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  • ontem
Mainha espera vocês no programa Agito, com @pew_martins ! Resenhas, convidados especiais e muito axé! E aí? Bora? Venha descobrir com a gente o que é que o baiano tem! Ao vivo no seu radinho e também no YouTube!

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Transcrição
00:00Sorria, você tá na Bahia, FM, sorria, você tá na Bahia que tem folia, tem, que tá na alegria que nossa vida tem, que tá no som do tambor, que arrepia, que tá no calor do amor, que contagia, sorria, vai, FM, agito.
00:25Olha a hora, meu povo, sete horas mais dois minutinhos, muito boa noite pra você, tá começando o programa Agito, pra você que se liga aí na Bahia FM, o Agito tem um oferecimento de Salvador Shopping, baixe o super app, pediu aqui, chegou aí, e ó, além de ouvir a gente aqui na Bahia FM, também na Bahia FM Sul, você pode curtir, claro, né, o nosso Agito, através do nosso canal do YouTube, tá bom?
00:55É, deixa eu chamar ele, meu amigo, Peu Martins, muito boa noite, Peu.
01:02Muito boa noite, Tonito, você tá bem, Tonito?
01:06Eu tô ótimo, velho, e você?
01:07Tô maravilhosamente bem, gostoso, sarado, delicioso.
01:11É, tô ligado.
01:12Que ressaca que eu não tomei nenhuma, rapaz?
01:14Não, eu tô com PC alto, Peu, PC alto.
01:15Ah, assim, de água mineral, né?
01:17Isso, foi.
01:18É, muito boa noite, meu povo, sejam bem-vindos ao nosso Agito, e no programa de hoje, vamos conversar com o professor de história, Ricardo Carvalho.
01:27Acertei?
01:28Acertou, meu amigo, já começou bem, já.
01:31Tá vendo?
01:31No quadro, se liga, ele vai trazer histórias sobre personalidades baianas, os melhores, maiores, e também opiniões dele, viu?
01:38Quero saber, vou jogar ele um pouco na fogueira, viu?
01:41E no quadro, opa, aí, vamos falar sobre o produtor e DJ Ian Fragas.
01:46Mas deixa eu chamar, mas deixa eu chamar logo o meu convidado, meu primeiro convidado de hoje, no quadro, se ligue.
01:52No ar, se ligue.
01:55Boa noite, professor Ricardo.
01:56Muito boa noite, saudações a todos os ouvintes deste programa, que já é uma tradição da Rádio Baiana.
02:02Um agito, né?
02:03Um agito fantástico.
02:04Como é que você tá?
02:05Tô legal, cansado.
02:06Depois desse carnaval, tá cansado?
02:08Cansado do dia a dia, mas aquele cansaço bom de quem produz, que tá dando aula, de quem tá escrevendo textos e pensando em projetos.
02:16Eu falo que o professor, ele é apaixonado pelo que faz, porque mesmo cansado, ele gosta de estar lá.
02:22Cara, o cara que dá aula, que trabalha com educação e não gosta do que faz, ele tá...
02:26Tá no lugar errado.
02:27E vai sofrer a vida toda.
02:29Mas quando você entra na sala pela primeira vez, olha, vê o brilho nos olhos daqueles meninos, aí você diz, uau, é isso que eu quero fazer o resto da minha vida.
02:36Escolhi a profissão correta.
02:38É verdade.
02:38Professor, se apresente pra quem tá ouvindo o agito pela primeira vez, um pouco sobre o senhor, um pouco sobre a sua história.
02:44Então, eu sou Ricardo Carvalho, sou professor de história, historiador, né?
02:47Hoje eu trabalho menos em sala de aula, trabalho mais com mídia, televisão, rádio, cinema e teatro também.
02:55Tô atualmente no ar com um programa chamado Insurgentes, no History Channel, já caminhando pra segunda temporada.
03:03Me conte um pouco desse programa.
03:04É um programa que eu fui convidado pelo History pra gente, pra eu apresentar uma série, né?
03:09Na verdade, é um programa seriado sobre grandes eventos de ação social, de movimentos sociais.
03:17Então, a gente fez a primeira temporada falando de cabanagem, sabe nada, balaiada, guerra dos dinipapos.
03:23E agora estamos caminhando pra segunda temporada.
03:25E caminhando também pra um novo programa que estreia ainda em 2023, chamado Origens.
03:30Vamos passar um mês gravando na Tanzânia, depois mais 15 dias na Etiópia, depois íamos pra Sibéria, mas com a guerra, se o Putin impediu, a gente vai pro Alasca, a costa do Peru, pra falar sobre a origem do homem, né?
03:43Na Terra.
03:44Então, é isso que eu faço.
03:45Essas séries são quanto tempo de gravação?
03:47A gente grava geralmente por dois meses e a série fica no ar durante... agora com o streaming, né? Fica direto, tá no ar. Então me assista, por favor.
03:55Por favor, gente.
03:56Assine o History Channel. Não é concorrente, não, né?
04:00Ah, você já vendeu o peixe, pode falar.
04:02Agora já foi. Assiste o History Channel e veja lá seu professor amigo Ricardo, tio Rick, apresentando a série Insurgentes.
04:11Isso pra ele ser contando esse trabalho, porque não é só o professor, né? Esse trabalho de atuar, de estar ali também na frente das coisas. Principalmente, dura quanto tempo pra fazer tudo?
04:20Desde a criação e isso é.
04:22Você produz uma série, como é, há um ano mais ou menos.
04:23É mesmo?
04:24Desde o argumento, depois do argumento, vem o primeiro proposta de roteiro, tem sala de roteiro, depois da sala de roteiro...
04:29A série funciona igual a novela, que a gente começa de um jeito e aí, conforme o público vai conduzindo, vai mudando...
04:36Mais ou menos. Diferente de novela, que é um... Novela vem do grego, novelos, que quer dizer novo.
04:43Sim.
04:43Que em latim deu origem a expressão novela, mesmo que quer dizer novo, aquilo que se renova.
04:49Então, o cara consegue, às vezes, até mudar, né? Numa semana pra outra, um roteiro de uma novela, se aquele personagem grovou, mas não grovou.
04:56Na série é diferente, assim. A gente fez a primeira temporada, viu coisas que funcionaram muito bem e agora estamos partindo pra uma segunda temporada, já com outro formato, um pouquinho diferente, porque a gente sabe agora o que é que funciona mais.
05:06A gente consegue mudar, então, através das temporadas.
05:09É, de uma temporada pra outra.
05:10Entendi, perfeito. Professor, me conte. Produção, me contou que você ia contar sobre personalidades baianas.
05:15Ah, massa.
05:16Me conte um pouco sobre essas personalidades maiores, as melhores.
05:19É mesmo? Você quer que eu faça um playlist assim?
05:21Aí fica à vontade, eu tô doido pra saber, eu gosto de saber.
05:24Eu costumo dizer que eu sou filho de Priscila Moraes. Você sabe quem é Priscila Moraes?
05:29É uma fofoqueira maravilhosa aqui de Salvador. É a que mais sabe da vida dos outros.
05:32Só que diferente de Priscila, eu sou um fofoqueiro que eu não faço a fofoca.
05:35Eu gosto de saber da vida dos outros, não por isso que eu entrevisto, entendeu?
05:39Mas eu gosto de saber pra ficar pra mim.
05:40É, eu acho que a gente tem uma lista, assim, um playlist, né, B, que eu diria, que são de personagens históricos,
05:47gente que tava num lugar certo, na hora certa, ou num lugar errado, na hora errada.
05:50E por isso acabou ganhando a dimensão.
05:52Corneteiro Lopes, né, o cara que ao errar o toque da corneta, acabou assustando os portugueses,
05:58levando a Bahia pra o seu processo de dependência na famosa Batalha de Piraja.
06:02Estamos aí, né, 200 anos de dependência da Bahia.
06:05Olha aí, 200 anos.
06:06Me chamem, me chamem, me chamem pra vir falar sobre Dor de Julho.
06:08Por favor, por favor.
06:09Dor de Julho, porque é um momento muito especial da história da gente.
06:13Aí a gente tem a Joana Angélica, que também tá no contexto do Dor de Julho.
06:16A gente tem personagem como o Caramuru, né, o primeiro baiano, digamos assim,
06:20porque ele trouxe, né, o sangue branco europeu,
06:23que se misturou aqui com, né, Paraguaçu, com Catarina, e aí foi se formando.
06:28Eu diria que a gente tem esses personagens, que são muito interessantes, né.
06:32E são marcantes também, né, fortes.
06:33São, ficaram na história, a gente precisa estar resgatando sempre eles.
