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  • 22/05/2025
Os professores de economia da FGV, Nelson Marconi e Márcio Holland, e o economista André Perfeito debateram no Visão Crítica as expectativas do governo federal para a economia brasileira nos próximos anos. Foram abordados temas como a atual queda da taxa de desemprego e a expectativa da redução da inflação e da taxa de juros a partir de 2026.

Assista ao programa completo: https://www.youtube.com/watch?v=42gTVLnYN9k

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00:00Nelson, pegando uma parte da nossa discussão e de um texto que você escreveu,
00:06eu li esse, acho que ontem, se não me engano,
00:08sobre a questão salarial no Brasil, a precarização do trabalho e tal.
00:12Porque quando você olha a taxa de desemprego, 7%, você fica...
00:16É falar, ó, tá legal, né?
00:17Tá indo bem e tal, frente às nossas condições históricas e tal.
00:21Não é pleno emprego, mas a taxa tá boa.
00:23Mas que salário é esse?
00:25Já perguntaram que país é esse.
00:27O Francelino Pereira, lá atrás, nos anos...
00:30Presidente da Arena, quer dizer, que a Arena era o maior partido do Ocidente.
00:33Depois o Legião Urbana tocou nisso.
00:37Que salário é esse?
00:38Então, ele é, no ponto de vista da média, né, tá certo?
00:42Ele é um salário médio no Brasil de 3 mil reais, mais ou menos,
00:45que são mais ou menos dois salários mínimos, né?
00:47Quer dizer, é ruim, logicamente, mas é uma média, né?
00:50Quando a gente fala média, a gente tá sempre colocando todo mundo no mesmo saco.
00:53E aí, quando a gente diz na análise do detalhado, do pormenor,
00:56a gente começa a ver aonde que o emprego cresceu mais,
01:00aonde que ele tá se expandindo.
01:02São nas ocupações que pagam um salário menor, comparativamente, né?
01:08E algumas também que pagam um salário muito bom,
01:11mas há grande parte que pagam salários mais baixos
01:14e que também têm condições de trabalho, eu diria, mais flexíveis,
01:20ou vamos dizer, têm um contrato de trabalho mais flexível,
01:22um pouco mais precário.
01:23Então, nessa análise, por exemplo, que você leu,
01:26eu tô dizendo lá, olha, tá certo?
01:27Tem muitos empregos que são criados aqui
01:29e que são ou por conta própria, ou com pouco tempo de trabalho.
01:35Então, você tá perdendo no Brasil aquele vínculo formal
01:38de emprego tradicional que a gente tinha
01:40e tá criando ocupações que são bicos,
01:43que são mais temporárias, tal.
01:45Isso, do ponto de vista da força de trabalho,
01:49do ponto de vista, vamos dizer, do bem-estar das pessoas,
01:51é muito ruim, né?
01:52Então, você tá dizendo que o desemprego tá baixo,
01:55mas muita gente continua reclamando.
01:56Como é que pode estar reclamando com desemprego baixo?
01:58É a questão da qualidade do emprego.
02:00E isso vai ter um impacto na Previdência.
02:02Sim.
02:03Porque as pessoas vão deixar de contribuir pra Previdência,
02:06porque vão pro se vira, né?
02:08Tá certo?
02:08Vão se virar, né?
02:09Vão pro Rapa, vão pra, enfim...
02:11Quer dizer, vão pra rua, vão pra fazer alguma atividade precária rápida,
02:14e aí não tem jeito, né?
02:17A própria Previdência vai sofrer com isso.
02:19O governo lá na frente vai ter que pagar algum benefício pra esse pessoal.
02:22Não vai.
02:23Não vai.
02:24Vai ou não vai?
02:25É o que o Marcos tá falando.
02:26Pode ser que não vá.
02:27Vai estrangular.
02:27Tá certo?
02:28E vai estrangular e você vai ter uma situação séria,
02:31até porque a gente tem uma mudança demográfica séria também.
02:33Permite adicionar uma informação interessante aqui
02:36pra...
02:36dessa análise do Nelson, o Mercado de Trabalho.
02:39Aliás, o Mercado de Trabalho, né, Nelson,
02:41exige parar pra pensar sobre ele.
02:42Ele tá bem bagunçado, esse negócio.
02:45E a gente tem ainda...
02:47A gente vê uma taxa de desemprego e comemora a taxa de desemprego.
02:50E vê a população insatisfeita.
02:51É isso.
02:52O que que tá acontecendo?
