Trump pede demissão de presidente do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA

Jovem Pan - 3 em 1

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu a demissão do líder do Federal Reserve, Jerome Powell, em meio a pressões econômicas. Além disso, Trump recebeu a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, na Casa Branca para discutir um acordo tarifário com a União Europeia. A premiê italiana criticou as tarifas sobre exportações europeias, mas defendeu a manutenção dos laços com os EUA.  Assista à íntegra em: https://youtube.com/live/aPU4uBrlB0g   Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/  Inscreva-se no nosso canal: http://www.youtube.com/jovempan3em1   Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S  Entre no nosso site: http://jovempan.com.br/  Facebook: https://www.facebook.com/jovempannews  Siga no Twitter: https://twitter.com/JovemPanNews  Instagram: https://www.instagram.com/jovempannews/  TikTok:  https://www.tiktok.com/@jovempannews   Kwai: https://www.kwai.com/@jovempannews  Threads: https://www.threads.net/@jovempannews  #JovemPan  #3em1

Transcript

00:00Gente, eu quero trazer uma outra situação relacionada também a Donald Trump,

00:03porque o presidente dos Estados Unidos pediu a demissão do presidente do Federal Reserve,

00:07o Banco Central dos americanos, em uma publicação nas redes sociais.

00:12Ele fez críticas à política monetária de Jaron Powell e citou como exemplo

00:17o ciclo monetário de cortes na taxa de juros da zona do euro praticado pelo Banco Central Europeu.

00:22Trump também ressalta que a política monetária imposta pela Casa Branca será mantida

00:26depois o presidente do Federal Reserve dizer que a guerra comercial pode atrapalhar

00:31o duplo mandato do Banco Central de manter a inflação dentro da meta e o país com pleno emprego.

00:36Alan Gani, eu quero te ouvir muito sobre essa situação,

00:39porque você é um dos maiores críticos da possibilidade de intervenção no Banco Central.

00:43Sempre elogia a autonomia do Banco Central brasileiro, por exemplo,

00:46e as críticas que já foram feitas pelo presidente Lula diante da possibilidade de mudança no cargo.

00:52Quando entrou Gabriel Galípolo também se haveria uma articulação maior,

00:55o que era condenado por você e agora nos Estados Unidos.

00:58Como é que você avalia a decisão ou essa crítica de Donald Trump?

01:04Evandro, eu defendo, sobretudo, princípios.

01:08Eu não defendo políticos.

01:09Então, se o político age de acordo com os princípios dos quais eu acredito, eu elogio.

01:16Se o político vai contra esses princípios, eu critico.

01:21Muita gente, por ser Donald Trump, de direita, enfim, alguns colegas aí de direita,

01:27o que eles fazem?

01:28Eles pegam o princípio, pegam a realidade, aí tentam adaptar e falam

01:32não, mas nisso o Trump tá certo, porque não sei o quê, é um xadrez 5D,

01:37aí passa o pano.

01:39Eu não tenho essa.

01:41O princípio pra mim tá acima do político, eu não tenho político de estimação.

01:45Então, eu procuro a minha sanidade mental e a minha coerência acima de tudo.

01:49Portanto, feito esse disclaimer, está absolutamente errado o Donald Trump nisso.

01:54Porque a independência do Banco Central é algo muito importante,

02:00que inclusive garantiu prosperidade nos Estados Unidos.

02:04Porque quando você tem um Banco Central independente, Evandro,

02:08ele age para combater a inflação sem interferência política.

02:12A partir do momento que você coloca o Banco Central, a autoridade monetária,

02:17a serviço do governo, o que ele vai fazer?

02:20É o sonho de todo presidente.

02:21É baixar a taxa de juros na marra, aí você fomenta o crédito e arrebenta o país,

02:26porque a inflação dispara.

02:29A evidência acadêmica, empírica, mostra que bancos centrais e independentes

02:35estão associados a um maior grau de desenvolvimento econômico.

02:39Então, está errado o Trump nessa.

02:42Inclusive, o J. Paul faz um diagnóstico perfeito em relação às tarifas.

02:46Porque se você colocar mais protecionismo, você vai gerar uma inflação momentânea nos Estados Unidos

02:52e vai gerar desaceleração da atividade econômica.

02:55E aí, só para concluir, pesquisem aí no YouTube um discurso do Ronald Reagan,

03:00esse sim, um baita estadista, de direita, republicano,

03:03que ele diz o seguinte, você quer acabar com o país?