06:36Mas eu acho que a gente tem uma lista, cara, assim, um top five, assim, sabe,
06:40de figuras que são absurdamente significativas.
06:44Pode ser top team em vez de top five, pode, né.
06:46Pode, pode.
06:47Então a gente tem o Gregório de Matos, por exemplo, né,
06:49que é um baiano emprestado, mas é um cara que inaugurou a literatura brasileira de alguma forma, né.
06:56A gente tem também personagens, assim, como Maria Quitéria, também, no contexto do Dor de Júlio,
07:00uma mulher que reproduziu aqui, sem saber, a famosa lenda de Mulan.
07:04Mulan, como é isso? Mulan da Disney?
07:06Do vídeo, do filme?
07:07É, aquela do filme.
07:09Então ela se veste, cara, de soldado Medeiros pra ir lutar na...
07:14Guerreira, guerreira.
07:15Cara, não é incrível isso?
07:17É isso que eu digo, Pelo, porque tem alguns personagens que eles são cheios de ousadia.
07:22Não é ousadia, ousadia todos nós temos, né, ousadia com Z, sem U.
07:26Mas eu tô falando de ousadia.
07:27Você fala ousadia do empoderamento, né, do poder.
07:30É, com crepidez, bravura, coragem.
07:33Esse é um caso dela, né, uma mulher que vai pro Batalhão dos Periquitos e se vira heroína.
07:37Mesmo sendo mulher, nunca abaixou a guarda.
07:39A gente tem aqueles personagens difusos, sem necessariamente uma identidade,
07:43como os nossos heróis de Canudos, por exemplo,
07:46que lutaram contra a opressão daquele governo recém-instalado da República.
07:50E aí a gente vai, né, a gente tem alguns personagens assim,
07:52mas tem uns que a gente tem que colocar assim na mesa e dizer assim,
07:55Graças a Deus eu sou baiano.
07:58Não tem um negócio de uma frase assim, né?
08:00Não.
08:00Ainda bem, não tem?
08:01Deus me livre de não ser baiano.
08:03Não, tem uma música de Saulo, né?
08:05Ah, tem?
08:05Ele faz assim, Deus me livre de não ser baiano.
08:08Se eu estiver errado, me corrija, viu?
08:09E não tem carnaval esse ano.
08:11Ele cantou muito na Avenida essa música.
08:13Oi, eu não sabia.
08:14E usa muito essa frase, Deus me livre de não ser baiano.
08:17Mas por quê, professor?
08:18Por causa de um cara chamado Jorge Amado.
08:20Concorda?
08:21Com certeza.
08:22Um absurdo.
08:23Talvez o maior contador de história desse país, nosso aqui de Ilhéus, né?
08:27Aqui da região sul da Bahia.
08:29A gente tem gente como, por exemplo, um Wagner Moura, um Lázaro Ramos, né?
08:34Opa aí, ó.
08:35Opa aí, velho, né?
08:37A gente tem gente como quem mais?
08:39Castro Alves.
08:41Deus, onde está?
08:41Isso que não responde.
08:42Dizem qual plaga tu te escondes, que não vê tal desgraça.
08:45Quer dizer, o cara que escreveu um dos mais belos poemas da história, né?
08:49E a gente vem mais contemporaneamente nessa lista, se a gente quiser citar gente como
08:54Caetano Veloso, Gilberto Gil, né?
08:56E vai botando esses caras aí nessa lista.
08:59Vai botar um trecho da música?
09:01Ah, da música de Saulo?
09:02Eu vou conhecer.
09:03Jefferson vai colocar...
09:04Produção, coloca...
09:05Nito, me bota um trecho dessa música maravilhosa.
09:07Não, não tá saindo aqui.
09:09Não.
09:11Solta aí, hein?
09:12Que essa música é importantíssima pra gente.
09:14Pronto, procura aí saber, enquanto a gente continua aqui batendo um papo com o meu professor
09:17maravilhoso.
09:18Continua me falando dessas personalidades baianas.
09:20Então, se você pensar bem, né?
09:22Assim, a gente tem hoje vivos...
09:24Eu tava pensando no outro dia, a gente perdeu gente pra caramba recentemente, né?
09:27Sim.
09:28E aí Gal foi embora, né?
09:30Lembra aí mais gente.
09:30Um bocado de gente bacana foi embora.
09:32Erasmo Carlos, cara fantástico, né?
09:34Moraes Moreira.
09:35Moraes Moreira.
09:36E tanta gente bacana.
09:37Mas aí eu fiquei pensando nessa semana, velho.
09:40Caetano tá vivo.
09:42Sim.
09:42Gilberto Gil.
09:42Gilberto Gil tá vivo.
09:43Falar disso, não sei se você percebeu, o encontro que teve no Festival de Verão de Gilberto Gil
09:49e Caetano Veloso.
09:50Histórico.
09:51Vi no multishow.
09:52Histórico, maravilhoso.
09:53Então assim, falar dessas personalidades e não lembrar de Caetano, de Gilberto Gil,
09:57que estão vivos, que ainda pode nos dar a graça de ver esses encontros maravilhosos
10:01e a presença deles, né?
10:03E não baianos, né?
10:04Chico Buarque tá vivo.
10:06Milton Nascimento fez uma despedida em vida.
10:08Que generosidade desse cara, né?
10:11Verdade.
10:11Diz assim, eu tô indo embora, é o último show, a última sessão de música.
10:15E assim, antes de ir embora.
10:17Então a gente tem que comemorar.
10:18Mick Jagger tá vivo, né?
10:19Madonna tá viva.
10:20Então a gente tem que começar também a olhar, assim, aproveitar de sermos contemporâneos
10:25de figuras tão significativas.
10:27Esses dois baianos é sem comentários, né?
10:29Caetano e Gil.
10:31Os caras escreveram a história da cultura brasileira nos séculos...
10:33E continua escrevendo, né?
10:35A resistência, a potência.
10:36Principalmente quem vem entrando no mundo da música.
10:38Não só agora, né?
10:39Mas que já entrou, sempre tem como referência.
10:42Gilberto e Gil e Caetano Veloso são maravilhosos.
10:44Principalmente no Carnaval.
10:46Mas quem é o seu atlete?
10:48Rapaz, de todos nessa lista aí...
10:52Castro Alves, cara.
10:53É mesmo?
10:53É.
10:54Castro Alves é...
10:55Tem alguma vivência, assim?
10:57Sim, eu acho que pelo fato de eu escrever também, né?
11:00Eu sou sonetista, escrevo sonetos e tal.
11:03Então eu acho que a poesia clássica...
11:06Me permita aqui, não quero ser o professor...
11:07Não, por favor.
11:08O professor coroa chato.
11:08Não, por favor.
11:09Mas eu preciso falar o seguinte.
11:10A meninada é fantástica.
11:12Essa geração que vem aí, ela é única.
11:14Eu não tenho aquela coisa chata...
11:15Ah, porque no meu tempo...
11:16O meu tempo era horrível, cara.
11:18No meu tempo não tinha internet, não tinha...
11:20Pelo Martins...
11:21Não tinha essa acessibilidade.
11:24Não, hoje um menino com uma zorrinha de um celular na mão, ele tem acesso...
11:28Vai rápido.
11:29A tudo.
11:29Às vezes até eu, quando eu falo errado, vou lá...
11:31Jogo no Google no celular rapidinho.
11:33Ela é fantástica, assim.
11:34Não tem nada já na minha época.
11:35Na minha época não tinha nem comparação, hoje é muito mais legal.
11:38Essa meninada é muito esperta, assim, sabe?
11:39Muita antenada, mas ela não tem filtro.
11:42Faltam filtros.
11:43Aí entra o papel da gente, os educadores, os comunicadores.
11:45Pra oferecer pra essa meninada também a oportunidade deles fazerem contato com coisas que são fantásticas, assim.
11:53É massa a música popular, mas música clássica é muito bom também.
11:57E é o conhecimento de uma forma tão rápida, mas de uma forma cuidadosa, né?
12:00Pra não se encher de informações e acabar não aprendendo nada.
12:04Ah, é isso que é o grande problema.
12:05Eu acho que a gente ainda tá tudo muito novo, sabe?
12:07A internet tá tudo muito novo.
12:09Então as pessoas...
12:09Ah, internet, rede social...
12:12A gente vai aprender a lidar.
12:13Como aprendeu com o carro, como aprendeu com os computadores.
12:16No início é assim, gera esse agito.
12:18Mas depois o agito vai dando lugar também.
12:21A primeira...
12:21É porque o adolescente de hoje, né?
12:24O jovem de hoje, ele é bum!
12:26É...
12:26Tudo ao mesmo tempo agora.
12:27Isso, tem que ser agora.
