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Diversão
Transcrição
00:00Mário Jorge, Mário Jorge, alguma coisa me diz que essa história de campeonato não vai dar certo.
00:14Jogar dinheiro é coisa perigosa, Mário Jorge, isso é coisa pra profissional.
00:18Vamos jogar com um grão de feijão valendo dinheiro.
00:21Não, senhora. Não, senhora. Feijão de quem?
00:24Não, sué.
00:25Não. E se a gente perder? Eles levam o nosso feijão?
00:28Não, senhora. Vamos jogar com o feijão deles.
00:31Mário Jorge, eu não vou ser mesquinha e pedir o feijão deles pra jogar buraco.
00:35A única coisa que eles têm, se a gente pegar o feijão deles, eles vão fazer o quê?
00:39Não vou ter nada.
00:41Então, Celinha, eu sinto muito, mas eu vou ter que agir de uma maneira pouco recomendável, segundo alguns moralistas.
00:49Presta bem atenção, hein, Celinha.
00:52Se eu coçar a cabeça, eu tô com um naipe de ouros na mão.
00:56Você guarda as cartas.
00:58Se eu levar a mão ao coração e der um suspiro agoniado, é copas.
01:04Se eu tossir, é espadas.
01:08E palos.
01:09Vamos no óbvio, eu coço o saco.
01:14Amário Jorge, eu não entendi nada.
01:15Fala tudo de novo pra mim.
01:17Vou recapitular.
01:18Olha aqui, ó.
01:19Amário Jorge, peraí, ou eu presto atenção nas cartas ou na sua macacada.
01:28Esqueci tudo.
01:30Peraí.
01:31Copas é onde?
01:32Copas, no coração, Celinha.
01:34Lá em Pato Branco tinha um homem denominado dolento.
01:36E sempre roubava no jogo.
01:40Tinha um método infalível de ganhar nas cartas daí.
01:43Certa vez, na época da desova do Pacu...
01:45Isso é lindo.
01:47Voltou a desova do Pacu, é.
01:49Deixa, Amário, já deixa.
01:50Continua, Bozano.
01:51Certa vez, na época da desova do Pacu, houve um torneio de buraco.
01:56E Niodolente apaixonou-se perdidamente por Berta e Berenice.
02:00Que vinha a ser filha de Dorival Lascente, dono das terras do Boi Demente daí.
02:03Pois Iodolente, tonto de amor, esqueceu-se dos sinais que combinou com o parceiro e os dois acabaram perdendo a partida.
02:11Vocês acreditam?
02:12Perdeu por amor.
02:14E disse em alto e bom som pra quem quisesse ouvir.
02:18Perdi o jogo.
02:20Mas ganhei a vida daí.
02:24E o que o Pacu tem a ver com isso?
02:27É que geralmente nessa época do ano as noivas se casam lá em Pato Branco por causa de saia de viges.
02:33Chega, chega, chega, chega.
02:34Eu desisto.
02:36Eu desisto.
02:37Esse estrupiço hoje acordou em surto.
02:39Ligaram a polaca na tomada.
02:42Bozana, você fica quietinha na hora do jogo, tá?
02:44Ah, mas hoje eu tô nervosa.
02:46Tô nervosa.
02:47Não gosto dessa coisa.
02:49Não sei roubar.
02:49Calma.
02:51Vai todo mundo ver na minha cara que eu tô roubando.
02:54E se a gente botar a Isadora no meu lugar?
02:56Oh, não morre tão cedo.
02:58Chegou.
03:00Chegou.
03:01Quer jogar?
03:02Um torneio de buraco com teu pai?
03:05É, eu tenho mais o que fazer, hein?
03:07Paizinho.
03:09Paizinho?
03:10Vem chumbo grosso por aí.
03:13É, eu tenho uma notificação aqui pra você e pro Arnaldo.
03:16Tava lá embaixo.
03:18Notificação?
03:21E na diplência...
03:23Cato...
03:24Celinha?
03:25Hum?
03:26Tá dizendo aqui que a gente não paga o condomínio há 14 meses.
03:30Que absurdo.
03:31Claro que pagamos.
03:33Não pagamos?
03:34Pa, pa, pa...
03:35Isadora, você não disse aqui nesta sala que queria contribuir com as despesas da casa
03:43e que você ia ficar responsável pelo pagamento do condomínio?
03:46Disse.
03:47O seu e da minha mãe.
03:49Mas foi promessa de campanha.
03:50Como assim promessa de campanha?
03:52É, porque na época eu tava me elegendo, né?
03:54Como eu queria me eleger, eu prometi que ia pagar o seu condomínio da minha mãe
03:56porque eu achei que era uma maneira garantida de conseguir o voto de vocês.
04:00Prometeu e não cumpriu?
04:01Claro, né, Celinha?
04:04Oh, meu Deus.
04:05Bom.
04:06Oh, minha nossa senhora.
04:09Oh, minha nossa senhora.
04:10Tá bom.
04:1014 meses sem pagar o condomínio.
04:12Tá bom.
04:13Olha, na verdade, são...
04:18É um ano e dois meses, pra ser mais exato, que se colocar os juros e a correção...