03:05Você coloca a tarifa protecionista, porque isso vai se voltar contra si mesmo.

03:10Num primeiro momento, parece que é bom.

03:12Num segundo momento, a indústria se acomoda, a indústria perde competitividade,

03:19porque não tem concorrência, deixa de inovar, deixa de ter qualidade.

03:22Os outros países começam a reagir também com a tarifa protecionista.

03:26Inclusive, o Ronald Reagan diz o seguinte, nesse discurso emblemático,

03:30que a crise de 1929, e outros economistas também dizem isso,

03:35o que o ex-presidente afirma, está ligada, a raiz está ligada ao autoprotecionismo.

03:42Então, eu não vou defender aqui protecionismo e falta de independência do Banco Central,

03:47ah, porque é o Donald Trump.

03:49Não, eu tenho que manter a coerência.

03:51Gustavo Segre, como é que você avalia?

03:53Para você também seria uma incoerência do presidente dos Estados Unidos?

03:56Entre outras tantas que ele está cometendo, lógico.

04:01A gente era contra quando o presidente Lula interferia nas opiniões apenas,

04:06respeito desse rapaz, ou cidadão, ou sei lá,

04:10se referindo a Roberto Campos Neto, presidente então do Banco Central.

04:14Aplica a mesma lógica, mantém a mesma coerência nas críticas que nos elogios.

04:19E aí você vê como a falta de concorrência atrapalha,

04:23não é apenas, como muito bem explicava Allan, um aumento da inflação no curto prazo.

04:28O problema é que você não tendo concorrência, se folga.

04:31Lembremos da indústria automobilística brasileira nos anos 1990.

04:36Os carros não tinham nada.

04:38O próprio presidente, na época, Fernando Corno de Melo,

04:41se referia aos carros como carrozas.

04:43Porque não tinha nada.

04:44E por que não tinha nada?

04:45Porque não tinha concorrência.

04:47Tinha um mercado protegido aqui no Brasil para computadores,

04:50de uma marca muito famosa.

04:52O resto entrava em forma clandestina.

04:54Como eram os computadores?

04:56Uma porcaria.

04:57Então, quando você não gera concorrência,

05:00aquele que detém o mercado por uma imposição de controle do governo,

05:03se folga.

05:04Isso não é bom para o consumidor.

05:07Ô Zé Maria Trindade,

05:08a gente tem visto,

05:09acabamos de falar sobre as oportunidades que aparecem para o Brasil.

05:13Logo em seguida,

05:14a gente traz mais uma decisão de Donald Trump,

05:16que você falou,

05:17não são só as questões econômicas que estão remexidas com essas decisões,

05:21mas tudo relacionado à política e às relações com os Estados Unidos.

05:27Agora vem uma decisão de Donald Trump também com o seu próprio Banco Central.

05:30Não uma decisão,

05:32mas uma crítica que vai na contramão do que se prega em termos de independência do Banco Central.

05:38Os nossos amigos também já rechaçaram isso.

05:42E você, como avalia?

05:43Antes, eu queria dizer para o Segre aí que era Cobra,

05:48aquela marca do computador brasileiro que não valia nada.

05:52Não era nem mais caro,

05:53era proibido importar.

05:56Olha, na verdade,

05:57é muito estranho,

05:58porque não é usual

06:01o presidente

06:02interferir em algo

06:05assim que ele não pode decidir,

06:06como na presidência do Banco Central

06:08e decisões do Banco Central.

06:11Então, lá, a cultura é de um respeito muito grande

06:14pela institucionalidade.

06:16Quer dizer,

06:17se o Banco Central tem independência

06:19e pode tomar as suas decisões,

06:22ele deve fazê-lo e assumir as responsabilidades.

06:25Então, em primeiro lugar,

06:26não é usual que isso aconteça.

06:28Um presidente

06:29criticar o Banco Central

06:31seria um tiro no pé,

06:32que seria atacar as instituições norte-americanas

06:35e uma área sensível,

06:37que é exatamente o mercado,

06:39que é o valor do dólar no mundo inteiro.

06:43Enfim, é isso aí.

06:46Eu acho que ele está imitando o presidente Lula,

06:49que o presidente Lula

06:50criticou o presidente do Banco Central anterior

06:52o tempo inteiro,

06:54e piorou a situação.

06:56Então, é isso aí.

06:58Me disseram,

06:59na semana passada,

07:00numa conversa aqui,

07:02sobre exatamente

07:03esse posicionamento

07:05do poder da fúria

07:06do presidente norte-americano,

07:09Donald Trump.

