- anteontem
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NotíciasTranscrição
00:00A atividade física é realmente a melhor coisa que podemos fazer pela nossa saúde, física e mental.
00:06Mas se você ainda tem dúvidas sobre exercícios físicos em condições como pressão alta, diabetes ou osteoporose,
00:13o programa de hoje vai te ajudar a entender cada caso, porque esse é o nosso assunto de hoje.
00:26Jovem Pan, viva bem! Com Marcio Atala.
00:29Quem vai nos ajudar a entender melhor sobre esse tema é a professora de Educação Física, Carla Montenegro.
00:36Carla, superobrigado por sua participação.
00:39Eu que agradeço o convite, Marcio. Prazer imenso.
00:42Bom, que a atividade física faz bem, a gente sabe desde quando a gente entrou na faculdade.
00:48Mas agora esse tema dominou as mídias sociais, os consultórios médicos,
00:55do pediatra ao geriatra, todo mundo fala do benefício da atividade física.
01:01Por que, Carlinha?
01:03Bem, os benefícios são comprovados, né, cientificamente, que tem uma atuação fisiológica.
01:08Então, vai trazer benefício, eu sempre brinco, da ponta do cabelo ao dedão do pé.
01:11Então, se a gente pensar em fatores de prevenção pra desenvolvimento de doenças crônicas,
01:17a atividade física tem um papel determinante.
01:19Então, controle de peso, saúde mental, saúde física, articular, manutenção de massa magra,
01:24prevenção de diabetes, hipertensão, cardiopatia, câncer.
01:27Então, tá relacionada às principais doenças crônicas não transmissíveis,
01:31da prevenção ao tratamento.
01:33E é a única coisa que tem um benefício no corpo todo, né?
01:36Se a gente pensar hoje em medicações, cada medicação atua num ponto específico.
01:41A atividade física, ela tem uma ação global.
01:44Tem que falar que a atividade física, além de ter essa atuação global,
01:48ela não tem efeito colateral, né?
01:50Exatamente!
01:51Então, é o brinco que só traz benefício.
01:53Se a gente souber dosar, vai trazer benefício.
01:55Então, aí entra um ponto importante.
01:58Estava falando da atividade física.
02:01E a gente sabe que hoje, no Brasil, a gente tem praticamente 20 milhões de pessoas com diabetes.
02:06Quase 40 milhões em pré-diabetes.
02:10Você tem uma população adulta com mais de 50% dela sendo hipertensa.
02:15E existe a crença que só a medicação ali vai fazer com que a doença seja controlada.
02:22A atividade física, ela tem um papel muito importante.
02:25Eu queria que você falasse como a atividade física ajuda nesses grupos especiais,
02:30principalmente para os diabéticos e para os hipertensos.
02:34Bem, se a gente pensar na população que tem diabetes,
02:37que é o aumento da glicemia capilar, que é o açúcar no sangue,
02:40a atividade física, ela vai ter um papel tanto no controle de forma aguda,
02:44no momento durante o exercício físico e da atividade, como movimento,
02:48e no pós.
02:48Então, o fato da atividade física promover aumento de massa muscular,
02:52o controle de glicemia, ele também perpetua ao longo do dia,
02:57mesmo estando em repouso.
02:58Isso porque a gente tem um processo durante a contração muscular
03:01de permitir com que a glicose entre para dentro da célula sem depender da insulina.
03:07Porque se a gente pensar no diabetes, Marcio, o que acaba acontecendo?
03:10É uma pessoa que tem uma ineficiência da ação da insulina,
03:13que é o hormônio que faz com que a glicemia entre dentro da célula.
03:18E durante o processo de contração muscular, a glicose, ela entra para dentro da célula
03:23sem depender da insulina.
03:25Então, a gente fala que é a captação insulino independente.
03:28Então, a atividade física, além de auxiliar no controle de peso,
03:32que está totalmente interligado com o diabetes tipo 2,
03:36ele também vai permitir a entrada dessa glicemia sem depender da insulina.
03:40E outro ponto de atenção é que grande parte das pessoas com diabetes tipo 2
03:45a longo prazo acabam desenvolvendo outras doenças crônicas.
03:48Então, retinopatia, que tem a questão de perda de visão,
03:52neuropatia, que é a perda de sensibilidade, hipertensão, insuficiência cardíaca
03:57e a atividade física atua como prevenção dessas complicações crônicas.