04:25Fica uma coisa astronômica daí.
04:29Mas eu não posso acreditar numa história dessa, garota.
04:33Como é que você me faz uma coisa dessa, garota?
04:36Mão caráter!
04:39Peraí também, vai, gente.
04:40Eu prometi mundos e fundos a todo mundo.
04:41Você também não foi o único lesado, ué.
04:43Mas por que, Isadora?
04:45Por quê?
04:45Por quê?
04:46Porque eu já saí da casinha, pai.
04:47Só por isso.
04:48É.
04:49Tua mãe sabe disso?
04:50Não, nem eu lembrava dessa história.
04:52Então você vai lá e conta pra ela.
04:54Porque não é justo que eu e Celinha fiquemos abalados emocionalmente antes do jogo
04:58e ela e Arnaldo no bem bom.
04:59Se estragou o meu dia, vai estragar o dela também.
05:01Vai lá.
05:02Garota mau caráter!
05:04Garota ordinária!
05:06Essa menina tem o olho junto.
05:08Oi, mãe.
05:13Oi.
05:14Tá com essa cara por quê?
05:15Hoje eu tive um dia de cão.
05:18Ia vir um casal pra conhecer o apartamento no Leblon.
05:21No final da visita eu perguntei, gostaram do apartamento?
05:24Disseram que adoraram.
05:25Falei, que tal, vamos fechar negócio?
05:28Riram na minha cara.
05:29Mas vão passeando.
05:31Os dois, volta e meia, querem conhecer uns apartamentos de luxo.
05:34Não se pode uma coisa dessa.
05:35E hoje, como se não bastasse, ainda teremos o glorioso torneio de buraco que Mário Jorge
05:40e Arnaldo organizaram.
05:42Tem dias que não tá fácil, viu?
05:44É, né?
05:45Pois é, tem dia que a vida não alivia, né?
05:48Uma paulada atrás da outra.
05:50Pois é, eu ainda tenho que decorar os códigos pra roubar no jogo que o Arnaldo ensinou.
05:55Entendeu?
05:56Eu sinto que são dois ladrões.
05:58Arnaldo e Mário Jorge são dois gatunos, isso sim que eles são.
06:01Porque eu tenho certeza, minha filha, que Mário Jorge e Celinha já combinaram os códigos deles.
06:06Entendeu?
06:07Já começou mal e tende a piorar.
06:10Tende.
06:12Olha, amanhã eu vou ser bem direta, tá?
06:14Porque nessa hora a objetividade é o que conta.
06:16E foi?
06:17Vocês estão devendo 14 meses de condom...
06:20Mas...
06:21Como é que isso é possível?
06:23Quem ficou de pagar isso?
06:25Não foi você?
06:25É.
06:26Seria eu, né?
06:27Mas, no caso, não paguei.
06:29Você não pagou?
06:30Nunca pagarei.
06:32Minhas promessas foram sans, mãe.
06:35Vans.
06:36É, foi o que eu disse.
06:36Sans.
06:37Vans.
06:38Vans.
06:38Com V.
06:39Com V de vingarista.
06:41Você tá me entendendo?
06:42Com V de batia.
06:43Com V de vagabunda.
06:44Entendeu?
06:45Isadora da sua.
06:46Ai!
06:46O que foi que a senhorita fez com o dinheiro do condomínio?
06:49Eu prefiro não comentar.
06:51Meu Deus do céu.
06:51Eu vou manter.
06:52Ai!
06:52Pelo amor de Deus.
06:54Arnaldo.
06:55Arnaldo.
06:55Isadora não pagou 14 meses de condomínio.
06:59Meu Deus do céu.
07:00Não é possível.
07:01Essa história tá mal contada.
07:03Isso deve ser algum acordo da Isadora com a coisa.
07:07Ai, isso aí.
07:08É.
07:08Você acha que se essa bruxa tivesse, ele não faria um escassel se essa história fosse verdade?
07:13Nesse ponto você pode ter razão.
07:14É, o mais importante agora, Rita, é deixar bem claro os nossos códigos.
07:19Então, repassando.
07:21Pô.
07:21Se eu levantar a sobrancelha, você compra da mesa.
07:27Se a sobrancelha estiver abaixada, eu estou quase batendo.
07:31Você não vai encher a mão de carta e a gente acabar perdendo ponto.
07:35Arnaldo, vai te catar.
07:37Ó, fica você sabendo que eu já participei de uma série de torneios de buracos.
07:42Tá entendendo?
07:43Ah, é.
07:44E você, por acaso, ganhou algum torneio?
07:47Olha, Arnaldo, eu não fui ouro.
07:48Mas eu fui muito elogiada pela minha capacidade de superação.
07:52Sim, então recapitulando.
07:54Se eu falar de extração, você pensa em copas, canal, ouro, prótese, paus e abscesso, espadas.
08:03É muita coisa, Arnaldo.
08:04Olha, então faz o seguinte.
08:06Se tiver muita carta, você arreia até as calças.
08:09Se tiver trinca, você também acaba arreando a trinca.
08:11Não, não, não.
08:12Isso eu não faço.
08:13Eu não arreio trinca, não.
