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  • 18/05/2025
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Transcrição
00:00dezenove. Jovem Pan Saúde,
00:06oferecimento ampla, muito mais
00:07que um plano, um compromisso
00:10com você. Isso é ampla.
00:15Jovem Pan Saúde Olá, seja muito
00:20bem-vindo a mais um JP Saúde.
00:22Você sabia que o câncer de
00:24tireoide é o tumor
00:25endocrinológico mais comum da
00:27região da cabeça e pescoço e
00:30mais as mulheres do que os
00:31homens? Pois é, esse é o tema
00:33do nosso programa de hoje. Vale
00:35destacar também que a presença
00:37de nódulos nem sempre é um
00:39indicativo da doença, porque a
00:40maioria desses nódulos é
00:42benigna. Sobre este assunto,
00:44pra gente entender um pouco
00:45melhor, recebemos o
00:46endocrinologista Renato Zilli,
00:48especialista em obesidade,
00:50diabetes e também tireoide. E
00:52conosco hoje também o
00:54radiologista, doutor Antônio
00:55Raal, pioneiro na técnica de
00:57ablação. É um procedimento que
00:59a gente vai fazer sem deixar
01:01cicatrizes na região do
01:03pescoço. Desde já, agradeço
01:05muito a participação de vocês e
01:06por aceitar o nosso convite.
01:08Queria começar com você, doutor
01:10Zilli, pra gente entender o que
01:12é de fato a tão chamada
01:14tireoide, que glândula é essa e
01:17até a gente tem exatamente uma
01:19arte, uma uma imagem pra
01:21mostrar onde que ela fica, né?
01:23No nosso, no nosso corpo. Olá,
01:26pessoal que nos escuta, que nos
01:27vê. Então, a tireoide é uma
01:29glândula importante, ela fica
01:31aqui na região, aqui no ombro,
01:32um pouquinho abaixo do pomo, na
01:34forma de uma borboleta que a
01:35gente fala, a gente tava
01:36conversando aqui antes, que é a
01:37borboleta que controla o nosso
01:38metabolismo. Então, ela funciona
01:40dando a velocidade pro corpo
01:42através dos hormônios T3 e T4,
01:44três porque são três moléculas
01:46de iodo, quatro porque são
01:47quatro moléculas de iodo. Agora,
01:49doutor Antônio, qual é a
01:50importância dessa glândula, né?
01:52Pro nosso organismo? Então, bom,
01:54primeiro, obrigado pela
01:55oportunidade de estar aqui e
01:56falar de tireoide, é sempre uma
01:57paixão pra gente, né? Então,
01:58de novo aqui na Jovem Pan,
01:59Soraya, Renato. Então, assim,
02:01é fundamental, é fundamental e
02:03isso é inclusive uma das coisas
02:04que nos move, eu tava
02:05conversando aqui com o Renato,
02:06a vira, a mídia, né? Eu sempre
02:08falo que eu sempre fui meio
02:09bicho do mato, eu fugia um
02:10pouco e comecei a ver, por
02:12timidez, né? Mas eu comecei a
02:14ver no consultório muitas
02:15dúvidas, né? E muitas pessoas
02:17somente aflitas. Então, a
02:18tireoide é a glândula que
02:19controla tudo o nosso corpo, a
02:22velocidade, o ciclo vigília-sono,
02:24o ganho de peso, a perda de
02:26peso, a turgescência da pele,
02:29os batimentos cardíacos,
02:30ansiedade, depressão. Estávamos
02:33comentando aqui quantos
02:34pacientes não tem um
02:36hipertireoidismo, que é a
02:37glândula que funciona mais do
02:38que, produz mais hormônios do
02:39que deve, e às vezes são
02:41tratadas como um paciente com
02:42pânico. Tem pacientes que tem
02:44só pânico, mas tem pacientes
02:45que tem o hipertireoidismo, tem
02:46muita ansiedade e, na verdade,
02:48tem um quadro hormonal. Não,
02:50sim. E o hipotireoidismo, que é
02:52a alteração mais frequente de
02:54todas elas, né? É muito
02:55frequente na população em geral,
02:56no Brasil e no mundo. Isso é
02:57importante que se diga, né? Pode
02:59estar associado, às vezes,
03:00confundido com um quadro de
03:01depressão, um quadro de
03:03apatia, né? E, às vezes,
03:05tratado como tal. Então, é uma
03:07glândula fundamental. Ou seja,
03:09esses sintomas que você citou,
03:11né? Uma lista de sintomas podem
03:13servir, de fato, de alerta pra
03:15pessoa ir procurar um
03:17especialista, pra tentar
03:18identificar se esse sintoma é
03:21só aquele pontual, como
03:22ansiedade, por exemplo,
03:24e descobrir que tá associado
03:27à tireoide. Sim, exatamente.
03:29Quer dizer, podem servir de
03:31alerta, quer dizer, ela tem uma
03:32ansiedade, ou tem isso, ou
03:33palpeia alguma massa no pescoço,
03:35pode ser um nódulo. Então, sem
03:36dúvida, podem ser alerta. Agora,
03:37muito importante falar, o Renato
03:39vai falar isso aqui também com
03:40maestria, que a grande maioria
03:42das alterações, sobretudo as
03:44alterações morfológicas, nódulos,
03:46o próprio câncer de tireoide,
03:48são assintomáticos. Então, se
03:50você não faz avaliação
03:52ultrassonográfica, se você não faz
03:54exames pertinentes de sangue pra
03:56avaliar a função tiroidiana, né,
03:58você sempre avalia nessas duas
03:59searas, as coisas podem progredir
04:01e você não ter o diagnóstico.
04:03Então, é muito importante que se
04:05coloque isso, a importância do
04:07conhecimento do diagnóstico.