12:28Aí depois você vem, vai filtrando, vai corrigindo, vai coletando.
12:32E aí a gente vai tentando...
12:34Mas a gente não tem esse momento de...
12:35Vamos devagar e depois a gente chega lá, não.
12:37A gente já quer chegar logo, aí depois vai...
12:39Eu acho que é assim, tem uma visão pan, né?
12:42A meninada tem uma visão pan, abre o olho, vê tudo assim.
12:44Mas eu acho que aí precisa a gente...
12:46Aí o papel é nosso.
12:47Pais, educadores, comunicadores.
12:49Começar a mostrar a essa meninada que existe um cara chamado Beethoven.
12:52Um cara chamado Mozart.
12:54Que tem um fantástico mulato baiano do recôncavo.
12:59Que com 18 anos de idade era o cara que se chama Cecel Castro Alves, maravilhoso.
13:05Então eu acho que a gente precisa abrir os olhos pra isso também.
13:07Ou até trazer uma forma diferente de educar, me corrija se eu estiver errado.
13:12Trazer as mesmas histórias que a gente aprendeu no nosso momento, mas de uma forma mais atraente, atrativa.
13:19Se eu estiver errado, você pode me corrigir.
13:20Eu acho que dá pra aprender o jovem numa sala de aula, ou em um assunto importante, ou em um tema importante,
13:27ou em uma história importante, de uma forma que hoje ele consiga entender mais rápido,
13:33mais dinâmico e aprender sem perder a essência.
13:36E apresentando pra ele, eu sempre digo como educador que se você oferece ao jovem algo que pra ele não tem consistência pra vida dele,
13:44não tem significado, aquele é um conhecimento que será desprezo.
13:47Ele vai achar que é só uma história.
13:48É. E aí, mas se você apresenta algo que faz conexão com a existência dele, com a realidade dele,
13:55eu acho que esse é o grande desafio.
13:56Nós, professores, educadores, apresentadores de TV, comunicadores, é tentar...
14:01Eu tentei isso no Insurgentes, né?
14:03Falar de um tema pesado, como a Guerra do Junipap, mas aí a gente traz o tema com uma direção linda,
14:09de Jana Leite, baiana, né?
14:11Talvez a maior diretora hoje de audiovisual do Brasil, que é a nossa querida Jana.
14:15Então ela teve essa preocupação de dar uma linguagem que todo mundo gostou.
14:21Eu vejo a criançada de 10, 11 anos assistindo a série e dizendo assim,
14:24Pô, Tio Rick, foi massa.
14:26Ó, tá vendo? E aprendeu, o importante é isso.
14:29Para nós somos que já temos o trecho da música, é esse mesmo?
14:32Temos o trecho do Festival de Verão.
14:33Solta aí o trecho do Festival de Verão.
14:35Solta aí o trecho do Festival de Verão.
15:05Que música massa, cara.
15:08Imagina, hein?
15:09Não conhecia, né?
15:09Não, cara, quando o Saulo canta essa música é...
15:13É uma simpatia.
15:13Fala sobre o carnaval, sobre a volta do nosso carnaval depois de dois anos,
15:17e realmente dá realidade.
15:18Deus me livre de não ser baiano.
15:20Todo mundo vem pra Bahia.
15:21E a gente se arremete, quando eu vi o Saulo cantando agora aí, me arrepiei,
15:25lembrei de um homem que veio um pouco antes, já que é pra falar das personalidades, né?
15:28Veio antes de Caetano, veio antes de Gil, veio antes de Saulo, de tantos outros,
15:31que é o nosso Dorival Caymmi, né?
15:33Sim.
15:34Eu acho que Dorival Caymmi, ele foi meio que o gestor disso tudo que vem depois, né?
15:39E aí você junta um Dorival Caymmi com o Dodô Osmar, os meninos,
15:43e eu acho que isso vai dando esse caldo lindo que é o que nós somos.
15:47Nós somos lindos, né?
15:48Oh, velho, mano, nós somos maravilhosos.
15:51Maravilhosos.
15:51E aí a gente vai aprendendo todos os dias.
15:54E aí eu já pergunto para um educador como o senhor.
15:57Quanto tempo de profissão?
15:58Rapaz, 40 anos, eu faço a setembro agora, quando eu dei a primeira aula.
16:02Toda essa mudança de 40 anos pra cá, e se readaptar ao jovem, à atualidade,
16:08à internet que não tinha antigamente.
16:11Primeiro não tinha televisão na sala de aula.
16:14Depois começou a colocar televisão, aquelas grandonas, né?
16:17Aí agora tem um tablet, tem internet, tem o poder do conhecimento mais rápido.
16:21Para o senhor, foi fácil essa mudança?
16:24Nunca é fácil, né?
16:25Todo mundo, o Gilberto Gil já diz, né, que o eterno Deus mudança.
16:29Sim.
16:29Mudança, sacou, né?
16:30Uma trocadinha.
16:31Então ele diz que esse é o grande barato, é a mudança.
16:34E a gente precisa saber se adaptar.
16:35Eu acho que eu consegui, né?
16:37Tenho tentado, pelo menos.
16:38Vejo que de vez em quando eu tenho uns atavismos, né?
16:40Porque eu comecei a dar aula nos anos 80.
16:42Então a juventude mudou, a comunicação mudou, as coisas, os recursos.
16:46Eu gosto muito de tecnologia, isso aí eu não posso falar, eu uso mesmo.
16:49Me adaptei bem a essa área da tecnologia.
16:52Que bom, né?
16:52É, e acho que a gente tem que aprender melhor.
16:55Eu não deixei sala de aula ainda, Péu, por causa disso, sabe?
16:57Eu dou pouquíssimas aulas hoje.
16:59Na verdade, a gente não quer perder essa essência.
17:00Não quero perder o contato com esses meninos.
17:02Tem uma ex-aluna ali, minha, né?
17:04Tá ali daqui a pouco.
17:05A gente trabalha contigo.
17:06É.
17:06Que bom.
17:07Uma lindeza.
17:08Eu fico tão feliz quando eu vejo, né?
17:09Um artista hoje de tanto talento, assim.
17:12Então eu quero manter contato com essa menina.
17:14Como eu escrevo pra eles também, como é que eu vou sair de sala de aula?
17:17Eu preciso estar ali fazendo essa reciclagem com eles e aproveitando de escrever pra eles
17:22nosso espetáculo, que faz um pouquinho esse papel.
17:25Reestreia agora em abril o espetáculo Cinco Segundos.
17:28É um espetáculo que se passa na Segunda Guerra Mundial.
17:30Ó.
17:31E que é a história de um soldado alemão que se encontra com um soldado...
17:35A história é real, baseada no fato real.
17:37Eu vi esse relato de um ex-combatente, né?
17:39E eles se encontram e ele me disse um dia, professor, naqueles cinco segundos a minha
17:44vida passou na minha cabeça.
17:45Opa!
17:46Isso dá teatro.
17:47E a gente construiu esse texto que vai vir na minissérie.
17:49Já começamos a gravar provavelmente em breve, em cinco episódios.
17:53A minissérie Cinco Segundos.
17:55O que que passou na cabeça do brasileiro?
17:56O que que passou na cabeça do alemão, do nazista?
17:58Naqueles cinco segundos e a gente tem no elenco Marília Carvalho, Igor Epifânio
18:03e esse menino lindo que tá na casa aqui, né?
18:05Fazendo a novela das sete, seis...
18:08Mar do Sertão, é que horas?
18:09Seis, né?
18:10A noveleira ali é Fernanda.
18:12É...
18:12Mar do Sertão.
18:13Mar do Sertão, é que horas?
18:14Nosso Felipe Veloso.
18:15Já é pra você que quer assistir novela?
18:18Felipe Veloso tá no elenco com a gente.
18:20A gente volta em abril.
18:22Dar dezoito, dar dezoito.
18:23Dar dezoito, foi isso que eu disse, tá vendo?
18:24Perfeito, perfeito.
18:26Qual foi seu primeiro trabalho com minissérie?
18:28Com o teatro aqui na casa.
18:30Eu tinha aqui no programa aprovado com o meu querido Jorge Portugal.
18:35Depois Jackson Costa, outro maravilhoso.
18:37Cara, eu vou falar de Jorge Portugal na primeira experiência.
18:39Hoje é lenda, né?
18:40Eu estudava no Manuel Devoto.
18:43E teve uma época...
18:45A gente que estudava, que na nossa época...
18:48Não sou tão novo, nem tão velho, né?
18:50Mas pra todo estudante de escola pública,
18:52era um sonho ir pro programa de Jorge.
18:54A gente queria ir, queria participar de algum quadro.
18:57E aí aconteceu uma gravação ali no Rio Vermelho.
