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  • 19/05/2025
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#SociedadeDigital
Transcrição
00:00Sociedade Digital. Sociedade Digital no Araponte aérea mais tecnológica do rádio, da TV e da
00:10internet. Você que está conosco hoje vai desvendar os mistérios do mundo das FuTechs. Vamos começar
00:19falando sobre um tema importantíssimo. O que é que está acontecendo neste mercado que faz com
00:27que você, com alguns poucos toques na tela do celular, tenha direto na sua casa, no seu escritório,
00:33onde quer que você esteja, as suas compras em restaurantes, em supermercados, farmácias e afins.
00:42A gente tem algumas referências nesse mercado e talvez a maior delas aqui no Brasil seja o
00:48iFood. E é justamente sobre um pouquinho do que eles vão tentar desvendar muito,
00:54eu guardo alguns segredos ali, as sete chaves. Vamos tentar entender para onde caminharemos no
01:00ponto de vista da inovação, de novos recursos e tecnologias que vão estar disponíveis para que
01:05você continue conseguindo fazer seus pedidos sem dor de cabeça para poder comer ou receber
01:11qualquer outro tipo de produto na sua casa. E aí quem vai me contar essas novidades aqui
01:17no Sociedade Digital é o Tiago Cardoso, que é diretor de dados e inteligência artificial no iFood.
01:23Tiago, muito obrigado pelo teu tempo, por estar aqui com a gente na Jovem Pan.
01:27Muito obrigado a vocês, é um prazer estar aqui hoje.
01:29Eu falei sobre o fato de o iFood ser referência e de fato é. Vocês acabam sendo alguns indutores
01:40de novidades que o mercado acaba abraçando, são estímulos para algumas startups que nascem,
01:47com a mesma motivação, com o mesmo princípio de vocês lá atrás, e movimentam o mercado numa
01:55direção que eu acho muito bacana, que é de conseguir dentro de um setor em que talvez as
02:01coisas já estejam muito bem resolvidas, porque vocês conseguiram facilitar e simplificar lá
02:06atrás as vidas das pessoas com um mecanismo muito simples, que empodera o consumidor em
02:12um processo que antes era cheio de atritos e ruídos, vocês conseguem trazer novidades,
02:19conseguem colocar novas tecnologias a serviço dessa solução simples, e fazem isso de maneira
02:28a mostrar que é sempre possível fazer mais e melhor. Eu acho que esse é um espírito muito bacana,
02:34os executivos do iFood, assim como você, em todas as falas manifestam isso de maneira muito positiva,
02:41eu acho isso muito bacana. E aí eu quero te ouvir sobre o seguinte, Tiago, vocês já fizeram muita
02:48coisa, já apresentaram novidades, algumas vocês engavetaram, imagino eu, porque elas não deram
02:54certo e faz parte do jogo, outras vocês incrementaram e elas já não são iguais ao que vocês mostraram
03:01na prancheta, o que mais falta fazer? O que vocês estão mirando para os próximos passos?
03:07Realmente, inovação é algo bem forte na cultura do iFood, a gente inclusive chama isso de jet-ski,
03:13você falou assim, algumas ideias não foram para frente e isso faz parte da nossa cultura.
03:17A gente tem um jet-ski, porque o iFood é um grande transatlântico, então a gente pega alguns projetos,
03:23algumas ideias que a gente quer pilotar de forma mais rápida, mais dinâmica, e a gente constrói esses jet-skis
03:29e experimenta com várias ideias diferentes, e tem vários vindo aí ainda. Então, quando a gente olha para o mercado
03:35do iFood Delivery, a gente vê que integrar com o salão do restaurante ainda é algo super relevante,
03:41não só ter o mundo digital, mas também levar essa experiência do iFood, que é tão conveniente também
03:48para dentro do salão do restaurante, e tem várias iniciativas aí, por exemplo, a gente tem uma máquina
03:54para o restaurante de pagamento, que a gente chama de maquinona, e o que ela faz é ajudar o restaurante
04:00a vender mais, a gente ajuda ele a levar mais clientes para o salão também, não só dentro do mundo digital.
