06:241,2 trilhões dá mais ou menos 10% da 2,9,
06:285% da 1,4.
06:31Deve dar mais ou menos uns 4% de juros.
06:33Os Estados Unidos estão pagando 4% do PIB
06:36ele paga de juros por ano.
06:38E eu estava vendo um documentário dizendo assim,
06:39olha, a situação aqui não é catastrófica ainda.
06:42Ela só começa a ficar preocupante
06:44quando um país paga anualmente de juros
06:47mais de 6% do PIB.
06:49Quando você paga mais de 6% do PIB,
06:53fica preocupante.
06:54O Brasil está pagando 7,5% de juros do seu PIB.
07:00E isso, nós estamos entrando,
07:01é uma situação que já implicou
07:03no rebaixamento da nossa nota.
07:05Como é que você vê as perspectivas?
07:07Como é que o Fernando Haddad,
07:09que é o ministro da Fazenda,
07:10conseguirá convencer
07:12Congresso Nacional,
07:14ministros,
07:15e o próprio presidente da República,
07:17que é necessário parar com essa festa de favores.
07:21Senão, nós vamos incorrer no risco
07:24de perder a credibilidade econômica
07:26e entrar em defoca, o calote.
07:28Capês, eu acho que é muito boa vontade da sua parte
07:30acreditar que existe meio
07:31de que o ministro Fernando Haddad
07:32os convença dessa necessidade
07:34de enxugamento da máquina pública,
07:36de corte de gastos.
07:37É algo que eu prego aqui,
07:38acho que desde o meu primeiro giro,
07:39linha de frente.
07:39não está no DNA
07:41de governos progressistas,
07:43essa ideia de Estado mais enxuto,
07:45de um Estado mais eficiente,
07:47enfim, mais focado
07:48naquelas atividades essenciais.
07:50Ao contrário, nós temos um governo aí
07:51que tem, por crença,
07:53que o Estado é o indutor da economia,
07:55então ele deve ser inchado,
07:57deve estar ocupando todos os espaços,
07:59inclusive substituindo,
08:01em muitos pontos,
08:01a iniciativa privada.
08:03Agora, é óbvio que essa receita
08:05não está dando certo.
08:06Nós temos aí,
08:07como disse aqui o Paulo Loyola,
08:08de forma acertada,
08:09disse o dado certo,
08:10nós temos sim crescimento
08:11da arrecadação,
08:12mas você não tem um compasso,
08:14em compasso com esse crescimento,
08:16o aumento do investimento
08:17em relação ao PIB.
08:18O Brasil, com todo o aumento
08:19de arrecadação,
08:20que se deve, claro,
08:21às muitas taxações
08:22que passaram a ser operadas
08:24desde o início
08:25dessa atual gestão
08:25do governo federal,
08:26você não tem o aumento
08:27dessa relação de investimento público
08:29em relação ao PIB.
08:30O Brasil ainda investe
08:31menos de 1% do seu PIB.
08:33Com isso, nós temos, por exemplo,
08:35a indústria ocupando
08:36menos de 11% de participação
08:38no nosso PIB.
08:39Nós temos 40%
08:40das pessoas empregadas
08:42na informalidade.
08:43Então,
08:44até que ponto
08:45nós temos que analisar isso
08:47como, de fato,
08:47um aquecimento do mercado?
08:49Porque nós não estamos
08:49conseguindo controlar a inflação,
08:51o preço dos alimentos,
08:52e isso são pesquisas
08:53que já estão sendo validadas,
08:54já substitui a preocupação
08:55do brasileiro
08:56no lugar da segurança pública,
08:58por exemplo.
08:59Então, de fato,
09:00eu acho que o cenário
09:00é muito mais esse
09:01que você constrói aqui,
09:04de fato,
09:05o Brasil caminhando
09:06para um colapso econômico,
09:07do que uma caminhada
09:10até a normalidade.
09:11Enfim,
09:12eu brinco sempre,
09:13e eu e o Paulinho Loela
09:14aqui tivemos uma discussão
09:15histórica no Linha de Frente
09:16sobre isso.
09:17Está certo que você não
09:18mede a economia
09:18pelo preço do mercadinho,
09:20mas, inevitavelmente,
09:21o preço do mercadinho,
09:22o preço da bomba
09:23de combustível,
09:24é o que dá a percepção
09:25para um povo
09:26a respeito da economia.
09:27E nós temos outro histórico
09:28que, justo ou não,
09:29e eu deixo essa avaliação
09:30para a nossa audiência,
09:31a economia
09:32é o grande termômetro
09:34de um governo,
09:35é o grande termômetro
09:36da qualidade de governo
09:37de um partido,
09:38de uma pessoa,
09:39enfim,
09:40de um grupo político.
09:41O governo não vai bem
09:42na economia,
09:43isso é um fato,
09:44e nós precisamos acompanhar
09:45quais serão as medidas
09:47no sentido do que você traz aqui
09:49para que, de fato,
09:50o Haddad,
09:50que tem isso como uma premissa,
09:52sempre pregou isso
09:52e muitas vezes
09:53inclusive foi desmentido,
09:54como ele vai fazer
09:55para atingir
09:56a normalidade
09:59das contas públicas
09:59e talvez sonhar
10:01com a possibilidade
10:01do tão prometido déficit zero.
10:03Muito bem!

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