18:59Cara, pra mim que olhava assim, assistia aos programas, nunca me imaginei estar em um,
19:04ou participar ou fazer de um...
19:05Foi a primeira experiência que eu tive.
19:07Eu fiquei assim, uma besta, não falava nada.
19:08Eu só olhava.
19:09E via as gincanas que tinham, os encontros que tinham dos adolescentes, das escolas.
19:14E do...
19:15O poder do conhecimento.
19:16A forma como ele conseguia prender os adolescentes naquela época, naquele momento, né?
19:22E é o que a gente acabou de falar.
19:24A gente não perdeu a essência de falar da história.
19:26Fala que a gente sabe que hoje em dia, pro jovem, em algum momento é cansativo, é chato,
19:30porque ele acha que não precisa mais desse conhecimento.
19:33Mas quando o educador traz de uma forma diferente, como o Jorge fazia,
19:37trazia pra uma competição, trazia pra uma gincana e fazia com que...
19:40O carisma dele, que era um compositor fantástico.
19:42Aí o Jorge virou pra mim uma vez e disse assim,
19:44Rico, ele me chamava de Rico, né? Tomara que seja um profeciro.
19:47Amém?
19:48Ele dizia, Rico, você tem quantos alunos?
19:50Eu disse, uns 3 mil, Jorge.
19:51Ele, não, você tem que ter 3 milhões.
19:55Vamos trabalhar comigo aqui.
19:57Aí eu tive algumas séries aqui, uma chamada By a Nation,
20:00que junto com o programa aprovado e um poste no Mosaico, também não lembro,
20:04a gente fez mais de 25 países.
20:05Olha aí.
20:06Trazendo com a nossa saudosa Mira Silva aqui, né?
20:09A gente trouxe a história desses países pra cá.
20:11Depois eu fiz Salvador em Cinco Séculos, fiz História e Arte,
20:15fiz uma sequência de séries aqui, vinculadas aos programas nossos.
20:19E aí os 3 mil, os 3 mil se transformaram em milhões.
20:22É, né?
20:22Porque esse é o poder da TV, da internet, né?
20:26Então você posta um vídeo no YouTube,
20:28daqui a pouco você vê, tem um milhão e meio de visualizações.
20:30Viraliza.
20:30Uma aula, brother.
20:31Não é...
20:32Nada contra, né?
20:34Mas eu não tô assim, fazendo um meme, nada,
20:37nenhuma dancinha do TikTok, não.
20:38Trazendo um conteúdo importante.
20:39Quando uma aula, a gente tem vídeos, tem um milhão e meio,
20:42dois milhões, três milhões atingimos de visualizações.
20:45E a TV é incrível, né?
20:47O Insurgente.
20:48Qual o vídeo que mais João Bolsonaro lembra?
20:50Rapaz, lembro que o YouTube derrubou, você acredita?
20:52Qual foi o tema?
20:53Era sobre a Segunda Guerra Mundial.
20:55É meu tema apaixonante, assim.
20:57Eu percebi que você...
20:57Quase quatro milhões de visualizações.
20:59Aí o YouTube derrubou, acho que...
21:00Eu acho que esse tema cai muito em concursos de estibular.
21:05Porque é fascinante, né?
21:06O momento mais radical da história humana, né?
21:08Em que você viu tudo que a humanidade tinha de mais precioso,
21:11mais fantástico.
21:12As pessoas dando sua vida pelas outras.
21:14Tem filmes que mostram isso, né?
21:16Menino do Pijama Listrado,
21:17A Lista de Xinda.
21:19Mas foi um momento também que a humanidade mostrou
21:20o que ela tem de mais podre, de mais feio,
21:22de mais bárbaro, sádico.
21:24Como a gente está vivendo no Brasil agora,
21:27se me permite aqui,
21:28esses últimos quatro anos no Brasil,
21:31ficou claro a separação do joio e do frigo.
21:33Não foi fácil.
21:34Não foi fácil, mas é um aprendizado, né?
21:36E não deixa de ser.
21:37E o que é que o professor está preparando daqui pra frente?
21:40Então, além das séries que a gente está aí,
21:42a gente vai circular agora com cinco segundos, né?
21:45Eu achei muito bacana.
21:47Não corto não.
21:48Achei muito bacana esse nome, Cinco Segundos.
21:49Porque a gente vive isso na realidade.
21:52Principalmente falando de baiano mais uma vez.
21:54baiano é boom.
21:55Em cinco segundos a gente estava fazendo alguma coisa, né?
21:58E o que é que passa na cabeça de um ser humano em cinco segundos?
22:01Muito, muito bacana.
22:02Gostei.
22:02Aí a gente vai circular com o espetáculo.
22:05A gente está voltando pra TV aberta, né?
22:07Com um programa voltado pra educação, cultura e arte.
22:11Ótimo.
22:12Então a gente está em breve, provavelmente,
22:14voltando nos próximos dois meses.
22:16Eu estou na rádio, né?
22:17Numa co-irmã aqui.
22:19Eu tenho uma coluna semanal.
22:20Numa outra emissora.
22:23Pode?
22:23Ótimo.
22:23Ah, então na Band News.
22:25Na Band News Bahia.
22:26Todos os dias, é?
22:27Não.
22:28Hã?
22:29Não é concorrente.
22:30Ah, não é concorrente.
22:31Ah, ok.
22:31Obrigado, então.
22:33Na Band News, todas as sextas-feiras,
22:34é uma coluna chamada História e Arte.
22:36Que massa.
22:37E aí a gente faz essa coluna lá fixa.
22:40E aí vamos...
22:41Como é a interação da galera?
22:42Muitas perguntas?
22:43Muitas, sim.
22:44Mas como é gravado, nem sempre eu gosto muito.
22:47Mas depois nas redes a galera pergunta, né?
22:50Muito, muito.
22:50E a gente reproduz.
22:51E vira um podcast na plataforma da Band News.
22:55Mas eu gosto muito de rádio ao vivo.
22:57Por isso que eu fico feliz.
22:58Eu acho que ao vivo, nem sempre a gente consegue interagir direto com o público,
23:03mas ao vivo a gente consegue passar mais aquela...
23:06Aquele momento é aquela essência, né?
23:07Que a galera tá em casa.
23:08E aí em rádio é uma cachaça, né?
23:09Então, renovando o agito.
23:12Me chamem mais vezes.
23:13Mais vezes, por favor.
23:15Muitas mais histórias.
23:16Um quadro fixo, História em Agito.
23:19História em Agito com o professor Ricardo.
23:21Agitando a história.
23:22Agitando a história, por que não?
23:24Das histórias mais incríveis que você já contou.
23:26Uma que não pode faltar quando você é entrevistado.
23:29Rapaz, da minha história pessoal, assim, porque é muito delicado falar isso, assim, né?
23:33Porque fica parecendo que você tá fazendo panegírico pessoal, assim.
23:37Mas eu gosto, conto muito, assim, de que foi essa minha trajetória, né?
23:41De ter saído dos alagados, assim, de ter uma mãe e um pai que investiram absurdamente
23:46na educação dos filhos.
23:47Eu não consigo entender, até hoje, como minha mãe conseguiu botar oito filhos na faculdade,
23:52assim, com tanta dificuldade, tanta pobreza, tanto sofrimento, assim.
23:56E a gente, eu...
23:58E ela não desistiu, né?
23:59Nunca, cara.
23:59Acho que às vezes quando a gente olha pra essas guerreiras que são as nossas mãos,
24:04acho que cada um tem uma mãe guerreira dentro de si, na sua vida.
24:07E a gente vê essas histórias bacanas, acho que a maior inspiração da gente são elas.
24:11É, e aí todos estão aí, são homens e mulheres, sabe?
24:14Trabalhadores, artistas, a maior parte.
24:17E professores, educadores.
24:20Eu gosto de contar essa história, eu conto pra meus meninos, meus alunos, assim.
24:23E a gente diz, ó galera, isso é importante.
24:26Eu digo que, assim, a maior vingança que a gente tem de classista,
24:29a maior vingança que a gente tem contra uma sociedade desigual como essa,
24:33é nascer pobre e estudar, cara.
24:35Isso é a resposta que a gente joga na cara.
24:38E não deixar porque...
24:39Desculpa, Bé, não tá bom de caetano, assim, jogando leite na cara dos caretas.
24:43Então, é isso que a gente diz pra uma sociedade elitista, uma sociedade racista.
24:46E acha que você não vai sair daquele lugar, daquele...
24:48E aí a gente vai...
24:49Não vai ocupar o espaço.
24:51Aí não podem fazer nada.
24:52Estuda e multiplica, né?
24:53Multiplica, porque não só estudar, mas quando vira um educador, né?
