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Mainha espera vocês no programa Agito, com @pew_martins ! Resenhas, convidados especiais e muito axé! E aí? Bora? Venha descobrir com a gente o que é que o baiano tem! Ao vivo no seu radinho e também no YouTube!

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Transcrição
00:00Se ligue! Vamos cantar muito com ele, Viteira, no quadro Axé, e se deliciar muito no quadro Dendê com Jorge Washington.
00:08Ó, o programa de hoje tá recheado, viu? A culpa é de Fernanda.
00:12Vai deixar logo o Boa Noite ao meu primeiro convidado? Vai começar o quadro Se Ligue!
00:20Muito boa noite, Ricardo! Seja bem-vindo!
00:23Ricardo Carvalho na área.
00:25Ó, vou pegar Fernanda. Vou pegar Fernanda. É Fernanda Priscila que eu pego o primeiro.
00:29Não tem problema nenhum.
00:30Não tem problema nenhum, né? E eu falei o quê, Ricardo?
00:32Sampaio.
00:33Poxa, sabe o que é? Eu pensei em Pedro e Sampaio. Aí eu falei assim, Ricardo, Ricardo Sampaio.
00:39Já é o Axé, a Rezinha da Bahia, alguma coisa assim. Tá perdoado. Minhas produtores estão perdoados?
00:44Estão maravilhosos.
00:45Tudo bem, Ricardo? Como é que tá?
00:46Tudo na paz de Jesus.
00:47Tudo, graças a Deus. Vamos começar se apresentando. Conta pra galera que tá ouvindo a Bahia FM.
00:52Quem é Ricardo?
00:53Ricardo Carvalho é uma pessoa incomodada com o marasmo, com a Marizia da Bahia, que resolveu produzir muita coisa, estudar história, fazer TV, fazer rádio, fazer teatro, dar aula.
01:09Eu dei aula pra metade dessa cidade, né? Ao longo desses quase 40 anos de trabalho. E hoje dedico uma parte à sala de aula, outra parte à TV.
01:18Eu tenho um programa no History Channel, né? Chamado Insurgentes, voltado pras questões dos movimentos sociais.
01:24Trabalho também em rádio, produzo o peço do teatro, escrevo, planto árvores.
01:30Desses trabalhos, o que é que o Ricardo mais gosta?
01:32Mas eu acho que dar aula mesmo ainda continua sendo a maior paixão da minha vida.
01:36Ensinar, né? Educar, acho que fazer... A importância da troca, né?
01:40É, eu acho que tudo derivou disso, né? Eu acho que a TV, a rádio, o teatro, o cinema, tudo isso foi derivando da experiência da sala de aula, que é um grande palco, né?
01:49Uma grande oportunidade da gente.
01:51Na verdade, é ali onde tudo começa, né, Ricardo?
01:53Acho que sim, em todos os sentidos.
01:55Ali a galera se descobre o que é que eu quero ser daqui pra frente, qual câmera eu devo levar, quem eu devo me espelhar.
02:00Se encanta com as várias áreas que os professores apresentam, por isso que o cara vê a aula de biologia e resolve que vai ser médico,
02:07assiste a aula de professor Ricardo e resolve que vai ser, sei lá, advogado, né? E assim vai.
02:12Eu acho que é esse o caminho, hein?
02:13Os amores vão acontecendo.
02:15A produção me disse que hoje você vai falar sobre ruas exigentes, a evolução urbana de Salvador.
02:20Já fiquei curioso, né?
02:21Ah, Salvador é massa.
02:22Me conte um pouco sobre isso.
02:23Salvador é uma cidade incrível. Não é só bairrismo nosso, né?
02:26É uma cidade que realmente é mistura de povos, o sofrimento que nós passamos, né?
02:32Uma boa parte de nós, eu diria que a imensa maioria de nós, fomos trazidos involuntariamente, né, do nosso continente ancestral, que é a África.
02:40Atravessamos esse oceano, esse rio chamado Atlântico.
02:43E assim, involuntariamente fomos trazidos, mas voluntariamente, generosamente, nós ensinamos ao Brasil, ao mundo,
02:50o que é a grandeza de ser um povo preto, um povo de origem africana e como construímos coisas fantásticas.
02:56Eu acho que nessa é uma contribuiçãozinha dos brancos, né?
02:59Um pouquinho...
03:00Uma pitadazinha, né?
03:01Uma pitada importante dos povos indígenas.
03:03Os protagonistas somos nós mesmo.
03:04Eu acho que nesse grande caldeirão a baianidade se formou.
03:08Isso vai por muitos aspectos, assim, da nossa musicalidade, né?
03:11Hoje, eu não sei quem foi uma...
03:13Não sei se foi um artista nosso que disse algo aí que gerou uma polêmica nas redes,
03:17de que, rapaz, tudo que se toca no Brasil nasceu na Bahia.
03:20Na moral, é verdade, né?
03:22Tudo que se escreve no Brasil nasceu na Bahia.
03:24Tem que concordar.
03:25Tem que concordar, sim.
03:26Não é querer dizer que a Bahia é melhor que lugar nenhum, porque isso seria dizer o óbvio.
03:29É uma escola, acho que todo mundo tem essa oportunidade, mas a Bahia...
03:32É.
03:33Tem um negócio, né?
03:34Tem um borogodó.
03:35Tem um dedê.
03:36E aí, pronto, a gente foi se formando assim, eu acho que nesse caldeirão,
03:39entre uma chibatada, uma humilhação, a resistência vinha na luta contra o racismo,
03:45contra a escravidão e as resistências dando forma de movimentos.
03:49E a gente foi criando essa nossa identidade.
03:51Nós somos sobreviventes e vencedores.
03:54Verdade.
03:54Porque nós conseguimos lutar contra a maior monstruosidade que pode existir,
03:59que é a submissão do outro, né?
04:01De indignidade da escravidão.
04:03E nós chegamos aqui onde chegamos e somos quem somos lindos do jeito que a gente é.
04:07Você acredita que a gente já venceu?
04:08Ainda tem muita luta pela frente.
04:09Não, cara, que venceu o quê?
04:10A luta é diária, constante.
04:12A luta é diária, cotidiana, porque de vez em quando aparecem uns doidos
04:14querendo regredir, puxar a gente pra trás, botar a gente de novo nos navios,
04:19não, de jeito nenhum.
04:20Eu acho assim, a gente acabou, Pê, criando uma identidade nossa,
04:23nós temos um jeito próprio de falar, nós temos uma musicalidade própria,
04:27nós temos um jeito de nos olhar, que é muito especial.
04:30Sim.
04:30E isso foi se espalhando pro Salvador, né?
04:32O nome das ruas, as curiosidades de como se formaram os bairros.
04:37Alguns foram surgindo meio que do processo mesmo.
04:40Tem a Rua do Cabeça, por exemplo.
04:41Eu fico me perguntando, tem muitos nomes de ruas e bairros que a gente procura,
04:46alguns a gente já sabe, a gente procura entender como é que surgiu esse nome,
04:49o que foi que aconteceu.
04:50Vou dar uns exemplos, vamos lá, né?
04:51Por exemplo, um que a gente brinca muito pelo sentido fálico que tem,
04:55que é o pau miúdo, e não tem nenhuma...
04:56Rapaz, você falou...
04:57Não, mas não tem osadinha nenhuma, cara.
04:59Eu ia falar pra você, será que eu posso perguntar a ele?
05:01Tirou, tirou da sua boca o quê?
05:03Não, não é isso, o bairro, não é o pau, não.
05:05Eu ia perguntar ao senhor, por que pau miúdo?
05:07Não, o senhor é ótimo, né?
05:09Mas vamos lá, porque...
05:10E não tem nenhuma osadia nisso, cara.
05:12Não, a galera...