04:07Além disso, obviamente, a gente tem explorado muito inteligência artificial, já é algo muito forte dentro do iFood,
04:13a gente começou uma jornada de dados IA em 2018, mas em 2022 veio a IA generativa, que dá uma...
04:21Bagunçou todo o coreto.
04:23Exato, dá uma bagunçada no cenário de IA e muda completamente o que é possível fazer.
04:29Então, a gente tem explorado bastante também novas experiências que agora a gente consegue construir
04:34por conta dessa tecnologia, desde novas formas de fazer um pedido, por exemplo, ao invés de ter que construir
04:40uma lista de compras, eu falo assim, olha, eu quero os ingredientes para um bolo de cenoura,
04:44e eu já tenho isso construído dentro do aplicativo para mim.
04:47E a gente tem, inclusive, construído a nossa própria LLM para poder trazer os dados que a gente tem de e-commerce,
04:55de comportamento de compra, para dentro dessa LLM e ter também as nossas IAs mais eficientes
05:00para resolver as nossas tarefas do dia a dia.
05:03Vislumbrando em algum momento, convertê-la em uma persona, quase um concierge nesse processo de compra ali,
05:12da própria experiência do usuário?
05:14Exato, a construção de agentes e concierges, ela faz parte disso.
05:19A gente tem uma experiência que a gente está liberando agora aos poucos para os nossos usuários,
05:24que é justamente uma forma diferente de encontrar comida dentro do iFood.
05:29Então imagina o seguinte, eu pego um aplicativo e falo, olha, eu tenho um jantar hoje para duas pessoas,
05:35um jantar romântico, o que você me sugere aqui perto da minha casa?
05:39E aí esse concierge vai te ajudar a tomar essas decisões.
05:42Mas não no nível de interação, por exemplo, a Alexa, que é quase uma entidade,
05:47uma iminência parda dentro das casas ali. Vocês vislumbram isso ou não?
05:51Fica por essa interação em que o app ainda está adiante de qualquer outra figura?
05:56Uma das grandes transformações que a Ia Generativa trouxe é justamente a mudança da expectativa das pessoas em relação à interface.
06:04Então acho que é natural que aconteça alguma transformação na forma como a gente utiliza sistemas de tecnologia no geral.
06:12É igual quando o Google surgiu, todo mundo teve que reaprender a buscar na internet.
06:17E o que a gente está vendo agora é a mesma coisa,
06:19as pessoas estão mudando as expectativas que elas têm em relação à interação com os sistemas digitais.
06:24Isso é muito bacana.
06:25Deixa eu dar andamento a essa nossa conversa aqui, mas antes eu quero trazer,
06:32ele não conseguiu estar conosco aqui, Thiago, ao vivo, as agendas não bateram desta vez,
06:38mas ele fez questão de deixar perguntas aqui para você, para ele participar dessa nossa conversa,
06:46que é o meu amigo André Miceli, de quem estou saudoso,
06:49porque faz tempo que não trocamos aqui ideia neste Sociedade Digital.
06:54Mas diga lá, André Miceli, o que é que você quer saber aqui do Thiago?
07:00Carlos Zários, bom estar aqui novamente, estava com saudades.
07:04Já já estou de volta ao estúdio da Jovem Pan.
07:08Enquanto isso, a gente vai por aqui.
07:12Quero perguntar para o Thiago o seguinte, o processo de inovação é permeado de tentativa e erro,
07:21de MVPs, enfim, uma série de técnicas e processos que estão intimamente ligados ao erro, às falhas.
07:32A inovação é, acima de tudo, uma estrada de curvas sinuosas cheia de falhas.
07:41Thiago, como dá para inovar, lidando com as falhas, com uma base de usuários tão grande quanto a do iFood?
07:50Quais são as estratégias? Existem técnicas diferentes e modelos diferentes de rollout,
07:56de avaliação, de aderência das funcionalidades que vocês imaginaram, das hipóteses que vocês têm?
08:04Conta como funciona um pouco, desde que a ideia surge até ela chegar implementada para todo mundo.
