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China e Estados Unidos concordaram em prorrogar a trégua tarifária que terminaria em duas semanas para continuar as negociações sobre um acordo comercial. O anúncio foi feito pelo negociador chinês Li Chenggang, em Estocolmo, sem revelar detalhes sobre o novo prazo. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Besent, confirmou o acerto e afirmou que a decisão final sobre a duração da suspensão das tarifas será tomada pelo presidente Donald Trump. Cristiano Beraldo e Luiz Felipe D’Avila comentaram.
Reportagem: Fabrizio Neitzke
Comentaristas: Cristiano Beraldo e Luiz Felipe D’Avila

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Transcrição
00:00O vice-ministro do Ministério do Comércio Chinês anunciou que os representantes dos Estados Unidos e da China
00:07concordaram em estender a trégua tarifária.
00:11O dado, a notícia, foi divulgada pela agência Bloomberg.
00:15Nosso editor de Internacional, Fabrício Naitzky, já está por aqui com as informações pra gente.
00:21Fabrício, muito bom dia pra você.
00:22Bom, pelo visto, as rodadas de negociações deram frutos, né?
00:26Deram frutos, Soraya, pelo menos nesse primeiro momento.
00:29Bom dia pra você, Nonato, todos que acompanham o Jornal da Manhã.
00:32As negociações foram lá em Estocolmo, entre Estados Unidos e China, pra tentar estender a trégua tarifária.
00:38Lembrando que as tarifas pra China, caso a trégua não seja estendida, passam a valer a partir de 12 de agosto
00:45e não 1º de agosto, como é o caso aqui, por exemplo, do Brasil.
00:50Agora, o secretário, o representante dos Estados Unidos, Scott Bassett, que participou dessas negociações,
00:56deixou claro, nós chegamos a um acordo por uma extensão de 90 dias,
01:01que era aquilo que a gente já vinha destacando, já vinha falado, que seria provavelmente discutido
01:05aqui no Jornal da Manhã desde segunda-feira.
01:08Mas com uma condição.
01:11Quem vai dar a palavra final disso tudo?
01:13Claro, é Donald Trump.
01:14Ou seja, agora a delegação americana leva essas informações todas pra Washington.
01:20Donald Trump voltou ontem da Escócia lá pra Casa Branca, lá pros Estados Unidos.
01:25E é o presidente americano quem vai assinar essa extensão da trégua tarifária de 90 dias.
01:31Nada indica nesse momento, inclusive segundo Scott Bassett, que Trump rejeitaria a extensão dessa trégua tarifária.
01:38Os Estados Unidos têm fechado acordos comerciais com vários países, vários blocos importantes ao redor do mundo.
01:45Mas a China é definitivamente a joia da coroa.
01:48Até porque os Estados Unidos tinham ameaçado tarifas acima dos 100% pros chineses,
01:54e os chineses não se dobraram pra essa ameaça americana.
01:58Pelo contrário, os Estados Unidos pediram um truco, a China foi lá e pediu seis.
02:02Ou seja, também colocou as tarifas pra acima de 100%.
02:05E isso seria muito ruim pros Estados Unidos e pra todo o comércio global.
02:10Não é à toa que depois desse anúncio feito pelas delegações, tanto dos Estados Unidos quanto da China,
02:16o FMI revisou pra cima a previsão de crescimento econômico pra esse ano, 2025,
02:22incluindo aqui pro Brasil, ou melhor dizendo, pra 2026, incluindo aqui o Brasil.
02:28Então isso mexe com o comércio internacional.
02:31Qual é a diferença desses acordos que foram negociados com a China e, por exemplo, com a União Europeia?
02:38A diferença é que os Estados Unidos conseguem exercer uma pressão maior sobre os europeus,
02:43conseguem exercer uma pressão maior sobre o Japão, por exemplo,
02:47mas não conseguem exercer essa pressão sobre a China,
02:50que não depende dos Estados Unidos, por exemplo, pra sua questão de segurança.
02:55Não tem que negociar minerais de terras raras, por exemplo, com os Estados Unidos,
03:00porque eles também estão interessados nisso.
03:02Ou seja, a barganha é muito mais complicada nessas negociações.
03:07Não à toa, esse é o principal acordo que está sendo discutido pelos Estados Unidos.