04:08Doutor, pode até falar.
04:10Só pra complementar, é importante
04:12entender que então os sintomas
04:13do hipotireoidismo, que é mais
04:14comum, bem mais comum nas mulheres,
04:16cansaço, queda de cabelo, unhas
04:18fracas, podem ser confundidos com
04:19outras doenças. Então, tem
04:21muitas outras doenças, ou mesmo
04:22o próprio cansaço, quem não tem
04:23cansaço hoje em dia? Sim. É
04:24confundido com a tireoide. Então,
04:26é sempre bom procurar um
04:27especialista, alguém que entende
04:28realmente, porque, por exemplo, o
04:30Covid, ele pode dar alteração no
04:31valor da tireoide. Então, não é um
04:32exame isolado que vai diagnosticar,
04:34que vai dizer que a pessoa tem
04:35hipotireoidismo ou hipertireoidismo.
04:37E é muito importante, então,
04:38acompanhar e, como ele falou,
04:41menos de 3% dos novos são
04:42palpáveis por um médico. Então,
04:44o ultrassom é um exame que
04:45realmente revolucionou e as
04:47técnicas que o Antônio vai trazer
04:48no tratamento das doenças de
04:49tireoide. Antes da gente mostrar
04:52o exame, a gente está até aqui
04:53no nosso estúdio, esse equipamento
04:56para a gente até demonstrar como
04:58funciona na prática ali no
05:00consultório, vocês citaram dois
05:03nomes aí difíceis, o hiper e o
05:05hipotireoidismo. Essas são as
05:08doenças mais comuns, doutor Renato,
05:10da tireoide? Antes da gente falar
05:12do câncer, enfim, propriamente,
05:14dos nódulos. Boa. Então, são
05:15doenças da função. Então, tem uma
05:17alteração da função dos hormônios.
05:19Hipotireoidismo é quando a tireoide
05:20funciona de menos. Então, a pessoa
05:22tem a pele mais seca, um pouco de
05:24inchaço, né? A pessoa associa com
05:26ganho de peso, mas é um ganho de
05:27peso leve, cabelo seco, né? Uma
05:29lentificação mental, o intestino um
05:30pouco mais devagar. Esse é o hipo,
05:32que é a causa mais comum é o
05:33Hashimoto, que é uma doença
05:35autoimune que a glândula se
05:36destrói, que a gente vê facilmente no
05:38ultrassom. Até estava conversando com
05:39o Antônio antes, a gente consegue ver
05:40anos antes da doença se manifestar.
05:43Já tem uma alteração no ultrassom
05:44antes da alteração do exame de
05:45sangue. Então, a gente tem uma
05:47meta de manter a tireoide no estado
05:49normal e a reposição com o hormônio
05:50normal. Então, a doença mais comum
05:52hormonal é o hipotireoidismo. A
05:54segunda doença é o hipertireoísmo, é
05:55aumento de função. Então, na verdade, a
05:57pessoa tem aceleração, palpitação.
06:00Como a gente conversou, a pessoa pode
06:01ter uma crise de ansiedade e aí pode
06:03ser uma causa que a doença está, a
06:05glândula está toda doente, como o
06:06Graves, ou um nódulo que está
06:07produzindo muito hormônio, que pode ser
06:09um tratamento local. Essas são doenças
06:10de função, né? Então, a gente tem o
06:12hipotireoidismo e o
06:13hipertireoísmo. É importante entender
06:14que o ciclo da tireoide é um ciclo
06:15longo. Então, às vezes a gente pega uma
06:18alteração de hormônio e a gente não vai
06:19tratar inicialmente, né? Então, a gente
06:21vê muito, assim, você repete o exame de
06:23TSH. A dos subclínicos, né? Isso. Então,
06:26assim, uma alteração. Então, a gente,
06:27claro, os anticorpos ajudam, o ultrassom
06:29ajuda a gente a tratar, mas não é um
06:31exame isolado, alterado, que vai
06:33realmente definir se a pessoa tem
06:35necessidade de tratar a tireoide ou não.
06:37E para as pessoas que têm
06:38hipotireoidismo, que acho sempre
06:40importante falar, né? Então, hipotireoísmo é
06:42uma reposição do hormônio normal que a
06:43pessoa não está produzindo. Essa
06:45relação tem relação com o peso. Então,
06:47se a pessoa ganhar peso, se a pessoa perde
06:48peso, é importante que a pessoa tome o
06:50remédio em jejum com água, que isso é um
06:52erro comum das pessoas. Então, não absorve,
06:54precisa da acidez do estômago. E no dia
06:56do exame de sangue, a gente pede para a
06:57pessoa tomar o remédio depois da coleta.
06:59Então, esses cuidados são importantes a gente
07:01frisar, porque quem tem hipotireoísmo acaba
07:02esquecendo isso e a gente tem uma
07:04dificuldade de controlar a doença e a
07:05pessoa sofre com os sintomas. E quais
07:07são os exames que a pessoa precisa fazer
07:10para detectar se é o hiper ou o
07:12hipotireoidismo? Então, a gente tem um
07:14hormônio principal que é o TSH,
07:16hormônio tirostimulante, que é o hormônio
07:17que fica no cérebro, aqui no hipófise, que
07:19controla a tireoide. E a tireoide produz
07:21basicamente o T3 e o T4, T4 livre que a
07:24gente acaba dosando e tem os anticorpos.