05:12Tem uma osadia aqui na Bahia, é osadia com C e sem U, né?
05:16Isso, e mais interessante que é um pau miúdo, mas a ladeira é grande.
05:19Enorme.
05:19Pra subir pro pau é grande, tem que subir a ladeira toda.
05:21Pra subir aquela ladeira?
05:23Já, sim, a ladeira sim.
05:24Imensa, né, aquela ladeira lá?
05:25É.
05:26Mas por que esse nome?
05:27Porque, na verdade, aquela região toda da Cidade Nova ali era chamada de Cidade de Palha.
05:31Ah.
05:32Era uma cidade que tinha muito...
05:33Houve uma época em Salvador que se construiu muita casa de palha.
05:35Depois a galera começou a descer pro vale ali, pra aquela região ali onde é hoje Baixa
05:39de Quintas, pra derrubar algumas árvores e pegar algumas estacas pra começar a construir
05:44as casas de sapê, né?
05:45As casas de barro.
05:47E aí a galera subia com as madeirinhas na cabeça, aqueles gravetos, digamos assim.
05:53Então, você tá onde?
05:53Ah, fui lá no pau miúdo, quer dizer, fui lá pegar o pau miúdo, não no pau miúdo.
05:57Que no caso é o graveto.
05:59O graveto, pra poder construir as casas, já uma evolução, né?
06:02Da palha pro sapê, do sapê pro adobe, pro tijolo e hoje as casas são diferentes ali.
06:07E os nomes das ruas?
06:09Tem várias curiosas, né?
06:11Pra Rua da Forca, é porque onde a moçada que tava presa lá no quartel dos aflitos,
06:16que tem esse nome, porque ali os condenados à morte ficavam lá, né?
06:19E aí eles passavam pela rua de dentro, que é atual Carlos Gomes, atravessava a rua
06:23da Forca, porque da frente da Rapraveia Forca, onde estava na Praça da Piedade, aonde
06:29mães, mulheres, filhas, né?
06:32Exposital, iam pedir piedade para aqueles condenados ali.
06:36E por isso se tornou a Praça da Piedade.
06:38Exatamente.
06:38E ali pertinho tem a Rua da Forca, né?
06:40Oh, perdão, a Rua do Cabeça.
06:42Sim.
06:43A Rua da Forca antes e a Rua do Cabeça ligando.
06:45A Rua da Praça, sim.
06:46Porque ali era um matadouro, era onde se colocava também, né?
06:49Os animais pra venda e as cabeças dos bois anunciavam que ali era uma área pra venda de
06:56carne verde.
06:57Então, muitas ruas e bairros de Salvador sempre tem uma ligação com alguma história.
07:01Ou então com a própria atividade desenvolvida.
07:04Baixa dos Sapateiros, Engomadeira, Rua do Tijolo.
07:09São ruas que tem uma relação com as atividades, com os labores, né?
07:12Palavra bonita, né, cara?
07:13É, labores.
07:14Labor, com labor, com o trabalho daquelas pessoas ali.
07:18Então, baixa de sapateiro, engomadeira e assim vai.
07:20Acabou que vai se identificando, né?
07:22Quando não tem uma história, tem uma identificação.
07:24É.
07:24O que aquela localidade ali faz e se torna um nome.
07:27E algumas coisas muito curiosas, assim, porque nós temos uma formação de matriz católica,
07:32né?
07:32Foi meio que impositivo isso, né?
07:34De que o dominador português trouxe o catolicismo como a religião oficial, digamos,
07:39do Brasil colonial.
07:41Sim.
07:41Então, muitos lugares em Salvador tem relações com santos, né?
07:45Sim.
07:46Uma relação com a igreja daquele local.
07:48É, bom fim, bom fim, né?
07:50Aí vai indo.
07:51Graça, aí assim vai.
07:53E outros foram surgindo também por conta das experiências que foram dadas.
07:56E algumas, ninguém tem explicação.
07:58Sete portas, tem alguma explicação?
07:59É, era uma grande casa de comércio com sete portas que tinha ali.
08:02Aí você tem, por exemplo, bairros, assim, como a ladeira do Curuzu.
08:07Você sabe o que quer dizer Curuzu originalmente na língua?
08:09Já me ensine.
08:11Ah, é?
08:11Ah, não sabe não?
08:12Não.
08:12Com todo perdão, assim, quer dizer bolo fecal.
08:16Tolete.
08:17É?
08:17É, imagina que é esse.
08:19Então, naquela ladeira?
08:20Não sei, cara.
08:21Alguém falou, né?
08:22E aí ficou.
08:23Isso é uma informação que...
08:25Você sabia?
08:26Não sabia não.
08:27Tá vendo como é bom esse programa agita?
08:30Jorge já tá ali.
08:31Você sabe dessa história, né, Jorge?
08:32Que é...
08:32Não, não sabia.
08:33Também não.
08:34E é uma coisa que virou um poema, né, cara?
08:36Virou uma poesia.
08:37A palavra por si só é de uma beleza muito grande.
08:39Sim, é.
08:39Foi forte, né?
08:40Ah, lá no Curuzu, na ladeira do Curuzu.
08:43É, alguém escorregou e aí ficou, né?
08:45Escorregou, caiu.
08:46E aí?
08:47Mas hoje a gente pensa de uma forma boa.
08:49Cara, gostei do professor porque ele me trouxe, assim, uma aula.
08:53Acredito que ele tá em casa também.
08:55Porque essas curiosidades surgem.
08:57Primeiro pelos nomes dos bairros, né?
08:59Porque a gente que é novo, quando vê a galera falando mesmo, não sei o que foi que aconteceu.
09:04Aí depois vem as ruas.
09:05A mesma coisa.
09:06Não é da nossa época, mas quem tem um tempo que estudou, sabe, né?
09:10Deixa eu te contar um negócio pra eu.
09:11Às vezes as pessoas criam o nome dos bairros meio que por decreto, né?
09:16E eu sempre digo assim, de que não se cria história por decreto, né?
09:19Eu não vou fazer propaganda aqui, né?
09:21Mas tem uma determinada área de Salvador que a gente apelidou de Guatemi, né?
09:26Aí depois mudaram o nome do...
09:28Shopping da Bahia.
09:29Quem vai chamar aquele?
09:30Quem vai dizer eu vou no Shopping da Bahia?
09:32É Guatemê para ser.
09:33Todo mundo fala igual.
09:34Eu vou no Guatemi, não tem pra onde correr.
09:36Aí eu vou ali no Shopping da Bahia e vou dizer, você é abestalhado?
09:40Me contraem, pega o seu Uber, me contraem ali.
09:42No Guatemi.
09:43Acho que o Guatemi já criou essa identidade.
09:45É.
09:45Qual é a história mais intensa que você já viveu?
09:51Eu, na cidade do Salvador, eu posso contar uma história intensa que Salvador viveu,
09:56que é muito interessante.
09:57Salvador, ela sofreu muitos ataques, né?
09:59Assim, muitas invasões, assim.
10:01E em 1624 nós fomos invadidos pelos holandeses, que queriam retomar o controle do açúcar.
10:06Porque naquela época, Portugal e Espanha brigaram, aí a Espanha incorporou Portugal
10:11e aí os holandeses que tinham acesso ao açúcar acabaram não tendo acesso.
10:15E eu sempre brinco com meus meninos, com meus alunos, dizendo assim,
10:17que foi daí que surgiu o swing baiano, cara.
10:20Por quê?
10:21Porque na luta contra os holandeses, a gente que não é otário, né?
10:25A gente não come reggae de ninguém.
10:26Nunca.
10:26A gente ficava em cima dos morros e esperando os holandeses passarem.
10:30E daqui de cima a gente, ó, o pessoal do YouTube aí, a gente jogava a zorra neles lá.
10:34Daqui a gente se saía da lá.
