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O Copom e o Fed divulgarão suas novas taxas de juros, em meio a um cenário de incertezas globais e à crise gerada pelo "tarifaço" imposto por Donald Trump. Os comentaristas Acácio Miranda e Cristiano Vilela analisam o impacto das decisões na economia brasileira e global, e como a guerra comercial com os EUA pode afetar o comércio internacional.

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Transcrição
00:00A próxima quarta-feira, dia 30 de julho, promete.
00:04Os bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil vão anunciar as taxas básicas de juros dos respectivos países.
00:12Reportagem de Misael Mainete.
00:15A próxima quarta-feira, dia 30 de julho, promete.
00:18O Banco Central dos Estados Unidos e do Brasil anunciam as taxas básicas de juros dos seus países.
00:25Os anúncios também acontecem muito perto da data limite do início do chamado tarifaço, previsto para começar dia 1º de agosto, sexta-feira.
00:35O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promete iniciar as taxas de 50% sobre os produtos brasileiros.
00:43Para o economista Ricardo Balestieiro, também professor no Instituto Mauá de Tecnologia,
00:49a chantagem econômica imposta por Donald Trump não deve interferir na taxa brasileira de juros,
00:57uma vez que a margem da Selic já está em um patamar muito elevado.
01:01Então já está relativamente precificado que o Banco Central vai manter a Selic em 15% nas próximas reuniões.
01:12A tendência da inflação é de queda, quer dizer, o Focus mostra pela oitava semana consecutiva a inflação se reduzindo.
01:23Então nenhum impacto dessa questão do tarifaço norte-americano na próxima reunião do Copom.
01:30O especialista diz que a situação tarifária envolvendo Estados Unidos e Brasil deve aparecer como preocupação nas próximas atas,
01:40mas ainda não altera a Selic.
01:42E adicionalmente o que deve aparecer no comunicado após a decisão da próxima quarta-feira e na ata na semana seguinte
01:49é a preocupação com relação à imposição das tarifas dos Estados Unidos às importações brasileiras.
01:57deve ser também um período de observação de como isso vai ser implementado e como isso vai afetar a economia brasileira.
02:06Mas nesse momento a decisão do Copom dessa semana tem pouco impacto do tarifaço dos Estados Unidos
02:15e muito mais o cenário inflacionário do país e a expectativa, a observação de como todo esse cenário vai se comportar daqui para frente.
02:25Para as próximas reuniões a expectativa do mercado é de estabilidade na taxa de juros brasileira.
02:32Se o resultado for esse, manter a Selic em 15% será uma virada de ciclo dos juros depois de sete altas consecutivas.
02:42Altas que acontecem desde setembro de 2024.
02:45Para o economista Maurício Nacarrodo da DA Economics, a pressão inflacionária no setor de alimentos pode ser afetada a curtíssimo prazo.
02:56A curtíssimo prazo até pode ter um benefício de uma oferta maior de alguns alimentos,
03:03que para as exportações dos Estados Unidos, como suco de laranja, carnes, café.
03:09Até os preços no atacado mostram alguma deflação acontecendo aí recentemente.
03:15Pode ter um repasse aí para o consumidor, ajudando na cenária atual de uma inflação de alimentação muito baixa,
03:22inclusive uma deflação, como mostrado aí no TCA 15.
03:26Então, no curtíssimo prazo, isso pode aliviar um pouquinho o preço inflacionário.
03:30Mas a média e longo prazo pode ter um impacto reverso,
03:33a luz do ponto de uma desaceleração das exportações,
03:37impacto no câmbio decorrente disso, como a desvalorização da moeda brasileira,
03:41um câmbio mais depreciado, o que é mais enfraquecido,
03:44pode espingar uma inflação mais alta aí, um pouco mais pra frente.
03:48Já nos Estados Unidos, o economista Maurício Nacarrodo acredita que o Banco Central americano
03:54deva manter a taxa de 4,5%, podendo sinalizar cortes para as próximas reuniões.