24:58O 3 mil vira 3 milhões.
24:59E vai multiplicando.
25:00E aí como você tem essa maravilhosa contigo,
25:03que é um exemplo de tantos outros.
25:06É muito massa quando a pessoa olha pra gente,
25:07pô professor, o senhor fez parte da minha vida.
25:09Fez parte da minha educação, do meu processo.
25:12Eu naquela época não queria nada,
25:13mas aprendendo com o senhor,
25:15eu abri a cabeça pra outra coisa.
25:17Não é bom?
25:17Pô, quero já me emocionei aqui agora.
25:20Vou contar só uma pra fechar, que já avisaram que o tempo tá acabando.
25:22Em cima dessa história, eu me lembro que a gente tentou gravar em Machu Picchu uma vez.
25:26Não conseguiu.
25:27Foi naquela época da tragédia, das chuvas lá.
25:30E aí o trem não tinha como passar.
25:32Depois eu voltei com a TV Bahia pra lá.
25:34E nós conseguimos ir até Machu Picchu, águas calientes,
25:39e subir pra cidadela, o santuário de Machu Picchu.
25:42Se você pega, tá na internet, tá no G1 esse vídeo,
25:45se você ver meu primeiro take, cara,
25:47eu pisando em Machu Picchu, eu tô com o rosto todo vermelho,
25:50porque eu chorava compulsivamente, pô.
25:52Que eu pensava assim, velho, o menino lá do Zalagato,
25:55tá aqui, Machu Picchu.
25:56Imagina.
25:57E tá produzindo um vídeo que vai ser visto por milhões de estudantes no Brasil.
26:01Então, é hora que você diz assim, pô, valeu a pena.
26:04Valeu a pena as madrugadas de estudo, valeu a pena tudo,
26:07toda dificuldade, toda descrença de algumas pessoas, né?
26:10Mas valeu a pena.
26:10Como valeu a pena tá hoje com você aqui?
26:11Valeu a pena ter o senhor aqui,
26:13trazendo esse tão pouco tempo,
26:15tantas histórias ricas de conhecimento e de experiências
26:18pra quem tá em casa, pra quem tá ouvindo.
26:20E eu tenho certeza que as pessoas vão continuar acompanhando.
26:22Mas me conta logo, se faz redes sociais pra galera te acompanhar.
26:25Ah, pode, né?
26:26Claro, conhece o seu trabalho.
26:28O meu é arroba rick, R-I-C-K, pelo amor de Deus,
26:31porque rick com o que eu é, ninguém aguenta, é muita coitadíssima.
26:34Igual a P com o W.
26:36É rick, R-I-C-K, underline 20 e 30.
26:40E da produtora da gente, onde tem todos os projetos,
26:43é Pensamento, que é o escritório do pensamento, né?
26:45Que é gerido por minha filha, Marília, trabalha comigo, atriz, produtora.
26:49Ó, massa isso, né?
26:51Maravilha.
26:51E ela, quando tinha 11 anos, ela disse, meu pai...
26:53Ó, as palmas, Marília.
26:54Pra você, mamá.
26:55E eu ainda tinha 11 anos, ela virou pra mim e fez assim,
26:57meu pai, a gente vai ter uma produtora um dia pra fazer TV e teatro.
27:00Que massa.
27:01Isso é, Mar.
27:02E como é que vai se chamar?
27:02Ela vai se chamar Escritório do Pensamento.
27:05Aí, quando ela formou, abriu a produtora,
27:07eu sou quase funcionário dela, né?
27:09Que bom.
27:09E aí, se chama É Pensamento, siga a gente.
27:12E rick, underline 20.
27:13Segue, gente, a campanha,
27:14que eu tenho certeza que dessa produtora vinha trabalhos incríveis, maravilhosos.
27:18Porque a forma como o senhor fala, os brilhos nos olhos,
27:21a vontade e o desejo, né?
27:22De ensinar e de enriquecer.
27:24Não só dentro de casa,
27:27mas tantos outros alunos, tantos outros filhos,
27:29através da sala de aula,
27:30através das minisséries,
27:31através do podcast,
27:32através das rádios.
27:34Tenho certeza que isso aí vai, ó,
27:35bombar, decolar mais vezes, viu?
27:37Por favor, volte mais.
27:38Priscila, diga aí, Priscila.
27:40Quer que você manda mais música?
27:43Quer mandar um beijo pra alguém, professor?
27:44Fica à vontade.
27:45Ah, quero pra minha, meu amor da minha vida.
27:47Manda.
27:47Aniversário amanhã,
27:48Lívia Fonseca, linda, maravilhosa.
27:50Vai ter bolo?
27:51Eu acho que vai, né?
27:52Mandar uma fatia pra cá, viu?
27:53Mano, mano.
27:54Guaritinho de noviz.
27:55Meu amor, parabéns pra você, te amo muito.
27:57Beijo, linda.
27:58Parabéns também, viu?
27:59Obrigado, professor.
28:00Volte mais vezes.
28:01O Agito, a Bahia FM, a sua casa.
28:03E com certeza vai vir mais vezes.
28:04A gente vai contar mais histórias aqui.
28:05Massa.
28:06Tá bom?
28:06Valeu.
28:07Então, Nito, vamos de música.
28:08E já, já a gente volta com o quadro Opaí,
28:10aqui no Agito.
28:11Vamos lá, Peu.
28:13Agito.
28:16Sorria, você está na Bahia, 7h30.
28:19Agora completou, Toma, Lodon.
28:22Isso é Bahia.
28:24Isso é peixe, ou Lodon é?
28:26Então, vem.
28:28Nesse teu olhar me diz que está rolando sentimento.
28:33Se eu te amo em silêncio, eu consigo esquisar.
28:37Você me quer, eu sei, quer me beijar.
28:40Só vem, facilita.
28:45O melhor louca pra sua boca é na minha.
28:48Coisa bonita, por toda a vida.
28:50É com você que eu vou ficar.
28:53Ai, ai, ai, ai, ai.
28:55Ai, ai, ai, ai, ai.
28:57Eu disse coisa bonita, por toda a vida.
29:00É com você que eu vou ficar.
29:02Ai, ai, ai, ai, ai.
29:05Ai, ai, ai, ai, ai.
29:06Agora completou o amor.
29:08Agora completou a batata.
29:11Não falta nada.
29:12Sorria, você está na Bahia, FM.
29:16Sorria, você está na Bahia.
29:18Que tem folia, tem.
29:20Que está na alegria que nossa vida tem.
29:24Que está no som do tambor.
29:26Que arrepia.
29:27Que está no calor do amor.
29:29Que contagia.
29:31Sorria, vai, FM.
29:33E você, já deu seu sorriso hoje?
29:36Se ligue na 88.7 e sorria.
29:39Você está na Bahia, FM.
29:40Simp intestinais constatae.
29:46Amém.
29:46E você, já deu seu sorriso aqui.
29:48Se ligue na chaminha.
29:49Se ligue na bahia, molestina é a doesn't happen.
29:50Se siga no calor do amor.
29:51Não existe, gente.
29:52A usição é o amor.
29:54Aberra, game ou não.
29:55É o amor está na ausência.
29:56A usição é um amor.
29:57Notícia é a Bur Abdullah.
29:59E a o tá na rua.
30:00Então, não existe ano sem os anos.
30:01Nós dizem esse bar,
30:02Infra é Колério.
30:03O amor está na syman massa.
30:05É para ela que está na hip vontade.
30:07Na Universidade,
30:08amém honestidade e havia um estranho.
30:09E ao qualminister nósibilities their o amor,
30:10Se inscreva no canal.
30:40Se inscreva no canal.
31:10Se inscreva no canal.
31:40Se inscreva no canal.
32:10Se inscreva no canal.
32:40Se inscreva no canal.
33:10Se inscreva no canal.
33:40Se inscreva no canal.
34:10Se inscreva no canal.
34:40E aí
35:10E aí
35:12E aí
35:14E aí
35:16E aí
35:22E aí
35:28E aí
35:58E aí
36:00E aí
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36:04E aí
36:10E aí
36:14E aí
36:16E aí
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36:22E aí
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36:28E aí
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36:34E aí
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36:44E aí
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36:52E aí
36:54E aí
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36:58E aí
37:02E aí
37:04E aí
37:06E aí
37:08E aí
37:10E aí
37:14E aí
37:16E aí
37:20E aí
37:22E aí
37:24E aí
37:26E aí
37:28E aí
37:30E aí
37:32E aí
37:34E aí
37:36E aí
37:44E aí
37:46Sejam bem-vindos ao quadro Agito. Tudo bem?
37:49Boa noite, obrigado. Tudo bem.