07:26Então, a gente tem o antiperoxidase e a
07:28gente tira a globulina. E nos casos para
07:30avaliar o hipertireoidismo, tem também o
07:31TRAB e o TRASOM, é um exame importante
07:34hoje em dia. Então, a gente sabe que é
07:35importante, acima de 40 anos, quase metade
07:38das mulheres têm nós de tireoide. Então, é
07:40importante saber se eu tenho um risco
07:41familiar, se eu tenho hipotireoide na
07:43família, eu vou acompanhar. E se eu tiver
07:45sintomas, pode ser que eu realmente tenha
07:46uma doença de tireoide. E esse exame,
07:48doutor Antônio, aproveitando aqui que a
07:50gente está com um equipamento no
07:52estúdio, é muito simples? É um exame
07:55simples, uma coisa que é importante que se
07:57diga, né? Quer dizer, o ultrassom de
07:58tireoide, o pessoal pode falar, por que
08:00que o meu médico não solicitou, né?
08:02Porque é um exame que não está no
08:05roll de exames obrigatórios do
08:07Ministério da Saúde, como o ultrassom de
08:09mama, mamografia, né? O toque e tal, enfim,
08:12não está. Mas é um exame que deve ser
08:16feito sempre que há disponibilidade, tá?
08:18Então, o ultrassom é um exame que não tem
08:19risco nenhum, não tem radiação, é um
08:22exame que você pode repetir, ele é
08:24replicável, né? Então, você pode replicar
08:25quantas vezes for necessário, tá? Um
08:28exame rápido, de rápida realização.
08:30Agora tem uma peculiaridade, realmente, é
08:32um exame operador dependente e isso é
08:34muito importante. O Renato está aqui que
08:36solicita muitas ultrassonografias na sua
08:38rotina, para o diagnóstico, exame de
08:40sangue e ultrassonografia, basicamente,
08:41quadro clínico, né? Então, a gente vê
08:43muita variação entre os resultados.
08:46Diferentemente de uma tomografia, de uma
08:48ressonância magnética, que você tem a
08:49imagem lá na tomografia, a imagem foi
08:51feita e se o médico vai fazer o laudo, né?
08:54A imagem está lá, ele pode ver ou não que está
08:55lá na imagem. No ultrassom, não. Quem faz
08:57a imagem, quem busca, interpreta na hora,
09:00é o especialista que faz o exame, tá?
09:03Então, mas é um exame que vai me dar
09:04informações muito importantes, como, por
09:06exemplo, primeiro, tem tireóide ou não tem?
09:08Qual o tamanho dessa tireóide? É uma
09:10tireóide aumentada? É um bócio? O que é o
09:11bócio? Aumento no tireóide. Eu sempre falo
09:13que a gente tem bocinhos e bociões, né?
09:15Você tem nódulo. Exatamente. Então, a
09:17morfologia, a ecotextura, será que tem uma
09:20doença tireóideana em curso, já discreta
09:22ou não? Se nódulos ou não, inclusive,
09:24estimar através da classificação T-Rads,
09:27né? O Brasil foi um dos pioneiros na
09:29classificação T-Rads, né? Nós publicamos
09:31aí um dos artigos pioneiros.
09:33Ele dá uma estimativa de risco,
09:35quer dizer, a gente olha esse nódulo,
09:37esse nódulo tem um risco baixo de
09:39malignidade, vamos por um T-Rads 3,
09:41esse é um T-Rads 4, um risco intermediário,
09:43esse é um T-Rads 5, né? E mesmo dentro
09:45dessa classificação, pode ter uma variação
09:47interexaminador, por isso que é operador
09:48dependente. E esse nível de, né, que você
09:52que você pontuou, ele vai depender, ele
09:54vai dizer se a pessoa precisa de cirurgia,
09:56se precisa de medicação? Exatamente.
09:58Primeira coisa, na verdade, a
10:00classificação é quanto ao risco de
10:02malignidade daquele nódulo, porque conforme
10:04você contou aqui muito bem, né, os
10:06nódulos são muito frequentes, mas a
10:08esmagadora maioria desses nódulos,
10:10esmagadora, 90%, 93% são
10:12benignos, o que não quer dizer que
10:14não precisem ser tratados. Você pode
10:16ter nódulos benignos, todos... Ou acompanhados.
10:18É, ou acompanhados, né?
10:20Um benigno e um maligno, por
10:22exemplo. Por exemplo,
10:24a grande vantagem pra nós
10:26clínicos que o T-Rads ajudou
10:28a escolher que nódulo
10:30funcionar. Exato. Esse foi a
10:32grande vantagem, né? Estava falando sobre isso aqui
10:34antes. Então, assim, que nódulo funcionar?
10:36Antigamente, há 20 anos
10:38atrás, funcionava todo nódulo, todo ano. Então,
10:40a gente já sabe, se o nódulo está estável, não tem
10:42necessidade de funcionar todo ano. Isso já aprendeu.
10:44E o T-Rads, a gente sabe, assim, nódulos muito
10:46pequenos, a gente pode ter microcarcinomas,
10:48cânceres muito pequenos. Tem estudos
10:50longitudinales compridos, grandes, que mostram
10:52o seguinte, você operando ou não,
10:54a sobrevida é igual. Então, assim,
10:56precisa fazer um diagnóstico de uma doença que não
10:58tem mortalidade? Então, o T-Rads,
11:00né? Revolucionou
11:02o acompanhamento do nódulo-tireoide.
11:04É uma coisa que a gente usa muito na prática,
11:06né? E o Antônio está contando
11:08aqui que ele que trouxe, né? Ele que ajudou.
11:10O primeiro artigo T-Rads brasileiro foi
11:12publicado pelo nosso grupo, o Nobel T-Rads. A gente tem muito
11:14orgulho disso. Em 2016, junto com
11:16o T-Rads francês. A ideia não foi nossa,
11:18foi da Eleonora Horvá, da clínica Alemanha,
11:20a nossa amiga, ela que fez.