08:13É o jet ski no estaleiro e depois quando vocês soltam ele na água.
08:18Exato, tem um conceito que a gente fala muito dentro do iFood, que é o de ambidestria,
08:22que ao mesmo tempo que você tem que tocar a sua operação e o seu dia a dia muito bem,
08:27você tem que reservar espaço para olhar para as novidades, para o que tem aí, para as novas possibilidades.
08:33O jet ski é a nossa forma de fazer isso.
08:35A gente separa um time pequeno, começa a validar a ideia e conforme a gente vai vendo que essa ideia funciona,
08:40a gente aumenta o investimento e aumenta também o rollout e o tamanho do público
08:45que vai ver aquela nova ideia, aquele novo experimento.
08:48Dentro do aplicativo, dentro da página de perfil, a gente tem inclusive um lugar que é o laboratório de experimentos.
08:55E a gente coloca ali vários desses testes que a gente está fazendo para as pessoas que estão interessadas em testar.
09:01Óbvio, quando a gente faz uma comparação entre o iFood, por exemplo,
09:06e uma multinacional do setor de alimentos, talvez, ou eventualmente até uma cadeia de fast food.
09:15Na premissa e na origem como cultura, vocês estão setados para aquilo que naturalmente faz parte da vida e do dia a dia de uma startup.
09:26Talvez vocês tenham crescido muito e a companhia hoje seja gigantesca.
09:31Talvez no DNA, o core de vocês ainda seja muito fortemente a visão e a mentalidade de uma startup.
09:38Errar rapidamente para que eu consiga encontrar a partir disso o insumo para poder entregar o resultado,
09:44que é isso que você está colocando.
09:47Mas hoje, com a companhia do tamanho como ela está, quais foram os desafios para manter esse espírito
09:54e esses processos para garantir que a inovação tracione lá dentro,
09:58sem fazer com que esse se torne um gargalo?
10:02Porque essa é a dor das grandes empresas, das empresas tradicionais.
10:05Eles falam, não, precisamos inovar.
10:06A gente acompanha na Technology Review, através do Innovative Workplaces,
10:11a gente acompanha as jornadas das empresas.
10:14O próprio iFood já foi, inclusive ficou entre as 20 empresas mais bem qualificadas e ganhou lá a chancela e etc.
10:23Mas o que a gente percebe dentro da jornada de algumas empresas,
10:26sobretudo aquelas que ficam mais para trás, vislumbrando ganhar a chancela em algum momento,
10:33é que existe uma dicotomia entre a vontade de inovar
10:37e como incluir isso dentro dos processos de maneira orgânica na companhia.
10:42Quando vocês cresceram, as tais dores do crescimento, de alguma maneira,
10:48se colocaram em oposição a esse espírito de inovar?
10:52Então, eu acho que o grande segredo do iFood é a cultura dele.
10:56A cultura é muito forte.
10:58Um dos pilares da cultura do iFood é justamente inovação.
11:01E cultura lá dentro é inegociável.
11:04Então, as pessoas que estão dentro do iFood, elas compartilham dessa cultura,
11:08elas compartilham dessa visão e isso faz com que as coisas aconteçam no dia a dia de forma muito mais fácil.
11:14Mas não houve um momento em que você disse assim,
11:19Poxa, aqui a gente encontrou...
11:21Tem algum case que você diga assim,
11:23Poxa, aqui a gente encontrou dificuldade para manter esse modelo ou não?
11:27É algo muito natural.
11:28Não, eu acho que é muito natural.
11:30É algo tão presente no dia a dia que não acontece esse tipo de problema.
11:35Cara, isso é muito legal.
11:36O André deixou mais uma pergunta para você. Vamos ouvir?
11:40Tiago, uma outra questão que é claramente muito relevante para vocês é a logística.
11:46Logística é o ponto central de vários negócios
11:50e talvez esteja ali na interseção dos pilares fundamentais da operação de vocês.
11:57Como é o suporte tecnológico ao processo de logística do iFood
12:03e aonde ele está inserido no modelo de desenvolvimento de vocês?
12:08Logística é uma parte super importante do iFood, do que a gente faz, obviamente.
