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No Direto ao Ponto, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) comenta as negociações entre Brasil e Estados Unidos sobre o tarifaço aplicado por Donald Trump. O parlamentar critica a postura do governo Lula (PT) nas tratativas internacionais e analisa como a condução diplomática pode afetar a confiança dos parceiros comerciais.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/Nohk-3QiUTI

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Transcrição
00:00Por favor, Jason, vai lá com a sua pergunta.
00:02Deputado, obrigado mais uma vez por estar aqui.
00:05Uma pergunta importante, talvez até esgotar um pouco esse assunto da questão do IOF.
00:09Não é só a questão do risco sacado, que foi eliminado ali pelo ministro Alexandre de Moraes,
00:14mas, obviamente, mais uma vez uma interferência do STF em cima de um tema importante,
00:18agora o tema tributário, e mais uma vez o governo se pautando no aumento da arrecadação,
00:23que está cada vez maior, a arrecadação está crescendo de maneira muito acelerada no Brasil
00:28e cada vez mais há o crescimento também do gasto público.
00:32Mas em cima desse tema temos outras questões do IOF que se colocam, por exemplo,
00:36em relação às operações de câmbio, junto, obviamente, com as questões de financiamento.
00:41Existe algum limite que o Congresso consiga dar ao governo num momento desse?
00:45Porque nós sabemos que só essa questão do IOF já vai afetar muito o agro.
00:50O posicionamento geopolítico do governo em relação à questão do BRIC
00:53já está afetando pela questão de tarifas dos Estados Unidos.
00:56Qual o posicionamento do Congresso, talvez de uma maneira mais proativa,
01:00para tentar reverter parte dessa situação do que está acontecendo?
01:04Por quê? Nós já temos o problema do câmbio, é um controle disfarçado de fluxo de capitais.
01:10Nós temos também agora, como o senhor está citando,
01:12a questão do financiamento de diversos setores que vai ser afetado por mais uma taxação
01:17e mais outros temas que vão entrar agora na roda junto ao governo,
01:21especialmente todos eles baseados na questão de arrecadação.
01:23Olha, eu sou um parlamentar, estou no quinto mandato e tenho muita paixão pela atividade do Legislativo
01:33naquilo que é a sua função maior, que é elaborar propostas, discutir linhas de políticas públicas
01:40que possam ser determinadas.
01:42Não há como negar, creio eu, tá certo?
01:45Vocês, frequentos, é um especialista em toda a vivência do Congresso, conhece o cotidiano ali.
01:53Não há como negar que nós tivemos episódios importantes de iniciativa do Legislativo.
02:00Vou mencionar, reforma trabalhista, tá certo?
02:03Quando o próprio governo atual, no começo, e ainda bem que parece ter arquivado isso,
02:09dizia que ia rever a reforma trabalhista, eu, vários líderes, na época o Arthur Lira disse claramente isso,
02:17que era melhor não mexer nisso, porque nós sabemos que o Legislativo foi protagonista nisso
02:24e isso teve um efeito importante para a nossa economia.
02:28Pois nós tivemos um outro momento que foi da reforma previdenciária.
02:32Aí, já no período do Rodrigo Maia, no exercício seu da presidência, em que, em diálogo com o Executivo, ok,
02:41mas a Previdência foi basicamente impulsionada a partir daquilo que se fez no Legislativo.
02:48E agora, no período recente, a reforma tributária, que dialogamos, tá certo?
02:54Mas que foi o Legislativo.
02:56A PEC 45, a relatoria, num primeiro momento, do Aguinaldo Ribeiro,
03:01depois volta isso para a Câmara, ali com o Reginaldo Lopes,
03:06a comissão que se constituiu, nós participamos disso ativamente.
03:10E agora nós temos, sobre a relatoria do deputado Pedro Paulo,
03:14uma outra importante iniciativa, que é da reforma administrativa.
03:20Talvez não seja a reforma dos sonhos, mas ela vem no sentido de estabelecer parâmetros para a qualidade do gasto público,
03:29medidas de eficiência para a gestão pública,
03:33rediscute aquilo que é o papel do servidor.
03:37Então, eu acho que vai bem aí, de acordo com a sua pergunta,
03:40de iniciativas que nós podemos ver.
03:42do equilíbrio fiscal, do qual somos defensores,
03:47nós não queremos que ele seja buscado pelo aumento da arrecadação.