04:02Na questão da hipertensão arterial, que é o aumento sustentado da pressão,
04:06a atividade física tem um efeito que nós chamamos de hipotensor.
04:09Então, ela permite um controle de pressão através do nosso sistema,
04:14que a gente chama de sistema nervoso autonômico,
04:16que auxilia nesse controle da pressão sem depender de medicação.
04:20Então, atuando em questão de coração, em vaso dilatador,
04:24então dilata os vasos permitindo essa queda de pressão,
04:27funcionamento renal que ajuda no volume de sangue e faz a pressão cair.
04:31Então, é uma das formas de tratamento não medicamentoso.
04:34Então, é parte do tratamento.
04:36Sabe quando você fala isso, né?
04:38Eu lembro muito da intervenção lá de Jaguariúna, que eu fiz,
04:42e a gente fez um laboratório para 8, 10 mil pessoas.
04:46Então, a gente fez um palco, como se fosse um grande teatro,
04:49a população ali, para ela visualizar o poder do exercício físico
04:54em relação ao diabetes e à hipertensão.
04:57E aí, a gente pegou duas pessoas aleatórias ali no público,
05:02mediu a glicemia das duas ali, aí estava lá 90, 92, né?
05:07Quer dizer, tudo controladinho.
05:09E aí, a gente falou, beleza, demos uma garrafinha de refrigerante para cada um delas.
05:17Esperamos 10, 15 minutinhos, medimos a glicemia, o que aconteceu?
05:21Estava aumentando.
05:23Eu falei, ótimo, uma vai ficar aqui no sofá e a outra vai pedalar 20 minutos.
05:28E a gente ia, a cada 5 minutos, monitorando a glicemia.
05:33E aí, o que você observava?
05:35Que aquela pessoa que ficou sentada, a glicemia continuou subindo e bateu quase 180.
05:40E aquela pessoa que foi fazendo atividade física, ela controlou e foi abaixando.
05:45E aí, a gente falava exatamente isso, né?
05:48O efeito que a atividade física tem no momento,
05:52e ela vai persistir aí ao longo de um dia.
05:55Às vezes, dependendo da intensidade, um pouquinho mais.
05:57Mas é importante que ela seja feita com regularidade.
06:00E na hipertensão, a gente fez uma brincadeira muito parecida,
06:04para as pessoas entenderem que a regularidade é fundamental, né, Carla?
06:08O ideal é que a gente faça todos os dias, preferencialmente,
06:11mas esse benefício, ele dura de 24 a 48 horas depois.
06:14Então, assim, o segredo da atividade física feita é a regularidade.
06:19Então, é melhor eu me dedicar um tempo maior em um dia só,
06:22ou um pouquinho por dia?
06:23Um pouquinho por dia.
06:25E aí, tem uma questão.
06:26As pessoas ficam sempre com dúvida.
06:27Hoje, parece que só existe a musculação como uma atividade física
06:33que traz benefícios para a saúde.
06:35E o ideal é a combinação, né?
06:37Da musculação e da atividade aeróbica, não é?
06:40Exatamente.
06:41Músculo é importante.
06:43Eu sempre falo que músculo é o novo petróleo.
06:44A gente precisa de músculo para ter uma boa funcionalidade.
06:48Mas, quando a gente pensa em plano ouro para a saúde,
06:51a gente precisa do exercício combinado.
06:52Então, o programa aeróbio ainda é o carro-chefe para o tratamento
06:56e prevenção de doenças crônicas,
06:58mas a gente precisa de musculatura para exercer esse treinamento aeróbio.
07:01Então, o ideal é que a gente consiga combinar
07:03tanto exercícios aeróbios, que são os exercícios cardiorrespiratórios,
07:07com o treinamento de força.
07:08Agora, que a atividade física é benéfica,
07:12a gente sabe que a população já entende isso.
07:14Esse ano, no levantamento do governo federal,
07:18pediu ali para as pessoas elencarem algumas atividades de autocuidado
07:23que eles entendiam como as mais benéficas para a saúde.
07:27A atividade física ficou em primeiro lugar, com 99%.
07:32Então, assim, as pessoas têm consciência que a atividade física traz benefícios.
