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No Só Vale a Verdade, Marco Antonio Villa recebe o General Santos Cruz, que foi ministro de Jair Bolsonaro. O General reflete sobre supostos ataques ao Estado Democrático de Direito durante o governo anterior, revelando bastidores de crises que culminaram na condenação de Bolsonaro. Ele aborda as falas do 7 de Setembro, os ataques de 8 de Janeiro, e a postura do ex-presidente após a derrota nas eleições de 2022, afirmando que Bolsonaro "tinha obrigação de reconhecer" o resultado.

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/2vQaZjXvaSo

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Transcrição
00:00Ele fez referência àquele dia que ele foi naquela caminhonete, o então presidente Bolsonaro enfrentou o QG do exército, apelidado de Forte Apache, em Brasília,
00:09e fez aquele discurso atacando a Constituição e implicitamente propondo um golpe de Estado.
00:16Era ali que estava explícito, nem implícito, era explícito, qualquer pessoa consegue entender o ataque às instituições.
00:23Foi gravíssimo aquele acontecimento, mas teve acontecimentos mais graves, o 7 de setembro de 2021, em Brasília, e a tarde aqui em São Paulo.
00:34O presidente da república, para mim, ele tem, qualquer presidente, ele tem uma função muito importante que é a paz social.
00:45Exato.
00:46Não é acertar todas as medidas, não se pode exigir do atual presidente ou do ex-presidente Bolsonaro que ele acerte todas as medidas.
00:53Ele acerta umas e erra outras, isso é normal em qualquer governo.
00:58Mas ele, a paz social é a principal função dele.
01:02Para criar um ambiente onde o empresariado, onde as instituições funcionam com tranquilidade.
01:09É isso que ele precisa fazer.
01:10E, lógico, tem o combate à corrupção, que é um problema sério nosso, e um outro problema sério nosso é a desigualdade social, que é uma vergonha.
01:18Então, ele tem que atuar nessas áreas, sempre com paz social.
01:22E naquele 7 de setembro, ele veio aqui, um presidente da república não pode dizer de público que não obedece mais ordens do ministro tal.
01:36Ele não pode dizer isso porque ele está dando um exemplo de desrespeito.
01:41Mesmo que o ministro tal não seja uma pessoa admirada, mesmo que o ministro tal seja polêmico,
01:47mesmo que o ministro tal tome decisões que uma parte da sociedade não aprecia.
01:55O presidente não pode dizer isso, senão ele gera uma cascata de desrespeito na sociedade.
02:03Não, ele não pode dizer, xingar de palavrão um ministro.
02:09Não, ele pode pegar, solicitar, ir na outra entidade, fechar a porta, discutir.
02:18Mas não pode fazer publicamente ataques com palavrões, com desrespeito, porque ele foi o pior legado que nós tivemos.
02:27Foi o legado do desrespeito.
02:28Aí, aproveitando, caminhando, nós estamos em 2021, aí tivemos o processo eleitoral de 2022 e as consequências.
02:36Já no mês de novembro, especialmente em dezembro.
02:39Teve o 12 de dezembro, que houve uma situação gravíssima no momento da diplomação do vice-presidente eleito.
02:52Depois, no dia 24 de dezembro, um atentado terrorista ao aeroporto de Brasília, né?
02:57O senhor concorda, né?
02:58E aí, depois tivemos o 8 de janeiro.
03:00Portanto, uma sucessão de acontecimentos claramente violando a lei.
03:06Isso aí, isso aí vem numa...
03:11Isso aí foi consequência...
03:13Para mim, inclusive, erro, erro da justiça do Congresso.
03:20Quando o presidente começa, o ex-presidente começa com a conversa de que o sistema eleitoral era fraudulento e que as eleições passadas tinham sido fraudulentas...
03:37Inclusive é que ele venceu.
03:38É, numa democracia é o seguinte, para a gente falar uma coisa dessa, a gente tem que ter prova.
03:45Senão tumultua a vida.