07:10E me explicaram o seguinte,

07:11olha,

07:12lá não é bem assim,

07:14o presidente tem

07:14as amarras institucionais,

07:17a justiça lá funciona,

07:19ele não pode,

07:20por exemplo,

07:21barrar o ministro do Supremo

07:22de entrar nos Estados Unidos,

07:24porque lá tem a justiça.

07:25A justiça funciona.

07:27E há um processo legal

07:30que possa permitir

07:31cada uma ação.

07:33Isso aí não tem

07:33absolutamente nenhum dado legal

07:35e nenhuma ação na justiça,

07:37mas o inusual

07:38é de um presidente norte-americano

07:40criticar o presidente

07:41do Banco Central

07:42que tem a sua independência.

07:44Exatamente.

07:45O computador...

07:46Ah, lá, Zé.

07:49Pobre.

07:50Meu Deus.

07:51Olha o computador, Zé.

07:53Deus me livre.

07:54Cruzes.

07:56Fala, Felipe Monteiro.

07:57Assim, eu tenho uma opinião

08:00um pouco diferente.

08:01Qualquer cargo da República

08:02ou de qualquer país

08:03é suscetível de crítica.

08:04Então, quando o Lula

08:06criticava o Campos Neto

08:09e o Trump criticava o Powell,

08:13é bom lembrar que o Trump

08:14critica o Powell desde sempre.

08:15O Gandhi está aqui me lembrando

08:16que o Trump indicou o Powell.

08:18E desde o primeiro mandato

08:19do Trump,

08:21o Trump falava mal do Powell,

08:22falava que o Powell

08:23tinha que renunciar,

08:25tinha que se demitir.

08:26Então, o que eu acho

08:27é o seguinte,

08:27faz parte de você

08:28receber crítica.

08:30Então, eu não vejo

08:31nada de anormal

08:32do presidente da República

08:34criticar o presidente

08:35do Banco Central.

08:36O presidente do Banco Central

08:37não está acima

08:38de qualquer crítica

08:39e qualquer escrutínio

08:41da população,

08:43muito menos

08:43da pessoa

08:44que colocou

08:45ele lá.

08:47Então,

08:47eu acho que tem muito mimi

08:48essa história também.

08:49Ah, o presidente dos Estados Unidos

08:50não pode criticar

08:51o Powell.

08:52E tem um ponto

08:53que eu acho interessante

08:53nos Estados Unidos,

08:54que infelizmente

08:55não tem no Brasil,

08:56que nos Estados Unidos

08:57o mandato do presidente

08:58do Banco Central

08:58é o mandato dual.

09:00O presidente do Banco Central

09:02cuida tanto da inflação

09:03quanto do pleno emprego

09:05e do desenvolvimento econômico.

09:07Então,

09:08eu fico imaginando o Powell

09:09vendo as medidas do Trump,

09:10poxa,

09:11vai ter inflação com certeza,

09:13vai ter recessão com certeza,

09:15tendo recessão,

09:16vai acabar os empregos

09:17também de várias pessoas.

09:18Então,

09:20o Powell está preocupado

09:21tanto com o aumento

09:22da inflação

09:22quanto com a recessão

09:24e quanto a perda

09:25de emprego

09:26da população.

09:27Então,

09:28o Powell é responsável

09:29por cuidar também

09:31dessas duas questões.

09:32Infelizmente,

09:32no Brasil,

09:33o banqueiro

09:34do Banco Central

09:35só cuida

09:36da questão da inflação.

09:38Se cuidasse também

09:38do pleno emprego

09:39e do desenvolvimento econômico

09:41como nos Estados Unidos,

09:42duvido

09:43que o Campos Neto,

09:44que o Galipo

09:44mantivessem a taxa

09:46a quase 15%

09:48da taxa Selic.

09:50Duvido,

09:50duvido.

09:51Essa é a minha crítica

09:52ao Banco Central

09:53do Brasil.

09:54Agora,

09:55eu quero contar também,

09:56falando em Donald Trump,

09:57que ele recebeu

09:57a Giorgia Meloni

09:59da Itália

10:00hoje,

10:01lá na Casa Branca,

10:02para falar

10:03sobre a possibilidade

10:04de acordo tarifário

10:05para a União Europeia.