07:38Tem um dado da Associação Brasileira de Academia
07:40que, assim que a pessoa se matricula,
07:43três meses depois, 64% das pessoas desistiram.
07:49Qual o papel do profissional de educação física
07:52para reter esse aluno?
07:54E depois a gente vai falar um pouco dos cuidados
07:57com esses dois grupos de hipertensos e diabéticos.
08:00Bem, primeiro de tudo é direcionar a prescrição
08:02de acordo com o gosto do aluno.
08:04Eu sempre falo que exercício bom é exercício feito.
08:06Então, às vezes, a gente tem aquela receita de bolo do ideal,
08:09mas o ideal não vai funcionar para todo mundo
08:11e não vai ter o mesmo engajamento e motivação.
08:14Então, um dos grandes desafios dos profissionais de educação física
08:17é manter esse engajamento e motivação.
08:20E isso começa até na avaliação.
08:22Qual é o tipo de avaliação que eu faço?
08:23Como que eu tenho estratégias para traçar metas com o meu aluno
08:27para que ele se sinta motivado e engajado?
08:30Porque se eu coloco uma meta muito grande em três meses,
08:32meu aluno não alcança.
08:34O que acaba acontecendo?
08:35Frustra.
08:36Eu desapareço da academia.
08:37Então, grande parte das pessoas desistem
08:40porque não atingem os objetivos que estão muito fora
08:43do que é realmente realizável.
08:46Então, uma das estratégias é manter engajamento,
08:49metas atingíveis, alcançáveis,
08:51é ter objetivos claros e eu acho...
08:54Ter pressa.
08:55Não ter pressa.
08:56É alinhar as expectativas.
08:57A gente se decepciona quando acaba desalinhando
09:00a expectativa da realidade.
09:02E outro ponto importante é ter um bom relacionamento.
09:05Por que treinamento com o personal dá tanto sucesso?
09:08Porque eu crio um vínculo com o meu aluno
09:10e isso facilita o processo de comprometimento.
09:13Às vezes, eu não quero ir para a academia,
09:15mas eu criei um compromisso com o meu professor.
09:17Então, eu não desmarco.
09:18Então, o segredo também do personal não é só a prescrição individualizada,
09:22mas é o fato de eu criar compromisso.
09:24E escolher um ambiente adequado,
09:26porque muitas vezes a academia não proporciona isso dependendo do público.
09:30Então, se eu pensar num paciente que está acima do peso,
09:33num aluno acima do peso,
09:34que não está confortável com a sua imagem corporal,
09:37e aí eu coloco numa academia com um perfil muito fitness,
09:40fechada, sem janela,
09:42pessoal gritando para fazer exercício,
09:44cheio de espelho,
09:46não vou me sentir confortável,
09:47acabo não tendo uma boa aderência ao programa de treinamento.
09:50Então, isso tudo conta na experiência.
09:52É por isso que hoje a gente vê esse fenômeno do beat tennis,
09:55porque às vezes a pessoa nem joga muito bem,
09:59nem tem muita noção,
10:00mas o ambiente é tão agradável.
10:02Você tem esse vínculo com as pessoas,
10:04porque se você não vai,
10:05fica faltando alguém para jogar.
10:07Então, você tem um ambiente agradável,
10:09você tem a socialização
10:10e de quebra ainda está fazendo movimento
10:13e colhendo esses benefícios.
10:14E, claro, a alimentação também tem um papel
10:17e eu quero saber o que a gente tem no isso por aquilo de hoje.
10:25Tem fibras.
10:28O Isso por Aquilo de hoje
10:29é para ajudar a melhorar a alimentação
10:31de quem já está com algumas dessas complicações na saúde.
10:35Diabetes, pressão alta, colesterol alto
10:38e por isso que temos fibras.
10:41Então, vamos incrementar a sua listinha de mercado
10:43para ficar mais rica nesse nutriente.
10:46O farelo de trigo, em 100 gramas,
10:47tem entre 30 e 40 gramas de fibras.
10:51Fica uma delícia misturar com outros cereais.
10:53A linhaça, em duas colheres de sopa,
10:56tem cerca de 7 gramas.
10:58Então, é só jogar em cima da salada, do iogurte.
11:01Fica uma delícia e bem mais saudável.
11:04A maçã, por favor não esquecer.