02:53A gente tem hoje 15 milhões de cadastros do MEI,
02:58Mica Empreendedor Individual.
03:01Isso.
03:01Isso é um sintoma...
03:02Não é bom.
03:03Isso não é empreendedorismo.
03:05Não é o brasileiro fazendo uma startup, uma fentec,
03:08que vai virar unicórnio, tá?
03:10Não é nada disso.
03:12A escolaridade desse pessoal é muito baixa,
03:14inclusive a grande maioria, a média, né?
03:17E há um negócio que é um desequilíbrio atuarial, digamos.
03:21Um desequilíbrio de contas, pra facilitar a conversa.
03:25Essas pessoas contribuem com 5% do salário mínimo
03:27pra ter direito a um salário mínimo de aposentadoria,
03:30aposentadoria por invalidez,
03:32auxílio-doença,
03:34auxílio-recusão, entre tantos outros, tá?
03:37Essa conta também não fecha.
03:39Essa conta não fecha, tá?
03:41E esse pessoal tá saindo do mercado de trabalho formal,
03:45com a contribuição formal adequada,
03:48com o rendimento do trabalho,
03:49com todo o pacote seletista, né?
03:52Vamos chamar assim?
03:54De férias, da STC, essas coisas todas.
03:56E indo pra esse meio também.
03:58Que é o MEI.
03:59Indo pra esse meio também.
04:00Que vira uma relação de empresa, né?
04:02É como se você tá um prestador de serviço.
04:04Isso tá dando uma disfuncionalidade bem grande no sistema
04:08e rebatendo na produtividade do trabalho, tá?
04:12Esse caminho de 15 milhões de e-mails
04:15não é o caminho de aumentar a produtividade do trabalho no Brasil.
04:18Essas pessoas não estão se qualificando adequadamente,
04:21não estão promovendo inovação,
04:23absolutamente nada nesse sentido.
04:24E estão gerando esse desequilíbrio atuarial.
04:27É isso.
04:28Passando por você, Andrés,
04:29Eu vejo, acompanho diariamente o noticiário
04:33e hoje é feio ser seletista.
04:37Tem uma relação formal do trabalho.
04:39Aquilo que foi uma conquista histórica,
04:41que vem desde a época do Estado Novo,
04:43da ditadura do Estado Novo,
04:44a lei do salário mínimo, a CLT, etc.
04:47Passou hoje a ser uma coisa,
04:49no discurso, nos influenciadores,
04:51que é uma coisa fantástica,
04:53que surgiu, é um...
04:54Gente que não sabe absolutamente nada
04:56e influencia milhões.
04:57Vem da ideia de que você tá empreendendo.
04:58Empreendendo.
04:58E todo mundo vai ser capitalista sem capital.
05:00É uma coisa incrível.
05:02Coisa fantástica.
05:03Então, a minha preocupação é justamente essa.
05:08Quer dizer, e aí vem esse culto do chamado empreendedorismo.
05:10Que fica se falando, repetindo.
05:13E como é que nós ficamos com isso?
05:15Quer dizer, daqui pra frente.
05:16Na medida em que você não tem mais a relação formal de trabalho,
05:20não tem aquelas contribuições.
05:22E você tá dizendo uma coisa que eu tava espiando a Argentina,
05:24que eu acompanho um pouco a política da Argentina,
05:27e o problema com os aposentados.
05:29Inclusive, uma questão base,
05:30não é nem o alimento, é o remédio.
05:32Quer dizer, antes do alimento,
05:34não tem os remédios necessários pra se manter.
05:38Como é que fica isso?
05:38Porque se você quebra uma relação formal de trabalho,
05:42aquilo é estimulado no discurso político,
05:44por políticos irresponsáveis,
05:47que dizem, não,
05:48isso aqui é nada de você pagar imposto, fazer isso.
05:51Bem, o presidente da Argentina agora
05:52falou que quem paga imposto é bobo.
05:54Ele acabou da delegação de lei.
05:56Foi fantástico.
05:57Foi fantástico.
05:58É, quem paga imposto,
06:00então, e que ele quer de volta aquele dinheiro
06:02que tá embaixo do colchão,
06:03os dólares e tal.
06:05E quem pagou certo os impostos,
06:06fez papel de trouxa porque financiou a corrupção.
06:08É sujeito de termos social.
06:10Bem, a Argentina tem coisas que só tem na Argentina.
06:12O presidente.
06:13É um negócio inacreditável.