03:48É por isso que a lei exige que se tenha prova de certas coisas.
03:51Às vezes a gente pode até saber de certas coisas, não tem prova, fica quieto.
03:54Isso é a lei da vida.
03:57Então, quando começou ali aqueles ataques ali ao sistema eleitoral,
04:02então prova ou começa a responder um inquérito agora.
04:05É assim que tem que funcionar a sociedade.
04:10Mas não, não começou.
04:11Então foi consolidando aquilo.
04:14Consolidando.
04:15E aí vem uma eleição.
04:16Se eu acho que o sistema é fraudulento, eu não posso nem concorrer.
04:20Eu tenho que acusar de fraudulento e não vou concorrer.
04:23Para que eu vou concorrer num sistema que eu tenho certeza que é fraudulento,
04:27que eu estou divulgando que eu estou certo disso?
04:30Mas não, eu concorro.
04:32Bom, se eu ganhar, valeu.
04:33Se eu não ganhar, não valeu.
04:34Esse é que foi o pronto da eleição de 2022, né?
04:40Bom, perdeu.
04:44Ele tinha todas as condições de ganhar aquela eleição.
04:46Eu acredito que aquele monte de besteira,
04:50que durante a pandemia, aquelas observações que...
04:53Como é que uma pessoa vai ser presidente num país se ela diz que eu não sou coveiro
04:57numa hora em que a sociedade está sofrendo com centenas de mortes?
05:03Coisas assim, descabidas.
05:07Perdeu.
05:08Perdeu por pouco, mas perdeu.
05:09Quando perdeu...
05:11Quando perdeu...
05:12Agora eu vou fazer uma...
05:17Fazer uma...
05:19Aqui uma projeção...
05:23Tinha obrigação de reconhecer.
05:27A derrota?
05:28Lógico.
05:29Perdeu, perdeu.
05:30Quando a gente entra numa eleição, a gente entra pra ganhar ou pra perder.
05:34Às vezes ganha e às vezes perde.
05:37Então, perdeu...
05:38Bom, perdemos a eleição.
05:42Por pouquinho, organiza uma boa oposição.
05:48Uma boa oposição é fundamental pra democracia também.
05:50Às vezes uma boa oposição colabora mais do que um governo.
05:56Lidera a oposição.
05:59Reconhece a derrota.
06:00Lidera a oposição.
06:02E tenta ganhar a próxima.
06:03E a próxima é no que vem.
06:06Se fizesse isso...
06:08Estava elegível.
06:11Podia brigar pra ganhar a próxima.
06:14O país não tinha passado por todas aquelas cenas ridículas
06:18entre o segundo turno e início do atual governo.
06:22Não tinha um monte de assessores bolando coisas
06:28pra alterar o curso normal.
06:33Um monte de inquérito que tá por aí.
06:35Minuta do golpe.
06:36Tinha nada.
06:37Operação do punhal amarelo, verde e amarelo.
06:40Não tinha nada, não teria nada.
06:42Não teria...
06:44Não teria 8 de janeiro, não teria acampamento em frente de quartel.
06:47Não tinha nada, tinha vida em paz.
06:50Eleição que vem aí no próximo ano.
06:53E ele mesmo poderia disputar.
06:57Agora, foi uma surpresa pro senhor.
06:59Agora, nos inquéritos e depois na ação penal,
07:02que nós estamos assistindo,
07:04é limpo e transparente.
07:06Todo mundo tá assistindo, acompanhando pela televisão.
07:09Portanto, nada foi feito de forma clandestina.
07:12Portanto, é um processo absolutamente legal.
07:16Uma surpresa, tudo aquilo que apareceu,
07:18muitas vezes envolvendo oficiais do exército.
07:20Daí que eu pergunto ao senhor, até um general.
07:23A Operação Punhal Amarelo,
07:25tentar assassinar o presidente eleito de então,
07:29o vice-presidente eleito e o ministro Alexandre de Moraes,
07:33em que a operação, segundo a troca do WhatsApp,
07:35e esses documentos são processuais,
07:38foi abortada que eles estavam prontos
07:41para assassinar o ministro Alexandre de Moraes,
07:43com participação, inclusive, de membros do exército.