37:51Como é que você tá?
37:51Tudo bem, tudo ótimo.
37:52Tá agitado?
37:54Tô.
37:54Porque DJ é um cara agitado, né?
37:56Sim, sim.
37:57Primeiro me conta, conta pra galera que tá em casa.
38:00Um pouco sobre a sua história, onde tudo começou.
38:04Certo.
38:05Tem mais ou menos 10 anos que eu trabalho como DJ, né?
38:08Eu sou formado em cinema e audiovisual.
38:10Mas assim que eu saí da faculdade, sempre fui apaixonado por música também.
38:18As artes são muito ligadas umas nas outras.
38:21E é uma coisa que sempre me encantava, desde muito novo.
38:25E aí, um belo dia me chamaram pra trabalhar como DJ, produtor, né?
38:31Eu fiz alguns cursos no início e aí, depois disso, me encantei, assim.
38:36E aí, fui só evoluindo aí.
38:39Foi se jogando e aí aprendendo.
38:41Exatamente.
38:42Qual foi o seu primeiro trabalho como DJ?
38:46Olha, o primeiro trabalho foi uma amiga me chamou.
38:48Na verdade, começou assim.
38:50Eu fazia muita festa em casa, fazia muito reggae em casa mesmo.
38:53Você é regueiro, você é regueiro.
38:54É, eu é regueiro.
38:56Você é igual um amigo meu que eu conheço, você sabe?
38:59Não posso falar o nome dele não, mas ele tá ouvindo o programa, sabe?
39:01Ele é muito regueiro.
39:02Quem é, sabe, né?
39:03É, quem é, sabe.
39:05Então, eu fazia muita festa, muito reggae em casa, desde a época da faculdade, assim.
39:09E muita gente começou a frequentar minhas festas.
39:13E aí, chegou um ponto que os produtores DJs aqui da cidade, né?
39:18De Salvador, começaram a frequentar a minha festa também.
39:21Então, virou um circuito, digamos que alternativo, as festas na minha casa.
39:26Olha aí!
39:27E aí, uma amiga minha que já trabalhava como produtora, como DJ, falou, ó, por que você
39:33não faz isso comercializado, né?
39:36Claro, criar uma renda, né?
39:37Se já, se tá dando certo, por que não?
39:40Tava criando uma concorrência, assim, né?
39:42Nas festas de Salvador.
39:43Ainda mais porque era uma festa em casa, de graça.
39:46E aí, ela falou, não, não, vamos fazer e tal.
39:48E aí, foi como me deu essa alerta de, pô, vou estudar mais sobre isso, vou ver.
39:52E aí, foi a partir disso, eu falei, não, é aqui que eu vou continuar.
39:58E aí, foi dando super certo, graças a Deus.
40:00Quantos anos?
40:02Isso tem 10 anos.
40:03Cara!
40:04E hoje, ainda faz em casa?
40:07Não, hoje eu tô mais tranquilo.
40:09Você já usa a casa pra descansar, porque a vida de DJ não é fácil, né?
40:15Vem cá, você como produtor DJ, assim, qual o segmento que você atua?
40:20Fala um pouco pra gente.
40:20Então, eu faço uma festa aqui, né?
40:24Que é a Back in Bahia, uma festa de música baiana.
40:26Sim, eu já ia falar sobre essa festa, mas...
40:30Antes, me conte, vá, vou deixar você...
40:31Então, eu sempre vou mais pra essa vertente de música brasileira e música baiana.
40:37Sempre foi o que eu...
40:37Já aconteceu em algum evento, tipo, você tem uma playlist pronta e a galera, não, toca essa!
40:42Toca essa!
40:43Ah, já!
40:43Como é que você faz pra lidar com isso?
40:45Então, é...
40:47Normalmente, hoje, né?
40:50O pessoal já sabe o que eu toco.
40:52Então, já espera-se nas festas que, quando eu toco nas festas...
40:55Já são apaixonados pelo que você prepara, pelo seu repertório.
40:58Exatamente.
40:59Já tem todo aquele...
41:00Já tem um repertório meio que, né?
41:03Preparado.
41:04E, normalmente, já espera-se que eu vá tocar música baiana, que eu vá tocar música brasileira, né?
41:09Eu sempre gostei muito de montar os meus sets, né?
41:13Os meus repertórios sempre com uma mistura de ritmos muito grande.
41:16E não deixar nunca...
41:18É...
41:19Ir pra uma vertente, talvez, mais...
41:22Como é que eu posso dizer?
41:22Talvez mais elitista da situação.
41:25Tipo, pegar...
41:25Eu sempre preguei isso nas minhas festas, do não preconceito musical.
41:29De tocar todos os estilos e bem misturados.
41:32Não ser algo congelado.
41:33Não ser algo que só vai esperar aquilo.
41:35Exatamente.
41:35Eu acho que a pista mesmo, a função da pista, da festa, é de você impulsionar, propagar a musicalidade, independente de...
41:44É o que conecta.
41:46Então, a música tem esse poder de conexão.
41:49Pra mim, sempre foi assim, na minha vivência, na minha vida.
41:52Eu, desde pequeno, assim, como eu disse, né?
41:54Eu sempre toco música baiana.
41:56Eu tô acostumado...
41:58Quando eu fiz a festa, assim, eu sempre pensava nas músicas que eu ouvia desde pequeno.
42:03Crescia ouvindo.
42:04E nem todas são músicas que são os meus estilos, né?
42:09Tipo, preferidos, que eu ouço diariamente.
42:11Mas hoje, como você trabalha...
42:13São parte da minha vivência, né?
42:14E como você trabalha com um público eclético, diverso, né?
42:18Então, você acaba tendo que ter um pouquinho de cada coisa.
42:20Exato.
42:21E a Bahia proporciona muito isso, a musicalidade baiana.
42:23A mistura.
42:24Exato.
42:25A gente tem representante da música baiana de estilos diferentes, muito grandes, de proporções muito grandes.
42:31A gente tem, sei lá, a gente bota reggae, a gente tem Edson Gomes, a gente bota rock, a gente tem pitch, a gente bota xé, a gente tem vete.
42:38A gente bota, sabe?
42:39São muitos estilos que a gente...
42:41Que a gente sempre tem um representante muito grande baiano.
42:44Então, isso pra mim sempre foi muito presente, assim.
42:49Você falou uma coisa bacana, que é a ideia de você criar um repertório.
42:51Que a galera já sabe que é seu.
42:53A galera já sabe que é você que vai tocar ali.
42:55Diante de tantos profissionais que tem nesse mundo, né?
42:58De DJ, de produtores, que faz essa festa de pistas e tal.
43:01Como é que foi pra você criar um destaque?
43:04Quando é que foi você perceber que hoje a galera sabe quem é eu?
43:08No início, talvez no início todo DJ era igual, mas hoje, depois de 10 anos você atuando nessa área,
43:16você criando um repertório que tenha sua identidade, tenha sua marca, e a galera sabe que é você.
43:20Como é que foi pra você criar esse tipo assim?
43:22Como é que você entendeu?
43:23Cara, hoje eu sou um profissional da área.
43:24Então, quando eu comecei a trabalhar como produtor mesmo, não só como DJ, né?
43:34De produzir mesmo os eventos, eu comecei a ter uma visão mais estratégica da coisa.
43:41Que talvez, sendo só DJ, eu não tivesse.
43:43Sim.
43:43Mas de pensar...
43:45Quando a gente tá por trás, eu costumo que eu...
43:47Às vezes eu ouço muito dos produtores isso, que quando a gente tá na frente, a gente tem uma visão mais lúdica, né?
43:52Não sei se eu falei pra lavar correta, a gente tá ali, porque a gente tá na frente.
43:56Mas quando você tá por trás da coisa, é quando você começa a colocar o dedo, costurar, fazer do seu jeito...
44:01Exatamente, exatamente.
44:03É isso mesmo, tipo, as pessoas que vêm, que estão na festa, o sentido é que as pessoas mesmo criam aquele ambiente apaixonante e tudo mais.
44:15Mas por trás tem muitas outras coisas, né?
44:17Pra criar esse ambiente, né?
44:21Então, basicamente, a virada disso foi quando eu comecei a tentar mediar tanto o que as pessoas gostariam de ouvir numa festa,
44:37mas também proporcionar às pessoas conhecer coisas novas.
44:41Então, eu acho que o ponto da pergunta que você me perguntou foi quando eu percebi isso.
44:45Eu falei, eu não posso...
44:46Quando faz essa virada de chave.
44:47Exato. Eu não posso ser um DJ que toca só o que todo mundo quer ir ouvir.
44:52Porque o legal também numa festa é você ir conhecer, né?
44:55Você ir pra conhecer novos artistas.