10:35Fazia aquela velha malandragem.
10:37Vai atacar agora, agora não, agora não, agora não.
10:39Abaixa que lá vem a zorra.
10:40E nisso a gente foi criando essa swing.
10:42Há quem diga que daí nasceu o swing da Bahia.
10:44A pegada de pra quem desce é um carnaval atrás do Holodon.
10:46Sem dúvida nenhuma.
10:47Professor, obrigado.
10:49Eu que agradeço.
10:50Pelo esses minutos de troca, de informações importantíssimas.
10:54Acredito que quem tá ouvindo o Agito em casa deve ter viajado agora um pouco, sabe?
10:57Tirado mais dúvidas, deve ter mandado algumas perguntas aí, mas muito obrigado.
11:00Espero que o senhor volte mais vezes pra tirar mais dúvidas, porque Salvador é imenso, né?
11:04Tem muitas histórias pra ser desvindados ainda.
11:06Muitas histórias.
11:07Paz e luz pra todos vocês.
11:08Feliz volta às aulas, pra comprar onde?
11:11Lá no Salvador Shopping, né?
11:13O material escolar.
11:14Já compra logo, por favor.
11:16Quer mandar um beijo pra alguém?
11:17Quero mandar um beijo pra todos os meus alunos, ex-alunos e futuros alunos.
11:23Um beijo.
11:23Obrigado, viu?
11:24Pode sempre.
11:25Tony, vamos de música e já já a gente volta com o quadro Axé.
11:28Vamos de música e já a gente volta com o quadro Axé.
11:58Vamos de música e já a gente volta com o quadro Axé.
12:28Vamos de música e já a gente volta com o quadro Axé.
12:29Vamos de música e já a gente volta com o quadro Axé.
12:30Vamos de música e já a gente volta com o quadro Axé.
12:31Vamos de música e já a gente volta com o quadro Axé.
12:32Vamos de música e já a gente volta com o quadro Axé.
12:33Vamos de música e já a gente volta com o quadro Axé.
12:34Vamos de música e já a gente volta com o quadro Axé.
12:35Vamos de música e já a gente volta com o quadro Axé.
12:36Vamos de música e já a gente volta com o quadro Axé.
12:37Vamos de música e já a gente volta com o quadro Axé.
12:38Vamos de música e já a gente volta com o quadro Axé.
12:39Vamos de música e já a gente volta com o quadro Axé.
12:40Tchau, tchau.
13:10Tchau, tchau.
13:40Tchau, tchau.
14:10Tchau, tchau.
14:40Tchau, tchau.
15:10Tchau, tchau.
15:40Tchau, tchau.
16:10Tchau, tchau.
16:40Tchau, tchau.
17:10Tchau, tchau.
17:40Tchau, tchau.
17:42Tchau, tchau.
17:44Tchau, tchau.
17:46Tchau, tchau.
17:48Tchau, tchau.
17:50Tchau, tchau.
17:52Tchau, tchau, tchau.
17:54Tchau, tchau, tchau.
17:56Tchau, tchau, tchau.
17:58Tchau, tchau, tchau.
18:00Tchau, tchau.
18:02Tchau, tchau.
18:04Me conte um momento, assim, marcante, importante que você viveu no verão, viveu no carnaval.
18:11Carnaval, pra mim, é um momento especial porque, assim, é uma data que eu faço aniversário também.
18:16Quando?
18:177 de fevereiro.
18:18Olha aí, logo daqui a 6 dias já?
18:21É.
18:22Comemora? Tem festa? Tem bolo?
18:24Tem, tem.
18:24Ah, então eu quero, viu?
18:25É de bolo, bolo. Bolo é comigo mesmo.
18:28Não é aniversário de influência, mas...
18:30Ah, que nada, amigo. Não é isso comigo, não.
18:32É bolo, quer dizer, bolo grandão, assim, ó. Quadrado?
18:35Ah, despeço.
18:36Tá tudo certo.
18:36Mas me conte.
18:37Então, a minha experiência no carnaval que me marcou foi no dia do meu aniversário,
18:42eu tava fazendo um trio elétrico Barondina e passando pra mais de um milhão de pessoas aí.
18:49Experiência, massa.
18:50Mostrando a minha verdade, minha música. Isso foi uma experiência que eu nunca esqueço.
18:55Como é que a galera te recebe hoje, te acompanha, te vê, vai nos shows, fala com você nas redes sociais.
19:00Como é que é essa recepção contigo?
19:03Ah, é muito bacana, porque hoje a rede social aproxima muito, né?
19:05Sim.
19:06E aí a galera chega, e aí, Viteira e tal?
19:08Por você não conhecer também.
19:10Na verdade, porque conhece na internet, a gente acha que é um amigo íntimo.
19:14É, é.
19:14Aí encontra você, Viteira, meu parceiro!
19:17Oh, Deus, não sei o que.
19:18E aí, meu brother?
19:19Vamos nessa.
19:21Isso é massa, né, velho?
19:22Porque a galera que acompanha...
19:24Por mais que a gente diga que em algumas vezes a gente também não posta tudo da nossa vida nas nossas redes sociais,
19:29mas o pouco que a gente posta faz com que os nossos seguidores, nossos fãs, acompanhem o nosso dia a dia.
19:34Sim.
19:34Uma resenha, uma viagem, uma música nova, um projeto novo que você quer compartilhar, convidar alguém pra algo.
19:40Então, essa aproximação é bacana.
19:42Eu acredito que pra o artista é enriquecedor, né?
19:45Acho que você tá construindo isso.
19:47Porque, não me lembro que eu sou muito novo, mas o tempo que não tinha internet era mais difícil?
19:53Muita informação, tudo, né?
19:55A música também era muito mais difícil.
19:58Você assistia muito mais barzinho, mais eventos fechados, mas você não conseguia atingir aquele público.
20:02Seu público era aquele...
20:04Hoje, não.
20:04Você faz um barzinho, faz um evento, um aniversário privado, você grava, posta e a galera acompanha.
20:09Compartilha, vê o seu som.
20:11Já conhece o seu trabalho.
20:12Lança um CD, lança um projeto novo, uma gravação de um vídeo, um clipe.
20:15Inclusive, a gente lançou um CD novo, gravado em Minas Gerais.
20:18A gente ficou com a Minas Gerais, final do ano.
20:22Gravamos lá e já lançamos, tá?
20:23Disponível em todas as plataformas.
20:25Me dê uma palinha logo aí, vai.
20:26Fiqueira em Minas Gerais.
20:27Mas uma palinha.
20:28Fiqueira em Minas Gerais, aqui no Agito.
20:31Falta de tudo, não sei de nada, é só trabalho, volto pra casa, não tem você, baby.
20:40Falta você, não tem teu cheiro no travesseiro, quando eu me espalho na nossa cama, não tem você, baby.
20:51Falta você, balança aí, vai.
20:53Eu juro que eu não sei mais o que eu vou falar, quando você me pergunta.
21:13Oh, tudo bem, como vai a sua vida?
21:16Como se fosse uma questão já respondida, com história que ficou mal resolvida.
21:21Feito uma mensagem que nunca foi lida, eu posso te responder o que você quiser ouvir.
21:34Mas a verdade, balança em casa, vem.
21:37Falta de tudo, você no carro também, vai.
21:39É só trabalho, volto pra casa, não tem você, baby.
21:46Falta você, não tem teu cheiro, não tem, não tem, vai.
21:51Não tem você, baby.
21:57Falta você.
22:00Essa experiência em Minas Gerais foi bem aconchegante assim?
22:02Foi gostoso demais.
22:04Velho.
22:05Você já passou por quantos estados?
22:07São Paulo, Minas, Recife.
22:09Eu fiz carnaval, galo da madrugada já em Recife.
22:12Carnaval foi massa, experiência muito bacana.