08:14Não, não arreio.
08:14Eu tenho vergonha.
08:15Entendeu?
08:15Eu não acho ético você arreiar a trinca.
08:17Não é um jogo de pervertido.
08:19Você tá me entendendo?
08:20Tudo que é de três não acaba bem, Arnaldo.
08:22Ah, depende, né, mãe?
08:24Tem coisa que a três acaba bem até demais.
08:27Você vai no seu quarto, entendeu?
08:29Já, já.
08:30Vai refletir sobre a inconsequência dos seus atos.
08:33Mas que loucura, essa menina não raciocina.
08:35Mas, mãe, é que eu tenho um olho junto.
08:39Aí, o cérebro não vai.
08:41Esqueci, eu escutei isso a vida inteira.
08:42A culpa, sabe de que é do seu pai, do Mário Jorge, entendeu?
08:44Eu tenho ódio do Mário Jorge, às vezes, que eu nem sei o que eu posso fazer.
08:49Disfarça a tua raiva, Rita.
08:51Não deixe o oponente perceber a tua fraqueza.
08:55Não, não, não.
08:56Vamos lá.
08:58Então, você está bem lembrada sobre as instruções das sobrancelhas?
09:03Eu estou lembrada, sim!
09:05Então, vamos...
09:06E você vai depilar as sobrancelhas, não é isso?
09:08Rita, Rita, por favor.
09:10Vamos recapitular as minhas...
09:12Vamos lá.
09:14Vamos.
09:15Sobrancelha levantada, aí eu compro.
09:17Sobrancelha abaixada, eu vendo.
09:20Como vende?
09:21Vende o quê?
09:22Rita, você vende o quê?
09:24Você vende as cartas para o inimigo?
09:25É isso, eu sou uma mulher de vendas, Arnaldo!
09:28A preta é isso!
09:29E eu já fui vendida.
09:33Acreditam?
09:35Já fui vendida.
09:37Certa vez, na Gélia.
09:39Um berbere.
09:40E o que vem a ser um berbere?
09:44Berbere são povos nômades do deserto protético.
09:49E aí, galera?
09:51Oi, mamãe.
09:52Chegou, é?
09:53Animada para o campeonato de buraco?
09:55Ah, não, espera aí, Selina, que eu estou interessada em uma história que a Copela estava me contando.
09:59Uma aventura na Argélia, não foi?
10:02Eu já conheço.
10:03Foi vendida no mercado.
10:05Um berbere ofereceu 100 camelos ao meu amante na época.
10:09Mas eu fiquei tão indignada, mas tão indignada, que eu me meti na tenda dele, arranquei as roupas todas e fiz o que eu nunca tinha feito antes.
10:20Meu pai.
10:23E a troco de quê você se meteu embaixo da manta de um berbere?
10:27Porque ele berberizava.
10:32Berberizava.
10:33Na manhã seguinte, ele ofereceu 300 camelos.
10:38E ainda disse que estava aberta a negociações.
10:40Ele queria me comprar de qualquer jeito.
10:46Alô!
10:47Leda!
10:48Vai ser a minha parceira.
10:51E aí?
10:51E aí?
10:52Oi!
10:52Eu vou dizer, hein?
10:55Essa dupla aqui é imbatível.
10:59Oi, dona Leda.
11:00Oi.
11:00Consertou a boca, né?
11:02Graças a Deus.
11:03Graças a Deus.
11:04Eu consegui encontrar um médico lá em Copacabana, numa sobreloja.
11:09Ele foi ótimo, porque ele sugou todo aquele negócio que o Ladir tinha colocado.
11:14Ele sugou, porque estava muito ruim.
11:16Menina, aquilo inchava.
11:17Não precisa dizer mais.
11:21Para eu escovar os dentes, menina, eu tinha que ficar nua.
11:25De tanto que eu babava.
11:28A galera já estava dizendo que baba, baby, baby, baba.
11:34Era a melô da Leda.
11:37E, dona Leda, a senhora, hein?
11:40Esse tempo todo afirmando que eu era o culpado com o efeito, hein, dona Leda?
11:45É que eu estava nervosa.
11:47E quer saber de uma coisa?
11:48Quando eu estou nervosa, eu boto a culpa em qualquer um.
11:51Viu?
11:52Lá em Pato Branco, tinha uma mulher que gostava de botar a culpa nos outros também.
11:59Uma vez ela resolveu botar a culpa na filha de Dom Bernadote, que é um homem muito influente lá em Pato Branco.
12:03E se deu mal, viu?
12:05Porque o velho Bernadote mandou uma dupla de capangas dar uma surra nela na roça do que frangote.
12:10Você está falando comigo?
12:11Eu estou contando uma história de Pato Branco.
12:13que eu não tenho interesse nenhum, porque Pato, para mim, sou laqueado.
12:19Bora, filho.
12:20Leda, vamos abrir o cheiro de Deus.
12:23Vamos lá.
12:26Ô, mãe, eu tenho passado o diabo aqui nesse condomínio.
12:29A besta tem me perseguido implacavelmente.
12:34O que você está falando, filho?
12:36Dela, mãe.