03:51Há de ser pelo corte de gastos e há de ser por iniciativas que vão disciplinando a máquina pública.
03:58Acho que é nesse sentido.
04:00Acho que outras iniciativas de poder repensar empresas públicas,
04:06como os Correios, que tradicionalmente se menciona, e outras também,
04:11que vão exatamente buscar o equilíbrio pela outra ponta,
04:15que é da eficácia e do corte dos gastos públicos.
04:19Deputado, eu quero falar um pouquinho sobre o tarifato de Donald Trump agora,
04:22porque o senhor acompanhou de perto o PL da reciprocidade,
04:26que trouxe algum tipo de mecanismo e ferramenta necessários para o governo federal,
04:30caso queira atuar com algum tipo de retaliação ao tarifácio que será aplicado aqui a partir dessa semana.
04:38E eu quero entender do senhor se essa, no seu ponto de vista,
04:42é uma ferramenta necessária e positiva,
04:45e como o senhor avalia também a condução do governo federal até aqui
04:50para as negociações com os norte-americanos?
04:54Bem, primeiro, sobre a lei da reciprocidade, Evandro,
04:58eu acho necessária e efetiva.
05:01A resposta é sim, as dois adjetivos que você aí colocou.
05:06Ela foi relatada no Senado pela Tereza Cristina,
05:09que fez um belo trabalho de aperfeiçoamento.
05:12Contar um caso curioso,
05:14eu não sei se todos têm muito em mente como surgiu a ideia da lei da reciprocidade.
05:21A FPA teve um papel protagonista nisso.
05:24Ela surge como iniciativa do deputado Zequinha Marinho,
05:29quando nós tivemos o estabelecimento pela Comunidade Europeia do SEBAN,
05:35uma medida que está em vigor,
05:38em que a União Europeia decide verificar a pegada de carbono dos produtos que importará.
05:46Então nós dissemos o seguinte, discutimos isso.
05:49Ah, querem ver o mercado de carbono?
05:51Então nós podemos ver a pegada de carbono também.
05:55Aí surgiu a ideia da lei da reciprocidade.
05:58Ela ficou lá no Senado, foi andando meio de lado,
06:01foi aí retomada pela Tereza Cristina,
06:04que ampliou aquilo que era o alcance dela.
06:08Veio a Câmara, eu fui o relator,
06:10e nós conseguimos aprová-la por unanimidade.
06:13Eu sempre gosto de destacar isso,
06:16porque quando você faz a aprovação de uma lei,
06:19muito tem o componente de um governo que esteja ali.
06:22E não, nós conseguimos,
06:24entendendo que era um instrumento de defesa nacional.
06:27Então foi aprovado por unanimidade,
06:29tive a satisfação de ser o relator.
06:31Mas é, Evandro, como um seguro.
06:34Seguro de residência, seguro de carro,
06:38ou de vida, então, muito mais.
06:40Quer dizer, você faz o seguro,
06:42mas querendo não exercê-lo.
06:45Você tem ele como uma garantia
06:47para um caso de total emergência.
06:50É como colocar uma arma
06:53sobre uma mesa de negociação,
06:55mas você não deseja usá-la.
06:57Por isso que nós mesmos,
06:59Tereza e eu, à frente,
07:02que havíamos apoiado a legislação,
07:04dizemos, não vamos usá-la agora,
07:07só em ultimíssimo caso.
07:09Insistimos muito na linha de negociação.
07:12O governo fez as suas iniciativas.
07:15Eu ressalvo e destaco
07:17aquilo que foram iniciativas feitas,
07:19particularmente, pelo ministro
07:21de Desenvolvimento Econômico,
07:23o vice-presidente Geraldo Alckmin.
07:26Acho que o governo atuou
07:28de uma forma meio dessintorizada,
07:30porque numa hora fazia um gesto
07:32no sentido e o presidente
07:34dava declarações, no meu entender,
07:37diversas daquilo que se enunciava.
07:40E nós o que fizemos?
07:41Nós nos reunimos com os setores
07:43atingidos, no caso do agro,
07:46especificamente,
07:48buscamos mobilizá-los,
07:50e isso aconteceu.
07:51Acho que foi uma iniciativa
07:54muito determinante
07:55para o que ocorreu, inclusive,
07:58de alguns setores abrandarem
08:00para discutir as contrapartes
08:02que se tem lá nos próprios Estados Unidos.