22:14Recife é forte, a galera de Recife gosta, viu?
22:16Já é, Recife é doido.
22:18O que é que não pode faltar no verão de Viteira?
22:20O que é que não pode faltar no verão de Viteira?
22:23Música.
22:23Cara, olha pro artista, boa que pergunta, viu?
22:28Até eu fiquei assim, o que é que não pode faltar mais além de música?
22:31Além de música, amigos, família, positividade, eu acho que Viteira é isso, Viteira é positividade,
22:40é tudo dando errado e a gente acredita que tá dando certo.
22:44Você é mais um convidado que fala isso e eu fico achando que não é só comigo que acontecem essas coisas.
22:49Quer dizer, a gente por trás do que é bonito, é corrido, né?
22:52É, é, só vou te contar um trechinho do que rolou hoje.
22:55Eu vim de Boipeba pra cá.
22:58E Boipeba é maravilhoso, vamos?
22:59Não tinha mais lancha, arranjaram a lancha, eu vim.
23:05Não tinha violão, porque eu moro em Vilas.
23:08Eu comprei um violão, tô aqui com você e deu tudo certo.
23:11E deu tudo certo, e Viteira tá ao vivo, no agito, na BFM, depois as parcelas do violão vai chegar, né?
23:16Vai, vai.
23:17E o da lancha também.
23:18Tomara que...
23:18Bota a produção pra pagar.
23:20Tomara que o carnaval pague.
23:22Pelo amor de Deus, se falar de carnaval, fala de verão, o que é que Viteira tá preparando pro verão,
23:26como é que tá a agenda, tá aberta, já tem coisas novas, me conte logo, vamos vender.
23:30Tá aberta sim, vamos vender agora.
23:32A hora agora.
23:33Dia 4 a gente tá no MAM, a gente faz uma festa lá, bloco sem freio, com o Bate-Fum.
23:38Sim.
23:39E dia 4 a gente tá, depois a gente toca num casamento, que é uma festa particular.
23:45Nada, claro.
23:46Então você faz festa privada também.
23:48Também.
23:48Ó, você que quer casar, leva o Viteira lá pro casamento, viu?
23:52Chama nóis.
23:54Continue.
23:55É.
23:56Então, dia 5 a gente toca na Lavagem da Bebê, com o Filho de Jorge, que vai ser massa.
24:05E Chico Amarana também, Chico, que é um cara das antigas aí na música.
24:09Hum.
24:09É, e a gente faz no Shopping Barra também, dia 5.
24:14Ótimo.
24:15Com as crianças.
24:16Agendas abertas, qual o número de contato, rede social?
24:20É, Viteira, é, número 71991923362.
24:26Segue a gente nas redes sociais.
24:29Como hackearam o nosso Instagram, era só Viteira?
24:31Foi.
24:32Oh, meu Deus.
24:33Imagina.
24:33É que é isso, gente.
24:33Não tem o que fazer, não, é?
24:34Não.
24:35Mas o novo Instagram.
24:36O novo é Viteira, o oficial.
24:39Já segue, viu?
24:40Gente, tô despedindo dele, não, viu?
24:41Pediu isso, que é já pra vender o peixe, mas ele vai continuar aqui na mesa.
24:45E a gente vai de música com o Tonito e volta no quadro Dendê.
24:49Bora, Tonito!
24:50Bora, Tonito!
24:53Agito!
24:56Tchau, tchau.
25:26Tchau, tchau.
25:56Tchau, tchau.
25:58Tchau, tchau.
26:00Tchau, tchau.
26:01Tchau, tchau
26:31Tchau, tchau
27:01Tchau
27:31Beleza
27:57Tchau
27:59Tchau
28:01Tchau
28:03Tchau
28:05Tchau
28:07Tchau
28:09Tchau
28:11Tchau
28:13Tchau
28:15Tchau
28:17Tchau
28:19Tchau
28:21Tchau
28:23Tchau
28:25Tchau
28:27Tchau
28:29Tchau
28:31Tchau
28:33Tchau
28:35Tchau
28:37Tchau
28:39Tchau
28:41Tchau
28:43Tchau
28:45Tchau
28:47Tchau
28:49Tchau
28:51Tchau
28:53Tchau
28:55Tchau
28:57Tchau
28:59Tchau
29:01Tchau
29:03Tchau
29:05Tchau
29:07Tchau
29:09Tchau
29:11Tchau
29:13Tchau
29:15Tchau
29:17Tchau
29:19Tchau
29:21Tchau
29:23E aí
29:25Tchau
29:26Tchau
29:27Tchau
29:29Tchau
29:36a roupa velha que a gente falou.
29:38Sim, gente, só pra vocês
29:40entenderem, a gente tava aqui batendo papel, o Viteira
29:42e o Jorge, e a gente tava, eles
29:44me apresentaram, porque eu sou novinho, não é quer dizer
29:46que eles são velhos, não, eles são da mesma idade
29:48que eu, mas eles gostam de cozinhar,
29:50eu gosto de comer, não sei, o Jorge, eu não sei
29:52furitar nenhum ovo, só pra você ter noção.
29:54Mas ele me falou
29:55da roupa velha, o que é roupa velha? Explica pra galera
29:58que tá ouvindo a gente. A roupa velha é você
30:00pegar aquela feijoada gostosa
30:02que você come um dia, come
30:04dois, aí ela fica pra lá, você já não
30:06quer, mas você pega ela, desfia
30:08as carnes, e aí faz um
30:10tempero de muqueca, bota
30:12camarão seco, e quando ele tiver
30:14pronto, já quase prontinho ali, você joga uns ovos
30:16por cima, e vira um prato dos
30:18deuses. É uma comida saborosa
30:20e gostosa, né, compadre?
30:22Eu já tô babando, já comeu, Viteira?
30:24Eu tô aqui já aguando só
30:26da história, porque... E é um prato, Viteira,
30:28é um prato, Viteira. Viteira também
30:30tá no papo, é um papo.
30:32É um prato que, na realidade,
30:34as famílias pretas, elas
30:36é um prato que você
30:38faz, a gente chama de upgrade, né?
30:40Você faz a feijoada,
30:42geralmente as famílias nos bairros populares
30:44faziam a feijoada no sábado,
30:46aí comem no domingo e tal.
30:47Na verdade, tem essa história muito que a galera fala
30:50do feijão dormido,
30:52que é mais gostoso.
30:53E é verdade.
30:53É? Por quê?
30:54Porque você cozinha,
30:56tempera, aí você... Ele dorme ali,
30:58nunca ele dorme ali, o tempero
31:00assenta, ele entra.
31:02Por isso que a gente come o feijão, às vezes,
31:04sem a carne, mas um negócio
31:06tá no feijão.
31:06Exato.
31:07Porque ele ficou dormindo.
31:08Exato.
31:08E aí o tempero entra mesmo,
31:10de verdade.
31:11Eu nunca faço feijoada
31:12pra servir no mesmo dia.
31:14Nem que seja a carne,
31:16eu tenho que cozinhar na véspera,
31:18no dia,
31:19se não der pra fazer,
31:22ou no todo,
31:22mas pelo menos a carne
31:23tem que dormir no tempero.
31:25Porque o senhor acredita que isso dá o...
31:27Dá o sabor.
31:28Dá o sabor.
31:29Ótimo.
31:29E aí, então, eu tava falando
31:30que esse prato da realidade
31:31é um prato que vem da adversidade.
31:34Então, você inclementava ele,
31:36né?
31:36Quando você coloca
31:37mais tomate, cebola, pimentão,
31:40coentro,
31:40e aí vem camarão seco,
31:42e aí vem o ovo,
31:42você cria um outro prato
31:44que você alimenta mais 10, 12, 15.
31:47Não perde aquele restinho de feijão que ficou.
31:49E fora que tem sabor,
31:51e é uma história.