12:37Daquela que não se pode invocar o nome.
12:39Ah, o que ela está fazendo?
12:42Espera aí, Adonis, meu filho.
12:44Isso aqui.
12:45Adonis, deixa eu ver.
12:47Uma coisa, você está com uma coisa presa aqui nas costas.
12:51O que é isso?
12:51É um papel?
12:54É uma letra I?
12:56Ou que venha a ser um I?
12:57I de Nadiplente, pai.
12:59Está vendo, mãe?
12:59Está vendo?
13:00Foi ela.
13:02Se aproximou de mim no parque aquático e colou sem que eu visse essa letra.
13:06Não, mas isso é um absurdo.
13:08Eu não vou admitir que a dona Álvaro...
13:12E então?
13:18Preparados para perder...
13:21Ela já chega com a simpatia que lhe é peculiar.
13:25Eu só sou simpática com quem paga as contas em dia.
13:30Dona Álvaro, a senhora, por acaso, prendeu este papel com a letra I de Nadiplente nas costas do meu filho Adonis?
13:37Eu colei e pretendo colar nas costas, ó, de todos vocês, inadimplentes, como uma marca moral.
13:46A Álvaro está enlouquecendo gradativamente.
13:51Vamos nesse choguinho de buraco, porque buraco é uma coisa mara.
13:54Tu entra ca já e sai ca aqui
13:58Casamento hoje é isso aí
14:01Toma lá da cá
14:03E no rola rola
14:05Embola o que há aí, aqui
14:08Entre Copacabã e o sonho de Pacaraí
14:15Vivendo e dançando
14:19Dois pra lá e dois pra cá
14:22Porta a porta o amor fala entre si
14:28Falsa calma e aí o temporal
14:31Um relevo baixo
14:33É tradisculagem
14:35Do amor no país do carnaval
14:38Tu entra ca já e sai ca aqui
14:42Casamento hoje é isso aí
14:45Bom, meus amigos, meu marido Ladir quer fazer um convite ao Dr. Arnaldo e a Mário Jorge
14:52Peraí, que convite é esse?
14:54Ah, tem que olhar bem, né?
14:55Que a última vez que seu Ladir nos convidou pra alguma coisa
14:58Nós terminamos numa boate em Bangu com ele vestido de Dirlatomas
15:02Mário Jorge, eu quero lhe fazer um convite, Mara
15:08Fala de uma vez, o que é que é seu Ladir?
15:11É que eu vou lançar minha nova coleção
15:13Agora eu sou um estilista
15:16E pretendo renovar algumas coisas
15:19Tendências, por exemplo
15:20Não, eu posso imaginar as tendências
15:23E daí essas tendências eu prefiro inovar
15:27Eu não quero, por exemplo
15:30Modelo sarado
15:33Quero homens comuns
15:37Isso, Ladir pretende atingir o grande público
15:41Ainda ontem, ao deitar, ele me disse
15:44Álvaro, eu quero me entregar aos braços do povo
15:49Eu posso avaliar, Dona Álvaro
15:53E o senhor quer que a gente faça o que, seu Ladir?
15:58Que você e o Arnaldo desfilem as minhas roupas
16:03Não, mas peraí, peraí
16:04Isso é um absurdo, seu Ladir
16:06Eu sou um dentista
16:07Eu não posso sair por aí de pantalonas rosas
16:10Não
16:10Tem uma coisa
16:12As roupas dessa coleção do Ladir
16:14Elas sempre foram muito polêmicas
16:16Porque eu tenho um amigo
16:18Que comprou uma jaqueta
16:20Na outra coleção ainda
16:21E até hoje ele está sendo chamado de Madonna
16:25Eu tenho que ir ao toalete
16:30Porque depois daquelas aplicações que o Ladir me deu
16:34Eu fiquei com incontinência urinária
16:36Dá licença
16:37Uma barata
16:45Uma barata
16:46Celinha
16:53Você quer matar a barata afogada?
16:55Culpa da Rita
17:00É tudo culpa tua, viu?
17:02É
17:02Você não alimenta suas baratas, elas vêm se alimentar aqui em casa
17:05Ah, é verdade
17:06Seja dita, as baratas de Dona Rita são magras
17:10As barilhas tudo de tanquinho
17:12São tudo baratas daí
17:14Ô mãe
17:15Não vai ter jantar?
17:18Ah, meu filho, hoje só petiscos
17:20E vai se dando por satisfeito, hein, meu filho
17:22Porque se a Dona Álvara começar a querer cobrar os atrasados
17:26Ah, mas eu não sei nem como vai ser
17:28Se Dona Álvara resolver, não, senhora
17:31Dona Álvara vai cobrar, sim, senhorita
17:34Ainda mais agora que vocês dois recusaram o convite de meu marido
17:40Eu não terei piedade
17:42Isso
17:42Ô, Celinha
17:45Tem uma barata lá na bancada do seu banheiro
17:50Aliás, eu tenho a impressão que ela estava depilando as sobrancelhas
17:55Eu tive um amante em Xangai, Piusau, que adestrava baratas
17:59Eram baratas ensinadas
18:01Ele instalava o chicotinho, a barata pulava
18:03Ele dava um grito
18:04E a barata desmaiava
18:07Ah, no gran finale, elas batiam palmas todas juntas com as asas
18:12Era uma loucura
18:13Vocês tinham que ensinar alguns truques a essas baratas daqui
18:16Ó, Péria, escuta bem o que eu vou te dizer
18:19Se você ousar ensinar algum truque a alguma barata aqui de casa
18:23Eu vou me estressar contigo
18:25Dona Leda, a barata que a senhora viu no lavabo
18:29Era das grandes ou era francesinha?