11:22Depois, o Colégio Americano de Arte e Arqueologia
11:24se interessou, viu que está bombando o tema
11:26no mundo. E hoje, o que nós utilizamos é
11:28realizado pelo American College of Radiology.
11:30Mas o primeiro do Brasil foi
11:32da nossa publicação. E isso mudou realmente,
11:34quer dizer, qual nódulo que eu posso acompanhar
11:36e qual que eu tenho que funcionar. É isso que o Renato falou.
11:38E tem muito esse receio, né?
11:40A pessoa quando vai ao médico e recebe
11:42o diagnóstico claro de um câncer, não é
11:44nada fácil. Mas quando o paciente vê
11:46ah, tem um nódulo aqui, já levanta
11:48um alerta, né? O paciente já fica com
11:50medo. Nossa, vai ser um câncer,
11:52vou ter que operar. Aí a operação
11:54da tireoide vai me deixar com uma cicatriz.
11:56Exato. Então, isso é muito
11:58importante. Aliás, o dia 25 de maio
12:00agora é o Dia Internacional da Tireoide.
12:02Então, essa conscientização é muito importante.
12:04Então, vou falar pra você que está nos vendo aqui,
12:06vendo a mim, Renato, Soraya. Você tem
12:08um nódulo de tireoide, você fez o exame, tem um nódulo.
12:10Calma, não vai ficar sem dormir, né Renato?
12:12Sim, com certeza. Então, assim, porque a grande chance,
12:14a maior chance é de que esse nódulo seja
12:16benigno, tá? Ah, tem um nódulo,
12:18vou precisar funcionar? Depende.
12:20Depende do tamanho, depende da classificação T-Rads.
12:22Então, é importante que você esteja sendo seguido por um
12:24bom médico, assim como o Renato, que esteja
12:26acompanhando e sabendo, ah, esse vai
12:28funcionar, esse não vai, tá?
12:30Então, a primeira coisa é não causar desespero.
12:32E mesmo se é um nódulo
12:34benigno, que não vai dar sintomas, pode ser acompanhado.
12:36Às vezes tem nódulos benignos que começaram
12:38a crescer e hoje a gente tem a terapia
12:40abrativa pra isso. Inclusive pra alguns
12:42cânceres. Quer dizer, aqueles cânceres,
12:44tem vários tipos de câncer também, né? Não sei se Renato tem que falar
12:46sobre isso. Tem vários tipos de câncer de tireoide.
12:48O mais frequente é o papilífero. Sim.
12:50O que eu ia falar só do T-Rads, voltando
12:52mais um pouquinho, hoje a gente até os próprios laboratórios
12:54já colocam no nódulo. Exatamente.
12:56Então, às vezes o paciente vem e tem um nódulo de tireoide.
12:58Então, ele vê que tem um T-Rads,
13:00T-Rads 2. Baixíssimo risco
13:02de malignidade, não tem nem o que operar.
13:04Então, isso facilitou muito a nossa vida e nos casos que tem que
13:06realmente seguir na investigação,
13:08a gente coloca uma agulhinha, uma punção por agulha
13:10fina e ela ajuda no diagnóstico.
13:12Aí a gente pode partir pra cirurgia convencional
13:14ou pra radioablação. A gente vai
13:16até mostrar daqui a pouquinho como funciona
13:18essa técnica de ablação,
13:20mas antes da gente até mostrar também
13:22o exame de ultração,
13:24por que, doutor Renato,
13:26que esse tipo de doença
13:28atinge mais as mulheres?
13:30Essa é uma pergunta boa, vamos conversar aqui antes.
13:32A gente sabe que o diagnóstico é mais comum das mulheres em 3
13:34a 6 vezes.
13:36Estava vendo as estatísticas do Inca, que a gente tem mais ou menos
13:3814 mil diagnósticos novos no Brasil por ano.
13:40Só que quando a gente pega estudo de autópsia,
13:42pessoas que já faleceram, o risco
13:44é igual. Então, o que acontece?
13:46A mulher tem um acesso maior ao sistema
13:48de saúde, ela acompanha melhor.
13:50Então ela tem um diagnóstico precoce, principalmente
13:52dos micronódulos.
13:54Por isso é até a importância de acompanhar
13:56sempre. Saiu um nódulo no primeiro
13:58exame, eu tenho que voltar a cada
14:00quantos meses pra repetir esses
14:02exames, pra acompanhar, ver se esse nódulo
14:04cresceu ou não. Aí que entra o T-Rads.
14:06O T-Rads ajuda a gente a saber o
14:08tamanho. Ah, eu vou acompanhar daqui a 6 meses, daqui a
14:10um ano é um nódulo benigno. Ou pode ser um
14:12cisto também, que é um pouco de água
14:14encapsulada, que as pessoas confundem muito com o nódulo
14:16e ficam preocupadas, né? Então o T-Rads vai notear
14:18isso, que abordagem que a gente vai ter.
14:20Tá. Vamos
14:22fazer a demonstração no trajetório? Vamos, vamos
14:24fazer em quem? Você? Pode ser.
14:26Então, este aqui é um
14:28equipamento de ultrassonografia. Esse aqui,
14:30por exemplo, é um portátil, né? E que
14:32eu uso no meu
14:34consultório, uso
14:36também anuais, tem um muito semelhante,
14:38né? Então,
14:40o ultrassom precisa desse gel.
14:42Não sei se vocês conseguem
14:44mostrar aqui o gel. E o
14:46ideal é que se faça deitado. Logicamente, a gente vai fazer aqui
14:48em campo, né? Só uma demonstração.
14:50Isso. Então, se a Soraya quiser deixar o pescocinho dela
14:52assim, ó, esse é o pescoço que a gente adora fazer exame, viu,
14:54Renata? Que é o pescoço
14:56longo, o paciente magrinho.