31:51Eu tenho a memória por trás aí, cara.
31:53O senhor tá falando,
31:54eu tô aqui, assim,
31:55na mente,
31:55imagina como deve ser
31:56uma muqueca de feijão.
31:57Não, você pensa,
31:58e o feijão já é gostoso.
31:59Sim.
32:00Aí você vem com um tempero de muqueca.
32:03Sim.
32:03Você acrescenta o camarão seco,
32:06você acrescenta o leite de coco,
32:07você acrescenta o dendê,
32:09e depois coloca o véio zoiudo.
32:11Só tô esperando ele chamar a gente, hein?
32:13Calma, calma, calma.
32:14Ele já tá mais da santa.
32:15Eu já tô aqui já,
32:15mas vai dizer que eu vou dar santa.
32:17Eu já tô aqui já me tremendo.
32:18Já ia perguntar, meu pai,
32:20aonde é a casa pra seu filho,
32:21seu abianha ir lá,
32:22pra poder tomar um negócio dela.
32:25É bem assim, cara.
32:25É bem assim.
32:26Só não tava na noite da Beleza Negra,
32:28semana passada,
32:29eu botei a tenda do Afrochef.
32:30Eu sou um Afrochef.
32:32Sim, me conte também sobre isso.
32:33Porque eu trabalho com a cozinha
32:35a partir desse lugar,
32:36dessas memórias,
32:38essa cozinha de afeto,
32:39essa cozinha de memória.
32:40Então, por isso eu sou um Afrochef.
32:42E aí, eu tava lá no Ilê,
32:44e eu fiz arrumadinho de fumeiro,
32:45fiz arrumadinho de carne do sol,
32:47e fiz uma farofa d'água com banana,
32:51com carne seca, frita.
32:54E aí, chegava um jovem no balcão,
32:57perguntava, e aí tem o quê?
32:58E aí, arrumadinho de fumeiro,
33:00carne seca com farofa d'água.
33:04Nenhuma emoção.
33:06Aí chegava um cara de 50, 60 anos,
33:09um zulu da vida, meu tio,
33:11um zulu de 70 e tantos anos.
33:12É quando eu falei
33:14que tinha farofa d'água com a moqueca,
33:16ele deu um pulo.
33:17É esse, é esse prato que eu quero,
33:20é esse.
33:22Velho, mas hoje...
33:23É um prato que a galera mais velha,
33:24meu irmão, sabe o que é.
33:25Então, quando eu faço...
33:26Quem não comeu ainda?
33:27Lá no culinário,
33:28quando eu faço moqueca de carne,
33:30o próximo culinário musical
33:31vai ser dia 5, domingo,
33:33lá na casa do Beni,
33:34eu vou fazer uma moqueca de carne seca
33:35com banana da terra.
33:38Nunca comi.
33:39É um prato delicioso.
33:41A moqueca de carne seca
33:41também vai o dendê, o camarão.
33:43Vai o dendê, vai tudo.
33:44É moqueca.
33:45Você pega a carne e vira a sua banana da moqueca.
33:46O senhor falou do dia 5 aí,
33:48importante, né?
33:49Como tá convidando a galera.
33:50Eu tô convidado também?
33:51Tá convidado, chega na casa do Beni
33:53a partir de meio-dia.
33:54Eu vou lá.
33:55A casa do Beni.
33:56Eu tô curioso porque, assim,
33:59a forma como o senhor apresenta
34:00e o amor pela gastronomia, né?
34:03Por essas criações,
34:04essa junção de não perder nada, né?
34:08Sobrou o feijão, eu faço a moqueca.
34:09Sobrou a carne, eu faço a moqueca.
34:11Eu coloco o dendê,
34:13eu pego o camarão,
34:14eu trago um jeitinho aqui,
34:14dou um jeitinho ali.
34:15Eu já tô apaixonado
34:16pela forma como você tá me apresentando.
34:18Não é nem por ver.
34:19Com aquele dia que o senhor vê,
34:19eu já tava morto.
34:20Se você comer, você...
34:22Mas o carinho,
34:22a forma como o senhor apresenta,
34:24eu consigo ver nos seus olhos
34:25o amor pela gastronomia,
34:27o amor pelo afrochefe, né?
34:29Pelas histórias.
34:30É por isso que eu digo
34:31que é uma culinária de afetividade.
34:33É uma culinária de afetividade.
34:34Tem muito amor envolvido.
34:36Da hora que eu vou na feira
34:37comprar o tempero,
34:38da hora que eu vou na feira
34:39e troco a ideia com aquele feirante ali.
34:42E eu aprendo com ele.
34:44Quando outro dia
34:45eu fui comprar o feijão fradinho
34:46e eu falei,
34:47tava num preço bom.
34:49Eu falei, porra, velho,
34:50pena que essa zorra estraga rápido.
34:52Se não ia levar mais,
34:53ele fez.
34:54Ele fez, não, maluco,
34:55pegue o que você quiser
34:57e bote na geladeira
34:58que você não vai perder.
34:59A partir daí,
35:00nunca mais eu perdi.
35:01Você não sabia?
35:01Né?
35:02Já aprendeu.
35:02E é uma troca, né?
35:04Uma troca.
35:04Às vezes a gente não sabe,
35:05a gente passa pelo outro.
35:05Às vezes a gente chega correndo,
35:07pá, não olha nem na cara do cara,
35:08me dê essa guia,
35:09pega, vai embora.
35:09Valeu, meu irmão.
35:10Não, eu já criei uma relação
35:12com a feira.
35:12Eu pedi uma páprica picante
35:14e uma páprica defumada.
35:16Aí quando ele colocou,
35:17eu falei, porra,
35:17e agora como é que eu vou saber
35:18qual é a páprica defumada
35:19e qual é a picante?
35:20Aí ele,
35:21paladar.
35:23O baiano,
35:24o pinho toca.
35:26Tem coisa melhor.
35:27Aí eu falei,
35:27pinta de barriga.
35:28Acabou, meu irmão.
35:29Acabou.
35:29A partir daí,
35:30agora eu sei
35:30quando o tempero está salgado,
35:32quando não está,
35:33qual é a quantidade de sal
35:34que eu vou usar.
35:35É simples,
35:37você pega um aprendizado
35:38para a vida.
35:39Sacou?
35:40Então é assim,
35:40eu vou passando,
35:41eu vou criando a rede.
35:43Eu gosto de fazer
35:43uma moqueca de banana da terra
35:45para a galera que é vegana,
35:48geralmente chega lá
35:49e eu faço uma moqueca
35:50de banana da terra
35:51ou eu faço um arrumadinho.
35:53Nessas moquecas
35:53vai muito dendê,
35:54muito camarão
35:55ou o seu equilíbrio
35:56é dependendo
35:57da pessoa que vai comer?
35:58Tudo é equilibrado.
35:59é sentimento.
36:00Não me pergunte sobre medida.
36:03É importante a gente falar isso
36:04porque para quem não come muito
36:07ou para quem não conhece
36:08e às vezes se trava
36:09porque tem gente que se bloqueia.
36:11Eu nunca comi uma moqueca
36:11e não gosto de moqueca.
36:13Mas eu nunca comi.
36:14Por quê?
36:15Moqueca é cheia de dendê.
36:16Baiana é exagerado.
36:18Tem gente que fala isso
36:19e às vezes não experimenta,
36:20não sabe como é que
36:21a pessoa que trabalha com a comida
36:22está colocando,
36:23qual é a dosagem,
36:24qual é a preocupação
36:25sem entender que vai um dendê
36:27mas não vai o exagero.
36:28Não, não, não.
36:29Vai o equilíbrio, né?
36:30Tem técnica também.
36:32Sim.
36:32Tem técnica.
36:33A gente sabe a quantidade
36:34que vai usar ali
36:35para cada quantidade,
36:36para cada receita.