18:32Sabe que eu não sei?
18:34Ela não falou comigo
18:35Eu tenho uma barata lá na minha casa que é mara
18:40Toda vez que eu acordo, ela diz
18:42Vou juro
18:43Tatalo
18:46Tatalo, que coincidência
18:49Eu estava aqui falando em Piusau
18:51E entra você, essa coisa branca e comprida
18:55Vem cá, esse Piusau, Copélia
18:58Ele era alto ou baço?
19:01Tinha um metro e sessenta
19:03Mas o resto compensava
19:05Meu filho, que roupa extravagante, não é?
19:09Tá na moda agora a pessoa se fantasiar de legume?
19:12Não, não
19:13É que eu tô trabalhando de animador do supermercado
19:16Ah, é?
19:17E o que consiste essa profissão?
19:19Eu fico na fila animando as pessoas enquanto elas esperam chegar ao caixa
19:23Não deixo que elas enlouqueçam quando, por exemplo, o cartão de algum cliente é recusado
19:28A minha função é distrair as pessoas e relaxá-las
19:32Tá certo? As pessoas ficam mais animadas?
19:35Olha, depende do legume que você encarnar
19:38Ontem um amigo meu fez papel de quiabo e não deu muito certo
19:41Escorregaram na baba dele
19:43Teve uma vez também que quiseram linchar a abóbora
19:46Porque ela foi a vilã da alta dos preços
19:49Quase que ele virou que bebe
19:50Eu sempre tive uma relação muito estreita com legumes e frutas
19:55Certa vez eu lembro que no Tahiti
19:58Chega, mamãe!
20:02Vamos começar logo esse jogo
20:04Mário Jorge
20:05Acorda
20:08Seja discreto com aqueles sinais, pelo amor de Deus
20:16Eu vou me sentar e vou ficar quieta
20:19Muda
20:20Eu não quero confusão pro meu lado
20:22Atenção, vamos começar
20:25Meus amigos
20:27Sim
20:28É o seguinte
20:29Por uma questão de integridade
20:32Eu faço questão de ter dois juízes em cada mesa
20:36Fiscalizando o nosso jogo
20:39Pra que não haja roubo
20:40Pra um jogo que eu espero seja limpo
20:42Portanto, nós teremos
20:45Tatalo, Bozena, Isadora e Adonis
20:47Fiscalizando as mesas
20:49Nós vamos começar com as seguintes duplas
20:51Dona Álvaro e seu ladir
20:54Versus Leda e Copélia
20:57Eu e Celinha versus Arnaldo e Rita
21:00Vamos embora
21:00Ótimo, ótimo
21:01Vamos, meu bem
21:02Vamos, meu bem
21:03Atenção, hein
21:07Prestem bem atenção
21:08Qualquer movimento suspeito
21:11Fiscais, prestem atenção
21:13Qualquer movimento suspeito dos parceiros
21:17Menos cem pontos
21:18Pode deixar, pai
21:20Pode deixar que eu vou ser uma fiscal rigorosíssima
21:22Ela piscou o olho
21:25Eles estão de colunho
21:27Eu não duvido nada
21:28Essa aí herdou o mau caráter do pai
21:29Se houver lobo
21:32Vai ter pancadaria
21:33Eu sou uma pessoa nervosa
21:37Eu tenho testosterona
21:39Calma
21:40Oi, ladir, ladir, ladir
21:43Meu bem
21:43Quando você fala assim
21:45Você estremece as estruturas do chambalaia
21:48Bom
21:50Então eu vou ditar as regras
21:53Vou ditar as regras pra tuas negas, né, Mário Jorge?
21:55Mário Jorge fala como que tivesse cacife
21:58Pra ensinar dois jogadores experientes como nós, né, Arnaldo e eu
22:01Copélia
22:03Conta pra eles
22:05Leda já trabalhou em cassino, Mário Jorge
22:08Era croupier
22:09Mais conhecida como Ledinha do baralho
22:15Tal a minha agilidade no manuseio das cartas
22:20E quando eu estava muito louca
22:22Eu embaralhava de cabeça pra baixo
22:26Ou não é?
22:27Mas espera aí
22:28Como assim embaralhar as cartas de cabeça pra baixo?
22:32Plantando bananeira protético
22:34Ela apoiava as duas mãos no chão
22:36Eu tentei, mas a técnica era muito difícil
22:40Ok
22:41Nossa, meu lindo
22:42Mário Jorge
22:45Mário Jorge
22:46Eu tive uma ideia aqui
22:49Pra evitar fraudes, roubos
22:52Por que não jogamos todos nos jogos?
