Noite de Belém tem gente se divertindo e tem gente trabalhando de domingo a domingo

O Liberal

“O paraense gosta de sair para tomar cerveja e comer uma coisinha', garantem pequenos e médios empresários que ganham a vida com estabelecimentos noturnos e impulsiona a economia noturna de Belém.  REPÓRTER: VALÉRIA NASCIMENTO IMAGENS: CLÁUDIO PINHEIRO

Transcript

00:00Tem um segmento aqui, que é o street, que é muito relacionado a quem frequenta o vila, né?

00:05A gente tá num local bem, assim, localizado com relação ao público, né?

00:10A gente tem um fluxo de clientes, assim, que vem pela tarde, que vem só na nossa loja

00:16e à noite aqui tem muita gente que vem frequentar o vila, vem tomar um chopp, algum drink, comer alguma coisa

00:23e acaba conhecendo a loja e já entra pra olhar, dar uma olhada, que às vezes sem compromisso

00:28acaba gostando, conhecendo que a gente tem produtos bem diferentes, sim.

00:32A nossa vantagem é de estar até tarde, assim, com um público que nem sempre vem pra comprar

00:37mas acaba vendo que tem uma loja de roupas e acaba levando, entendeu?

00:40A loja tem, existe desde 2018, a gente era lá na Brás e veio aqui pra dentro a convite dos donos, assim, né?

00:46Que eram clientes lá.

00:47E com relação à segurança, a gente nunca teve nenhum, assim, questão de assalto, de briga também,

00:53que é de bebida, que à noite o público é bem pacífico, assim, nunca teve nenhuma alteração, assim.

00:58A nossa loja, a gente fala que a gente vai até 11, mas às vezes está movimentado,

01:01a gente vai até meia-noite, meia, vai até 11, meia, meia-noite.

01:05E tem sempre aquele pessoal que dá uma olhadinha, já veio, olhou um tênis antes,

01:09tava vendo, mas ali eu vou levar, né?

01:10Assim, hoje, que terça-feira, quarta-feira, são dias mais tranquilos aqui,

01:15você vê que não está movimentado.

01:17Mas geralmente quinta, sexta, sábado, até domingo também, ficamos dois aqui, que sou eu e o dono, né?

01:22Aí a gente acaba se dando bem com relação a esse atendimento.

01:25A gente, o nosso foco, é em cervejas artesanais, né?

01:30A gente produz o nosso próprio show, o nosso próprio show,

01:33a gente tem mais de oito estilos de cerveja, todas as receitas nossas, né?

01:37E aqui, a gente tem dois cendentes,

01:43uma é a Ipa Maratuara, que ela leva a pouco,

01:45e tem uma Serra das Andorinhas, que é uma Bom Diaio,

01:49que ela leva a pouco também de Itaperá.

01:51Nosso horário de funcionamento, ele é das seis, é de domingo a domingo,

01:56das seis da tarde até às meia-noite.

01:59Para a gente, que é uma cervejaria, é um horário que é mais deitável para a gente,

02:05por conta de que Belém, a gente está num centro, né,

02:09que consome muito esses tipos de produtos que a gente tem aqui,

02:15e também pela nossa localização, né?

02:17É uma localização privilegiada, onde tem vários pontos turísticos ao lado,

02:22e acaba sendo para a gente de grande relevância ter a nossa cervejaria aqui onde a gente vem.

02:30Trabalho à noite só para experimentar mesmo que eu trabalho para a parte da manhã.

02:35Sou mecânico, e as vantagens de...

02:38Onde é a tua oficina?

02:39Lá na Escabrão.

02:40E a noite tu pega as flores?

02:43É, só para tirar um extra, entendeu?

02:47Minha meta é sem...

02:49Ela leva a bater oitenta.

02:51De bike é as vantagens, porque, assim, não espera muito o trânsito,

02:55consegue passar por cima da situação.

02:56Já está te chamando?

02:58É, por isso...

03:00É isso, né?

03:02Tu trabalhas de bike?

03:03Trabalho de bike.

03:04Ok.

03:05E aí qual é o percurso mais longo que tu tá saindo assim?

03:08De bike ou de novo?

03:09É, consigo.

03:11Cremação, gramagem, lunas, terra-fílico.

03:13O que é muito cansado?

03:14Tu trabalha até aqui, ó.

03:15É, cansa, né?

03:16Mas a pessoa, tipo assim, acostuma um pouco, entendeu?

03:18Aqui a noite é muito mais animada.

03:20A noite é muito animada.

03:21Tu vê gente, a turma vê gente.

03:23Tanto Portugal, Espanha, Suíça, é a mesma coisa.

03:26E aqui não.

03:26Tu vê animação, tu vê as pessoas.

03:30Tu não consegui estar aqui em Perlém, em qualquer momento.

03:33Tu há muita vontade do Brasil, é insegurança.