36:39A gente tem uma quantidade
36:40de carne,
36:41a gente tem uma quantidade
36:41de peixe,
36:42a gente tem uma quantidade
36:43de marisco.
36:44A gente sabe a quantidade
36:45que a gente vai colocar
36:46tanto de leite de coco
36:47como de dendê
36:48e fica tudo equilibrado.
36:49Você quer ver um outro prato
36:51que é um sucesso absoluto?
36:53Sim.
36:53Eu ganhei até a panela de bairro.
36:55Sim, aqui da rede.
36:56Da rede eu ganhei.
36:57Ó, tá vendo?
36:58É a machichada de carne seca.
37:01Irmão, a galera chega lá,
37:02eu não como machixe,
37:04eu não suporto machixe.
37:06Eu vou lá,
37:07eu pego um pouquinho,
37:08eu digo,
37:08vem cá,
37:09experimente aí.
37:10Aí experimenta,
37:11fala,
37:11porra, o negócio é bom,
37:12então eu vou comer.
37:13Muita gente vira para mim
37:14e fala,
37:14caramba, velho,
37:15você quebrou um preconceito
37:16que eu tinha com o machixe.
37:17Porque o machixe,
37:18ele recebe
37:19todo o tempero
37:21da comida.
37:23Da carne seca.
37:24Da carne,
37:25do leite de coco.
37:26É como se fosse um sugador.
37:27Isso.
37:28Ele vai absorvendo.
37:30O gosto vai todo para ele,
37:31cara.
37:32E ele fica
37:32numa textura maravilhosa.
37:34Porque tem o time também.
37:35Você tem que saber.
37:36Dá o time.
37:38O que é que eu faço?
37:39Eu tiro o sal da carne,
37:40da carne seca,
37:42a última água
37:43eu reservo e cozinho.
37:45O machixe é ali
37:46naquela água.
37:47Ele já pega o gosto ali.
37:50Deixa ele al dente ali.
37:52Deixa ele al dente ali.
37:53É o verdadeiro
37:54nada se perde, né?
37:55Já foi, mano.
37:56É o verdadeiro
37:57nada se perde.
37:57Nada se perde.
37:58Sempre vai se reaproveitando.
38:00Dos pratos maravilhosos
38:02que você já me apresentou
38:03e que eu nunca conheci,
38:04estou conhecendo agora.
38:05Tem mais algum
38:06que nunca viu,
38:08mas combina com o Dendê?
38:10O bacalhau é martelo.
38:12O bacalhau é martelo.
38:13É um bacalhau
38:14que você faz ele assado
38:15na brasa.
38:16Sim.
38:17Você desfia ele,
38:18vira uma salada,
38:19aí faz o feijão fradinho
38:20e serve com a farofa
38:22de Dendê
38:23com camarão seco.
38:24Meu irmão,
38:25é uma explosão
38:26de sabores
38:27que você vai lá...
38:28Você não entende.
38:30Fica no negócio.
38:32Aí todo mundo se treme,
38:34dá dois pulinhos,
38:35bate o paol,
38:36já foi.
38:36Eu fiz uma formação ontem
38:37lá na casa do Beninho,
38:38uma formação onde...
38:39É um programa de antirracismo
38:40e eu fiz através da culinária
38:42esse bate-papo
38:43e do paladar, né?
38:47E aí eu fiz esse bacalhau.
38:48Tinha gente do Brasil inteiro.
38:50Meu irmão,
38:51quase que o povo me carrega
38:52e me bota lá em mesa.
38:54Que massa, né?
38:55Velho, repetiram o bacalhau.
38:57Agora é engraçado
38:57que eu fiz a moqueca
38:58de banana da terra,
39:00só tinha um vegano.
39:02Aí eu fiz uma moqueca
39:03de banana da terra,
39:04todo mundo comeu,
39:06misturaram com bacalhau.
39:08Não tinha negócio
39:09de vegano certo.
39:10Um vegano se lembra.
39:11É porque é o cheiro do Dendê.
39:13Eu comi,
39:14eu fiz,
39:15tem um tempinho já
39:15que eu gravava um projeto
39:17lá no Nordeste de Amaralina
39:18e assim,
39:19o prato principal era polvo.
39:21De cara eu disse,
39:22não vou comer,
39:23mas é pra gravar.
39:24O repórter tem que fazer, né?
39:26Aí ele,
39:27não,
39:27o polvo é preparado no Dendê.
39:29Eu falei,
39:29já quebrou.
39:31E realmente,
39:31eu comi o polvo
39:32no Dendê,
39:33já quebrei um pouco
39:34do preconceito.
39:35Acho que o Dendê
39:35traz um negócio
39:37que mesmo que a pessoa
39:38não coma,
39:38mas que gosta de Dendê.
39:40Dendê é saudável,
39:42rapaz.
39:42Dendê é natural,
39:43é um fruto.
39:45A galera pesa, né?
39:46É.
39:47É preconceito.
39:48Mas aí quando come
39:49já vê que é outra coisa.
39:50Porque você sabe
39:51o que é uma comida pesada?
39:52É quando você pega lá
39:53aquela lasanha
39:54cheia de molho,
39:55cheia disso,
39:56chato.
39:56Aquilo ali é pesado.
39:58Quatro queijos,
39:58aquilo ali é pesado.
40:00Não,
40:00seu Jorge,
40:01ali é leve,
40:02são pedacinhos.
40:03O que é natural,
40:04cara?
40:04O Dendê é natural.
40:06Você vai lá,
40:06cozinha,
40:07tira o,
40:08espreme e tira o Dendê,
40:10não entra química nenhuma.
40:12Como é que a comida
40:12dessa não é saudável?
40:13Qual o prato
40:14que o senhor mais gosta
40:15de todos que você já fez?
40:16Caramba.
40:17No caso,
40:17no quesito comer,
40:19não é fazer.
40:20Ah,
40:20no quesito comer,
40:21a moqueca,
40:21a moqueca de qualquer coisa.
40:23Todo tipo de moqueca.
40:24Moqueca de peixe,
40:25eu amo,
40:25eu como de mão.
40:27Uma moqueca de ovo,
40:28uma moqueca de carne,
40:29eu como de mão,
40:30de lá no meu dedo.
40:31Não tem negócio de conversa, né?
40:33Eu não sou muito fã
40:34de peixe com espinha não,
40:35mas eu como.
40:35Eu fiz uma moqueca hoje,
40:37mas a minha não tinha espinha,
40:39foi pescada amarela.
40:42Foi uma pescada amarela.
40:43Eu estava em casa
40:44sem saber o que fazer,
40:45eu disse,
40:45ai meu Deus,
40:46aí eu lia lá,
40:46tinha uma pescada lá,
40:47uma posta grande,
40:48aí eu fiz aí,
40:49fiz o pirão.
40:50Rapidinho.
40:51É tudo rápido.
40:51Eu gosto de pirão.
40:53Eu gosto de pirão.
40:54O senhor começou falando
40:55que as histórias,
40:56todos os pratos
40:57têm histórias, né?
40:58Tem um motivo
40:58ao qual o senhor está fazendo.
41:00Mas tem alguém
41:01em específico
41:02que te influenciou?
41:03Porra,
41:03minha mãe.
41:04Ela me pegava
41:05e dizia,
41:05vai ali na feira,
41:06compra isso aqui,
41:07papapá.
41:08Ela cozinhava muita moqueca?
41:09Muito.
41:10Todos esses pratos aí
41:11eu aprendi.
41:12Minha avó,
41:12minha avó fazia
41:13uma moqueca de ovo
41:14e aí ela fazia
41:16aquela moqueca,
41:16coisa bonita,
41:17camarão seco,
41:19defumado,
41:19aí ela sentava
41:21no tamborete,
41:21botava uma cancha,
41:23uma caneca de café
41:24preto do lado
41:25e aí comia de mó.