11:05Prática de levar para qualquer lugar
11:07e tem quase 5 gramas de fibras em apenas uma maçã.
11:11A aveia, que fica uma delícia com banana e mel,
11:14tem, em duas colheres de sopa,
11:16quase 3 gramas de fibras.
11:18E assim, vamos somando um pouco em cada refeição
11:21para bater a meta no fim do dia
11:23e chegar em pelo menos 30 gramas de fibras.
11:26E claro, a alimentação é fundamental
11:29principalmente para diabético, não é?
11:32Como que é esse controle para quem tem diabetes,
11:36os cuidados que um diabético tem que ter
11:38antes e durante a atividade física?
11:41A alimentação é fundamental no processo de controle do diabetes,
11:45até porque o que a gente ingere, principalmente o carboidrato,
11:48ele vira açúcar rápido no sangue.
11:50Então, em até duas horas, esse carboidrato vai ser revertido em glicose
11:53e tem um impacto grande, não só na glicemia,
11:56mas no controle de peso.
11:57Quando a gente tem o diabetes e o exercício,
12:01os cuidados com alimentação no pré e pós exercício,
12:03a gente vai ter tipos de diabetes que vão distinguir os cuidados especiais.
12:07Então, quando a gente pensa no diabetes que tem uso de insulina,
12:10o paciente que faz uso da insulina para controle da glicemia,
12:14o cuidado tem que ser maior.
12:15Então, obrigatoriamente, ele vai ter que checar a glicemia
12:18antes do exercício.
12:19Antigamente, a gente proibia.
12:21Glicemia descompensada não faz treino, né?
12:23Hoje em dia, a gente ajusta.
12:25Então, se a glicemia está baixa, a gente dá carboidrato,
12:28então faz uma ingesta estimada de 15 a 20 gramas de carboidrato,
12:32espera 15 minutos.
12:34Glicemia na zona alvo, para quem usa insulina,
12:37entre 150 e 250.
12:39Está nessa zona, pode treinar, independente da intensidade.
12:42Glicemia alta, acima de 250, entre 250 e 350,
12:48a gente ou corrige com insulina para baixar para a zona alvo
12:51e fazer exercício, nesse caso, tem que ser leve,
12:54ou faz a correção de insulina ou faz só exercício leve para baixar.
12:59Acima de 350, tem que corrigir, obrigatoriamente,
13:03e também só vai poder fazer exercício leve.
13:05Não pode treinar em jejum, em hipótese nenhuma,
13:08porque o exercício físico vai precisar dessa energia.
13:10Então, aí, esse é uma coisa que tem acontecido bastante, né?
13:15Às vezes a pessoa é diabética e está muito na moda o jejum intermitente.
13:20E eu costumo ver alguns relatos de alunos que chegaram,
13:25enfim, nessa manobra do jejum intermitente,
13:27têm diabetes, treinam o jejum e acabam se sentindo um pouco mal.
13:31Então, ter esse tipo de orientação, ele é fundamental, né?
13:34É, a gente tem que entender que a pessoa com diabetes,
13:36ela não está com o metabolismo em controle fisiológico.
13:40Então, se a gente colocar um outro fator de estresse,
13:42que é o jejum intermitente,
13:43isso vai comprometer não só o rendimento do exercício,
13:46porque, às vezes, a pessoa acha que está arrasando, né?
13:48Então, estou em jejum, vou estar com a glicemia menor
13:50e aí o exercício vai ser mais eficiente.
13:52Não, eu estou comprometendo o fornecimento de energia
13:55durante o estresse, que é o exercício físico,
13:58e isso vai impactar no meu rendimento.
13:59E ainda gera mal-estar, incômodo.
14:02Então, o corpo da pessoa que tem diabetes
14:04não está metabolicamente saudável
14:06para se adaptar a uma condição de jejum
14:08e ainda ser estimulado ao estresse.
14:10Então, não é recomendado.
14:11E uma pessoa que tem diabetes,
14:13quando começa a fazer atividade física, né?
14:15Ela começa a diminuir, por exemplo, gordura visceral,
14:17começa a melhorar a sensibilidade à insulina,
14:19começa a ter algumas adaptações positivas do exercício.
14:22E aí é sempre importante voltar ao médico,
14:25conversar com o médico,
14:26até para rever dose de medicamento, né?