07:46Um general.
07:48O senhor não ficou...
07:49Eu fiquei assustado.
07:50Eu digo isso porque eu conheço a história do Brasil,
07:52já vi coisas tenebrosas,
07:53mas a esse ponto, não.
07:55Depois, a questão de minuta do golpe.
07:57A demora de reconhecer a derrota eleitoral.
08:02A questão que o senhor levantou há minutos atrás.
08:05Demorou dias.
08:06A forma como reconheceu,
08:07era reconhecer não reconhecendo,
08:09porque não ficou claro.
08:10Foi um minuto e meio o reconhecimento.
08:13Eu vejo todos os dados,
08:15eu sou historiador,
08:15eu faço questão de colocar os dados e os fatos.
08:19Tudo isso não causou,
08:21não vou dizer estranheza,
08:23mas um sentimento de que,
08:24meu Deus, que país é esse?
08:26Lembrando o Francelino Pereira.
08:28Não, eu não...
08:29Eu não fico surpreso, não.
08:32Talvez, por exemplo,
08:33mais característico de personalidade minha, né?
08:36De não ficar surpreso.
08:40Quando perdeu a eleição naquele dia,
08:44eu até fiz um Twitter na época,
08:47dizendo que esse governo tem que ser um governo
08:48de união nacional.
08:51Mas também não se comportou do jeito que eu esperava,
08:54o atual governo.
08:55porque, assim como para o Bolsonaro
08:58seria facílimo de ele ter uma liderança boa
09:02e fazer bastante realizações durante o governo dele
09:06e não fez,
09:08o atual governo,
09:09pegar depois do Bolsonaro
09:11era uma facilidade imensa de liderança.
09:15Depois de uma pessoa mal educada,
09:18eu trabalho com educação,
09:20pronto,
09:21eu já tenho 50% de caminho andado em liderança.
09:26Mas o presidente vinha machucado também por várias questões pessoais,
09:32como foi a prisão dele,
09:34uma pessoa já nessa idade,
09:36tudo isso.
09:37Então, eu acho que não aproveitou da melhor maneira.
09:41Já estamos no terceiro ano de governo.
09:42Mas ali, quando ele ganha,
09:49começou um show,
09:50aquilo foi um show,
09:52um show,
09:53uma depressão,
09:54um estado de depressão...
09:57Do presidente Bolsonaro.
09:58É, do ex-presidente Bolsonaro,
10:00uma depressão por questões eleitorais.
10:02Não, perdeu a eleição.
10:04Só isso,
10:04não precisa ficar em depressão nenhuma,
10:06que um show meio esquisito ali,
10:09aparecia ali na grama do...
10:11E aí,
10:13e aí vem uma coisa que eu acho errada também,
10:17que foi a...
10:19Quem foi responsável,
10:21tinha que ter sido feito um estudo muito mais aprofundado,
10:23quem foram os responsáveis por empurrar
10:25aquelas pessoas para frente dos quartéis.
10:29Os chamados, entre aspas, intervencionistas, né?
10:32O exército não tinha nada a ver com isso.
10:40O exército...
10:41Já teve uma eleição,
10:43já tem o resultado,
10:45aí começou aqueles acampamentos,
10:48na frente dos quartéis,
10:49em tudo que é lugar do Brasil,
10:50e no final ficou só aqui na frente do quart...
10:52Aqui não,
10:53porque eu moro em Brasília,
10:54mas lá na frente do quartel general em Brasília.
10:58Aquele tal do acampamento.
11:00Um acampamento que era um negócio,
11:02esquisito ali,
11:05de gente falando o tempo todo,
11:07assuntos de religião,
11:09cantando canção do exército,
11:10marchando.
11:13O exército nunca se emocionou por isso.
11:18Mas eu acredito que a dificuldade do comandante do exército era...