06:15Quando eu via declarar,
06:15e economista, o que é pior,
06:17o pseudo-economista.
06:18Então, eu coloco a você, André,
06:20como é que fica essa questão?
06:21Porque vai chegar uma hora,
06:23o nosso crescimento era assim.
06:24Quando eu tava na escola,
06:25o Brasil crescia 3,2 por ano.
06:27Pô, era uma loucura.
06:28Hoje é 0,8, 0,7, mais ou menos.
06:31Aí a pirâmide tá ficando assim.
06:32O que vai acontecer?
06:34O que é provável que possa acontecer?
06:36Bem, só pra falar da Argentina,
06:37eu não resisto, né?
06:38Tem aquela piada de economista
06:39que tem quatro tipos de países do mundo, né?
06:41Sim.
06:42Desenvolvido, subdesenvolvido,
06:43Japão e Argentina.
06:45É um caso tão específico ali que...
06:47É isso.
06:48Agora é o seguinte, né?
06:49Eu acho que tem uma discussão aí
06:51que tem a ver com
06:52uma dimensão ideológica
06:56que é uma parte da dimensão política
06:59que tem a ver com essa ideia
07:00dessa solução
07:02ensimesmada ao individual.
07:04Isso daí tem um reflexo
07:06que vai dar no meio
07:07que é isso que o Márcio falou.
07:08Não é que vai criar
07:09uma fintech,
07:11vai virar um unicórnio,
07:12nada disso.
07:13Pelo contrário,
07:14quando eu pego o carro de aplicativo
07:15geralmente pra ir,
07:16eu fico danado da vida
07:17de saber que 20% daquilo
07:18vai pra fora do Brasil.
07:20Tá usando o trabalhador aqui,
07:21o carro do cara,
07:22o risco do cara,
07:23e 20% vai embora.
07:25E do nosso sistema,
07:27do SUS, né?
07:28Porque se tiver um acidente...
07:29Não, e vai embora em lucro.
07:31Sim.
07:31Lucro.
07:32Né?
07:32Assim, não tô falando
07:33que tem que ser contra a empresa,
07:34mas é muito estranha essa relação.
07:36Sim.
07:36É uma relação muito...
07:38Na minha opinião, equivocada.
07:40Mas esse tipo de discurso
07:42desse hiperindividualismo, né?
07:46Encontra, por exemplo,
07:47ressonância na ideia
07:48de que Bitcoin vai virar
07:49moeda global.
07:50é tudo a mesma coisa.
07:52Então, quando você fala
07:52dos influenciadores,
07:53eu falo isso porque
07:54fui economista-chefe,
07:57dono de corretora,
07:58e agora tô com algumas iniciativas
07:59justamente de ensinar
08:01finanças online.
08:02Gente, o Faroeste,
08:03maluco.
08:04O pessoal falando
08:05do jeito que fala,
08:06é assim,
08:07eu até,
08:08nos cursos,
08:09até o cara que me ajuda
08:10na administração,
08:12fala assim,
08:12tem que vender mais,
08:13vender mais.
08:14Eu falo, gente,
08:14mas beira um estelionato
08:16aquele negócio.
08:17E você criou,
08:20dentro desse culto,
08:21desse hiperindividualismo,
08:22gerou coisas muito sérias.
08:23A gente tava falando
08:24do mundo do trabalho
08:25e teve uma cena patética
08:27esses dias aí
08:28no Senado da República
08:29que era sobre uma influenciadora
08:31que tava falando
08:31de beta esportiva.
08:32Beta esportiva
08:33virou um problema sério
08:35no tecido econômico brasileiro.
08:36Sério.
08:37Por quê?
08:37Porque como as pessoas
08:38não acreditam no futuro
08:38porque a solidariedade
08:40tá exaurida,
08:41você não acredita
08:42que você pode subir
08:42de classe social.
08:43Você acha que vai ser
08:44um lance de sorte sempre.
08:45então gerou um tipo
08:47de doença da alma
08:48que é para além do Brasil,
08:49isso eu acho que é mais global,
08:51né?
08:51Que torna esse processo
08:52muito mais agudo.
08:53Agora falando dos idosos
08:54de novo,
08:55essa falta de conta,
08:57a gente pode achar horroroso
08:58o que eu falei,
08:58por exemplo,
08:59que vai ter um monte de idoso
09:00com receita na mão,
09:01pedido de esmola.
09:02Mas a gente fez isso
09:03com gerações e gerações
09:05de crianças no Brasil
09:06e ninguém deu a mínima.