14:58Então, a gente consegue ver tudo. Olha
15:00lá, né? Então, se vocês conseguirem ver aqui,
15:02ó, por isso que nós chamamos de
15:04borboleta do equilíbrio, ó. Olha lá, se vocês
15:06forem ver, parece uma borboletinha. Olha lá,
15:08o lobo, a asa
15:10direita da
15:12borboleta da Soraya, a asa esquerda,
15:14o corpinho da borboleta,
15:16isso aqui, essa parte aqui é a
15:18traqueia, né? Então, a tiroide, ela
15:20repousa sobre a traqueia, né?
15:22Isso aqui é o isófogo, essa estrutura
15:24tubular aqui trilaminar é o isófogo.
15:26Ai, doutor, eu tenho,
15:28eu engulo, eu tenho um nódulo grande e às vezes
15:30quando eu engulo eu percebo que tem
15:32alguma coisa que me atrapalha. Sim, porque se for um nódulo
15:34que estiver ali anterior ao isófogo,
15:36às vezes vai comer uma coisa mais pedaçuda,
15:38né? Digamos assim, pedaço de carne ali, você vai perceber.
15:40E, muito importante,
15:42por isso que a importância dos tratamentos minimamente
15:44invasivos, né? A tiroide, ela repousa
15:46aqui sobre as carótidas,
15:48as artérias que levam o sangue
15:50para o cérebro, para a cabeça, né?
15:52E também é muito próximo das veias
15:54jugulares, né? Não é que ela está mais
15:56apertadinha, mais fininha, mas aqui a gente tem a jugular que
15:58traz o sangue. Então, são muitas
16:00estruturas nobres, além dos nervos
16:02da voz, que a gente chama que são os nervos laryngeo
16:04recorrentes, que ficam bem aqui nessa
16:06região, entre a...
16:08Tira a cadeia aqui para subir um pouquinho.
16:10Entre a tireoide e a traqueia.
16:12Aqui fica o nervo laryngeo recorrente de um lado e do outro.
16:14E que são os nervos que dão a
16:16contratilidade das cordas vocais.
16:18Por isso que o grande
16:20temor na cirurgia, por exemplo,
16:22é que... Hoje a gente tem monitor de nervo,
16:24excelentes cirurgiões, exímios, né? A Brasil tem uma escola excelente
16:26disso. Mas é que quando se tirar essa
16:28glândula, a gente possa, às vezes,
16:30lesionar o nervo, mesmo que o monitor de nervo
16:32tenha um risco pequeno.
16:34E tem, além disso,
16:36tem um grupo de glândulas aqui atrás, que se chamam
16:38paratireóides. Que não tem nada a ver,
16:40se diga, com a função da tireoide.
16:42Elas se chamam paratireóides pela proximidade.
16:44E elas controlam o metabolismo do cálcio.
16:46E, às vezes, também, quando se retira a glândula, tem um risco
16:48de 1% a 2% de, às vezes, essas glândulas
16:50irem embora também. Tá tudo bem, doutor?
16:52Tá tudo bem. Nada de...
16:54Exame feito? Bom, pra falar a verdade,
16:56você tem uma mínima... Ó, aquilo que a gente
16:58conversou. Olha lá. Ela tem uma mínima
17:00heterogeneidade ecotextural
17:02do parêntese. Ai, meu Deus, explica o que é isso.
17:04O que quer dizer isso, Renata? A gente conversou
17:06aqui antes. Que a tireoide é um pouquinho doente.
17:08É uma doença que pode evoluir
17:10para um hipotireoidismo, na maioria das vezes, os casos
17:12ao longo dos anos. Então, se você tem um risco familiar,
17:14mãe, irmã, que a doença de
17:16tireoide é a mais comum das mulheres, é bom
17:18que se acompanhe regularmente com o seu
17:20endocrinologista. Pode ser que no futuro
17:22médio, pró, pode ser que não. Mas tem um risco
17:24pela ecotextura, finamente heterogênea,
17:26talvez de vir a desenvolver. Então, isso
17:28a gente consegue detectar precocemente, por exemplo,
17:30no ultrassom. Talvez você vá fazer o exame de sangue e não dê nada.
17:32Mas com essa textura,
17:34ele não consegue falar. Talvez a Soraya
17:36venha ter um hipotireoidismo. Talvez não, mas vale
17:38a pena acompanhar. E aí, vai acompanhando
17:40sempre. Vai acompanhando com Renata,
17:42com a gente, com a imagem, com
17:44o seu médico de confiança, né?
17:46Para poder avaliar isso. Antes da gente
17:48continuar essa nossa conversa sobre
17:50tireoide, eu tenho um recado importante
17:52para você que nos acompanha.
17:54Emagrecer apenas com um déficit
17:56calórico pode não ser
17:58eficiente ao longo do tempo.
18:00Porque perder peso tem outras
18:02infinitas questões hormonais
18:04e lida com princípios de fome
18:06e saciedade. Por exemplo,
18:08se você ficar muito tempo sem comer,
18:10seu cérebro entende que você
18:12está precisando de energia.
18:14E aí que ele armazena gordura.
18:16Manter o equilíbrio entre
18:18alimentação e exercício é o
18:20caminho para o emagrecimento.
18:22Mas ficar sem comer também traz
18:24problemas graves. Além de desnutrição
18:26e alterações metabólicas,
18:28o hospital do coração reforça
18:30os riscos cardíacos trazidos
18:32pela queda da pressão sanguínea
18:34e da frequência respiratória.
18:36Por isso, não siga dietas de
18:38redes sociais e busque ajuda
18:40especializada sempre.
18:42Ah, vale lembrar que saúde
18:44não é apenas emagrecimento.