22:54Ótimo, ótimo, ótimo, ótimo
22:57Muito bem, muito bem
22:58Tudo tem limite
22:59Eu tenho 15 anos
23:0115, meu Deus do chão
23:02Por favor
23:02Ai, como esse garoto é carinho
23:04Olha aqui, ô Mário Jorge
23:07Você não precisa nos tratar como marinheiros de primeira viagem
23:10A mim e a Rita
23:12Porque nós somos bronze
23:14Nos jogos de buraco
23:15Aqui da cidade, viu?
23:16E depois as regras não são ditadas
23:19As regras são combinadas entre os parceiros, Mário Jorge
23:21Isso quando o jogo é na casa dos parceiros
23:24Na minha casa, quem dita as regras sou eu
23:27Então é isso
23:28Primeira regra, recapitulando
23:31Movimentos suspeitos entre os parceiros
23:34Cartão vermelho
23:35É isso aí
23:35Cartão vermelho
23:36Isso aí
23:37Quero deixar bem claro que o aspargo que fala vai estar de olho em vocês
23:40Isso mesmo, aspargo que fala
23:43Seja rígido quanto as regras
23:46Duro, duro mesmo
23:48É isso que esperamos de você, aspargo
23:50Olha aqui, eu gostaria de deixar bem claro
23:52Que eu tenho um cacoete adquirido na infância
23:55Portanto, eu levanto as sobrancelhas quando eu estou nervoso
23:59Ó, menos 100 pontos quando levantar
24:02E menos 200 pontos quando abaixar
24:05Não, mas espera aí
24:05Isso é um caso clínico
24:07Então vai para uma clínica
24:08Não enche
24:09Vamos começar o jogo
24:11Espera aí, regra número dois
24:12Só pode bater com três canastras de ouro
24:16E se o jogador estiver com a mão cheia de paus
24:22Faz o que você está acostumado a fazer
24:27Yes, uhul
24:29Gente, eu estou aqui nos vendo no pano verde
24:34Eu sinto tantas saudades de Las Vegas
24:37Eu era conhecida como a Dama Negra
24:40Sim, porque naipe vermelho não era comigo
24:42Copas, ouro, não faziam a minha cabeça
24:45Eu sempre tive muita sorte com paus e espada
24:49Eu sou cidadã honorária do estado de Nevada
24:54Porque eu casei e me divorciei várias, várias vezes
24:58Sabe, nem?
25:00Eu adoro, adoro Nevada
25:02É o estado americano onde o casamento é
25:05Entra, sai e goodbye
25:07Muito bem
25:11Regra número três
25:12Canastra aqui em casa é com cinco cartas
25:16Não, mas espera aí
25:17Como assim com cinco cartas?
25:20Toda canastra tem sete cartas
25:22Sim, mas os tempos estão difíceis
25:23É preciso fazer cortes
25:25Eu cortei duas cartas
25:27E também estou instituindo agora a seguinte lei
25:31Algumas cartas valem três
25:33Por exemplo, o sete vale sete, o oito, nove
25:36Vamos começar logo o jogo
25:39Bozena
25:40Serve um enroladinho de salsicha
25:42Não, eu hoje não sou empregada
25:43Sou fiscal de mesa
25:44Uma fiscal duríssima
25:47Diga-se de passagem
25:48Eu vou logo avisando daí
25:49Se tiver engraçadinho aqui
25:51Vai entrar no cacete
25:52Então vai fazer jornada dupla, minha filha
25:56Porque eu não te autorizei
25:57Eu não te liberei pra ser juíza de nada
25:59Mário Jorge
26:01Três fiscais está muito bom
26:03Não precisa da Bozena sendo fiscal também
26:05Deixa ela servir o salgado para os jogadores
26:07Tá certo
26:08Pronto
26:09Agora vai
26:11Quem vai dar?
26:13Eu, eu dou
26:14Você não está na minha mesa, mamãe
26:16Desculpe
26:17É a força do hábito
26:18Bom, atenção, hein
26:21Vamos jogar dinheiro
26:23O ponto vale cinquenta centavos
26:26Isso, e a sorte está lançada
26:27Que vença a melhor dupla
26:29É a melhor dupla
26:31Cara e agora
26:32Tudo de tudo
26:35É a melhor dupla
26:36Porque vai existir
26:38É a melhor dupla
26:40É a melhor dupla
26:40É a melhor das
26:41Folha
26:43E...
26:48É a terceira
26:49Assim, nem mineido
26:50Espero que nos fishy
26:53Já acho que o por mesmo tempo
26:53É gravável
26:54tar e Property
26:55Essas
26:56Então aparez
26:56É a melhor dupla
26:57Muito bom
26:57Eu já nem sei mais o que é gesto natural, o que é cacuete, o que é roubo.
27:24Parece que eu tô assistindo a chimpanzés jogando cartas.
27:31Mas o que foi isso, Mario Jorge?
27:36Um suspiro.
27:38Porque eu não posso suspirar, eu dei um suspiro agoniado.
27:42Não foi um suspiro agoniado, meu bem?
27:45Suspiro agoniado...
27:51Foi.
27:53Olha, tô comprando aqui do bolo, hein?