12:14E a gente tem muita inteligência artificial dentro do iFood como um todo
12:18e na logística também não é diferente.
12:20Hoje a gente conta com mais de 170 modelos proprietários de inteligência artificial
12:25que estão em toda a jornada do cliente.
12:28Desde personalização, prevenção a fraude,
12:31a forma como a gente faz as nossas comunicações com o cliente,
12:34até em logística.
12:35Então, pegando o exemplo de logística,
12:37quando chega um novo pedido, a gente tem que saber o momento certo
12:41de enviar o entregador para o restaurante
12:43para ele não ter que esperar lá muito tempo
12:45e você em casa também não ter que esperar pelo seu prato muito tempo.
12:48Então, qual é o momento ideal para a gente mandar alguém?
12:50Com o modelo de IA, a gente prevê e estima qual é o melhor momento
12:55para enviar esse entregador para poder fazer essa entrega no melhor momento possível.
12:59Então, o risco seria ele chegar cedo demais
13:02e vocês perderem entregadores em outras entregas
13:05ou ele chegar tarde demais e o prato ficar esfriando lá
13:10antes de chegar fresquinho para quem pediu.
13:12Basicamente é isso.
13:13Exatamente.
13:14Então, é uma forma de a gente enviar no momento certo
13:16para nem gastar o tempo do entregador
13:18nem deixar a pessoa esperando dentro de casa.
13:20É uma das formas que a gente usa IA para a logística.
13:23O próprio Ronaldo já falou sobre isso.
13:26É uma das formas que a gente usa IA para a logística.
13:28O próprio roteamento logístico ali também tem muita inteligência, né?
13:32Para poder saber como que eu faço a alocação dos pedidos
13:36para os entregadores, para os restaurantes, para as pessoas.
13:39Então, pegar esse sistema todo e equilibrar e fazer as entregas da forma correta
13:44é totalmente baseado em tecnologia, né?
13:46Não teria como ser feito de outra forma.
13:48Agora, é muito interessante quando a gente discute esse tema da logística
13:54porque ela é, sem dúvida nenhuma, o ponto nevrálgico da operação de vocês.
14:00É garantir a entrega no fim do dia.
14:02Entrega é 100% a logística.
14:04Só que no caso de vocês,
14:06isso está travestido desde a origem de um cuidado,
14:10de uma curadoria que visam a experiência do cliente, né?
14:16Eu dizia no início, logo que eu tive o primeiro contato com o iFood,
14:21que vocês eram a materialização do empoderamento do cliente.
14:27Porque se havia em algum momento, em priscas eras,
14:31quando as pessoas ainda pegavam o telefone para fazer uma ligação
14:34e pediram uma pizza em casa, isso aconteceu, isso existiu em algum momento.
14:38Você nem sempre foi lá no aplicativo para pedir o seu delivery.
14:42Você pegava o telefone, ia numa gavetinha infernal cheia de panfletos
14:47num canto da sua sala, ficava olhando todos aqueles panfletos intermináveis
14:52para saber qual você queria, escolhia, ligava no restaurante,
14:56fazia o seu pedido e qual não era a sua surpresa quando ele chegava errado.
15:00E aí aquela reclamação, ela ficava escondida numa ligação telefônica
15:06entre o cliente e o restaurante.
15:11Não havia intermediário, o único confidente dessa história era o telefone.
15:16E se o restaurante estivesse disposto a oferecer um bom atendimento
15:19e ser cuidadoso com o cliente, ele reverteria a situação,
15:23se não, muito que bem, escolha pedir em outro lugar.
15:26Era basicamente isso.
15:28Esse empoderamento que o iFood trouxe, a partir de um cem número de métricas,
15:32a possibilidade de avaliar com as estrelinhas o restaurante,
15:36os comentários e os feedbacks abertos sobre problemas,
15:40tudo isso empoderou o usuário.
15:42Ou seja, não é simplesmente o processo logístico,
15:45é o cuidado com a melhor experiência dentro deste processo,
15:50em que vocês vão buscar algo para alguém e entregar do ponto A ao ponto B.