09:08A verdade é essa.
09:10Fora alguns outros,
09:11né,
09:11que a gente foi construindo,
09:12o Estado mais ou menos
09:13de bem-estar social,
09:14ninguém me ligou.
09:16E aí que eu falo
09:16do meu curso,
09:17que é isso,
09:18assim,
09:18eu falei aquela conta
09:19dos 300 mil.
09:20Eu falo,
09:21gente,
09:21vocês têm que colocar
09:21dinheiro em título público
09:22porque vocês têm
09:23que se defender disso.
09:25A única coisa que eu falo
09:25a se defender
09:26é colar na dívida pública.
09:28Porque a coisa mais
09:29otimizada que tem é isso.
09:30Você pega o histórico
09:31do dólar,
09:32quem estava falando,
09:33bateu agora 5,60,
09:34se era 3 reais,
09:36vai 2,80 lá em 2003,
09:37o que é 22 anos
09:38de taxa de juros no Brasil?
09:40Sim.
09:40É o dobro do dólar.
09:41Aí o pessoal fala,
09:42tem que comprar dólar.
09:43Ah, de loucura isso.
09:44Do ponto de vista individual
09:45é racional tomar essa decisão.
09:47Do ponto de vista do país
09:48é um desastre.
09:49Então, mas aí volta
09:50a questão de projeto.
09:51E nesse sentido,
09:51eu vou falar um negócio
09:51bem duro
09:52que eu estava falando
09:52contigo antes, Vila.
09:54O país é bom ou ruim
09:55não pela qualidade moral
09:56ou material do seu povo,
09:58mas pela qualidade moral
09:59e material da sua elite.
10:01Eu sou um elitista
10:02nesse sentido,
10:03porque a elite do Brasil
10:04tem responsabilidade com isso.
10:06E a gente está
10:06de brincadeira até agora.
10:08Brincadeira,
10:08sem projeto,
10:09sem saber para onde quer ir.
10:09Vamos indo para o final
10:11e agora é o momento
10:12bola de cristal.
10:14É fácil eu perguntar
10:15para vocês
10:15que eu não vou.
10:17É o momento bola de cristal.
10:18E a bola de cristal
10:19em certo momento,
10:20vocês lembraram,
10:21vou começar pelo Nelson,
10:22passo por Márcio
10:23e termina com o André.
10:26Crescimento do PIB esse ano.
10:27Eu digo isso
10:28porque se a gente guarda,
10:29e antigamente guardava o jornal,
10:31agora não,
10:31se acessa no Google,
10:33é dezembro daquele ano
10:35e dezembro do ano posterior,
10:37quando você vê a previsão,
10:38sempre errada.
10:39Algumas vezes,
10:39crescimento zero,
10:40teve 3,2.
10:41Fala, caramba,
10:42que erro.
10:43Alguns falam em recessão,
10:45o país cresceu 2,5.
10:47Para você,
10:48o Brasil crescerá quanto?
10:50Olha,
10:51como você falou,
10:51é difícil acertar o número,
10:53mas eu entendo
10:55que vai crescer
10:56menos que o ano passado,
10:58porque o efeito
10:59dessa taxa de juros alta,
11:00ele é defasado,
11:02ele demora,
11:03vamos dizer,
11:03para surtir o efeito total,
11:05e isso vai aparecer
11:06sobre o nível de atividade.
11:08A hora que se tiver,
11:09não tiver mais o impacto do agro,
11:11que costuma ser a safra
11:12no começo do ano,
11:13está certo?
11:14A indústria,
11:15a gente continua patinando,
11:16que é o setor que deveria
11:18ser o carro-chefe da economia,
11:19que gera os melhores empregos,
11:21que gera a produtividade
11:22e tal,
11:22tudo mais.
11:23O setor de serviços,
11:24todo mundo vai sofrer
11:25com essa taxa de juros
11:25e endividamento
11:26que o André falou.
11:28Então,
11:28eu acho que,
11:29mas o governo vai,
11:30e não vai pisar no fiscal
11:31esse ano.
11:32Então,
11:33eu acho que a gente vai crescer
11:34menos que o ano passado,
11:35o ano passado cresceu
11:36algo como 3,5%,
11:37certo?