14:28Exatamente, porque provavelmente vai ter que ser ajustada.
14:31E isso, pessoal, independe do controle de peso.
14:35Então, as últimas pesquisas têm mostrado
14:37que esse processo de resistência à insulina,
14:39ele é reduzido através da atividade física
14:42independente da perda de peso.
14:44Porque muitas pessoas associam a não perder peso,
14:47não vai ter compensado diabetes
14:49ou não tem possibilidade de eu ter controlado
14:51só com atividade física.
14:52Não, e esse benefício é independente
14:54do processo de emagrecimento.
14:56Isso é bastante interessante.
14:59E a outra coisa, em relação ainda ao diabetes, né?
15:04É que quando você começa a fazer atividade física, enfim,
15:10no estágio, não digo nem do diabetes,
15:12mas da pré-diabetes,
15:14o estilo de vida, nesse momento,
15:17ele acaba sendo até mais eficiente
15:18do que você entrar com uma solução medicamentosa, né?
15:22Agora, tem que ser feito direitinho, né?
15:26É, e a gente tem uma pesquisa clássica,
15:28que foi uma pesquisa finlandesa,
15:30que é o Diabetes Prevention Program,
15:31que foi publicado em 2002,
15:33que mostra exatamente essa comparação.
15:35Então, um grupo na Finlândia recebeu placebo, né?
15:38Então, um medicamento falso, vamos dizer assim,
15:40que fingia que era medicação.
15:42Um grupo recebeu a metformina,
15:44que é a principal medicação utilizada no pré-diabetes.
15:46E um grupo recebeu a intervenção do estilo de vida,
15:49a alimentação e a atividade física.
15:50E o estilo de vida reduziu em 58% a incidência de diabetes,
15:55enquanto a metformina, 34%.
15:57Então, assim, ninguém vira diabético da noite para o dia.
16:00Então, é um processo longo e vai pelo menos de 5 a 10 anos.
16:05Então, se fizer uma intervenção de estilo de vida efetiva,
16:08então, faz atividade física regular,
16:10cuida da alimentação,
16:12consegue reverter o processo de pré-diabetes.
16:14Agora, também, a gente tem uma população no Brasil
16:17acima de 50 anos,
16:19com uma prevalência muito grande de hipertensão.
16:22Qual o cuidado que o hipertenso tem que ter
16:26antes do treino e durante o treinamento?
16:29Cuidado com a dose do exercício, né?
16:31Exercício é sensacional, mas é uma condição de estresse.
16:34Então, se a gente pensar em níveis pressóricos,
16:37a gente tem a pressão arterial sistólica,
16:39que é a pressão que o sangue sai do coração,
16:41e a diastólica é a pressão que o sangue volta para o coração.
16:43Todo paciente, toda pessoa hipertensa,
16:46tem que checar a pressão antes de começar a sessão.
16:49Se estiver acima de 160 por 90,
16:51não é recomendado fazer exercício.
16:53Por quê?
16:54Exercícios aeróbicos, que são os contínuos,
16:56de menor intensidade, como caminhada, bicicleta, corrida,
17:00ele sobe a pressão arterial sistólica,
17:02e a pressão diastólica tende a se manter.
17:05A questão é, se eu já começo com uma pressão alta,
17:07eu posso ter um pico pressórico e levar a um evento cardíaco.
17:10Não estou querendo colocar medo, mas é necessário cuidados.
17:14E o treinamento de força, seja na musculação, pilates, treino funcional,
17:19ele aumenta não só a pressão arterial sistólica, como a diastólica também.
17:22Isso não significa que o treino de força faz mal.
17:25Isso significa que o cuidado também tem que ser.
17:27Além de mensurar a pressão antes de iniciar a sessão de exercício,
17:31tem que respeitar o intervalo entre as séries.
17:33Por quê?
17:33A gente começa uma série, por exemplo, de supino,
17:36a pressão sistólica sobe, a diastólica sobe,
17:39e é no intervalo que ela recupera.
17:41Então, se eu não respeito aquele tempo de pausa entre uma série e outra,
17:45eu começo a próxima série já com a pressão aumentada.
17:48Então, tem que tomar cuidado com a pressão antes
17:51e respeitar o intervalo entre as séries.
17:53E hoje tem uma moda muito grande nas academias, né?