18:46Ela é muito mais ampla.
18:48Nos vemos na semana que vem.
18:50Agora, falando de nódulos, né?
18:52O que são esses nódulos de tireoide?
18:54Por exemplo, se você fizesse
18:56um paciente que apresentasse
18:58esse nódulo. Explica
19:00pra gente melhor. Então, primeiro, nódulos são
19:02alterações, a gente falou aqui,
19:04nós podemos ter alteração no tamanho,
19:06na morfologia, na função.
19:08E os nódulos são alterações
19:10morfológicas. Então, a gente tem
19:12umas bolinhas na estrutura
19:14da tireoide. Então, a gente vai ter uma ou mais
19:16bolinhas, digamos assim, dentro
19:18ali de permeio, né? O parênquimo e a tireoide
19:20já não formam essas áreas nodulares. A gente pode
19:22ter nódulos que são mais císticos
19:24ou puramente císticos. Isso, quando
19:26vier assim, só cisto. No seu exame, você fez
19:28um exame. Cisto, medindo tanto. Cisto,
19:30não nódulo cístico. E aí, não tem que se
19:32preocupar muito. Sinônimo de benignidade.
19:34Mas, às vezes, você pode ter um cisto que é benigno,
19:36100% benigno, e ele
19:38tá muito volumoso. E aí, tem que tirar
19:40pra ter jeito. Não, aí a gente pode pulsar.
19:42Pulsionar, exatamente. E reduzir o tamanho.
19:44E a gente tem tratamentos ablativos, como, por exemplo,
19:46ablação térmica ou até ablação com álcool.
19:48A alcoolização, que pra cisto,
19:50vai muito bem. Como seria?
19:52Os cistos respondem muito.
19:54Você tem uma produção de líquido pela
19:56parede do cisto. Então, na alcoolização,
19:58nós pulsionamos esse,
20:00tiramos esse líquido, né? E nós
20:02injetamos. Tem uma técnica muito
20:04adequada de injeção. Senão, você pode dar uma
20:06reação de fibrose ao redor.
20:08Tem muita gente que fala, ah, é contra. Por quê?
20:10Porque tem um jeito de fazer. Não pode escorrer pra fora.
20:12Mas é muito bem como se faz.
20:14E aí, esse cisto para de produzir
20:16o líquido. Ele reduz e não volta mais.
20:18Agora, nós temos
20:20um vídeo pra mostrar como é
20:22o momento desse exame
20:24da técnica de ablação.
20:26Você utiliza essa
20:28agulha, né? Explica pra gente, doutor,
20:30o que a gente tá vendo nessa? Então, ali nós estamos
20:32vendo um nódulo,
20:34uma área nodular ali,
20:36e nós estamos vendo aquela linha reta, branquinha,
20:38que é o probe.
20:40Na verdade, é isto aqui. Então, nós temos
20:42o probe. Nós chamamos isso de agulha, o probe
20:44de ablação. Esse aqui, no caso, é um probe
20:46de micro-ondas. Esse aqui
20:48é praticamente um probe italiano.
20:50E nós colocamos, guiado por ultrassonografia,
20:52então, quando nós estamos aqui no pescoço,
20:54nós colocamos, guiado por
20:56ultrassonografia, aqui, no
20:58pescoço. Então, ele
21:00entra,
21:02guiado por ultrassom,
21:04de uma maneira muito precisa. Quer dizer, da mesma
21:06maneira que nós colocamos a agulha de punção,
21:08e nós, às vezes, fazemos biópsia de
21:10nódulos de meio centímetro, quatro milímetros,
21:12também o exame operador dependente.
21:14Tem que ter muito treinamento pra isso.
21:16Então, a gente coloca lá dentro, e uma vez que está dentro
21:18daquele nódulo, essa agulha,
21:20a gente sabe que está lá, a gente aciona um gerador
21:22que eleva a temperatura, somente
21:24nessa pontinha, aqui, ó.
21:26Você vai falar, nossa, tudo isso aqui é agulha, né?
21:28Mas é só essa pontinha,
21:30não, é só essa pontinha,
21:32aqui, né, que vai produzir
21:34calor. Todo esse resto aqui é resfriado,
21:36a gente tem aqui um soro gelado.
21:38Então, essa pontinha aqui, de uma
21:40maneira muito artesanal, nós vamos
21:42queimando, nós vamos realmente, entre aspas,
21:44cozinhando o nódulo.
21:46Então, a gente eleva a temperatura, Renato, dentro
21:48desse nódulo, alvo, que deve ser
21:50muito bem escolhido, muito bem indicado.
21:52Eu sempre falo que bons resultados são associados a boas
21:54indicações, tá? Tem que saber falar sim e não.
21:56Então, a gente eleva a temperatura a mais
21:58ou menos aí, 80, 90 graus
22:00Celsius, e com isso a gente mata
22:02esse tecido. Mata esse tecido
22:04que deixa de ter vascularização,
22:06deixa de receber suprimento sanguíneo.
22:08Então, as células morreram e
22:10aí inverte-se a curva, quer dizer, o nódulo que está
22:12ali crescendo, ele vai parar de crescer
22:14e vai começar a reduzir. Assim como
22:16quando a gente tem uma cicatriz, quando a gente queima...
22:18Quando a gente queima a pele, né?
22:20Quando a gente queima ali, fazendo churrasco,
22:22uma comida, alguma coisa, a gente queima a pele
22:24que fica bem vermelho, forma-se uma casca
22:26grande, né? Essa casca grande
22:28ela vai depois diminuindo, reduzindo,
22:30vai sendo absorvida, e depois ou não
22:32fica cicatriz nenhuma, ou foi uma pequena cicatriz
22:34de tecido, no caso de tiroides,
22:36tecido morto. E o resto da glândula,
22:38preservado. Sem cortes,
22:40sem intubação, sem anestesia geral,
22:42né? E o principal, uma alta
22:44precoce, né? Duas horas depois o paciente vai embora
22:46pra casa. Cinco dias... Sem risco
22:48de complicação, né? É, um risco menor, né?