44:57E eu acho que, pelo menos, o público que sempre foi nas minhas festas, assim, sempre teve esse feedback.
45:04De falar, pô, eu conheci tal banda quando você tocou.
45:07Ou conheci tal banda na sua festa.
45:11De um jeito diferente, né?
45:12Eu digo que teve algumas músicas, assim, daqui, né?
45:15Daqui da Bahia, que se popularizou muito no circuito de festas pela Beck em Bahia, assim, sabe?
45:21Pelos meus sets em outras festas também que eu toco.
45:24Eu tocava muitas vezes.
45:26Então, acaba popularizando.
45:27Você vai numa festa, você ouve.
45:28Você tá em um tal lugar, você ouve.
45:30Então, acaba popularizando também.
45:31Você trouxe um tema muito importante, foi o que eu tava falando no último quadro agora, com o professor Ricardo.
45:36Que é a ideia de trazer as histórias.
45:38E que bacana que você traz essas músicas que dão a sua infância de um jeito diferente hoje, como você trabalha como DJ.
45:44Mas a ideia de...
45:45O público que vai no seu evento, talvez, não iria num evento de um reggae, não iria num evento de músicas antigas.
45:52Sim.
45:52Mas quando ele consegue perceber que no seu evento ele consegue ouvir essa mesma música, em uma batida diferente, em um jeito gostoso, ele entra na história de um jeito jovem.
46:02Foi o que eu tava falando com o Ricardo agora, não sei se você percebeu, da ideia de atrair o jovem para o conhecimento, sem ser uma forma pesada.
46:09E o seu trabalho não deixa de ser um trabalho importante para isso.
46:12Porque você trabalha com a música, você é algo que atrai o público jovem de hoje, mas não deixa de perder a essência da música baiana, da música brasileira,
46:21dentro do seu momento de pista, dentro do seu trabalho.
46:24Acho que é por isso que você criou essa identidade, essa virada de chave.
46:26Hoje a galera sabe quem é.
46:28Exato.
46:29Eu acho que o público também que vai na festa e que agrada muito quando eu toco, acaba sendo um público bem amplo.
46:36Porque eu sempre fiz os meus sets, os meus repertórios, sempre pensando em todo tipo de público.
46:44Então eu sempre toco coisas de carnavais, por exemplo, muito antigos, que agrada o pessoal muito mais, né?
46:51Que já curti o carnaval muito mais antigo.
46:54Sim.
46:54E toco a nova música baiana.
46:57Então dá para pegar coisas tipo de Luiz Caldas, a Baiana System, por exemplo.
47:01E a galera de 17, de 18 vai à loucura como se estivesse vivendo esse momento.
47:07Ou se estivesse vivido, né?
47:08Se estivesse vivido esse momento, mas não.
47:09Exatamente.
47:10Estava vivendo naquele momento.
47:11E aí, cara, eu não conheci essa música, mas minha mãe ouve.
47:14Mas eu conheci no evento, Dianna.
47:16Exatamente.
47:17Acaba se tornando uma coisa muito nostálgica também.
47:19Tem noção da importância que o seu trabalho traz?
47:22Tenho, tenho.
47:23Hoje a gente falando sobre isso.
47:25Porque é muito bom falar da carreira, do talento, do trabalho, do projeto, do processo.
47:30Mas a importância que isso traz.
47:32Principalmente para o mundo que a gente está vivendo hoje, para a juventude.
47:36Não deixa de ser um conhecimento.
47:38Claro que a gente gosta de ouvir de tudo.
47:39Que a galera quer dançar, quer mexer a raba.
47:41Mas a importância de trazer um Luiz Caldas num momento de um evento como esse.
47:47Sim, sim.
47:48Que tem muitos jovens com cabeças muito abertas.
47:51E que massa.
47:52Que bacana que o trabalho de DJ pode oportunizar isso.
47:56Não é principalmente para você, jovem.
47:58Exatamente.
47:58Esse diálogo entre épocas completamente distantes.
48:02E aí, ali naquele ambiente, ele junta.
48:05Verdade.
48:06E aí, vamos falar sobre a Back in Bahia.
48:09Que o Fernanda está ali só ligada em mim.
48:11E ela está vibrando.
48:12Por quê?
48:13Me conte como é que surgiu a ideia de montar esse projeto.
48:16De onde veio?
48:17Quem montou?
48:17Me conte de tudo.
48:18Quero saber tudo.
48:19Tá certo.
48:21Então, a festa começou no Festival de Primavera de 2015.
48:26Acho que foi o primeiro Festival de Primavera que teve.
48:27Acho que no Rio Vermelho.
48:29Que virou um evento mesmo assim.
48:31Teve vários shows e tal.
48:32E surgiu na Comus.
48:36Que é a antiga casa.
48:38Que hoje fechou, né?
48:39Por conta da pandemia.
48:40Fechou a casa.
48:41Mas surgiu de dentro da Comus a Back in Bahia.
48:46E surgiu...
48:49Logo na primeira edição, eles me chamaram para tocar, né?
48:52Para a gente fazer uma festa lá.
48:53Surgiu com a ideia de lá dentro mesmo deles.
48:57Tinha um amigo em comum da gente lá.
49:00Que estava voltando de viagem.
49:03De um intercâmbio.
49:04E aí falavam, vamos fazer alguma festa.
49:07Para comemorar a volta e tal.
49:08E aí pensou isso.
49:09Back in Bahia, Música Baiana.
49:10Vai ter o Festival de Primavera.
49:11Vamos criar.
49:12Então, eu fiz a primeira edição.
49:16Que foi eu e Pietro.
49:18E aí, depois dessa primeira edição.
49:20A festa aconteceu basicamente por conta do Festival de Primavera.
49:25Mas aí foi um sucesso.
49:27Logo na primeira, assim.
49:28E vocês esperavam?
49:29Tipo assim, já caramba, vamos fazer algo que vai...
49:31Olha, de uma certa forma, eu, assim, eu sozinho imaginei que poderia sim.
49:36Porque eu falei, pô, faz todo sentido.
49:38Uma festa só de música baiana, incrível.
49:41Algo diferente, né?
49:42Acho que o novo atrai.
49:44Exato.
49:44Uma festa que funciona perfeitamente aqui, né?
49:47Tipo, enfim.
49:48Ouvir nossas raízes aqui, estando aqui.
49:50Para quem vem de fora ir numa festa que só toca isso aqui.
49:54Para quem está aqui, querer ouvir uma festa, estar numa festa.
49:57E às vezes quer ouvir, não tem oportunidade, não tem um espaço.
50:00Exatamente.
50:00E às vezes eu acho que também em várias festas, em vários momentos, às vezes a música
50:08baiana, o espaço que ela tem é muito pequeno.
50:13E aí lá é uma festa que você tem seis horas de música baiana.
50:16Então é muita coisa.
50:17Você não tem para onde correr.
50:18Exato.
50:19Então vai ser, tem que ser lá mesmo.
50:21Na primeira edição, eu imaginei que poderia ficar um pouco cansativo para as pessoas.
50:24Porque eu fiquei pensando, meu Deus, são seis horas de festa.
50:28Eu tinha três horas de set de música baiana.
50:30Eu falava, meu Deus, que desespero.
50:32Eu não sei o que eu vou fazer.
50:32Vou tocar um CD inteiro de alguém.
50:36E aí foi criando, criando, criando.
50:37Mas aí depois, quando foi passando as edições, né?
50:40Que aí, quando chegou, acho que na segunda edição, o pessoal falou assim para mim.
50:45Você quer essa festa para produzir?
50:46Eu vou deixar na sua mão.
50:48E aí você cria tudo que você imagina dessa festa.
50:51Então, a partir desse momento, assim, eu acho que foi uma mudança muito grande para mim.
50:55Porque aí eu comecei a, como eu te disse, tipo, criar toda essa estratégia que eu não tinha muito mais.
50:59Foi quando você entendeu que você não era mais só um DJ.
51:02Exatamente.
51:02Você começou a produzir.
51:04Eu comecei a ter...
51:04Saiu um pouco da frente do momento lúdico que a gente estava falando.
51:07E veio por trás, né?
51:09Do negócio, da acalitada.
51:10Não, acho que pode fazer assim, acho que pode ser assim e tal.
51:12Exatamente.
51:13Eu sou muito observador.
51:14Eu sempre fui muito de observar as coisas.
51:16Então, desde quando eu estava tocando, eu já tinha um pouco de me ligar como é que funcionava a produção.
51:22Mas, a partir desse momento, para mim, virou como se fosse, assim, uma coisa mais profissional mesmo.
51:26Eu falei, eu vou me engatar nisso daí.
