- 09/05/2025
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TVTranscrição
00:00Transcrição e Legendas Pedro Negri
00:30Pedro!
00:33Perpétua!
00:35Meu Deus!
00:36Você tá parecendo um filme de terror, cara!
00:39Ai, Tony, eu tô morrendo de medo de encontrar algum monstro aracnídeo por aí!
00:42Olha, eu não sei você, mas o Antônio é um pouco afim de ser devorado por uma aranha gigante!
00:51Olha isso!
00:53Mais um esqueleto preso na teia!
00:56Ai, Tony, vamos fugir daqui?
00:57De como, Cleo?
00:58Mas de como, a gente tá completamente perdido aqui, cara!
01:17Estamos cercados, Tony!
01:18Meu Deus!
01:21Pra trás, a teia e a aranha gigante!
01:24Pra frente, sei lá, essa tribo de homens...
01:29Homens...
01:30E vamos ter que lutar contra eles, Tony!
01:33Vai ser uma luta de vida ou morte!
01:37É a nossa única chance de sobreviver!
01:39Fugiram!
01:46Graças ao bom Deus!
01:47Agora, guarda-se no início!
01:49É bom mesmo, que a gente vai precisar muito dela pra poder sair daqui com vida!
01:52Vamos, Perpétua!
01:53Vamos!
02:00Quem é Perpétua?
02:00Vem!
02:01Beto, alguma coisa tá errada!
02:07A gente tá indo cada vez mais pra baixo!
02:10Eu tô preocupada, o que mais pode ter lá pra baixo?
02:11Nem aí!
02:12Eu não sei, Perpétua!
02:14Eu acho que a gente tá indo em direção ao centro do formigueiro!
02:16Pra cidade dos homens formiga!
02:18Xiii!
02:19Se isso for verdade, a gente não vai sobreviver, né?
02:22Vamos, Xiii!
02:23Perpétua, vamos!
02:24O teu poder é suficiente pra gente conseguir afastar qualquer homem formiga e qualquer inseto
02:29monstruoso que tá aparecendo!
02:30É, tô mais ou menos!
02:32Eu tô ficando com a pilha fraca!
02:34Não é?
02:35É, é modo de dizer, mas é verdade!
02:38Quando eu uso meus raios durante muito tempo, eu vou ficando com a bateria fraca, entendeu?
02:43Aí sem força, sem energia, meus choques vão perdendo a força!
02:46É isso!
02:46Nossa, faltava essa!
02:47Bom, a gente vai ter que parar pra você descansar!
02:50Porque a minha munição sozinha não vai dar pra gente sair daqui!
02:52Ah, a gente caiu numa armadilha!
02:55Esse subterrâneo, olha, quer saber?
02:57A gente não tá indo em direção ao laboratório, coisa nenhuma!
03:00Não, amor, a gente tá na direção certa!
03:01O problema é que a gente foi atacado, a gente se perdeu, cada um correu pra um lado, só
03:05isso.
03:06Só que agora a gente tá desorientado e eu tô exausto!
03:14Perpétua, olha, presta atenção!
03:17Vamos tentar voltar!
03:18Se pra essa direção a gente tá indo pra baixo, vamos na direção contrária!
03:22A gente tem que achar o caminho pro laboratório da doutora Júlia, você tá entendendo?
03:26A gente tem que suavar os bebês antes que seja tarde!
03:30Peraí, Beto!
03:32Você tá escutando isso?
03:34Eles tão voltando!
03:36Eles tão vindo pra cá e eu tô sem força, eu tô sem energia!
03:39Ferrou!
03:39Primeiro esse aqui, por favor!
04:05É, aquele ali não é agressivo!
04:11Tem certeza?
04:13Absoluta!
04:13Só os outros dois estavam atacando!
04:16Mas ele não tem um comportamento normal!
04:19Não!
04:20Ele não sabe falar!
04:22Como assim, doutora?
04:23Ele é mudo?
04:24Não, ele pode falar!
04:26Não tem nenhum problema no aparelho vocal dele!
04:28Aparentemente, ele ainda não aprendeu a falar!
04:31Mas por que, doutora?
04:32Alguma deficiência cerebral, talvez?
04:36Uma sequela em decorrência do parto?
04:39Uma oxigenação no cérebro?
04:41Não!
04:42Não parece nada disso!
04:43Pelo que eu vejo das habilidades motoras dele, o problema não é esse!
04:47Não é uma questão física!
04:48O corpo dele está bem!
04:50Mas o cérebro?
04:52Também não indica nenhum problema!
04:54Então, qual é o problema dele?
04:56Pode ser um problema emocional, fruto de algum trauma, não sei!
05:00Mas, de todas as hipóteses, de tudo que eu já parei pra pensar sobre esse assunto,
05:06o mais provável é que ele ainda não tenha aprendido a falar!
05:09Não aprendeu?
05:11Não!
05:12Parece que ele aprendeu a falar recentemente!
05:14E até que aprende rápido!
05:16É como uma criança, de vez em quando reproduz sons, palavras, mas não consegue falar direito!
05:21Mas como é possível uma coisa dessa?
05:23Não, pode ser que eu esteja errada e que seja uma deficiência de natureza congênita,
05:28ou seja, que ele tenha nascido assim.
05:31Mas, com a capacidade que ele tem de aprender, eu não acho, né?
05:35Na verdade, a impressão que eu tenho é que ele não teve contato com seres humanos,
05:40que ele não foi criado pela sociedade.