17:56E eu percebo que há pouco controle em relação à pressão arterial.
18:02Pelo menos quando você olha ali, você não vê os professores,
18:05via de regra, controlando.
18:07E a moda é treinar até a exaustão, treinar até a falha.
18:12Uma pessoa hipertensa, seria melhor um treino o que menos exigente
18:19e respeitar bem esse intervalo?
18:21Com toda certeza.
18:22Se a gente pegar diretriz para a hipertensão,
18:24é que a gente não vá até a falha.
18:26O treinamento tem que ser moderado,
18:28exatamente para treinar numa zona de segurança para esse paciente.
18:32Porque o exercício, né, a gente sempre preconiza aqui
18:34que ele vai ajudar muito a nossa saúde,
18:37que o nosso corpo, ele foi feito para ter movimento.
18:40Mas o exercício, nessas situações,
18:43ele é muito importante que ele seja dosado, né?
18:47A ideia do exercício é que ele seja recomendado
18:51num nível que você está um pouquinho acima,
18:55até para o seu corpo ter esse ganho,
18:57e nunca esse exercício que vai te deixar no dia seguinte
19:00com tanta dor, que você fica até com dificuldade
19:03de realizar as tarefas do dia a dia.
19:05O tradicional no pain, no gain.
19:06É, isso não existe na área da saúde.
19:08E até se a gente pegar com o olhar para a saúde,
19:12as pesquisas mostram que o benefício cardiovascular
19:14de ganho de força entre o moderado e vigoroso
19:17é basicamente nulo.
19:18Não tem tanta diferença em ganhos de saúde.
19:21Não estou falando de atleta de alto rendimento.
19:23E quando a gente pega uma população hipertensa,
19:26a gente está olhando para a saúde.
19:27Então, eu não preciso ir até o exaustão,
19:29não preciso de treino vigoroso.
19:31O moderado é sensacional e vai trazer muito benefício.
19:34Exatamente.
19:35E aí, claro, a estética, um pouco o desempenho melhor,
19:39ele vai vir com um pouco mais de tempo,
19:41mas fundamentalmente com a regularidade.
19:44E aí, a gente acaba vendo muita coisa.
19:46E uma delas que eu ouvi, me deixou um pouco assustado,
19:49mas eu trouxe para o mito ou verdade,
19:51é se as pessoas que têm osteopenia, osteoporose,
19:54elas não podem correr.
19:57Então, vamos ouvir a opinião das pessoas nas ruas.
20:04É mito ou verdade?
20:07E aí, Márcio?
20:09Será que quem tem osteoporose pode correr?
20:11Esse é o nosso mito ou verdade de hoje.
20:14E eu vim aqui para a rua para saber o que as pessoas estão achando sobre isso.
20:17Eu acredito que com a orientação médica, não devo ter problema.
20:21O exercício sempre é bom.
20:22Prescrito por mim, por exemplo.
20:24Eu prescrevo, quem puder, faça, vale a pena.
20:27Se se cuidar direitinho, eu acho que pode fazer, sem problemas.
20:30Com restrições, naturalmente, né?
20:33Não vai se candidatar para uma Olimpíada,
20:35mas eu acho que no Maneiro dá para fazer, sim.
20:38É bom evitar uma maratona, mas tem que se mexer.
20:41É isso aí.
20:42Olha, sinceramente, eu não tenho informação,
20:45não saberia te dizer,
20:47mas exercício físico é importante, né?
20:50Sempre é bom, né?
20:51É, talvez sem muita intensidade, alguma coisa assim,
20:55mas é importante.
20:56Mas precisa de orientação médica, né?
20:58Certíssimo.
20:59E aí, Márcio, fala para a gente, é mito ou verdade?
21:02Claro que, voltando agora com esse mito ou verdade,
21:05é mito, né?
21:07As pessoas com osteoporose, claro, com orientação,
21:10precisam entender qual o grau dessa osteoporose,
21:12mas uma das maneiras muito eficientes da gente ganhar massa óssea
21:17são com as atividades que geram algum tipo de impacto.
21:21Muitas mulheres que passaram da menopausa já têm um grau de osteopenia
21:25e eu queria que você falasse dessa combinação de treinos,
21:30inclusive essas que têm um pouquinho de impacto,
21:32que é para ajudar aí a manter uma massa óssea, Carla.