10:07Aí,

10:08a primeira-ministra italiana

10:09Giorgia Meloni

10:09aparecendo para você

10:10na tela

10:11nesse encontro

10:11com o Donald Trump,

10:12naquelas cadeiras

10:14já conhecidas

10:15de várias imagens

10:16desses encontros

10:17que ele tem

10:18lá na Casa Branca.

10:19Ela reclamou

10:20da maneira como

10:21o Donald Trump

10:22está tratando também

10:23a União Europeia

10:24e as taxações

10:25que ele quer aplicar

10:26sobre o bloco europeu.

10:27Você acha que pode

10:28resolver alguma coisa

10:29o fato de ela ter

10:30um alinhamento ideológico

10:31parecido com o de

10:32Donald Trump,

10:32hein, Alangani?

10:33Olha,

10:33eu acho que pode sim

10:34favorecer,

10:36de alguma medida,

10:37convencê-lo

10:38de que não é

10:39a melhor estratégia.

10:40Porque,

10:40basicamente,

10:41a estratégia,

10:42mesmo que seja

10:43para atingir

10:44principalmente

10:45a China,

10:47o Donald Trump

10:47gera todo esse

10:49tarifaço

10:49no mundo

10:50e agora fala

10:51vem cá,

10:52vamos negociar.

10:53Só que eu não sei

10:53se é a melhor forma

10:54de você negociar

10:56colocando uma arma

10:57na cabeça

10:58do seu aliado,

10:59falando kick my ass,

11:00né,

11:01falando para os seus aliados.

11:04Quer dizer,

11:04você imagina o seguinte,

11:05um trabalhador lá

11:06do Japão,

11:08país aliado

11:09historicamente

11:10dos Estados Unidos.

11:11Aí,

11:12ouvindo o seguinte,

11:13o Japão foi,

11:15os Estados Unidos

11:16foram roubados

11:17todos esses anos.

11:19Então,

11:19eu não sei

11:20se é a melhor forma,

11:21também,

11:22de você

11:23atrair

11:24os seus aliados

11:26contra a China.

11:27Além do que,

11:28Trump defende

11:29o protecionismo

11:30desde a década

11:31de 80,

11:32Evandro.

11:32Pouca gente sabe disso,

11:34mas parece que

11:35ele tem essa ideia

11:37mesmo,

11:37diferente do Reagan,

11:38né,

11:38diferente do Reagan,

11:39que o protecionismo

11:40é bom

11:41de alguma maneira.

11:43Agora,

11:43a União Europeia

11:44vai sentar na mesa,

11:45vai negociar,

11:46tem esse poder

11:47de negociação,

11:48até porque

11:49ameaçou também

11:50retaliar, né.

11:51Agora,

11:52se você perder

11:52os seus aliados,

11:53aí que você não vai

11:54conseguir mesmo

11:55derrotar a China, né.

11:56Como é que você avalia

11:57o resultado desse encontro?

11:58A possibilidade aí

11:59de haver,

12:00de fato,

12:01uma baixada de bola

12:02aí do Donald Trump

12:03em relação à União Europeia.

12:04Você é grã?

12:06Não me parece

12:06que vai conseguir

12:07muita coisa

12:08no termo bilateral,

12:09porque a União Europeia

12:10não prevê

12:11essa possibilidade,

12:12ou seja,

12:13não poderia a Itália

12:13conseguir um benefício

12:15perante os outros

12:16integrantes da União Europeia.

12:18Isso vai estar limitando.

12:20Será que a Meloni

12:21tem condições

12:22de mudar

12:23uma ideia

12:24do Trump?

12:24Eu duvido.

12:26Vai ficar bem

12:26na foto,

12:27vai falar

12:28no termo potencial,

12:30poderia

12:30no futuro

12:32ser avaliado

12:32e tal,

12:33mas não me parece

12:34que vai ter

12:35muita condição

12:36de garantir

12:37nada que não seja

12:38com toda

12:39a União Europeia.

12:40E claro,

12:41quando a briga

12:42já começa

12:43a tomar

12:43uma escala

12:44muito grande,

12:45como está tomando

12:45com a China,

12:46qualquer outro aliado

12:47é bem-vindo.

12:49E a Europa

12:49é um bom aliado

12:51para isso.

12:51Então,

12:51isso pode demorar,

12:53de repente,

12:54a gente deixa

12:54para lá,

12:5590 dias

12:56e a gente vai

12:57porque a União Europeia

12:58não retalhou

12:59e vamos indo.

13:00Mas não me parece

13:01que tenha algum

13:02benefício especificamente

13:04e apenas para a Itália.

13:05não me parece

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