05:43É como se ele tivesse sido criado como um bicho, isolado de tudo e de todos.
05:47Como o famoso Kaspar Hauser, que viveu na Alemanha no século XIX.
05:52Ele foi deixado numa praça pública em Nuremberg.
05:55E dizem que ele era filho de nobre.
05:57E foi mantido longe de tudo e de todos e finalmente assassinado por questões de herança.
06:02Nossa, que horror, doutora.
06:03Mas quem seria capaz de fazer uma crueldade dessa com esse rapaz?
06:09Não sei.
06:10Mas os amigos dele, quer dizer, as pessoas que encontraram ele na Praia do Sonho, no caminho de Bertioga,
06:16deram a ele esse apelido de Kaspar.
06:18Por conta desse alemão, Kaspar Hauser.
06:20E os outros dois?
06:24Mutação aracnídea.
06:26É a primeira que eu vejo.
06:27Ele solta a teia como um aranha.
06:29Como aquele herói em quadrinhos do Stan Lee?
06:33Bom, na verdade, bem diferente.
06:35O Homem-Aranha do Stan Lee, ele foi picado por uma aranha radioativa, alguma coisa assim.
06:40E se tornou um herói do bem.
06:42Ele tinha dupla identidade e usava sua teia pra se locomover.
06:45E esse rapaz?
06:47Esse rapaz, o José Carlos.
06:49Mais conhecido como Joca, ele foi picado por uma aranha mutante.
06:53E se tornou extremamente agressivo.
06:57E ao contrário do Homem-Aranha do Stan Lee, ele não usa sua teia pra se locomover.
07:02E sim pra capturar sua presa.
07:04Como uma verdadeira aranha em sua teia.
07:08Sinistra essa mutação da quineia de a deitura.
07:11E esse outro rapaz?
07:13A mutação dele é o Fid, é o Ophidica.
07:16E ele foi picado por uma cobra.
07:17E se tornou ele mesmo um Homem-Serpente.
07:21Acho que eles estão pensando que eu tô presa no quarto, dormindo.
07:37Mas eu coloquei uma fase debaixo do lenço pra fingir que era eu.
07:41Tenho que esperar uma hora em que todo mundo se distraie.
07:46Pra fugir daqui.
07:47Oi, meu amor.
07:57Para com isso, vai.
07:58Você se arrasta meu coração.
08:02Eu tô me sentindo tão sozinha mesmo.
08:04Amor, você não tá sozinha, eu tô aqui com você.
08:07Aliás, quanta gente tem aqui, vai.
08:11Vai com o que não falta.
08:12Sangria.
08:15Adoro sangria.
08:18Esse companheiro é muito doido.
08:20Ele tá ficando bêbado só de sangria.
08:24Ah, tem Eric Louvão.
08:26Tem Telê.
08:28Draco.
08:29Gente, o que não falta no nosso quartel general.
08:32Pelo menos de mutante do mal a gente também serve.
08:34Olha, eu adorei esse nosso novo quartel general, viu?
08:40Muito mais animado, divertido, né?
08:43Só falta botar mais mulher aqui dentro.
08:44Eu concordo com você, Louvão.
08:46Adoro mulher.
08:47Adoro veias femininas.
08:49Tudo que é feminino, tá vendo?
08:50É verdade.
08:51É.
08:52Vamos trazer umas mutantes mulheres pra se juntar a nós na nossa revolta.
08:55Precisamos de mutantes superdotadas.
08:57De preferência com alterações na glândula pineal, assim como nós.
09:01Mutantes superpoderosas.
09:04Eu vou tentar rastreá-las com minhas ondas metais.
09:16Há várias mulheres superdotadas em São Paulo.
09:21Realmente, é melhor trazermos criaturas geneticamente modificadas.
09:25Assim como nós.
09:26Pra fazermos nossas expulsões.
09:29É um plano muito mais interessante do que insistirmos na ajuda daquele pivetinho, daquele Eugênio.
09:33Claro, até porque você, Draco, com seu poder de combustão, pode explodir a parte que deseja de São Paulo.
09:39Não pra fazer a mega explosão nuclear que estamos planejando na Avenida Paulista, tá querendo?
09:43E aí
09:48Aqui ninguém mais ficará depois do sol
09:53No final será o que não sei
09:57Mas será
09:59Tudo demais
10:02Nem o bem
10:03Nem o mar
10:05Só o brilho caldo
10:08Nessa luz
10:09Eu vou entrar na justiça contra você.
10:33Você pode entrar onde quiser, Viviane, porque não vai adiantar nada.
10:38Vai, vai sim.
10:40Eu vou retomar a guarda dos nossos filhos.
10:42Nenhum juiz na face da terra vai permitir que você tenha a guarda dos nossos filhos.
10:47Normalmente, os juízes dão a guarda para a mãe, não sei se você sabe.
10:50Sim, minha querida, mas não para uma mãe que sofre de distúrbio bipolar
10:53e que abandonou seus filhos durante dez anos.
10:56Você entende, não entende?
10:58Gente, vamos parar de discutir na frente das crianças, por favor.
11:02Viviane, dez anos não são dez dias.
11:07Dez meses.
11:09Eu limpei muita fralda de xixi.
11:13Muita fralda, Viviane.
11:15Não vai ser agora, depois de todo esse tempo, que você vai entrar aqui na minha casa
11:20dizendo que vai levar os meus filhos porque não vai, meu amor.