08:05Quando você exporta o suco de laranja,
08:07você manda em volume.
08:09Chega lá, ele é acondicionado.
08:11Tem toda uma indústria em torno disso.
08:14Emprego.
08:14Ele é misturado a um outro componente.
08:17Ele é customizado
08:18para dar uma cara de variedade.
08:21Tanto da mistura do suco com água,
08:24são percentuais distintos,
08:26ou põe alguma outra fruta.
08:28Há uma variedade de produtos
08:29que são oferecidos.
08:30Há uma indústria que se constitui nisso.
08:33Quando você manda o café,
08:34o café brasileiro é responsável
08:36em volume por suprir 33%
08:40do mercado americano.
08:42Ele é blendado.
08:43Ele é misturado com o nosso
08:45tem o teor de doçura,
08:46maior,
08:48que se mistura com o outro
08:49que vem da Colômbia,
08:50ou o outro que vem do Vietnã,
08:52que são os dois outros produtores.
08:54O quarto é a Etiópia,
08:55no mundo depois do Brasil.
08:57Então você faz uma blendagem.
08:59A nossa carne vai lá
09:01sobre diferentes formatos,
09:03sobre retalhos,
09:04e vira um hambúrguer que se faz.
09:06Então tem todos,
09:07nós identificamos esses interlocutores,
09:10contrapartes, como nós sabemos,
09:12e eles se mobilizaram.
09:13se mobilizaram junto aos departamentos de comércio,
09:17se mobilizaram junto a parlamentares.
09:19Nós importamos,
09:21todos nós sabemos,
09:22vou ficar repetindo,
09:23que os Estados Unidos tem superávit
09:25na relação com o Brasil.
09:27Então nós buscamos sensibilizar também.
09:29No caso do agro,
09:30importamos fertilizantes,
09:33importamos defensivos.
09:35Ou seja,
09:36se nós diminuímos a atividade aqui,
09:38diminuíremos essas exportações.
09:40Então esse foi o trabalho de mobilização
09:43que nós buscamos contribuir
09:44para ter essa distensão
09:46e exaustivamente.
09:48Negociar,
09:49negociar,
09:49negociar,
09:51reciprocidade,
09:52retaliação,
09:53não é o que nós devemos
09:55colocar agora na mesa.
09:57insistir nessas negociações
10:00como está se fazendo
10:01nesse instante
10:02até o dia 6,
10:03que é o prazo último aí,
10:05para que o café
10:06e no caso as frutas,
10:08são dois setores
10:08de muitas preocupações,
10:10possam ser reavaliados
10:12pelo próprio Estados Unidos.
10:14Exatamente, deputado.
10:15O senhor mencionou,
10:15nós trabalhamos muito
10:16para que a retaliação
10:17não acontecesse.
10:18E eu quero saber agora
10:19a sua avaliação
10:20sobre as negociações
10:22até aqui
10:22e sobre a condução
10:23dada pelo governo federal
10:24e, de certa forma,
10:26a divisão dessa condução,
10:28porque há uma questão
10:29mais institucional
10:30sendo levada
10:30pelo vice-presidente
10:31Geraldo Alckmin
10:32e uma questão
10:33mais política,
10:35ideológica,
10:36na boca do
10:37presidente da República.
10:38Como é que o senhor
10:39avalia isso?
10:41Como algo muito ruim.
10:43Eu queria que o governo
10:44fosse um tom único
10:46e eu queria que fosse
10:46em torno daquele
10:48que tem sido o tom
10:49do doutor Geraldo Alckmin,
10:52do vice-presidente
10:52Geraldo Alckmin,
10:53que, no meu entender,
10:54tem feito uma ação
10:55afirmativa,
10:56buscando estabelecer
10:58esse diálogo,
10:59colocando pontos
11:00na mesa.
11:01Quando, paralelamente
11:03à sua atuação,
11:04há um crescimento
11:05de retórica
11:06e há setores
11:07do governo
11:08que a sensação
11:09que passam
11:10a mim e a outros
11:11até que prefeririam
11:13que isso pudesse
11:14ser escalado,
11:15acho isso
11:16desastroso,
11:18acho que enfraquece
11:19o próprio governo,
11:20está certo?
11:21Nessa negociação.

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