21:35Então, assim, o treino com impacto, que pode ser a caminhada, a corrida,
21:39a dança, ela vai melhorar a absorção de cálcio pelo osso.
21:43Então, ele vai ajudar no tratamento.
21:45É claro que a gente tem que se preocupar, assim,
21:47em qual condição, qual grau de osteopenia e osteoporose essa pessoa está,
21:51a questão da massa muscular.
21:53E, principalmente, as mulheres que entram na menopausa
21:55por todo o processo de mudança hormonal,
21:57acabam sofrendo mais.
21:59E o ideal é que a gente já se prepare antecipadamente.
22:01Então, eu não vou esperar entrar na menopausa
22:03para pensar num programa de treinamento
22:05e incluir exercícios de impacto.
22:07Então, o ideal é que a gente faça isso a vida toda,
22:09mas se eu entro na menopausa,
22:11obrigatoriamente, eu tenho que tentar combinar
22:13exercícios de impacto com exercícios de força.
22:15É, a cada 10 pessoas que têm osteoporose, né,
22:19quase 9 são mulheres.
22:21E, principalmente, nessa fase que você falou,
22:23que vai entrando ali na menopausa.
22:26E aí, combinar esses exercícios
22:28acaba sendo muito importante.
22:30E aí, eu queria entender de você
22:33essa questão da combinação dos estímulos, né?
22:37Hoje, eu ouço muito,
22:39a musculação só, enfim, ela já resolve.
22:44Não precisa alongar.
22:46E eu sempre entendo que cada tipo de atividade física
22:50ela se propõe por um tipo de adaptação no nosso corpo, né?
22:54Então, a atividade aeróbica,
22:56ela vai fazer com que o meu coração seja maior,
22:59com menos esforço, né?
23:01Ele bata menos vezes por minuto e leve sangue, oxigênio e nutrientes
23:04para o corpo inteiro.
23:06Meu pulmão com mais eficiência.
23:08Coisa que a atividade de força
23:11não vai ter o mesmo ganho nesse lado.
23:15Agora, obviamente, para um ganho de massa muscular,
23:17a musculação.
23:18E ainda a gente tem uma terceira opção de treino
23:22que é treinamento de mobilidade articular, né?
23:26De você ganhar amplitude nos movimentos,
23:29com os alongamentos, com aulas de pilates.
23:31Queria que você falasse um pouco dessa combinação
23:34desses três estímulos.
23:36Bem, como você bem colocou,
23:38cada exercício estimula um tipo de capacidade.
23:40Então, é claro que o benefício vai acontecer de forma global.
23:44Nosso corpo já agradece,
23:45independente se eu conseguir fazer toda a combinação ou não.
23:48Mas a gente tem que entender que,
23:49fisiologicamente, o nosso corpo responde frente ao estímulo.
23:52Então, assim,
23:53ah, o treino de força, a musculação,
23:55vai trazer benefício para o sistema cardiorrespiratório?
23:58Vai, mas de uma forma muito pequena,
24:00comparado com o exercício aeróbico.
24:02Então, o exercício aeróbico,
24:03pela própria característica de ser consistente, né?
24:06De estimular resistência,
24:08ele traz adaptações cardíacas, pulmonares e de vasos
24:13que não tem como a gente comparar com treino de força.
24:16Então, a gente melhora a eficiência cardíaca
24:18e por isso que a tendência da frequência cardíaca
24:20para quem é bem treinado, abaixa.
24:23A capacidade de expansão de caixa torácica
24:26por conta de força muscular,
24:28de inspiratória e expiratória, melhora.
24:30A vascularização,
24:32então, o nosso corpo cria novos vasos
24:34para irrigar não só o coração, mas o corpo inteiro.
24:36Por quê? Eu dependo de uma demanda
24:38por um longo período,
24:39que é a característica do treino aeróbico.
24:41Além de produção de diversas substâncias anti-inflamatórias
24:44que vão interferir nessa nossa questão de saúde,
24:48que favorece o metabolismo,
24:50mas com um olhar principalmente para a parte cardiovascular.
24:53Então, não tem outro exercício
24:55que vai estimular tão bem o sistema cardiorrespiratório
24:57quanto o exercício aeróbico.
24:59Da mesma forma que o exercício aeróbico
25:00não vai fazer uma pessoa hipertrofiar.