11:23Essa casa aqui é um perigo e já foi atacada diversas vezes.
11:27E foi a sua negligência que fez a minha filha Clara ser raptada.
11:31Isso não é verdade.
11:33E depois, você não estava aqui quando isso aconteceu.
11:36Portanto, não seja aliviada.
11:37Por isso, é por isso que tinha uma coisa aqui, ó.
11:40Aqui buzinando no meu ouvido o tempo inteiro, falando para eu voltar logo.
11:43Porque eu não podia deixar meus filhos com você.
11:45Eu não vou fazer a mesma coisa que você fez.
11:47Eu não vou sair por aí e abandonar meus filhos como você fez.
11:51E quem disse, Guilherme, que deixar os filhos um tempo com a mãe significa abandonar?
11:56Hein?
11:58Você é louca.
12:00Você é completamente louca.
12:02Vão, vão, não é com essa briga!
12:04Pessoal, entendam que a melhor forma de resolver qualquer situação é o diálogo.
12:10Mas não o diálogo por meio de ofensas, de acusações.
12:14Eu preciso rever os argumentos.
12:16Olha, eu respeito muito a sua inteligência, mas você não está capacitado para ser juiz dessa questão.
12:22Portanto, você, a sua irmã e a sua outra irmã só saem dessa casa com a autorização do juiz.
12:29E é preciso, pai, transformar isso numa batalha judicial?
12:33Eles não são capazes de conseguir resolver isso sendo amigo, sendo maduro, sendo adulto, pai. Não dá, não?
12:41Infelizmente, não. Com a louca da sua mãe, com certeza não.
12:47Olha aqui, você não fala da minha mãe assim!
12:53Calma, Angela. Os adultos são assim mesmo, às vezes piores que a criança.
12:58É, eu sei.
12:59Você é muito intransigente, sabia?
13:05Meu Deus, você tem um temperamento, Guilherme, insuportável.
13:09Ainda fica me chamando de louca, tentando me convencer que eu sou louca.
13:13Teve um tempo que eu até acreditei, sabia?
13:15Mas, na realidade, quem é louco aqui, quem é louco é você!
13:18É tão negligente que é capaz de permitir que essa...
13:22Que essa bruxinha órfã, com manifestações poltergeist extremamente perigosas, fique aqui,
13:27morando nessa casa com os meus filhos!
13:33Olha aí!
13:34Olha aí, não tá vendo? Foi só falar que começou o ataque da bruxinha má!
13:38Eu não sou bruxinha, eu não sou má!
13:42Ai, meu Deus, fogo!
13:43Ai!
13:45Sai, sai, sai, sai!
13:46Meu Deus do céu!
13:55Para a explosão nuclear, precisariam da ajuda do Eugênio.
13:58Podemos usar outros meios explosivos.
14:00São essas as ordens da chefia sobre o assunto.
14:03A solidão a que eu me refiro é outra meta.
14:07De repente, foram-se todos os últimos laços de pessoas que...
14:12De alguma forma, eu podia chamar de minha família.
14:17Xiu!
14:19Eu sou tua família.
14:20Eu.
14:21Teu marido.
14:22Entendeu?
14:23Eu sei.
14:24Mas a Júlia sumiu.
14:25Ai, meu irmão medoso morreu.
14:26E a Júlia ainda deixou essa Júlia de treve pra tomar conta de tudo.
14:38Tô me sentindo tão frágil, meta.
14:40Eu, minha pequena...
14:42Eu vou cuidar de você.
14:43Tá bom?
14:44Olha só, minha...
14:46Minha princesinha.
14:48Minha gorgonazinha querida.
14:51Minha gostosa.
14:52Deliciosa.
14:53A primeira coisa que eu quero é vingança.
15:00Fogo no DP Com.
15:02É isso que você quer?
15:08É isso que você vai ter.
15:10Vou lá no DP Com.
15:14Vou com esse meu disfarce de doutor Emanuel, da Polícia Federal,
15:18pra botar fogo naquela zorra.
15:21E vou acabar com o doutor Fredo Cavalcante.
15:25Então vá, metamorfo.
15:27O metadiretor da Polícia Federal, nosso querido mutante metamorfo,
15:31vai incendiar o DP Com.
15:33Fogo no DP Com.
16:03Aplausos, carimbando com o kommer.
16:05Não como para vila.
16:06Só Dor para cair para arrata.
16:26N�?
16:29Tá se aproximando.
16:52Você tá pensando que vai fugir de mim, né?
16:53Sua vampirinha danada.
16:55Eu vou te pegar, Nath.
16:59Eu vou te pegar, Nath.
17:29Que mulher maluca.
17:43Droga.
17:59Preciso sair dessa rua.
18:29Tchau.
18:31Tchau.
18:33Tchau.
18:35Tchau.
18:37Tchau.
18:39Tchau.
18:41Tchau.
18:43Tchau.
18:45Tchau.
18:47Tchau.
18:49Tchau.
18:51Tchau.
18:53Tchau.
18:55Tchau.
18:57Tchau.
18:59Tchau.
19:01Tchau.
19:03Tchau.
19:05Tchau.
19:07Tchau.
19:09Tchau.
19:11Tchau.
19:13Tchau.
19:15Tchau.
19:17Tchau.
19:19Tchau.
19:21Tchau.
19:23Tchau.
19:25Tchau.
19:27Tchau.
19:29Tchau.
19:31Tchau.
19:33Tchau.