11:38Eu acho que a gente tem
11:38tendência a crescer 2,5%,
11:40algum número assim,
11:41mas eu não diria
11:42um número exato,
11:43quer dizer,
11:43a gente tem um intervalo
11:44de 0,5%,
11:44eu diria que vai crescer
11:46menos que o ano passado,
11:47porque você olha
11:48para a macroeconomia
11:49e fala,
11:49a não ser que o governo
11:50vai expandir muito
11:52o gasto público,
11:53com esse nível de taxa
11:54de juros,
11:55etc.,
11:55não tem como a gente
11:56crescer muito.
11:57eu diria algo
12:00em torno disso,
12:012,5%,
12:01e 26% menor
12:03que 25%,
12:04não é?
12:04Não,
12:04aí 26% eu já acho
12:07que o governo
12:07vai tentar pisar
12:09no fiscal.
12:09Se vocês se lembram
12:10do último ano
12:11do governo passado,
12:13aconteceu a mesma coisa
12:14no governo Bolsonaro,
12:15ele pisou no fiscal,
12:16não praticou uma taxa
12:17de juros tão alta,
12:18eu acho que o governo
12:19vai fazer a mesma coisa,
12:20ele está preparando
12:21o terreno
12:21para diminuir um pouco
12:23a taxa de juros
12:23no ano que vem,
12:25certo?
12:25tentar diminuir
12:26um pouco a inflação
12:27esse ano,
12:28abrindo espaço
12:29para no ano que vem
12:30praticar uma taxa
12:31de juros um pouco menor
12:32e aonde ele arrumar
12:34espaço,
12:34ele vai gastar.
12:35Pode ser que não faça
12:35gasto direto,
12:37mas faça o que a gente
12:37chama de parafiscal,
12:39não é?
12:39Está certo?
12:39Expanda empréstimo,
12:41expanda a linha disso,
12:43linha daquilo,
12:44tal, etc.,
12:44mas ele vai tentar
12:45estimular a imitiatividade.
12:46Eu acho que 26% ainda
12:48cresce mais que esse ano,
12:50tá?
12:50Agora,
12:51é o que você falou,
12:52a conta virá
12:53para ser paga
12:54para o próximo presidente.
12:56Márcio,
12:57a sua bola de cristal
12:58diz o quê?
13:00A minha bola de cristal,
13:01ela se baseia
13:02primeiro em dados,
13:03que é importante,
13:04o Brasil estava crescendo
13:05nos últimos anos
13:063, 3,5%,
13:07estava fora do seu lugar,
13:09tá?
13:09Essa maior pessoa
13:10esteve aqui e falou
13:11que o Brasil tem
13:11uma capacidade de crescimento
13:12sem gerar grandes equilíbrios
13:14de 2%.
13:14Nossos estudos em geral
13:17mostram isso,
13:18que o Brasil consegue
13:19crescer 2%,
13:202, 2,5%,
13:21com a produtividade
13:22que tem,
13:23com o gasto que tem,
13:24com essa confusão
13:25macroeconômica
13:26que a gente tem,
13:27tá?
13:28E o Brasil está convergindo
13:29para esses 2%,
13:30para esses 2%.
13:31E ainda assim
13:33vai convergir
13:34para esses 2,
13:352,5%
13:35esse ano,
13:36ano que vem,
13:37as custas
13:38de muito impulso fiscal,
13:40de um populismo fiscal
13:41lamentável,
13:42eu diria, tá?
13:44E, obviamente,
13:45o aperto
13:46de política monetária
13:47vai acabar impactando
13:49o custo do dinheiro,
13:50o custo de empréstimos,
13:51o financiamento,
13:52os juros,
13:53e aí, obviamente,
13:55o investimento,
13:56e aí,
13:56em 2027,
13:58haver, né?
13:59E, obviamente,
14:00os encargos financeiros
14:01da dívida pública,
14:02a dívida deve continuar
14:03subindo.
14:04Traduzindo,
14:04a gente vai fazer
14:05uma travessia
14:06para chegar em 2027
14:08e tentar consertar
14:09essa casa
14:09que, infelizmente,
14:11o balanço
14:11do governo Lula 3,
14:12não está bom.
14:13Está uma economia
14:14de aperto monetário
14:15muito grande,
14:16muito gasto fiscal.
14:18André.
14:20Olha,
14:20eu tenho o privilégio
14:21de falar depois dos dois,
14:22daí eu posso fazer
14:22uma média parada aqui, né?
14:24Mas eu vou falar,
14:25o crescimento esse ano,
14:26vou colocar um número
14:26que me faz sentido,
14:28é um e meio.
14:28Por quê?
14:29Eu estou preocupado
14:29com essa dinâmica
14:30do canal de transmissão
14:32vir devidamente
14:32das famílias e empresas.