27:59Peraí!
28:01E agora?
28:02Você está coçando ostensivamente as intimidades por quê?
28:07Impressionante!
28:09Eu sou filho de um macaco.
28:11Fala, Mario Jorge, fala!
28:13Tá coçando o saco por quê?
28:15Por que eu não posso coçar o meu saco se eu não coço o gel?
28:18E você, por que tá suando tanta testa?
28:20É porque ele não para de levantar e abaixar as sobrancelhas.
28:24Uma ginástica pesada daí, sabe?
28:26Olha aqui, eu acho que esse jogo tá um roubo, entendeu?
28:29Vamos parar de jogar porque essa juíza aqui foi comprada.
28:32Como é que é?
28:33Eu?
28:34Tá me chamando de desonesta?
28:36Ué, o seu pai está lhe dando dinheiro.
28:38Meu pai me dando dinheiro.
28:40Bate!
28:41Bate!
28:44Vencemos, Ladir!
28:46Vencemos!
28:47Nós derrotamos as cachorras quentes!
28:50Cachorra quente é uma coisa mara!
28:55Que história é essa de cachorra quente, hein?
28:57É como essas duas desavergonhadas se intitulam.
29:02A dupla Leda e Copelha.
29:04As cachorras quentes.
29:07Mari Jorge, vou comprar da mesa, tá?
29:09Não, não, não!
29:10Bate!
29:11Não, não pode!
29:12Bate!
29:13Bate!
29:14Bateu!
29:15Bateu!
29:16Bateu!
29:17Tem que validar essa batida!
29:19Eu estou com as mãos cheias!
29:20E por que não arrinhou todas as tringas que eu lembro?
29:22Por que não deu tempo?
29:24Papai e Celinha venceram nesta mesa.
29:29Vamos ter um intervalo antes da final.
29:31Dona Álvaro e seu Ladir versus Papai e Celinha.
29:36Seja o que Deus quiser.
29:46Tu entra ca já e sai ca que
29:50Casamento hoje é isso aí
29:53Toma lá da cara
29:55Não dá uma licencinha?
29:57Espalha um pouco que tá dando falta de ar.
30:01Ai, o aspargo que fala esfregou em mim.
30:05A senhora me respeite, dona Leda.
30:09Você já fez 18 anos?
30:11Ai, meu Deus do céu.
30:13Nem olha pra mim porque ainda tenho 15.
30:16Vamos embora, meu bem.
30:17Não, não, não.
30:18Eu faço questão agora de ver a derrota de Mário Jorge.
30:20A partir de agora estou torcendo por dona Álvaro e seu Ladir.
30:23Mário Jorge, eu quero lhe fazer uma proposta.
30:27Que proposta?
30:28É tudo ou nada.
30:31Se você ganhar, a Álvaro perdoa as dívidas do condomínio.
30:37Mas, Ladir, pelo amor...
30:38Pega quieta!
30:41Então...
30:43Você aceita...
30:45Ah, peraí.
30:46Não.
30:47Peraí, peraí, seu Ladir.
30:49Se eu ganhar, ela perdeu as dívidas do condomínio.
30:52E se eu perder?
30:53Você e o Arnaldo desfilam no salão de festas.
30:59Não, mas peraí.
31:00Pra gente pagar esse mico, desfilar a sua coleção no salão de festas,
31:03eu quero a garantia de que dona Álvaro vai perdoar a nossa dívida.
31:07Não, eu perdoo os inadimplentes
31:10se vocês desfilarem a nova coleção de meu marido Ladir.
31:15Ladiríssimo!
31:17É uma coisa nova, é mara!
31:19Cara!
31:21E aí, gente?
31:23Aceita ou não aceita a proposta, cara?
31:26Aceita, Mário Jorge.
31:27Onde é que a gente vai arranjar esse dinheiro, Mário Jorge?
31:31Bom...
31:33Negócio fechado.
31:39Eu não imaginava que o Ladir
31:42fosse capaz de atrair tanto público, cara.
31:45E não atrai.
31:46Isso é uma convocação da dona Álvaro,
31:49que disse que quem não comparecesse vai pagar multa.
31:53Ela é uma tirana isso assim, hein?
31:56Ao invés de fazer uma dedetização em série, né, Marnal?
31:59Isso ela não faz.
32:01Na hora de expor os condôminos, ela é a primeira a gritar.
32:04Nossa, esse condomínio tá uma vergonha.
32:07Gente, é barata pra tudo quanto é lado, não é?
32:09Ah, não. Uma mojeira.
32:10Hoje tinha três baratas no meu quarto.
32:13Acredita?
32:15Três.
32:16Prank ao espelho experimentando as minhas calcinhas e as minhas sutiras.
32:20Vocês sabem que existe uma previsão de que um dia as baratas vão governar o mundo, sabe?
32:24Adonis, as baratas já estão governando o mundo há muito tempo.
32:29Vocês sabiam que as baratas digitam mais rápido que os seres humanos?
32:32Tem uma que usa o meu computador e digita mil vezes mais rápido que eu.
32:36E o que eu fico mais impressionado, ela não olha as teclas, só olha pra tela.