19:35Tchau.
19:37Tchau.
19:39Tchau.
19:41Tchau.
19:43Tchau.
19:45Tchau.
19:47Tchau.
19:49Tchau.
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19:53Tchau.
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19:57Tchau.
19:59Tchau.
20:01Tchau.
20:03Tchau.
20:05Tchau.
20:07Tchau.
20:09Tchau.
20:11Tchau.
20:13Tchau.
20:15Tchau.
20:17trilhos da mutação. Também fui premiada com as modernas aventuras humanas. Dos 20
20:25aos 30, com o prêmio dos ISTAS. Comunista, anarquista, feminista. Segura a clausura
20:32que assumi. Dos 40 em diante, com o prêmio dos IAS. Mamografia, densitometria, radiografia.
20:41Segura a clausura que tive que engolir. Amanhã, menopausa, depois a dor mais além. Não
20:50se acha a causa, a morte. Tchau. Amém. Bom, só me resta passar as estações. E eu, lá, sou
21:06trem? Trenca tudo, meu bem. Trenca tudo. Não sei ainda, não sei. O que aconteceu,
21:13João Ricardo? Com segurança? É João Ricardo. Isso, por favor. Verifique o elemento que está
21:18aqui na minha rua. Isso, pertinho da minha casa. Isso, suspeito. Elemento bem suspeito.
21:23João Ricardo Borba Gato de Albuquerque Andrade. Pode me dizer, por favor, o que está acontecendo?
21:27Não sei, Sandra. Não sei, Sandra Giza. Um homem numa moto vem me seguindo até aqui.
21:31Mas que homem, meu Deus? Não sei, um pistoleiro, um assassino, não sei, um bandido,
21:35uma pessoa. Talvez até um mutante do mal. Será? Será um mutante do mal? Ou será um detetive
21:41particular contratado pelo Batista para localizar a gente? Hã?
22:05Eu te falei que eu te trazia para a civilização, não? Aqui estamos nós.
22:29Continente, Vlado. Eu nem acredito. Olha só para isso. Isso aqui é muito melhor que aquela ilha
22:35está. Não, é cheio de gente, Vlado. Exatamente do jeito que eu gosto.
22:39Tá, e agora a gente tem que arrumar uma casa, né? E roupa nova. A gente vai ficar dormindo
22:44no barco, não importa. Mas boa ideia da gente ficar no barco. Mas sem gente ficar mais perto
22:48dessa praia tão cheia de comida. De gente. Vlado, nem pensa. Como é que eu vou fazer isso,
22:58juízes? É da minha natureza e da sua também. Sente, meu amor. Sente o cheiro do sangue
23:04que guarda dentro desses corpos. Eu não quero sentir cheiro de sangue nenhum, tá?
23:08Não, e muito menos as garotas aí. E você para de olhar com essa cara para elas.
23:14Que cara? Olha só, Vladimir. Se você encostar um dente, que seja, no pescoço de alguém aqui
23:19dessa praia, eu fico invisível e vou embora para não tomar jantar, tá bom?
23:24Ok.
23:26Bom, eu vou...
23:28Eu vou comprar uma coisa.
23:30Eu vou comprar uma coisa, tá?
23:31Eu tô sentindo o cheiro.
23:42Cheiro de banha.
23:44De carne bem suculenta, do jeito que eu gosto.
23:47Também tô sentindo.
23:51Isso abriu meu apetite.
23:56Nossa, cheiro nojento.
24:00Veio dali, ó.
24:03Pô, pai, segura a sua onda.
24:06Você tá maluco?
24:07Agora eles vão descobrir a gente.
24:10O que eu posso fazer, meu perigo, essa situação me deixou nervoso, minha barriguinha flutou.
24:17Será que fica quietinha aí?
24:27E você me ajuda a trocar a fralda?
24:28Hã?
24:30A Ju não deve tá sujinha também.
24:33Precisa ficar limpinha, não precisa?
24:34Hã?
24:36Ai, minha cabeça.
24:37Voltou.
24:38Voltou, né?
24:39Dor de cabeça.
24:39É porque você tá me desobedecendo.
24:42Já lhe disse.
24:43Se me obedecer sempre, não vai sentir dor de cabeça alguma.
24:48Ih, eu vou tentar aqui, hein?
24:50Eca.
24:51Que nojo, bebezinha mutante sujinha.
24:55Eca.
24:56Massteira.
24:57Nem dá tanto nojo assim quando é de criancinha, bebezinha.
25:00Não dá nojo pra você, mas pra mim dá.
25:03Prefiro matar essas crianças logo do que ser babá delas.
25:06Você é massa, Mira.
25:07Você me assusta.
25:08Eu disse que esses bebês são nosso grande tronfo na nossa guerra.
25:12Guerra.
25:15Que guerra?
25:16Uma guerra.
25:17Entre os mutantes, os OGM, organismos geneticamente modificados e os humanos.
25:27Que botão é esse?
25:29Só um instante.
25:32Acionar sistema de gás.
25:34Sela 8.
25:35Que cela é essa?
25:36É a cela das mães dos bebês.
25:40O gás vai invadi-la.
25:42Você vai matar as mães dos bebês?
25:47Ai, Bianca.
25:48Ela não podia ter levado os nossos filhos.
25:51Como é que eles vão mamar agora?
25:52É muita crueldade que ela fez.
25:55Será que ela não sabe da importância do leite materno nos primeiros seis meses de vida de um bebê?