22:50A gente sempre fala que é um risco muito menor de complicação
22:52porque é menos invasivo, né?
22:54E um risco virtualmente zero de
22:56hipoparatireoidismo. Que é mexer na paratireoide
22:58com essas glândulasinhas que
23:00controlam o cálcio. Então, isso foi uma revolução no mundo,
23:02né? E nós tivemos o prazer de fazer
23:04o primeiro caso, o primeiro caso foi feito
23:06no hospital Albert Einstein, eu juntamente com o meu grande amigo
23:08Geraldo Volpe, fizemos juntos, né?
23:10E juntos aí temos hoje, o Brasil tem uma experiência grande,
23:12mais de 1.500 tratamentos feitos
23:14entre os principais países do mundo nisso.
23:16Dr. Renato, essa técnica, por exemplo, pode
23:18ser utilizada pra todos
23:20os casos ou é algum caso
23:22específico? E aí, no caso,
23:24a cirurgia tradicional, né?
23:26Com aquele cortinho, né? Que a gente
23:28tem na cabeça quando a gente pensa em
23:30câncer de tireoide. Muito boa pergunta. Então,
23:32o Antônio falou, boa indicação, bom
23:34procedimento. Então, a gente
23:36fez, teve o nódulo, a gente sabe que
23:38menos que 5% é maligno,
23:40depende de onde a gente vai ver a casuística.
23:42Fez a função,
23:44confirmou, né? Então, a gente tem opção,
23:46se deu tirades 3, 4, se deu betesda,
23:48né? 3, 4, a gente ainda tem
23:50a opção de fazer um teste genético,
23:52né? Que se chama Mirtype, que esse teste
23:54há 96% malignidade
23:56e benignidade, porque antigamente,
23:58há 20 anos atrás, a gente operava muito tireoide.
24:00Então, assim, antes de promover a cirurgia,
24:02a gente pode aumentar a nossa chance
24:04de avaliar, né? Resultado
24:06pré-teste, se disse ser maligno ou não.
24:08Então, hoje em dia, a gente opera bem menos.
24:10Então, deu, realmente fez,
24:12deu betesda 5, né?
24:14Deu câncer, ou 3 e 4, confirmou no teste genético.
24:16Então, se o nódulo é pequeno,
24:18não tem uma metástase,
24:20é um nódulo circunscrito, geralmente é um câncer,
24:22é um C. apapilífero, que é o mais comum,
24:24né? Que a gente tem, tratamento de
24:26ablação é um tratamento que é efetivo,
24:28a pessoa tem uma recuperação
24:30mais rápida e o risco de, como
24:32a gente fala, a gente tem uma brincadeira, né?
24:34Uma brincadeira, é...
24:36Ninguém morre de câncer de tireoide.
24:38Que é um câncer muito, é muito lento,
24:40a progressão, baixa agressividade.
24:42Então, a pessoa trata,
24:44o nódulo vai reduzindo, você vai acompanhando
24:46com os marcadores e ele funciona.
24:48E aí, depois da cirurgia,
24:50a pessoa tem que tomar um remédio pra sempre?
24:52Então, boa. Então, é que tá.
24:54Se a gente faz um tratamento local,
24:56com radioablação, a pessoa pode
24:58não precisar, ou de uma dose menor,
25:00mas a reposição da tireoide. Porque quando a pessoa vai
25:02pra cirurgia, a gente tem algumas possibilidades.
25:04Ou a pessoa, então o médico, ele vai
25:06avaliar, vai fazer um congelamento na hora, ele vai fazer uma análise
25:08do nódulo. Ah, deu um nódulo benigno,
25:10que tem um risco. Então, ele pode tirar meia
25:12tireoide. Então, a pessoa vai ficar com a cicatriz,
25:14ela pode vir a precisar hormônio ou não,
25:16né? E vai acompanhar.
25:18Ou deu maligno.
25:20Aí, o cirurgião vai decidir se ele faz
25:22meia tireoide ou a tireoide inteira.
25:24E aí, dependendo, vai ter indicação de
25:26olho radioativo, que a gente fala, nos casos mais graves,
25:28né? E um grau de supressão do
25:30hormônio, que a gente sabe que o TSH, o hormônio
25:32antirissimulante do cérebro, ele estimula a produção
25:34das células. E aí,
25:36o endocrinologista acompanha e vê se tem a sensação
25:38de fazer iodo, ou qual é a faixa
25:40de TSH. Então, se você teve um diagnóstico de
25:42câncer de tireoide, até 5 anos, você
25:44tem que saber qual que é a faixa de TSH
25:46que você tem que seguir. É importante perguntar pro seu médico.
25:48Essa faixa diminui muito o risco
25:50de recidiva. Ou seja,
25:52da doença voltar. A pessoa ter
25:54doença. No caso do câncer. No caso do câncer,
25:56eu tenho câncer, eu operei.
25:58Então, o médico, junto com o autopatológico,
26:00o cirurgião, junto com o endocrinologista, vão decidir
26:02qual é a faixa do
26:04hormônio da reposição que você vai tomar.
26:06Isso é super importante.
26:08Agora, no caso de uma radioablação,
26:10a cirurgia é pequena,
26:12você também, como não tem
26:14o risco, você não tem metástase,
26:16você vai fazer um segmento muito mais tranquilo.