15:56Esse aspecto da customização, da personalização, da melhor experiência,
16:03hoje ele se materializa de que maneiras para vocês?
16:07Porque hoje vocês têm, antes talvez não, no início,
16:10quando eu relato esse primeiro momento,
16:12mas hoje vocês têm dados sobrando
16:16sobre essa relação entre cliente e restaurante, cliente e entregador.
16:20Como é que isso se materializa em melhorar a experiência do consumidor?
16:25Eu vou até trazer outros aspectos,
16:28que é o seguinte, a gente tem três pontas no nosso ecossistema.
16:31A gente tem os entregadores, nossos parceiros e o nosso consumidor.
16:35E a gente tem um compromisso muito forte de fazer esse ecossistema evoluir
16:38como um todo de forma saudável e boa para todas as pontas.
16:43Então, quando a gente tem os dados para poder tomar essas decisões
16:47e tem os sistemas de A,
16:48a gente consegue fazer de forma eficiente para todas as pontas.
16:51Então, vou dar um exemplo.
16:52A gente tem o iFood Pago,
16:55que é o nosso braço de fintech dentro do iFood.
17:00E dentro do iFood Pago, a gente dá crédito para o restaurante.
17:03Por que a gente consegue dar crédito para o restaurante?
17:06A gente conhece a operação dele,
17:08sabe que ele está dentro do iFood,
17:10que é um restaurante legítimo, que funciona ali dentro.
17:12Então, a gente tem a possibilidade de entregar crédito
17:15para restaurantes que talvez não tivessem crédito em outros players,
17:19em outros bancos ou por outras vias.
17:21Então, essa é uma forma que a gente consegue trazer isso.
17:23Para o consumidor, a gente tem personalização.
17:27Então, quando ele entra no aplicativo,
17:28o aplicativo já se molda ali pensando nele,
17:31como dos pratos que ele gosta,
17:33as cozinhas que ele gosta e assim por diante.
17:36Então, quando a gente olha para esse ecossistema,
17:39o dado acaba trazendo benefício em todas as pontas.
17:43Vocês, evidentemente, têm um trabalho gigantesco do ponto de vista,
17:48não só de segurança,
17:49mas do ponto de vista do tratamento desses dados.
17:52Porque o grande desafio não é obter os dados,
17:55mas é lidar com a qualidade dessas informações.
17:58Vocês têm uma base gigantesca de usuários,
18:01uma base gigantesca de empresas que operam por meio da plataforma
18:07e uma base gigantesca de entregadores.
18:10Então, tudo isso gera, entre outros aspectos, muita informação.
18:14Qual é o desafio hoje para vocês para essa gestão de dados?
18:19Porque a gente evoluiu da ideia do Big Data e Analytics e etc.
18:24E a EIA, de novo, jogou essas caixinhas para o alto e misturou tudo.
18:29O que hoje é mais preponderante para vocês
18:33ao fazer a mineração desses dados e o tratamento correto?
18:36A jornada de dados do iFood começou cedo, começou em 2018.
18:41Então, a alta liderança do iFood fez uma viagem para a China,
18:45viu que lá, EIA, dados já eram uma realidade.
18:49Quando eles voltaram, eles falaram
18:51que a gente precisa rever aqui a forma como a gente opera,
18:54como a gente funciona.
18:55Então, em 2018, a gente estruturou a nossa parte de dados,
18:59o nosso Data Lake, a governança.
19:02Então, como esses dados podem ser processados,
19:04que tipo de dado pode estar nesse Data Lake,
19:06como que é a forma de acesso desses dados.
19:10E, a partir de então, esse processo foi amadurecendo.
19:13Então, a gente hoje tem um Lake que é bastante maduro
19:16e o processamento de dados totalmente conectado ao LGPD
19:20e à forma como esse dado pode ser tratado.
19:23E tem algumas medidas práticas.
19:25Vou dar um exemplo.
19:26A gente tem dentro do nosso sistema
19:31agentes que monitoram o tempo inteiro
19:33se tem algum tipo de dado transitando
19:35em algum serviço que não deveria.