26:00Pois é, o leite materno, ele salva vidas.
26:03Você sabia que ele é considerado a primeira vacina que protege os bebês de todas as doenças infecciosas?
26:08Claro, Leonor.
26:10Leite materno provê uma excelente nutrição.
26:13Onde já está careca de saber disso?
26:15Pior que esse laboratório não deve nem ter um banco de leite humano.
26:18Porque se tivesse, com certeza, a Júlia já tinha vindo aqui tirar os nossos leites.
26:22É.
26:23Com certeza estão dando leite comum em mamadeiras.
26:26Os nossos filhos estão tão acostumados com o leite do peito.
26:32É.
26:34Mas eles já estão com seis meses, né, Leonor?
26:38Já estava mesmo na hora de começar a dar frutas.
26:41Daqui a pouco, legumes.
26:43Ai, meu filho.
26:46Eu queria tanto estar com ele agora.
26:50E a Júlia?
26:51Ai, minha Júlia.
27:02Eu estou apavorada, Leonor.
27:05A Júlia nunca mais se comunicou comigo.
27:08Eu não sei se a Liga do Bem já chegou ao laboratório.
27:13Bianca, a gente tem que sair daqui.
27:14Meu Deus.
27:32Que coincidência.
27:36Foi só falar.
27:40É a Júlia.
27:41Ela está se comunicando comigo.
27:44O que ela está falando?
27:47Fala com a mamãe.
27:51Sim.
27:56Hum?
28:00Não, Júlio.
28:02Eu meti alguma coisa dessas, filha.
28:04O que ela está falando?
28:05Não.
28:08Está tudo bem, meu amor.
28:10Fica com Deus.
28:17Eu te amo.
28:19Eu te amo.
28:25Fala, Bianca.
28:26Fala logo.
28:27O que que é?
28:28Eu não...
28:30Eu não tenho boas notícias.
28:33O que foi?
28:34A Liga do Bem foi atacada na tubulação.
28:38Não.
28:39Não.
28:40Não.
28:41Não.
28:41O que quer dizer que a gente não vai ser salva?
28:43Oh, meu Deus.
28:45Não.
28:52Infelizmente, não, Leonor.
28:57Bianca.
28:57Eu estou saindo um gás do Leonor.
29:01Não parece ser aquele gás sonífero, não.
29:03É um outro tipo.
29:05Ai, meu Deus.
29:09Ai, a Júlia.
29:11Leonor.
29:13A Júlia quer nos matar.
29:15Esse gás.
29:17Esse gás deve ser letal, Leonor.
29:19Não, Bianca.
29:20Eu não quero morrer.
29:21Eu não quero morrer.
29:21Eu não quero morrer.
29:22Eu não quero morrer.
29:22Eu não quero morrer.
29:23Eu não quero morrer.
29:23Eu não quero morrer.
29:24Eu não quero morrer.
29:24Eu não quero morrer.
29:25Eu não quero morrer.
29:26Eu não quero morrer.
29:26Eu não quero morrer.
29:27Eu não quero morrer.
29:27Eu não quero morrer.
29:28Eu não quero morrer.
29:29Eu não quero morrer.
29:30Eu não quero morrer.
29:31Eu não quero morrer.
29:32Eu não quero morrer.
29:33Eu não quero morrer.
29:34Eu não quero morrer.
29:35Eu não quero morrer.
29:36Eu não quero morrer.
29:37Eu não quero morrer.
29:38Eu não quero morrer.
29:39Eu não quero morrer.
29:40Aaaaaaah!
29:59Aaaaaaah!
30:04Coitado do Chris.
30:31Não sei, eu nunca vi uma coisa dessa na minha vida.
30:34Esse cara é muito poderoso.
30:37Ele tá provocando uma tempestade.
30:46Mas melhor a gente ir embora antes que essa tempestade comece.
30:48Só mais um pouco.
30:58Ele tá se transformando.
31:05Rosa, eu não quero mais saber como isso aqui vai terminar.
31:08Sim, eu compara agora.
31:09Não vai me pegar.
31:11Não vai me pegar.
31:12Não vai me pegar.
31:13Não vai me pegar.
31:14Não vai me pegar.
31:15Não vai me pegar.
31:17Não vai me pegar.
31:19Não vai me pegar.
31:21Não vai me pegar.
31:23Não vai me pegar.
31:24Não vai me pegar.
31:25Não vai me pegar.
31:26Não vai me pegar.
31:27Não vai me pegar.
31:28Não vai me pegar.
31:29Não vai me pegar.
31:31Não vai me pegar.
31:33Não vai me pegar.
31:35Não vai me pegar.
31:36Não vai me pegar.
31:40Vem lá.
31:44Despertora Nath, policial mutante contaminada pelo vírus do vampirismo.
31:48Ela está louca, ela entrou na contramão há cinco por hora.
31:51Ela quase se arrebentou naquele caminhão.
31:54O quê?
31:59Sua louca!
32:06O Nath, você enlouqueceu.
32:09Acho que virou uma pirata.
32:10Ficou louca!
32:21Droga!
32:27Eu tenho que esperar esse carro.
32:29Eu tenho que esperar.
32:30Eu tenho que esperar.
32:31Deu!
32:33Eu tenho que esperar.
32:35Vou de uma Toma.
32:36Olha então.
32:39E aí
32:43E aí
32:44E aí
32:47E aí
32:53E aí
32:53E aí
32:55Parabéns, vampira. Você perdeu.