51:28Então, comecei a estudar festa aqui.
51:30Comecei a estudar festa em São Paulo.
51:31E aí, quando a gente vai para as festas, a gente quando trabalha com algo que vai em algo assim, que tipo, vou numa festa, que é parecida com a que eu faço.
51:38Ou vou em um programa, parecida com a que eu faço.
51:40A gente sempre vai com um olhar mais...
51:41Não diria um olhar crítico, não.
51:43Eu diria que um olhar mais observador.
51:44Talvez você está curtindo, mas assim, poxa, acho que isso aqui poderia trazer, poderia juntar para cá.
51:48Ou eu não faria isso, eu faria assim.
51:50Eu acho que o olhar da gente fica um pouco mais apurado, né?
51:53E aí, você consegue filtrar o que é que, de fato, você pode trazer para o seu processo de produtor ou não.
52:01Eu não faria isso na minha festa.
52:03Acho que eu faria assim, assim, assado.
52:04Já se viu nido nesse momento.
52:07Eu acho que o produtor tem essa cabeça também.
52:09Já, sim.
52:09É isso.
52:10Quando a gente começou, a partir dessa edição, eu comecei a criar tudo de uma forma que eu achava muito coesa para mim.
52:16A minha primeira preocupação, na verdade, foi essa de ser uma festa que as pessoas enjoassem rápido por conta de ser música baiana.
52:24Enquanto eu fui fazendo a festa, eu fui descobrindo, já tinha noção, mas eu fui descobrindo ainda mais a riqueza da música baiana.
52:31E assim, o momento que a gente está também, eu acho que a música baiana só aumenta, só melhora e só amplia.
52:38Quando foi quebrado, acho que nos últimos anos a gente foi quebrado, assim, de uma forma geral, muitos preconceitos também em relação à musicalidade, de onde aquela música vem, de, sabe, de acolhimento mesmo.
52:51Na verdade, de oportunidades, né, que a gente sabe que, por mais que a Bahia seja um celeiro cultural, tem muitos artistas, muitos talentos maravilhosos, a gente sabe que os espaços ainda não são tão grandes.
53:02Exatamente.
53:02Precisa muito de mais espaço.
53:03A gente consegue ver grandes artistas baianos ocupando grandes espaços no Brasil, no mundo, sim, mas tantos talentos esses que não têm essas mesmas oportunidades, esses mesmos espaços, né, e através desse processo de criar a ocupação, né, de estar dentro dos eventos, dentro dos espaços, se readaptando, mudando a cada dia, é importantíssimo.
53:27É como se você estivesse, assim, ó, cara, não abriu a porta pra mim, não, mas dê uma brechinha assim, eu vou chutar?
53:33Exatamente.
53:33E aí você vai indo.
53:34Esse processo de oito anos, o que é que mudou de lá pra cá?
53:38Mudou algumas coisas, assim, é, quer dizer, muitas coisas mudaram, né, desde esse início.
53:45É, eu, a cada dia que passa, eu vou aprendendo mais com todas as...
53:52Você é daquele que gosta dos feedbacks, que a galera fala, poxa, gostei do evento, mas acho que poderia fazer assim, assim, assado.
53:58Gosto.
53:59Você acha massa essa troca com a galera?
54:01Gosto, não, adoro, adoro.
54:02Eu sempre faço, eu sempre pergunto ao público, tem um público que frequenta já a Bequim Baia desde o início.
54:09É nada mesmo apaixonado, Fernanda.
54:11É, pois é, ela me falou.
54:13Que massa, velho, que bom.
54:14Tem um público que vai desde a primeira edição mesmo, assim, que é muito fiel, e eu acho que da forma que eu fiz também, é, de acolher desse não preconceito, como eu te disse, não preconceito musical, não preconceito do próprio público também, é, o público da festa tem um público muito grande, é, LGBTQIA+, é, tem, tem, é um público muito diverso, eu vejo as pessoas muito mais velhas, por exemplo, minha mãe frequenta a festa, até.
54:43É um evento que comporta da nossa mãe, a nossa amiga, a nossa prima, a nossa vizinha.
54:48Exatamente.
54:48É o que eu tava falando agora, você tem noção da importância do que o seu trabalho, o seu evento é hoje, não é só um DJ, você não tá subindo só pra fazer aquele trabalho de sete e pronto.
55:00Não, com certeza.
55:01É quando, como eu falei, esses dez anos, quando é que você teve aquela virada de chave, cara, hoje eu sei quem é meu repertório, hoje eu sei a importância do evento que eu faço, hoje eu sei a importância do meu trabalho, das pessoas que eu inspiram.
55:13Não só pra quem quer ser um artista, quer ser um DJ, quer ser um produtor, mas pra quem também vai no evento.
55:18Eu comecei a perceber muito a importância, assim, da festa e de mim como DJ também, né, é, quando eu comecei a perceber que eu tava criando, é, memórias nas pessoas, comecei a perceber que eu tava criando um vínculo, assim, muito louco, de tipo, é, teve pessoas que se conheceram na festa e casaram.
55:39Olha aí.
55:40E eles me chamaram pra eu tocar no casamento, por exemplo.
55:42Cara.
55:42E aí, isso daí, esse tipo de memória que criou nas pessoas, que eu ficava, meu Deus, tipo, tem uma coisa sendo criada aqui, sabe, eu tô sendo o capítulo da vida de muitas pessoas.
55:53E é importante.
55:54Com isso, e tudo que eu tô lá tocando também, tudo que eu tô fazendo, vai criando uma memória.
55:58Por exemplo, a gente passou agora esses dois anos de pandemia, né, a festa parou durante esses quase três anos, né, que a gente tava sem a festa, e durante esse momento eu recebi tanta mensagem, mas tanta mensagem, assim, de apoio mesmo, de acolhimento, de carinho, de preocupação com a festa, de memórias também, de nostalgia, de saudade, tipo, é, foi de muitas pessoas.
56:22Isso é importante, porque às vezes pode ser até que você, em algum momento, a pessoa desistir, tipo, cara, não é isso mais que eu quero.
56:28E aí, quando você vê a importância das histórias que estão ali falando contigo, que viveram esses momentos, que estão lembrando, que estão com saudade, acho que dá um gás, né, em você.
56:37Sim, total, totalmente. Eu me senti, assim, completamente abraçado pelas pessoas, pelo público mesmo.
56:45E eu acho que o que eu faço também lá abraça as pessoas.
56:48Já tem data pra essa festa?
56:50Ainda não.
56:51Mas tá produzindo, né?
56:54Então, eu tô com um plano de fazer uma ressaca de carnaval.
56:59Ou, assim, um fechar o verão.
57:01Eu vou. Me convida que eu vou.
57:04Fernanda vai levar a gente?
57:05Eu só fico jogando as coisas no pé de Fernanda, Fernanda, ela não faz nada.
57:08Meu filho, o tempo passou muito rápido, a entrevista foi maravilhosa, e eu não segui nada do roteiro, porque você não deixou, porque você fala muito bem, sua história é maravilhosamente importante.
57:17E eu tenho certeza que as pessoas que estão ouvindo o agito, com certeza tomaram um boom de gás.
57:22Porque pelo talento que você é, pelo menino, pela importância do seu trabalho, não só de ser DJ, não só de ser produtor, mas de toda a história, é importantíssimo.
57:31Obrigado por ter vindo.
57:32E eu deixo sua arroba aí pra galera seguir.
57:35Então, é arroba Ian Fraguas, I-A-N, F-R-A-G-U-A-S.
57:40Não é P-U com W, não, né?
57:42Não, não, não.
57:43Ian Fraguas, muito obrigado mesmo, que a gente tenha mais oportunidade de bater mais papos maravilhosos, que eu tenho certeza que você tem muita coisa pra contar pra gente.
57:51E que eu veja muito seu nome bombar aí nas festas, não só de Salvador, mas do Brasil e do mundo.
57:56Que massa.
57:56E o sucesso.
57:57Conta com o agito, conta com a Bahia FM sempre.
57:59Viu?
57:59Obrigadão.
58:00Gente, que delícia o nosso programa de hoje, viu?
58:02Quero agradecer ao professor Ricardo, a Ian Fraguas, que participaram do nosso programa de hoje.
58:07Muito obrigado.
58:08Se Deus permitir, amanhã às 19 horas tem mais agito aqui na Bahia FM.
58:12O programa agito tem um oferecimento de Salvador Shop, baixo super app.
58:16Pediu aqui?
58:17Chegou aí.
58:18Tony, chegou aí.
58:19É com você.
58:20Até amanhã.
58:21Tchau, tchau.
58:22Valeu, Pão.
58:23Até amanhã.
58:24Tchau, tchau, tchau, tchau.