41:26E eu ficava ali
41:27beirando ela aí,
41:28me dava na porra.
41:31Caramba,
41:32botava o mamão verde,
41:33ela botava
41:34mamão verde
41:34na moqueca.
41:36Na moqueca?
41:37É uma moqueca
41:37com mamão verde,
41:38porque hoje
41:38não acha mais mamão verde.
41:40Mas o mamão verde
41:41é uma moqueca de marisco
41:42com mamão verde.
41:44Nunca vi não.
41:44Ave Maria,
41:45meu Deus do céu.
41:46Você come a hoje,
41:47menino?
41:48Eu como é feijão
41:49e arroz.
41:50Jorge,
41:51é só feijão e arroz.
41:52Você é meu convidado
41:53domingo
41:54para ir lá
41:54no Culinária Musical.
41:55Você é meu convidado.
41:57Pelo amor de Deus.
41:57Eu estou falando no ar,
41:58está registrado,
41:59está no YouTube,
42:00está na rádio.
42:01Vou chegar lá na porta
42:01com vídeo,
42:02ele me convidou a ouvir.
42:04Vai eu,
42:04Fernanda,
42:05a produção toda.
42:06Velho,
42:07mais uma vez,
42:07convida a galera
42:08com o Culinária Musical,
42:09dia 5.
42:10Dia 5,
42:10na casa do Beni,
42:11a partir de 12 horas.
42:12É um programa
42:13que tem música,
42:14poesia,
42:16às vezes teatro,
42:16às vezes dança.
42:17É um programa
42:18de multilinguagens.
42:19Massa, bacana.
42:19Eu faço uma receita,
42:21nesse dia
42:22eu vou ter uma moqueca
42:23de carne
42:23com banana da terra,
42:24vou ter a moqueca
42:25de banana da terra
42:26vegana,
42:27vou ter um arrumadinho
42:28de fumeiro.
42:29Sempre tem outras coisinhas.
42:30Sempre dá um...
42:31Vou colar,
42:32vou colar também,
42:33vou colar.
42:33Viteira,
42:34desses pratos,
42:35tem um show dia 5
42:35que eu acho que eu vou
42:36botar a última banda,
42:37eu vou falar.
42:39Viteira,
42:39desses pratos que ele falou,
42:41comeria todos,
42:42tem algo que você não come.
42:43Mas eu vou sem pena.
42:44Eu gosto de cozinhar,
42:45eu gosto de tempero também,
42:45eu gosto do sabor,
42:46sabe?
42:47Só eu que não sei.
42:47No caso,
42:49minha esposa,
42:50ela tá me escutando agora aí.
42:51Quem faz a comida em casa
42:52sou eu.
42:53Isso é bom, né?
42:54Tem que gostar de cozinhar.
42:55Eu adoro também.
42:56Eu adoro fazer comida.
42:58Na minha casa,
42:59a comida do meu filho,
43:00é tudo suave.
43:02Ave Maria,
43:03já passou algum perrengue
43:04em alguns tipos de evento,
43:06cozinhando?
43:07Na hora,
43:07faltou o leite de coco,
43:08tá faltando o camarão.
43:09Olha o que eu fiz,
43:10o bando,
43:11eu sou do Bande Teatro Lodô.
43:12Sim.
43:12E aí a gente...
43:13Um beijo,
43:14que eu sou fã.
43:15A gente tava fazendo
43:16um espetáculo
43:17que era um espetáculo
43:18de comemoração
43:19de aniversário
43:19do Vila Velha.
43:20Então tava o bando,
43:21acompanhando os novos,
43:22os novos novos.
43:24Era uma equipe,
43:24mais de 60 atores em cena.
43:27E aí,
43:27bora fazer uma festa
43:28depois do espetáculo.
43:30Aí vai eu fazer
43:31um arroz...
43:31Quem é que vai fazer
43:32um arroz de malandro?
43:34O arroz de malandro é um...
43:35Como é arroz de malandro, gente?
43:36É um arroz que eu aprendi
43:37a fazer com a galera
43:37cabo-verdiana.
43:38É um arroz de cabo-verde.
43:40É um arroz que vem
43:41ervilha, tomate,
43:42cebola, molho de tomate,
43:44milho verde,
43:46peixe pequeno,
43:47que não pode falar o nome,
43:48porque os inimigos
43:49tão aí assistindo.
43:51Sardinha, né?
43:52Ah, bem rápido.
43:53Ei, ô!
43:54Falei rápido,
43:55falei rápido.
43:55Falei rápido.
43:56É só Bahia, amor.
43:57Falei rápido,
43:58você não viu?
43:58Aí bota um atum e tal,
44:00e aí vira um risoto,
44:02um arroz gostoso.
44:03Cara, eu comprei um diabo
44:04de um arroz.
44:05Bicho.
44:06Na hora lá correndo,
44:07porque tinha...
44:07Aquele que tinha no mercado.
44:08Nem olhou pra marca.
44:09Era um arroz bom preço.
44:10Oh, meu Deus.
44:11O melhor preço do mundo.
44:13Hélio, pelo amor de Deus,
44:14o arroz, bicho,
44:15ficou grudado.
44:16Rapaz, me sacanearam.
44:17Aquele negócio fica assim, né?
44:18Me sacanearam.
44:20Ficou grudado,
44:21não deu liga,
44:22foi uma agonia.
44:23Aí os caras pegavam o arroz,
44:25jogavam na mesa,
44:26fizeram música,
44:27me sacanearam.
44:29A minha sorte é que a maioria
44:30já sabia que eu cozinheava,
44:32já conhecia a minha...
44:32Já conhecia a qualidade
44:34do que você faz,
44:34mas a galera não acredita
44:36que a gente passa perrengue.
44:37Por isso que eu gosto
44:38sempre de perguntar,
44:39porque tem algum perrengue.
44:40Dos momentos bons,
44:41tem algum momento assim,
44:42tipo,
44:42cara...
44:43Quer ver outra também
44:45que foi foto?
44:45Foi 4 de dezembro
44:47do ano passado,
44:48eu fiz o xixi de galinha,
44:50aí fui fazer o vatapá,
44:52aí eu mandei a colega,
44:54mandei a ajudante lá,
44:56mandei a colega,
45:01a ajudante lá,
45:02tirar o leite de coco,
45:04ela tirou o leite de coco
45:05e não viu
45:06que o leite estava passado.
45:08E eu na agonia...
45:09Como é que a gente percebe
45:10o leite passado?
45:11O gosto,
45:12o cheiro...
45:14Só percebi
45:15quando eu estava
45:15finalizando o vatapá,
45:17que eu...
45:18Porra, velho...
45:19E aí já estava
45:20na hora de abrir a casa,
45:22aí eu falei,
45:22ó, gente,
45:23não vai ter vatapá hoje.
45:25Não vai ter vatapá...
45:26De todas as comidas baianas,
45:29eu sou muito fã
45:30de vatapá.
45:31E quando eu ouvi a galera
45:31falando vatapá de pão
45:33e o outro é o...
45:34De farinha.
45:35Qual a diferença?
45:36Ah, é a textura,
45:37é o sabor também,
45:38altera.
45:38Eu só gosto
45:39de fazer de pão.
45:40Mas tem gente que faz
45:41farinha de rosca,
45:43tem gente que faz
45:43farinha de milho.
45:44De pão é melhor.
45:45Pra mim é?
45:46É o que pega mais
45:47o sabor, né?
45:48É.
45:49Eu deixo ele lá
45:50de molho no leite.
45:50Um show de vinteira
45:52com um desses pratos.
45:55Pelourinho,
45:56um pôr do sol.
45:57Rapaz,
45:57é topo demais.
45:58Me convida,
45:59que eu vou lá.