33:06Não, Miguel, não perdi.
33:07Perdeu, Nat.
33:10Nat, eu vou atirar.
33:11Não, você não vai.
33:13Se você fuja, eu vou atirar.
33:14Eu sei que vai ser do bem.
33:15Jamais atiraria em mim.
33:19Droga!
33:25Ah, cadê o filho?
33:31Lá, caiu!
33:34Quer ser a próxima e me entregar a vida?
33:36Você fez com o meu irmão, morado!
33:38Ele já me entregou a alma.
33:40E você vai ser a próxima.
33:43Eu já estou ouvindo a hora final da sua desistência.
33:46Quase é badalar.
33:48Por que você quer frio, minha família?
33:50Por que por causa de vocês, malditos?
33:52Eu tive uma vida imiserável, infeliz.
33:54Mas a gente não tem culpa disso, gente.
33:56Não tem culpa.
33:57Vocês são de uma das duas famílias donas da...
33:59Não!
34:00Gente, tem culpa sim!
34:02E por causa dessa maldita empresa, eu fui criado assim.
34:06Que médico!
34:07O Dante meio bicho, meio gente.
34:10Da rua.
34:12Enxucado a cada rua.
34:13Feito um cão sem dono.
34:15Sem família.
34:16Sem amigos.
34:17Sem nada.
34:18Isso é muito bem, porque é o desprezo, mano.
34:20Como se de mim só tivesse essa...
34:23Isso é muito mal.
34:25Você podia ter escolhido o amor.
34:27Você podia ter escolhido a alegria.
34:30O amor, mas você não quis.
34:31Não foi essa sua escolha.
34:32Eu não tive opção!
34:33Eu fui criado e gerado no ódio.
34:35Eu sou filho da violência que a sua família cometeu.
34:38Mentira!
34:40Mas eu podia ter escolhido outro caminho.
34:42Você podia ter deixado o meu filho viver.
34:45Você não precisava ter matado o Lucas.
34:47Você podia ter encontrado amigos aqui, não inimigos.
34:49Cala a boca!
34:50Vocês estão querendo as duas me confundir.
34:52Mas vocês não vão...
34:54Cala a boca!
34:55Vocês estão querendo me confundir, mas vocês não vão conseguir!
34:58Eu vou acabar com vocês!
35:00Não!
35:01Sai daqui!
35:03Não vai!
35:08Eu vou matar vocês, sua mãe.
35:10Não vai.
35:11Agora.
35:11Não vai.
35:11Não vai.
35:11Não vai.
35:19Mas como é que pode um Stradivarius sumir?
35:28Desaparecer?
35:29Assim, de repente?
35:30Ah, pode crer.
35:32É...
35:33É muito louco isso, doutor.
35:36Aliás, para ser mais exato, é broca.
35:38Acho que só mesmo a dona Irma para explicar essa treta.
35:42Quer dizer, essa história.
35:44O Batista está certo.
35:46Ele está totalmente correto.
35:48Só mesmo a Irma para elucidar esses fatos.
35:53É...
35:53Ô, gente...
35:54Vou tentar explicar, doutor.
35:56Não, não, Regina.
35:58Desculpa, mas eu queria deixar uma coisa bem clara.
36:01Eu...
36:01Eu não tenho nada a ver com essa história, com essa coisa do Stradivarius.
36:06Eu não tenho culpa do desaparecimento desse instrumento.
36:11O senhor pode até me investigar, se você quiser.
36:14Mas o senhor não vai achar absolutamente nada, nada, entende?
36:20Contra mim.
36:21Eu entendo.
36:23Olha...
36:24É verdade, doutor Carvalho.
36:26Pinto.
36:26Olha, nós não sabemos nada, nadinha, sobre esse violino Stradivarius.
36:30Tá.
36:31Tá.
36:31E a dona Irma, sua mãe?
36:36A minha mãe falou que foi o mutante que comeu o violino.
36:41É...
36:42Que sumiu com ele, sei lá.
36:44Hum...
36:46E você sabe para onde ela viajou?
36:50Sabe que eu não sei, doutor Carvalho?
36:52Ela...
36:52Ela viajou, mas ela nem me disse para onde ela foi.
36:55Que é como eu já lhe disse anteriormente, ela ficou muito abalada com essa situação toda.
37:01E eu...
37:03É a única coisa que eu tenho a lhe dizer no momento.
37:06Bom, o que eu tenho a dizer é que eu vou entrar com registro de ocorrência por causa do furto do Stradivarius,
37:14que vale milhões de dólares.
37:15E é claro que com um roubo dessa magnitude, a polícia vai ter que investigar.
37:22Mas por que?
37:23Eu...
37:23Eu...
37:23Realmente não estou entendendo.
37:28O senhor não está pensando em nos acusar ou está?
37:32O que é isso, doutor Aristóteles?
37:34Simplesmente sumiu um dos itens mais importantes da coleção do doutor Sócrates.
37:39E como representante legal da herdeira, Maria Mayer,
37:43eu vou ter que tomar todas as medidas necessárias referentes ao espólio.
37:51Eu tenho por procuração poderes para mover uma ação contra quem quer que esteja lesando
37:56seus legítimos direitos de herdeira universal, de todos os bens.
38:02Eu disse todos os bens.
38:05Inclusive o Stradivarius, que desapareceu.
38:07Não, eu não posso estar pensando o que eu estou pensando.