03:1290 dias, então, de trégua tarifária devem ser assinados por Donald Trump,
03:16possivelmente nessa semana, mas tardar na próxima.
03:19E aí também fica a expectativa para o encontro de líderes, Donald Trump e Xi Jinping.
03:24Isso pode acontecer entre final de outubro e comecinho de novembro.
03:29Rapidamente, Naitz, que a China é quem rivaliza ali com os Estados Unidos em termos econômicos,
03:36de tentativa também de ascensão sobre outros países.
03:41E como você destacou, militarmente também não depende tanto assim dos Estados Unidos.
03:45Então, é como se a gente estivesse com dois gigantes atuando ali,
03:49por isso que os Estados Unidos também têm uma negociação diferenciada.
03:52É a famosa briga de cachorro grande, né?
03:54Exatamente, Nonato.
03:55A Europa não tem esse poder de negociação com os Estados Unidos.
03:58A gente lembra, por exemplo, que na questão de segurança,
04:01a maior parte dos países europeus estão atrelados à OTAN,
04:04onde os Estados Unidos financiam ali o bloco,
04:07não inteiramente, mas majoritariamente são os Estados Unidos
04:10quem acabam financiando a OTAN.
04:12Então, a negociação acaba ficando muito mais desigual,
04:16por isso que agora com a China realmente o tom é outro.
04:19Vamos chamar aqui os nossos comentaristas também
04:21para a gente analisar esse aspecto de possibilidades aí de trégua
04:26nesse tarifácio que a gente vem falando já há algumas semanas.
04:30Agora, Beraldo, Estados Unidos, China costurando essa possibilidade de trégua,
04:36dá para acreditar que de fato isso vai ser duradouro?
04:40E pensando aqui pelo lado do Brasil,
04:42o nosso país perde um pouco de protagonismo também nesse sentido?
04:47Qual protagonismo, Soraya?
04:50Uma coisa que o Brasil não tem nesse jogo mundial é protagonismo.
04:55O Brasil é subalterno e reforça a sua posição de ser subalterno,
04:59sobretudo aos interesses chineses.
05:01E nessa negociação com a China,
05:03a China está olhando e falando a mesma coisa que disse a Rússia,
05:07que essa ideia de moeda comum dos BRICS, isso é coisa do Brasil.
05:10Lá o presidente Lula que fala essas bobagens,
05:13a gente não tem nada a ver com isso.
05:14Então a China olha para o cenário internacional
05:17e o trata de forma pragmática,
05:20assim como o próprio Estados Unidos.
05:22Só que são duas potências que precisam entrar num acordo.
05:27Portanto, não se furtam em negociar até chegar num ponto de equilíbrio.
05:32Esse ponto de equilíbrio existe e ele será encontrado.
05:35Que é muito diferente da postura do Brasil.
05:38O Brasil simplesmente se anulou nessa discussão
05:42e o presidente brasileiro dobra a aposta
05:45mantendo ataques ao presidente norte-americano
05:49de uma maneira irresponsável,
05:51de uma maneira a não demonstrar a sua consciência
05:55do que é o Brasil e da importância que essa relação comercial
05:59tem para diversos setores estratégicos do país.
06:02Enfim, a China mostrando que é adulta na sala
06:05e o Brasil reforçando a sua postura de terceiro, quarto, quinto escalão no jogo mundial.
06:12Luiz Felipe Dávila, essa trégua entre Estados Unidos e China
06:16acaba sendo benéfica para todo mundo de um modo geral, não?
06:20Com certeza, Nonato.
06:21Afinal de contas, a trégua não joga o mercado global
06:25numa gigantesca crise que seria as duas maiores potências do mundo hoje
06:31entrar em uma guerra comercial com altas tarifas.
06:34O fato é que a estratégia Trump deveria ser oposta da que ele adotou até agora.
06:40Ou seja, deveria ser juntar todo o mundo ocidental,
06:44reduzir barreiras para pressionar a China.
06:47A China que não vem cumprindo tratados internacionais
06:51e que, portanto, hoje está numa disputa com os Estados Unidos,
06:55não só no campo comercial, como também no campo tecnológico e militar.
07:00De fato, o grande problema dos Estados Unidos é a China e não o restante do mundo.

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