46:00Convido o Afrochef.
46:01É,
46:01Convido o Afrochef,
46:03já faz o seu showzinho
46:04voz e violão.
46:05Um pôr do sol,
46:06já me chama lá
46:06pra fazer a abertura do evento.
46:08Afrochef,
46:08eu tô aqui lá,
46:09tá comendo.
46:09Deixa eu passar o carnaval
46:10que eu vou convidar ele
46:11pra ir lá fazer.
46:12Pronto,
46:12aí.
46:13Marca,
46:14marca,
46:14marca.
46:14E a galera do Bando Lundu,
46:15como é que tá?
46:15Tudo bem, né?
46:16Manda um beijo pra essa galera.
46:18Ô, meu Bando,
46:18meu Bando querido,
46:19Valdiné,
46:20Cássia,
46:21tanta gente mesmo.
46:22E como é que tá o verão
46:23do senhor,
46:23senhor Jorge?
46:24Tá bombando,
46:25graças a Deus.
46:25Muita coisa,
46:26muito evento,
46:27muito projeto.
46:28Já,
46:28oxe,
46:28um atrás do outro.
46:29Ontem eu fiz a Beleza Negra,
46:31fiz ontem essa formação lá,
46:35porque o domingo
46:35tem culinária musical,
46:37aí logo em seguida
46:38eu vou para a Caju,
46:38tá um processo...
46:40Depois de dois anos
46:41que a gente teve um momento,
46:43né,
46:43difícil aqui em Salvador,
46:44principalmente pra gente baiano,
46:45né,
46:45principalmente pra quem trabalha,
46:47né,
46:47o senhor do Afrochef,
46:48como é que foi esses dois anos
46:49de pandemia?
46:49Eu trabalhei,
46:50eu fiz 16 edições
46:51do culinária musical
46:52no YouTube
46:53e mandava levar,
46:55eu queria o pra levar
46:56do Afrochef.
46:57Aí eu fazia a receita,
46:59as pessoas pediam,
47:00eu mandava o motoboy
47:00levar na casa.
47:01Como foi se adaptar
47:02com a internet,
47:02atualização, assim?
47:04Porque a pandemia
47:04pegou todo mundo pelo pé, né?
47:05No tombo,
47:06no tombo,
47:06era eu em casa sozinho
47:07pra fazer a comida,
47:09pra ajustar o microfone,
47:10pra ajustar a câmera,
47:11no celular.
47:1216 edições,
47:16uma oficina
47:17de 160 horas
47:19de culinária afetiva
47:21e trabalhei muito,
47:22muito,
47:22e vendi muita comida
47:23e inventei muitas receitas.
47:26Foi muito bom,
47:26assim,
47:27pra mim,
47:27fiquei dentro de casa
47:28trabalhando,
47:29foi maravilhoso.
47:30Aumenta só a flora, né?
47:31Agora não tem mais live,
47:33agora é comer ao vivo.
47:34Viteira,
47:35a pocha do carnaval.
47:38O milho vai virar pipoca.
47:40Por que o milho vai virar pipoca?
47:42De quem é essa composição?
47:43A composição é minha.
47:44Quando você é composição,
47:45você pensou em quê?
47:46O que aconteceu?
47:46Botou o milho lá na panela,
47:48estourou?
47:48Não,
47:48é porque o milho vai virar pipoca,
47:52na verdade,
47:53aquela explosão de carnaval,
47:56de saudade,
47:57de, sabe?
47:58De você estar com as pessoas
47:59que você gosta,
48:00e se você parar pra analisar,
48:03a música,
48:03ela fala,
48:04quando passar por mim,
48:06me olha.
48:07Eu quero te curtir,
48:08é tipo,
48:09agora é você.
48:10Depende de você,
48:11pessoa,
48:12independente de quem seja.
48:13Você vai encerrar o programa
48:14cantando essa música
48:15pra ela sentir mais energia de casa.
48:17Fechado?
48:18Muito obrigado,
48:19seu Jorge,
48:20volte sempre.
48:21Um beijo pra Toma Banda Lodum,
48:22beijo pro Afrochefe,
48:23Viteira,
48:24muito obrigado.
48:25Obrigado.
48:25Viu?
48:25E já,
48:26já o senhor vai encerrar.
48:27Deixa eu dar os agradecimentos,
48:28fazer os oferecimentos,
48:29se não,
48:29Jefferson me pega de lá
48:30e me quebra,
48:31viu?
48:32Hoje foi uma delícia de programa,
48:33né Priscila Moraes?
48:35Não é Fernanda?
48:36E amanhã tem mais,
48:37viu?
48:37Quero agradecer o historiador
48:38Ricardo,
48:39a Viteira,
48:40seu Jorge Wosto,
48:41muito obrigado.
48:42Tony,
48:43eu vou finalizar com música
48:44aqui,
48:44a pocha do Carnaval do Viteira,
48:46mas lembrando que o programa
48:47Agito tem um oferecimento
48:48de voltas aulas
48:49Salvador Shop.
48:50Se tá na lista,
48:51tem aqui.
48:52Aproveite,
48:53simbora Viteira!
48:54Bora!
48:55Beijo, gente!
48:56Bom Carnaval pra todos vocês
48:58que estão aí curtindo
48:59e a gente vai
49:02no comando do milho
49:03vai virar pipocacinha.
49:04Quando passar por mim
49:06Me olha
49:08Eu quero te curtir
49:12Agora
49:14Depende de você
49:17Pessoa
49:20Eu quero um beijo seu
49:23Na boa
49:24O milho vai virar pipoca
49:27Eu tô louco pra beijar na corda
49:30Eu quando passar pode me olhar
49:32Que o seu olhar
49:33Vai me beijar
49:36O milho vai virar pipoca
49:38Eu tô louco pra beijar na corda
49:41Eu quando passar pode me olhar
49:43Que o seu olhar
49:44Vai me beijar
49:46Amanhã Iemanjá
49:48E agradecer a toda
49:49Toda essa galera que
49:51Que curte a nossa mãe
49:53Iemanjá
49:54Inclusive a gente fez uma música pra ela
49:56Já vai estar disponível
49:57Em todas as plataformas digitais amanhã
50:00Você pode escutar a nossa música
50:02Iemanjá
50:03Que o seu olhar
50:06Vai me beijar
50:08Muito obrigado Viteiro
50:09Obrigado seu Jorge
50:10Gente
50:11Até amanhã
50:12Tonito é com você aí
50:13Valeu
50:15Meu querido Pio
50:16É o agito de hoje
50:18Fica por aqui
50:19Mas amanhã tem mais
50:20Gente do Youtube
50:20Termina no horário
50:21Oito horas e pronto
50:22Então toca na outra
50:23No Youtube
50:24Toca, toca Viteiro
50:26No Youtube
50:27Hoje pode
50:29Véspera de manjar
50:30Vai a todos os santos
50:36Magia
50:37Chovendo em cantos
50:40Onde na ribeira
50:42Venha ver o sol
50:44No farol
50:48Lapinha
50:50Tem São Caetano
50:52No beco
50:54Sagrado e profano
50:57Hoje tem Dendê
50:59Aí, Sejói
51:00Ache
51:03Larga tudo e vem pra cá me ver
51:09Vem curtir a terra do Dendê
51:13Juntos vamos curtir esse mar
51:17Salve minha mãe
51:19Iemanjá
51:21Larga tudo e vem pra cá me ver
51:25Vem curtir a terra do Dendê
51:29Juntos vamos curtir esse mar
51:33Salve minha mãe
51:36Iemanjá
51:38Iemanjá
51:40Oh Dom branca
51:43Oh Dom branca
51:43Oh Dom branca
51:44Oh Dom branca
51:44Oh Dom branca
51:45Tol stick
51:45Tol program
51:48Toca