38:14O senhor está desconfiando de nós.
38:18Está...
38:19Mas o que é isso?
38:21Que situação mais desagradável, doutor Carvalho?
38:23O que é isso?
38:24Imagina, o senhor desconfiando da gente?
38:27Eu, sinceramente, não esperava uma atitude dessa vinda do senhor.
38:32Olha, nem bem ficamos pobres e já vamos ser acusados injustamente de um crime que não cometemos?
38:36Não basta essa coisa, o ó do nosso nome está sujo na lama por causa dos mutantes.
38:41Oh, seguinte, turma, vocês vão ter de se acostumar.
38:44Ser pobre é assim mesmo.
38:45O nome só fica limpo quando cai uma chuva e molha a identidade que está no bolso, manja.
38:49E tem mais, hein?
38:51De agora em diante, vocês vão ter de se familiarizar com outros tipos de palavras.
38:55Por exemplo, em vez de reformar a casa, um puxadinho.
38:59Oh, conexão em aeroporto agora passa a ser baldeação em terminais rodoviários.
39:04Trufas de chocolate pode trocar por doce de cajuzinho.
39:09E, de jejum na piscina, a favor substituir por pão com mortadela na laje.
39:16É broca, bicho.
39:24Desculpa, doutor Ari, eu só queria desenvolver o ambiente.
39:28Um pouco de humor para alegrar a vida não faz mal a ninguém, ou não é?
39:31Afinal de contas, acho que ainda é possível ser feliz, mesmo na pobreza, o anjo.
39:38Bom, eu quero comunicar a vocês que eu vou proceder ao inventário.
39:45Isto é, eu vou fazer uma verificação de tudo, só para ter certeza que não está faltando mais nada.
39:51O senhor está ensinuando alguma coisa?
39:57Em absoluto, seu Aristóteles.
39:59Eu apenas estou seguindo os trâmites legais para a solução processual dessa partilha.
40:04O doutor Cavalho, e a gente?
40:08Isso mesmo. O que vai acontecer com a gente?
40:11Não, vocês vão ter que responder em juízo pelo sumiço dos tradivários.
40:15Isso não é justo.
40:17Sendo assim, eu peço para que todos da família Mayer, isto é,
40:23todos que residem na mansão, que a deixem o mais rápido possível.
40:27Levando apenas seus pertences íntimos e pessoais.
40:31Nenhuma outra peça da família Mayer poderá sair desta mansão.
40:35Temos uma lista de toda a coleção registrada em cartório pelo próprio doutor Sócrates pouco antes de morrer.
40:41De modo que sabemos tudo o que está, ou deveria estar aqui.
40:46Fui claro?
40:47Muito obrigado.
40:49Tava ótimo, hein?
41:09Que bom.
41:09Obrigado.
41:10Eu estava pensando, cara, acho que eu vou levar você para fazer um outro exame, fazer uma tomografia para ter uma segunda opinião.
41:22Poxa, Tapsu, superobrigado.
41:25Mas será que um novo exame pode não bater com o outro que eu já fiz?
41:29Olha, se der um resultado diferente, aí sim você precisa de uma terceira opinião.
41:33Mesma coisa com você, Valente.
41:35Poxa, eu fico até emocionado pelo que vocês estão fazendo pela gente.
41:39Estão ajudando dois caras desconhecidos, sem memória.
41:43A gente podia ser bandido.
41:44Mas graças a Deus não são.
41:46Relaxa, Tapsu.
41:47Tudo é uma questão de solidariedade.
41:49Eu não sei onde é que eu aprendi isso.
41:52Eu nem tenho memória, mas uma coisa eu tenho certeza.
41:55Só a solidariedade pode transformar o mundo.
41:57Ah, mas eu também acredito nisso.
41:58Eu acho que todos nós somos irmãos, de uma única morada, do planeta Terra.
42:03Por isso eu acho absurdo quando acontecem essas guerras entre países.
42:06Na verdade, eu nem entendo por que acontece guerra.
42:09Uma guerra acontece porque um país quer impor os seus valores para outro, entendeu?
42:13Isso é um absurdo.
42:15A geografia do nosso planeta prova que isso é uma idiotice.
42:19Nós todos somos iguais, com culturas diferentes.
42:22O que pode ser bom para um esquimó pode não ser bom para um havaiano.
42:25Isso aí, falou pouco, mas falou bonito.
42:27Por isso que eu defendo bem.
42:29Porque o bem é a solidariedade.
42:31Já o mal é a indiferença.
42:32Se todos os povos parassem de fazer guerra e se unissem contra a fome,
42:38que é a pior desgraça da humanidade,
42:41o mundo ia ser muito mais feliz e de barriga cheia.
42:45Engraçado.
42:45Me deu vontade de ligar para a doutora Gabriela.
42:48Ah, se você quiser, ó, é restrito.
42:51Ninguém vai saber de onde está chamando.
42:53Não, não, mas eu não sei o telefone da clínica para a gente se guardar.
42:57Tudo bem, a gente pode pedir na lista de informações.
43:01Nossa!
43:02Entendi de uma coisa muito importante.
43:09Foi, cara? Você se lembrou de alguma coisa do seu passado?
43:11Anda, me solta!
43:18Vem cá, vem, doutora.
43:19Deixa eu te mostrar a minha mordida, vem?
43:22Ah, vou te transformar numa linda jararaca.
43:24Numa cobra coral.
43:26E você, hein, policial?
43:27Ia dar uma linda cascavel.