26:18Exato. As indicações clássicas,
26:20se eu puder falar aqui, quer dizer,
26:22a primeira indicação na Coreia do Sul,
26:24que foi o berço disso no mundo,
26:26foi para nódulos benignos,
26:28confirmadamente benignos, só que
26:30sintomáticos. Então, aquele nódulo
26:32que é benigno e começou a dar sintomas. De repente, estava
26:34quietinho ali, estava conversando com o Renato,
26:36começou a crescer o efeito
26:38cosmético, ou um desvio
26:40de traqueia, compressão de traqueia. E a gente tem
26:42nódulos, às vezes, muito volumosos,
26:44que são benignos. E a pessoa consegue até
26:46sentir, fazendo um autoexame?
26:48Tem nódulos que a mulher engole,
26:50tem muitos que usam lencinho, né? Então, isso
26:52resolveu o lencinho de muitas mulheres.
26:54Ah, o lencinho é um acessório
26:56para tapar o nódulo, porque quando
26:58engole, a tireoide levanta.
27:00Aí você vê o nódulo subindo e descendo. Exato, e tem uns
27:02que são bastante grandes. Então, nódulos benignos sintomáticos.
27:04Às vezes, a pessoa tem esse nódulo
27:06benigno, mas o resto da glândula está funcionando bem,
27:08está produzindo os hormônios que essa pessoa precisa.
27:10Então, hoje a gente consegue matar
27:12esse nódulo, que vai ter uma redução ali
27:14de 85%, às vezes até 95%,
27:16depende, em um ano, quer dizer, ele vai
27:18reduzir de volume e o resto da glândula
27:20se mantém. Outra
27:22indicação que a gente publicou agora, o Brasil
27:24está muito bem nesse campo da ciência. A maior
27:26casuística mundial de
27:28ablação de nódulos autônomos.
27:30Doença de Plummer. Publicamos na revista
27:32Tyroids, que é o sonho de consumo de todo mundo que publica
27:34em tireoide. Então, nós publicamos
27:36agora um estudo latino-americano, que é o único
27:38artigo que nós temos que é maior do que na Coreia do Sul.
27:40Também com a equipe do Einstein,
27:42a equipe também do
27:44Equador, Colômbia, Argentina, né?
27:46E que nós temos uma resolução da parte
27:48hormonal do hipertiroidismo em
27:5093,5%. Bastante coisa.
27:52Nossa, muita coisa. Com ablação.
27:54Com ablação, né?
27:56E no caso dos cânceres, os cânceres, conforme o
27:58Renato muito bem explicou, para
28:00um tipo específico de cânceres, são os carcinomas
28:02papilíferos, que são os mais frequentes, os mais
28:04indolentes, né? Você fala assim, se for escolher
28:06um lá com o papai do céu, pega esse e sai correndo, né?
28:08Melhor não, né? Mas tem
28:10uma peculiaridade, porque os nódulos têm que
28:12ser até mais ou menos um centímetro,
28:14bem localizados, com uma
28:16possibilidade de margens ablativas,
28:18né? Então,
28:20indicar muito bem essa parceria
28:22endócrino, cirurgião,
28:24intervencionista é fundamental.
28:26E quando não é o caso, nódulos maiores,
28:28outros tipos, aí é o cirúrgico.
28:30E aí, a gente está
28:32com o tempo já apertado, falei pra vocês
28:34que era muito rápido, né?
28:36O fator genético
28:38é ali um
28:40sinal que a pessoa precisa ficar
28:42atenta, porque se tem um caso
28:44na família, de repente,
28:46ela pode desenvolver isso no futuro.
28:48Então, a doença de tireoide,
28:50ela acaba tendo uma apresentação mais
28:52nas mulheres, que é o hipotireoidismo,
28:54né? Depois vem lá embaixo o
28:56hipertireoidismo e a gente pode ter nódulos também.
28:58Então, se eu tenho o Hashimoto, que é a causa mais comum que
29:00tem esses anticorpos, que acabam
29:02machucando a tireoide, criando os nódulos,
29:04a gente tem um histórico familiar.
29:06Então, com certeza, sim. E pro
29:08câncer de tireoide, tem algumas doenças genéticas,
29:10né? Alguns tipos de neoplasia múltipla
29:12que tem em associação e também tem câncer
29:14isolado de tireoide. Então, é importante saber
29:16quais são os fatores de risco de câncer de tireoide, né?
29:18A gente sabe que o risco de câncer é
29:20maior em homens, né? Um pouco
29:22em relação às mulheres. A gente já sabe da radiação.
29:24Às vezes a pessoa fez um tratamento
29:26pra câncer, fez uma radiação no pescoço,
29:28ela tem um risco aumentado e o histórico familiar
29:30também. Mais uma vez,
29:32muito obrigada pela participação de vocês,
29:34ao doutor Renato, também
29:36ao doutor Antônio,
29:38por compartilharem aí tantos
29:40conhecimentos com a gente e a você que
29:42nos acompanhou. Se você perdeu alguma
29:44parte do programa de hoje e quer rever
29:46também outras entrevistas, o programa
29:48vai estar disponível no nosso canal
29:50no YouTube ou no aplicativo da
29:52Panflix pra Android ou iOS.
29:54E se você tiver ainda uma
29:56sugestão de tema, alguma dúvida,
29:58mande um e-mail pra nós, é o
30:00saúde arroba jovem pan ponto com ponto BR
30:02e a gente se vê no próximo programa.
30:04Até lá.
30:06Jovem Pan Saúde
30:12Jovem Pan
30:14Saúde, oferecimento
30:16ampla, muito mais que um plano,
30:18um compromisso com você.
30:20Isso é ampla.
30:22A opinião dos nossos comentaristas
30:24não reflete necessariamente
30:26a opinião do Grupo Jovem Pan
30:28de comunicação.

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