11:24Era dizer para aquele pessoal,
11:28olha, volta para casa que o exército não vai se meter nisso.
11:30Por quê?
11:32Porque existia, mesmo em silêncio,
11:34um apoio da presidência,
11:36então o comandante do exército tinha que passar por cima.
11:39Então ficou aquela situação ali daqueles acampamentos.
11:42naquele período ali,
11:47agora a gente vê que tinha gente que não queria que a coisa seguisse o curso normal.
11:57Agora, se algum militar se entusiasmou por isso,
12:02foi pessoal.
12:03E não institucional?
12:04Não institucional.
12:06Tanto que o comandante do exército,
12:07conforme diz nesses inquéritos aí,
12:10o comandante do exército,
12:11no dia que levantaram lá a conversa de GLO,
12:17não sei,
12:17é uma bobagem,
12:19um negócio besta,
12:20que não tem cavimento,
12:22vou lá,
12:22não sei se era,
12:24não era estádio de sítio,
12:26eu acho que era...
12:27Tem o estado de defesa.
12:28Estádio de defesa,
12:29estado de sítio e tal,
12:30essas discussões aí,
12:32o comandante do exército falou,
12:33olha,
12:34estou fora desse negócio aí,
12:36esse assunto aí não tem cavimento.
12:38O exército não vai se responsabilizar por esse tipo de coisa.
12:43E aquele pessoal que estava ali naquela expectativa,
12:47aí vem o grande erro.
12:48O presidente da república tem que dizer,
12:51minha gente,
12:52voltem para casa.
12:53Ele é responsável pela paz social.
12:57Essa é a grande obrigação de um presidente.
13:03O empresariado toca para frente,
13:05a economia, os ministros,
13:07o povo trabalha,
13:09não tem problema nenhum.
13:10Ele tem que manter a paz social.
13:12E aquilo ali era uma expectativa de tumulto.
13:15Ele tinha que ter se manifestado.
13:16E não fez, né?
13:18Não fez,
13:19não sei se por achar que,
13:21bom,
13:21se o pessoal fizer alguma coisa,
13:23ele seria beneficiado.
13:26E não teria responsabilidade nenhuma.
13:29Aí aquele pessoal ali ficou,
13:33então,
13:33até hoje,
13:36eu não tenho dúvida nenhuma
13:37que aquela massa de gente ali,
13:39a maioria é o chamado boi de piranha.
13:41É gente que é empurrada no entusiasmo,
13:44gente que
13:46paga uma passagem para vir para Brasília,
13:48tinha ônibus ali,
13:49assim,
13:49eu moro lá,
13:51tinha uns 30 ônibus ali,
13:53ônibus de turismo bons
13:54que vinham do Mato Grosso,
13:55do Rio Grande do Sul,
13:56de Santa Catarina,
13:57de outros locais.
13:58Alguém pagando aqueles ônibus
13:59e aquelas pessoas recrutadas,
14:01às vezes,
14:01que vêm na onda.
14:03Então,
14:05seria muito mais importante saber
14:09quem é que fez essa mobilização,
14:13responsabilizar
14:14e fazer o...
14:17e não só aqueles executantes ali.
14:19Tem executante que quebrou tudo,
14:21tem que ser responsabilizado.
14:22Vai fazer o quê?
14:23Quebrar tudo e não vai ser responsabilizado?
14:24Não dá.
14:25Mas tem muita gente
14:27que entrou na...
14:28que entrou na onda.
14:31Então,
14:33e no meio militar,
14:34infelizmente,
14:34algumas pessoas parecem
14:36que também
14:36se perderam um pouco
14:38nessa expectativa
14:39de mudar o curso natural.
14:40O curso natural é ter uma eleição,
14:42tem um presidente,
14:43goste ou não goste dele,
14:44ele tem que assumir.
14:45Quatro anos depois,
14:46se você não gosta,
14:47vota no outro.
14:48E mudar o curso natural
14:49é golpe de Estado.
14:50É,
14:50não tem como.

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