43:29Uma surucucu, quem sabe?
43:30Agora me solta, me tira daqui!
43:32Eu preciso espalhar o meu veneno.
43:34Eu preciso morder.
43:35Anda!
43:36Cuidado desse rapaz.
43:42Por trás dessa agressividade toda que demonstra, existe muito sofrimento.
43:46Não, não.
43:47Olha, doutora, eu estou chocada.
43:49Mesmo sendo agente do DPCOM e estando acostumada a conviver com mutantes,
43:53eu ainda fico meio perturbada com as manifestações animalescas.
43:57É, eu entendo o que você sente.
43:58É que eles são humanos e é muito difícil ver nós, semelhantes, assim, virando bicho.
44:03Ah, meu boneco, a cana de aranha marrom, cana de aranha marrom, cana de aranha, vinho pra mim, aranha.
44:11Eu preciso teçar minhas teias.
44:13Eu quero uma mulher.
44:14Uma mulher, aranha, só pra mim.
44:17Doutora Degreira, eu acho muito arriscado deixar esses dois aqui na clínica.
44:23Eles me parecem uns mutantes muito perigosos.
44:26A agressividade é um componente do vírus da mutação.
44:30Daí esse comportamento belicoso das vítimas.
44:32Por isso mesmo, doutora Gabriela.
44:34É melhor transferirmos esses dois imediatamente pro DPCOM.
44:38Eles devem ficar em celas de máxima segurança.
44:41Já pensou se algum deles consegue fugir, doutora?
44:43É um risco enorme pra população, não podemos deixar.
44:47Eu tenho muita pena deles, tão jovens e já condenados.
44:50Mas eu gostaria de cuidar deles aqui na clínica.
44:52Eu estou desenvolvendo uma tese de doutorado sobre mutações violentas.
44:56E o caso desses rapazes pode me dar elementos muito ricos pra minha pesquisa.
45:00Uma tese de doutorado sobre mutações violentas?
45:04Que interessante, doutora Gabriela.
45:07O pessoal da DPCOM vai ficar muito interessado no seu trabalho.
45:10Eu estou tentando achar uma chave incomum entre as mutações.
45:14Para o modo como os vírus invadem os organismos que modificam.
45:18E a partir daí, tentar desenvolver uma vacina pra essa epidemia.
45:21E o caso deles me parece ótimo para isso tudo.
45:24Muito interessante o seu trabalho, doutora.
45:27Eu acho que realmente a medicina é a nossa principal aliada no combate aos mutantes.
45:32Mas mesmo assim, doutora, eu acho que não vai ser possível deixar esses dois elementos aqui na clínica.
45:40Eles são muito perigosos.
45:43Não, não.
45:44Ele não é agressivo e também não é mutante.
45:47Quer dizer, eu acho que não.
45:49É apenas alguém da turma deles que tem algum tipo de problema.
45:53Ai, desculpa.
45:54Desculpa, doutora.
45:55Oi.
45:59Oi, Gaspar.
46:00Tudo bom?
46:02Tá se sentindo bem?
46:04Sentindo bem?
46:06Gaspar, essa é a policial Aline.
46:10Aline.
46:12Aline.
46:14Isso, Gaspar.
46:15E eu sou a Gabriela.
46:18Gabriela.
46:20Gabriela.
46:21Isso, muito bom.
46:23E você é o Gaspar.
46:27Gaspar.
46:29Gaspar.
46:31Gaspar.
46:44Renato, por favor.
46:53Doutor Emanuel.
46:57Que bom vê-lo, por favor.
47:02O senhor tinha sumido?
47:03Eu fiquei preocupado.
47:05Pensou alguma coisa?
47:06Não, nada.
47:08Tudo bem.
47:09Eu só me ausentei por motivos pessoais que não vêm ao caso.
47:13Sim.
47:15Claro.
47:18Aquele é o valor.
47:19Eu quero saber, doutor Fredo, que história é essa de exterminar mutantes dentro do DPCOM?
47:25Desculpe, eu...
47:27não sei do que o senhor está falando.
47:32Eu estou falando da sua política de execução sumária de mutantes.
47:37Mas não houve extermínio de mutantes?
47:40Houve legítima defesa?
47:41Nós fomos atacados.
47:43Quem foi executado sumariamente foi o nosso agente.
47:46Pália.
47:47Foi morto na mão desses mutantes rebeldes que invadiram nossa sede?
47:51Você não me engana, doutor Fredo.
47:54Eu conheço bem o seu ódio contra os mutantes.
47:58Por que você odeia tanto?
48:00Por que, doutor Fredo?
48:01Sabe, às vezes eu chego a pensar que você mesmo pode ser um mutante disfarçado.
48:09E como se odeia, quer acabar com todos os outros mutantes.
48:15E aí?
48:16Eu...
48:17não estou acreditando numa palavra que o senhor está dizendo.
48:23O senhor é o diretor do Serviço Secreto da Polícia Federal.
48:28O responsável pelo DPCOM.
48:32Eu acabei de lhe contar da morte de um dos nossos melhores agentes.
48:36O Pália.
48:38E o senhor, em vez de se importar com isso, fica preocupado com a morte de outros mutantes.
48:41Ainda fica lançando acusações absurdas sobre mim.
48:47Desculpe.
48:50Eu...
48:51não estou reconhecendo o senhor.
48:53aqui ninguém mais ficará
49:06depois do sol
49:08No final será o que não...
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