19:37Isso gera um alerta.
19:38Então, a gente tem um sistema de dados bem maduro ali dentro.
19:41E aí, como é que isso se conecta à ideia do...
19:47se a gente pode chamar dessa maneira,
19:49o Open Delivery.
19:51Porque eu acho que esse é um caminho natural
19:54para vários segmentos, essa integração,
19:56os APIs e afins.
19:59Porque também isso melhora a experiência do usuário
20:02e isso, de alguma maneira, impacta o ecossistema,
20:06estimulando concorrência e um sem número de aspectos.
20:10Qual que é a visão de vocês sobre esses modelos?
20:15E como isso se conecta a outras iniciativas?
20:18Por exemplo, a questão de ter uma wallet,
20:21de você conseguir ampliar os nichos em que vocês operam.
20:27A gente já tem integrações e APIs que são abertas para o mercado,
20:31construir ferramentas para o restaurante.
20:34Tem vários outros sistemas que rodam em cima...
20:36Com base no...
20:37Com base nas APIs do iFood.
20:39Então, isso já é uma realidade para a gente tem algum tempo.
20:42E quando a gente olha para essa visão de ecossistema,
20:44eu acho que várias coisas que são habilitadas
20:47estão um pouco naquilo que eu falei.
20:49Por exemplo, no iFood Pago,
20:51que a gente tem a possibilidade de dar crédito.
20:54E tem outras aplicações também.
20:56Deixa eu pensar aqui em mais uma.
21:00A própria Macnona, que eu citei anteriormente.
21:02O que é interessante da Macnona?
21:04Quando a gente leva ela para dentro do restaurante
21:07e ele começa a usar o ferramental que a Macnona traz,
21:11a gente começa a levar os clientes do iFood,
21:13do mundo digital para o salão também.
21:15Então, a gente viu o restaurante que aumentou em 40% as vendas
21:18quando começou a usar esse sistema.
21:20Então, é o ecossistema do iFood ali,
21:22que tem a parte financeira, a parte do delivery.
21:26E aí não só de comida, mas de mercado, farmácia, pets
21:30e várias outras coisas que fazem esse ecossistema todo funcionar.
21:33Hoje, quando a gente pensa também
21:35sobre a ótica do processo de inovação e etc.,
21:39não dá mais para segregar as companhias
21:42como o iFood, por exemplo, em caixinhas
21:44e dizer que vocês são uma companhia que opera única, exclusivamente
21:48num segmento de foodtech.
21:50Já não é mais isso.
21:51Porque, de alguma maneira, vocês também são fintech.
21:54De alguma maneira, vocês estão operando em diversas frentes.
21:58Esse é um processo natural.
22:01É um caminho sem volta, portanto.
22:04Eles barram ainda em desafios regulatórios,
22:07questões de mercado,
22:09para que vocês consigam inovar nessas frentes?
22:12Algumas frentes, sim, tem as discussões regulatórias.
22:16São naturais por estar movendo uma nova pauta
22:20ou abrindo um novo caminho.
22:22Então, pode acontecer, mas a gente lida bem com isso.
22:27Faz parte do processo, faz parte da inovação,
22:29faz parte do desenvolvimento desses produtos.
22:32Me dá um exemplo de como essa burocracia regulatória impede.
22:37As entregas, a gente estava falando há pouco aqui,
22:39antes de começar a gravar,
22:40sobre as entregas com drones versus os robozinhos,
22:44os veículos autônomos.
22:47O drone implica em um sem número de questões
22:51que envolvem a ANAC, Força Aérea.
22:53Você tem ali um punhado de olhares sobre.
22:57É mais difícil alavancar um processo como esse
23:01do que, por exemplo, com o veículo que se move terrestre.
23:05Um tipo de inovação que está na fronteira
23:08acaba tendo esse desafio regulatório também,
23:11que é o caso do drone.
23:13Quando a gente fala da ADA,
23:14que é a entrega automatizada com o robozinho,
23:17a gente já consegue operar ele,
23:19e hoje a gente está operando a ADA em cinco lugares diferentes.