04:01Nesta última semana, o presidente Donald Trump visitou o Banco Central americano,
04:07dirigido por Jerome Powell, a quem ele já chamou de idiota por resistir à redução das taxas de juros.
04:15Acácio Miranda, a OMC ainda pode impedir esse tarifácio?
04:21Márcia, a verdade seja dita, a OMC tem, dentre as suas prerrogativas, essa possibilidade.
04:27Mas também é uma verdade que as organizações internacionais,
04:32que as organizações multilaterais, compostas por diversos países,
04:37nos últimos tempos não têm mostrado tanta força para colocar de forma sutil.
04:44Então, por mais que exista, por mais que venha a existir uma decisão da OMC
04:50impedindo o governo norte-americano de impor este tarifácio,
04:54eu duvido que o governo norte-americano vá respeitá-la.
04:59Donald Trump, nos últimos dias, já se desvinculou, desvinculou os Estados Unidos
05:05de uma dessas organizações por conta de uma decisão desfavorável.
05:09Não custa nada que ele o faça também em relação à OMC.
05:14Existem, neste momento, dois possíveis caminhos para o Brasil se livrar deste tarifácio.
05:22Um primeiro caminho é a negociação direta com os Estados Unidos,
05:25o que, verdade seja dita, não tem surtido efeito nenhum até agora.
05:32E há um segundo caminho, que no meu entendimento talvez seja o mais plausível,
05:37que é uma decisão interna nos Estados Unidos.
05:40Donald Trump já sofreu dois reveses na justiça americana por conta desse tarifácio
05:46e há a possibilidade que, no decorrer desta semana, ele venha a sofrer um terceiro.
05:54Fato é que, no final das contas, quem pode mais, chora menos.
06:00Os Estados Unidos, como superpotência do mundo,
06:03não está muito preocupado com o posicionamento das entidades plurilaterais.
06:11Agora, Vilela, você avalia que a gente pode ter uma redução em relação aos juros
06:15que estão na estratosfera, realmente os juros a 15%,
06:20visto que, com o tarifácio sendo imposto e as medidas,
06:26desde quando foram anunciadas já houve uma redução no consumo,
06:29então já freou o consumo.
06:31Você vê essa expectativa acontecendo?
06:34Olha, David, eu não vejo nesse momento.
06:36No meu entendimento, de acordo com a sinalização dada pelas últimas atas do Copom,
06:42nós estamos talvez no patamar máximo, no topo da curva de juros,
06:48então não visualizo, evidentemente, nenhuma subida maior do que o patamar que temos hoje.
06:53No entanto, não há nenhum apontamento para uma redução imediata,
06:57haja vista que ainda falta uma série de medidas a serem adotadas pelo governo
07:02no sentido de garantir o cumprimento das metas fiscais,
07:06o cumprimento das suas obrigações financeiras,
07:10no sentido de dar essa tranquilidade para que o país consiga reduzir a sua taxa de juros.
07:16É valioso lembrar que nós ainda estamos longe da meta estabelecida para a inflação no ano de 2025.
07:24Então não vejo uma justificativa efetiva para que o Banco Central venha a tomar uma medida como essa.
07:30Sabendo que o Banco Central, seja agora com Galípolis, seja com Campos Neto,
07:35vem mantendo realmente uma postura bastante racional no trato com a taxa de juros,
07:42se utilizando dessa estratégia no sentido de conter a inflação.
07:47Então eu vejo que, muito embora, quando se olha para um horizonte de médio e longo prazo,
07:51se visualiza e sim, uma queda na taxa de juros,
07:55eu não vejo que isso possa acontecer agora, pelo menos nessa primeira ou segunda reunião do Copom.
08:00Visto também que deve gerar impactos em relação à redução do PIB e à arrecadação consequente do governo.
08:07Bom, vamos seguir acompanhando.

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