25:02Então, se a gente pensa, por exemplo,
25:04num processo de envelhecimento,
25:06e aqui eu falo dos 30 a mais
25:07que a gente já atingiu, né, Márcio?
25:09Então, se eu não faço treino de força,
25:13eu vou perder massa muscular.
25:14E é esperado que eu perca principalmente o músculo,
25:17que a gente fala de característica de força.
25:19A gente tem dois tipos de fibra.
25:21Fibras do tipo 1,
25:22que são as fibras mais resistentes,
25:25que são recrutadas nos exercícios aeróbicos,
25:27e as fibras do tipo 2,
25:29que são as fibras mais de força.
25:30E, potencialmente, a partir dos 30 anos,
25:33a gente vai perder força.
25:35A questão é, eu consigo prevenir isso?
25:37Como?
25:38Fazendo treino de força.
25:39Então, a musculação é o principal carro-chefe,
25:42é o treinamento de força em geral,
25:44para trabalhar força.
25:45Então, se eu quero ganhar massa,
25:47ou minimamente não potencializar a perda,
25:50eu vou ter que fazer treino de força.
25:52E isso, a partir dos 30 anos, vai ser obrigatório.
25:55Duas vezes por semana é o suficiente,
25:57de acordo com as diretrizes.
25:58Da mesma forma que a musculação não vai estimular
26:01a minha mobilidade de uma forma sensacional,
26:03que a gente também perde.
26:05Por isso que atividades como pilates, o yoga,
26:08ou próprios exercícios específicos de mobilidade,
26:10são importantes também para a função.
26:12Por quê?
26:13Não preciso ser uma ginasta,
26:14mas eu quero, no envelhecimento,
26:16alcançar alguma coisa no móvel em cima,
26:18pentear o cabelo,
26:19poder agachar para pegar um...
26:20Amarrar o sapato.
26:21Então, são atividades de vida diária
26:23que são impactadas.
26:25E por esse motivo, a gente tem capacidades diferentes
26:28sendo trabalhadas por modalidades e estratégias diferentes de exercício.
26:32O ideal é que a gente tenha a combinação de todos eles
26:35na nossa rotina de treinamento.
26:38Carla, não consigo começar com tudo.
26:40Então, começa com o que dá para ser feito
26:42e depois a gente vai melhorando.
26:44Tem algumas pessoas que,
26:45de acordo com a condição clínica,
26:46a gente não vai conseguir colocar tudo de uma vez.
26:49Não tenho força.
26:50Começo com fortalecimento e depois incluo as outras.
26:52Mas isso é um olhar individualizado,
26:55mas o ideal é que a gente consiga fazer
26:57um programa que englobe todas as capacidades.
26:59É, por isso que eu sempre falo,
27:00a escolha de um bom profissional
27:02para fazer essa orientação é importante.
27:05Não escolha aquele profissional
27:07que é apaixonado por uma modalidade só
27:09e acha que essa modalidade vai resolver tudo.
27:13Escolha aquele professor
27:14que tenha um bom senso,
27:16um conhecimento da área
27:17e que vai, como a Carla falou,
27:19inserindo aos poucos essa atividade física
27:22para que ela cumpra o seu papel,
27:24que é melhorar a qualidade de vida das pessoas.
27:27Carla, muito obrigado.
27:29Foi uma verdadeira aula.
27:30Quero agradecer muito a sua presença.
27:32Eu que agradeço o convite.
27:34Muito obrigada.
27:34Espero ter ajudado.
27:35Ajudou muito.
27:37Tenho certeza que a Carla ajudou tanto
27:38que agora, no final do Viva Bem,
27:41você já sabe que pode assistir
27:43lá no canal do YouTube da Jovem Pan News
27:46e compartilhar com quem você gosta,
27:48com quem você quer que viva bem.
27:51também pode ouvir o programa inteirinho
27:53no Spotify.
27:55E você já sabe,
27:56semana que vem a gente tem um encontro marcado.
27:58Até lá.
27:59Jovem Pan, viva bem,
28:07com Márcio Atala.
28:08A opinião dos nossos comentaristas
28:11não reflete necessariamente
28:13a opinião do Grupo Jovem Pan
28:15de Comunicação.
28:20Realização Jovem Pan.
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