23:23A gente já tem cinco ADAs operando aí,
23:25espalhadas pelo Brasil.
23:27E aí, a gente precisa olhar para frente.
23:33Você trouxe alguns exemplos aqui de futuro e tal.
23:38O que hoje dita a regra desse mercado
23:41e o que para vocês hoje é um checkpoint importante?
23:44Pensando, por exemplo, e não pode ignorar,
23:47novos entrantes,
23:49outros players que já estão fazendo movimentos e anúncios.
23:52Vamos entrar no mercado brasileiro, aquela coisa toda.
23:55Uma mudança de perfil do consumidor.
23:57A gente tem novas experiências,
24:00uma nova dinâmica que chega e tal.
24:02Qual é a próxima fronteira?
24:04Bom, a gente tem olhado muito para a inteligência artificial, claro.
24:09Os últimos avanços que a gente teve com o IA,
24:13eles mudaram bastante o jogo,
24:15criaram novas possibilidades,
24:17novas possibilidades de produto,
24:18novas possibilidades de experiência.
24:20Então, é algo que a gente tem explorado bastante.
24:22A construção de agentes,
24:24como a gente faz um atendimento melhor e mais personalizado
24:28para todos os nossos parceiros, clientes, entregadores.
24:32Então, isso faz parte também do que a gente tem olhado bastante.
24:36E é um pouco do que eu falei,
24:38que as novas tecnologias estão mudando a forma
24:41como a gente interage com tecnologia,
24:44como a gente interage com sistemas.
24:46E isso vai ser um impacto, vai acontecer
24:50e a gente tem que entender como toda a tecnologia
24:53vai se posicionar nesse novo cenário.
24:56Eu me lembro que, há algum tempo atrás,
24:59eu conversava com o Diego Barreto.
25:04Aqui neste Sociedade Digital,
25:07não era neste estúdio, nós fazíamos no outro estúdio,
25:10mas eu e o André conversávamos com ele.
25:12Não sei se talvez estivéssemos ali
25:14no próximo período pandêmico ou qualquer coisa do gênero,
25:18mas eu me lembro que nós discutíamos o desafio de mão de obra
25:22e capacidades e habilidades específicas
25:26para a gente poder alavancar.
25:28De lá para cá, muita coisa mudou.
25:30Uma dessas coisas que mudou foi a chegada,
25:33você mesmo colocou, da IA generativa.
25:37Ela exige conhecimentos específicos,
25:40ela traz um nível de complexidade
25:44pela intersecção que ela promove
25:46entre tecnologias e segmentos e afins.
25:50Hoje, para vocês, dentro de casa,
25:54como é a busca por mão de obra?
25:57Ainda é um desafio?
25:59E digo isso porque talvez vocês não sejam um caso isolado.
26:03Os dados das associações que representam as empresas de tecnologia
26:08mostram de maneira assustadora
26:11a falta de profissionais qualificados.
26:13Sobram vagas e faltam profissionais
26:15ou hoje vocês estão no zero a zero?
26:18Eu diria que ainda é um desafio,
26:20mas não só pela questão técnica,
26:22mas como eu falei, o Diego deve ter falado também,
26:25que cultura é muito importante dentro do iFood,
26:28tem um peso muito grande e é inegociável.
26:30Então, é encontrar uma pessoa
26:32que não só seja muito boa tecnicamente,
26:34mas como ela também tenha essa cultura
26:37compatível com a cultura do iFood.
26:39Mas, de fato, a gente está vendo uma mudança grande
26:42do perfil que é demandado das pessoas.
26:45Agora, trabalhar com esses sistemas de ar
26:47não é mais uma opção.
26:49Ela é uma necessidade para todo mundo
26:51e não só as pessoas de tecnologia.
26:53Então, esse upskilling,
26:56buscar esse novo conhecimento
26:58vai ser algo necessário para todo mundo também.
27:00Agora, vocês fazem um processo de capacitação dentro de casa,
27:06quase uma universidade iFood
27:08com recorrência para esses profissionais.
27:12O que mudou de quando vocês iniciaram esses processos para cá?