32:40E agora elas estão mais resistentes ao inseticida.
32:43É, eu ando com um desse aqui.
32:45Quer aparecer o meu bem direto na espinha.
32:48Mas a Dora sabe bater muito bem.
32:50Ela vai direto nos pontos dolorosos, nos pontos sensíveis do bicho.
32:54Eu não sabia que baratas tinham nervos.
32:56Por isso tão nervosas, parentes.
32:58Que inseto é mais nervoso do que as baratas?
33:02Você precisa ver as baratas lá de casa.
33:05Elas estão impossíveis.
33:07Você sabe que tem uma que agora deu pra dançar cancã?
33:10São as francesinhas, Leda.
33:12Um grupo de baratas amorais que não são aceitas pela sociedade.
33:17Só pensam em sexo.
33:19Então a Copélia é a santa padroeira delas, né?
33:22Esse é o problema, elas me adoram.
33:23Ai, gente, gente, lá está uma filha que desce.
33:28Dá licença.
33:30Você sabe que hoje eu trouxe a filmadora.
33:33Quero registrar esse momento.
33:35Isso vale ouro contra o papai.
33:38Podemos chantageá-lo.
33:40Chantageá-lo?
33:42Chantageá-lo, minha filha.
33:44Desiste dos pronomes, vocês nunca se deram bem.
33:48Ai, o Jorge está sem falar comigo.
33:51Diz que a culpa foi nossa.
33:53Não estou nem aí, meu filho.
33:55Só da gente se livrar da dívida.
33:57Ih, a dívida não é nada, não é?
34:00Pior seria a humilhação pública de todos os condôminos
34:05lhes apontando o dedo inadimplentes.
34:07É, é, é, sim, porque eu iria infernizar a vida de vocês.
34:12Mais do que a senhora já inferniza, dona Alva,
34:14nem que a senhora gosta de infernizar a vida dos outros.
34:17Eu adoro.
34:18Meu Valentino, meu Givenchy, meu Yves Saint Laurent.
34:38Meus amigos, quando resolvi mudar o mundo fashion
34:43foi porque eu não podia mais fugir do meu destino.
34:48Muita gente me pergunta.
34:50Ladir, você está fazendo roupa masculina?
34:53E eu respondo.
34:55Porque eu tenho muita testosterona.
34:59Minha moda é para macho contemporâneo.
35:02Por favor, isso que resolvi batizá-la de Ladiricebo.
35:15Senhoras e senhores, a minha coleção.
35:20A minha coleção.
35:25O que eu tinha não como tentarsinada, nem a minhaifying
35:29Tchau!
35:59Tchau!
36:29Tchau!
36:59Tchau!
37:29Tchau!
37:31Tchau!
37:33Tchau!
37:35Tchau!
37:37Tchau!
37:39Tchau!
37:41Tchau!
37:43Tchau!
37:45Tchau!
37:47Tchau!
37:49Tchau, Rita.
37:51Pelo menos 14 meses de condomínio estão quites.
37:55Pensa nisso.
37:57Mas que festança, hein?
37:59O quê? Dona Álvaro caprichou.
38:01Quem que tá pagando?
38:03Nós.
38:05Vamo beber, Rita.
38:07Vamo.
38:08Vamo beber.
38:09Vamo beber que quem bebe seus mares espancas.
38:12Mas não era canta quem canta?
38:14Mamãe mudou o ditado.
38:16Tchau.
38:18Ó, Copélia.
38:20Eu acho que eu vou querer ir pra casa
38:24porque eu acho que eu já bebi muito, sabia?
38:28Tchim, tchim.
38:30Olha aqui, cê sabe que eu já vi até uma barata
38:34me fazendo sinais obscenos.
38:37Eu também já vi, cara,
38:39um baratão, cachucudo, abusado,
38:43que anda aqui pelo bloco.
38:45Ela até já me convidou pra dar uma volta no Matagal,
38:50mas eu disse que com barata não rolava.
38:54E ela sossegou?
38:59Eu dei a ela o telefone da Deise.
39:06Essa barata...
39:07Essa barata nunca mais bota as caras aqui.
39:12Nunca mais!
39:17Dona das terras do boi demente daí.
39:20Pois...
39:21Bozena, sabe aquele Rolaldinho de Salsis?
39:27Eu hoje não sou empregoso.
39:30Salsis, salsis, salsis.
39:33Eu fiquei tão indignada,
39:35mas tão indignada que eu me meti na onde?
39:38Na tenda dele?
39:39Debaixo da manta.
39:41Na, na...
39:42Na tenda, na tenda, é.
39:44Desculpa, gente.
39:45Ai, meu Deus.
39:46Na tenda.
39:47Na tenda.
39:48Na tenda.
39:49Leda.
39:51Leda.
39:52Que Leda, com a pele.
39:56Ditas as regras.
39:58Mais uma regra, minha filha?
40:00Três.
40:01Qual seria esta?
40:02Sete vale oito no sete.
40:04Ah, muito bem.
40:05Agora lembrei.
40:06Combinamos lá atrás.
40:08Aplausos.
40:10Aplausos.
40:11Aplausos.
40:12Aplausos.

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