14:33Eu vejo muito presa
14:34com a minha consultoria
14:35hoje em dia
14:36e está muito feio.
14:38Acho que os modelos
14:39talvez não estejam
14:41suficientemente
14:42bem calibrados
14:43por esse nível
14:44de excitação
14:45que tem dentro
14:45dos balanços
14:46desse elevado
14:47endividamento.
14:48Está muito feio,
14:49então acho que é mais baixo.
14:50Mas para o ano que vem
14:51deve ser mais próximo
14:52de dois e meio,
14:53talvez,
14:54por conta de um período
14:54eleitoral.
14:55eu não sei se eles estão
14:57fazendo também
14:57de forma tão bem pensada
14:59isso,
15:00mas é o que o Nelson
15:01coloca a verdade.
15:02Vai se colocar um jeito
15:03que os juros vão começar
15:04a cair o ano que vem,
15:05talvez alguma questão fiscal
15:06eles consigam avançar lá.
15:09Só que a ideia
15:10é ter que aumentar
15:10a produtividade do Brasil.
15:12Não sei se vai ser aumentado.
15:14E outra coisa
15:14que talvez vai jogar
15:15um pouco mais para baixo
15:16é então,
15:17esse que é o negócio.
15:18Como a gente vai aumentar
15:18a produtividade desse país?
15:19Não vai ser com os jovens
15:22aprendendo através de EAD
15:23como operar,
15:25através de IA.
15:27Esquece.
15:28Isso daí é uma utopia
15:29que beira o ridículo.
15:31Mas um e meio,
15:32dois e meio
15:33e aí para 27
15:34tem a questão
15:34que o Marlos coloca
15:35de forma muito concreta
15:36a respeito
15:37dessa discussão fiscal.
15:39Como eu acho,
15:40eu vou colocar
15:41a minha opinião aqui,
15:41que o Lula não ganha
15:43na minha opinião?
15:44Por que eu acho isso?
15:45Porque a eleição de prefeito
15:46deixou muito claro
15:47que teve uma mudança
15:48do étnico do trabalhador
15:49que mesmo com o desemprego baixo
15:51ele entende
15:51que essas redes de solidariedade
15:53que o PT
15:54mais ou menos representa
15:55não tem valor,
15:57eu acho que vai entrar
15:57alguém mais à direita.
15:58Aí eu não sei quem.
15:59Isso aí é realmente
16:00uma questão.
16:02Então talvez ajuste
16:02isso um pouco mais
16:03porque vai ter que ajustar
16:04porque crescer a 12%
16:06o gasto público não dá.
16:08Só que tem que discutir
16:08produtividade,
16:09senão vai ser aquele cenário
16:10horroroso que eu falei antes.
16:12Então um e meio
16:12esse ano.
16:13Sei lá.
16:15Bem,
16:16diz aqui o tempo,
16:18eu até brinquei ontem,
16:19que o tempo é o senhor
16:21da razão,
16:21já disse um presidente
16:22copiando um poeta francês
16:24numa camiseta.
16:26Nós melhoramos muito,
16:27teve épocas
16:28que no final de semana,
16:29sábado e domingo
16:29as pessoas ficavam
16:30na casa do presidente
16:32e então aguardando
16:33com que camiseta
16:34ele ia sair.
16:36Isso era o presidente
16:37Fernando Collor.
16:37Olha,
16:38nós passamos por cada uma.
16:40Então eu queria,
16:41pô,
16:41uma conversa,
16:42tenho certeza
16:43que vocês gostaram,
16:44excelente,
16:44com o professor
16:46Márcio Rolande,
16:47doutor em economia,
16:48professor da FGV,
16:49ex-secretário de política
16:50econômica do Ministério
16:51da Fazenda,
16:52com o André Perfeito,
16:53mestre em economia política,
16:55economista-chefe
16:56e sócio da APCE,
16:58e o Nelson Marconi,
16:59doutor em economia,
17:00professor da FGV
17:02e coordenador do
17:03Fórum de Economia da GV.
17:05Acho que foi muito legal
17:06e sempre no sentido
17:07do visão crítica,
17:08que é qualificar a reflexão.
17:10sair daquelas explicações
17:12são muito simples,
17:14que explicação simples
17:15não resolve os graves
17:17problemas complexos
17:18do Brasil
17:18ou não apresenta
17:19as boas soluções
17:21como elas podem ser
17:22reproduzidas
17:23em maior escala.

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