27:19Na forma ou no que ensinar? Ou nada mudou?
27:23Não, eu acho que sim.
27:25A gente vai adaptando as novas tecnologias,
27:28as coisas que vão surgindo.
27:29Os temas mudam também.
27:31Então, por exemplo, quando a gente começou a nossa virada
27:33para ser uma empresa muito direcionada a dados,
27:37lá em 2018,
27:39todo o time do iFood foi treinado
27:41para escrever consulta SQL,
27:43para programar as consultas ali dentro do nosso Data Lake.
27:46Todo mundo, todo mundo mesmo.
27:48O time jurídico fazendo suas consultas
27:51para buscar a informação que ele precisava
27:53para poder fazer a gestão.
27:55Então, o iFood faz essas mudanças grandes
27:57junto com esse treinamento, junto também.
28:01Envolve todo mundo.
28:02Exato.
28:03Então, agora em 2020, final de 2022,
28:06começo de 2023,
28:07a gente fez a mesma coisa para a generativa.
28:09Então, todo mundo dentro do iFood tem que aprender a usar isso aqui.
28:12A gente tem a nossa ferramenta interna
28:14que roda dentro do nosso Slack,
28:16que é como se fosse o nosso chat GPT ali interno.
28:21E o iFood inteiro usa.
28:23O time interno que desenvolveu.
28:25Não, esse a gente desenvolveu em conjunto com a Prozus.
28:28Mas quando a gente olha para essa ferramenta,
28:32hoje mais de 95% do iFood usa.
28:34Então, a gente está falando de uma empresa de 8 mil pessoas
28:38e que quase a empresa inteira usa essa ferramenta de IA internamente.
28:43Então, esse é o poder da cultura e da mudança dentro do iFood.
28:48Bom, falamos sobre muita coisa.
28:51Dava para a gente seguir aqui pelo menos mais uma hora fácil de conversa.
28:57Mas o tempo é cruel conosco
28:59e eu preciso então agradecer o Tiago Cardoso,
29:03diretor de dados e inteligência artificial no iFood,
29:07por essa conversa.
29:08Uma aula para a gente entender um pouco por onde caminhamos.
29:14Está claro que não existe alternativa
29:18que não esse mergulho profundo
29:20nessa coisinha chamada inteligência artificial generativa.
29:24Ela é uma virada de chave.
29:26Ficou claro aqui em todas as respostas.
29:28De alguma maneira nós passamos por ela.
29:31E a expectativa de entender qual será a próxima novidade.
29:37A gente fica aguardando você vir contar aqui.
29:40Está bom?
29:41Entrem lá no laboratório de experimentos.
29:44Como que é?
29:45Deixa o endereço para a Turma, então.
29:47Dentro do perfil, no aplicativo,
29:49tem uma abinha lá que é o laboratório de experimentos.
29:51Você pode embarcar nas novidades como um beta tester.
29:54Exato.
29:55Muito bom.
29:56Então, se você é ansioso, isso é bom para os ansiosos.
29:58Isso é bom para os ansiosos.
29:59Você entra lá e já vai testando.
30:01E é bom que o teste ajuda eles a aprimorarem a ferramenta.
30:05Tiago, obrigado demais pelo teu tempo aqui.
30:08Foi um prazer receber você.
30:09Já está mais do que convidado para voltar.
30:11Muito obrigado.
30:12Foi um prazer participar.
30:14E eu quero me despedir de você.
30:16Dizer que na semana que vem tem mais Sociedade Digital.
30:19A gente vai se encontrar em algum momento
30:21aqui da programação da Jovem Pan.
30:23Na TV, no rádio ou nas nossas plataformas digitais.
30:27Esse é o meu convite para que você, junto comigo,
30:29desbrave esse mundo maravilhoso da tecnologia.
30:32A gente se encontra, então, na semana que vem.
30:34Um grande abraço.
30:35Tchau, tchau.
30:40Sociedade Digital.
30:42A opinião dos nossos comentaristas
30:45não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
30:53Realização Jovem Pan News.
30:57Legendas pela comunidade Amara.org

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