03:35Mas aqui é muito melhor, é muito melhor a gente de ver.

03:37Pode sair, tu pode curtir lá.

03:39Tu pode fazer isso porque é o frio, é a distância das coisas.

03:44Não tem a mesma vibe.

03:46A vibe é, é tipo, isolado.

03:48Isolado acima de tudo.

03:50Tipo, não rola música.

03:52Não consegue comemorar, não consegue comemorar nada e fica bem estranho.

03:55Aqui, aqui tu vê a vida, aqui tu vida a vida.

03:58Aqui em Belém, a gente consegue curtir a noite de segunda a segunda.

04:02Independente do clima, independente do período.

04:08A gente sempre vai encontrar um local pra curtir tomar uma cerveja.

04:14Por exemplo, eu vou às vezes pra Cidade Nova, ele mora na Cidade Nova.

04:17Eu moro aqui em Caluto.

04:18Eu vou pra Cidade Nova, às vezes beber com ele pra segunda-feira.

04:21Quer dizer, agora não tanto, né?

04:22Mas eu ia muito beber numa cidadora, porque aí de lá, lá ela lhe deu.

04:27Entendeu?

04:28Que é a região metropolitana de Belém.

04:29Tem sempre um barzinho?

04:30Sempre tem um barzinho, sempre tem uma vibe.

04:32A gente, ah, não, não, na realidade a gente não tem hora pra se encontrar.

04:36Mas quando a gente se encontra, sempre vai ter um local que a gente, que o, independente

04:41do local, a gente vai fazer diferença.

04:43Porque a gente não procura, a gente procura, tá no nosso convívio, pessoas, amigos e tal.

04:48É isso.

04:48Hoje, na noite de Belém, a gente pode sair e escolher opção, ter lugar.

04:52A gente quer curtir blues, tem rock rock, jazz, música instrumental, merengue, clube,

04:59lambada, são coisas para aí, assim, mais legais da Poena, outros lugares, assim, bares regionais

05:07que a gente tem hoje.

05:09Olha aí, do Poena, cita outros.

05:11A gente tem uma maré, Casa do Saulo, a gente tem outra pista, tem uma poá, e muitos outros

05:18bares culturais, né, assim, que rolam umas condenações bem legais em Belém.

05:24A gente chega, por exemplo, no Canudos, a gente chega na Pedreira, a gente chega em qualquer

05:27lugar, sempre vai ter um boteco, um boteco raiz, sempre vai ter uma resenha.

05:32E a gente chega aqui, por exemplo, hoje, numa terça-feira, né.

05:35Esse outro lugar.

05:36Aqui é uma Bragantina.

05:38É.

05:39Entendeu?

05:39Nós chegamos aqui e tá, porra, me assisti em casa, que é uma paredezão sem Bragança.

05:43E eu tô tranquilo pelo fato de tá aqui.

05:47Você acha que tá aumentando a autoestima do Belém?

05:50Cara, na realidade, isso sempre teve em alta.

05:55Sempre teve em alta.

05:56Sempre teve em alta.

05:57A gente é muito fechado com o teu.

05:59A gente é...

06:00Ele respondeu a pergunta que você fez.

06:03Nós somos fechados com a nossa cultura.

06:06Nós não somos pessoas a cultura área.

06:09É uma pessoa.

06:10Não é temporária.

06:11A gente vive, a gente vive isso, vive isso.

06:14A gente sai daqui.

06:15Ele é o meu contor e leva isso daqui pra lá.

06:17É uma identidade nossa.

06:18Nós crescemos aqui.

06:22Nossa cultura é muito forte.

06:23Eu acho que falta mais investimento.

06:25É.

06:25Somos periféricos.

06:26Mais visibilidade pra ela.

06:28Periféricos.

06:29Crescemos em periferia.

06:31Somos da época da...

06:32Mas cuidem a cidade como tudo.

06:34Você está lá em tantos lugares.

06:35Da taberna.

06:36Falta muito.

06:38Somos da época das tabernas.

06:41Das tabernas de bairro.

06:43A gente chegava ali.

06:45Bebia uma cerveja, fumava uma mudança de cachaça.

06:47Somos taberneiros.

06:49É.

06:50Essa aqui é a...

06:51Essa aqui é a...

06:51Amizade.

06:53Dabaiuca.

06:54Isso foi.

06:55E jogar no...

06:55Jogar no bicho.

06:57É.

06:58É.

06:58E comprar o óleo com a metade.

07:00É.

07:01É.

07:02E eu tive que pensar a vaga.

07:03Somos assim.

07:04E eu acho que a gente vai levar isso...

07:06Pra sempre.

07:07Pra sempre.

07:08Seleet.

07:11Tchau.

07:12Tchau.

07:13Tchau.

07:15Tchau.

07:16Tchau.

07:19E aí

07:26E aí

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