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  • 09/07/2025
Tiago Pedreiro, Major do Exército e mestre em operações militares, e Paulo Roberto da Silva, mestre em ciências militares, explicam o que é o sistema de Defesa da pátria e qual é a missão das Forças Armadas.

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00:00E pra começar, pra quem é leigo não entende do assunto, o que é defesa nacional e o Brasil tem uma estratégia de defesa?
00:10Sim, uma importante pergunta inicial porque temos que explicar que a defesa nacional não trata apenas de militares.
00:18E o Estado brasileiro tem a sua política nacional de defesa, estratégia nacional de defesa e o livro branco de defesa,
00:25que são documentos que são elaborados por vários ministérios, não apenas o Ministério da Defesa, e levado para aprovação no Congresso Nacional.
00:36Então, os representantes do povo discutem justamente quais são as políticas, os objetivos a serem alcançados e em como alcançá-los por meio da estratégia nacional de defesa.
00:47Então, a defesa nacional, ela abrange não apenas soberania, defesa de fronteiras, como também a segurança do país.
00:57Então, temos que entender a defesa como a segurança ampliada que vai justamente compor as ferramentas para o país situar-se no cenário mundial e defender a sua posição global.
01:11Coronel, como o Manjor Pedreiro disse, a defesa, ela ultrapassa as fronteiras das forças armadas.
01:23A defesa é um problema de todos os brasileiros, a defesa nacional brasileira é um problema de todos os brasileiros.
01:29Isso fica caracterizado no artigo 142 da Constituição, que pressupõe as missões das forças armadas,
01:36mas também nos documentos de mais alto nível, política, estratégia nacional de defesa e o livro branco de defesa.
01:41Quando a gente fala em defesa, a gente fala principalmente na defesa da pátria.
01:46Defender o país, defender a nação brasileira, defender a população brasileira, seus valores, suas riquezas,
01:54de qualquer ameaça que possa vir a surgir contra os brasileiros ou contra os seus interesses.
02:01E aí entra a defesa da pátria, a missão princípua das forças armadas.
02:05Defender contra o quê? Defender contra qualquer tipo de ameaça.
02:09E nós vivemos, Mota, e acho que vamos conversar sobre isso hoje, em um ambiente internacional muitíssimo complexo.
02:17Um ambiente internacional em que, por exemplo, os gastos militares de defesa vêm se ampliando ano a ano,
02:23nos últimos 10 anos, sem parar.
02:26De 2023 para 2024, os gastos militares de defesa se ampliaram em quase 10%.
02:32E o país que mais, as pessoas talvez não saibam disso, quem nos vê talvez não saiba,
02:39mas o país que mais ampliou os gastos de defesa no mundo foi um vizinho nosso,
02:44foi a Guiana, que aumentou em 78% dos seus gastos de defesa.
02:47A Guiana que é vizinha da Venezuela, que está ameaçada.
02:51Guiana é vizinha da Venezuela.
02:52A Venezuela almeja dois terços do território da Guiana, região de Guiana e Sequiba.
02:57E por causa dessa ameaça, a Guiana tem aumentado muito os seus gastos de defesa.
03:01Então, esse ambiente internacional conturbado, guerra na Europa,
03:06guerra já de quase três anos e meio, de guerra entre Rússia e Ucrânia,
03:11uma situação muito complexa no Oriente Médio,
03:14a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas,
03:18recentemente um confronto militar entre Paquistão e Índia,
03:23diversas guerras na África, diversas guerras na Ásia,
03:27levam a essa instabilidade que faz com que a gente,
03:31que é obrigado, por razões profissionais,
03:33a se dedicar ao estudo de defesa, que são os militares,
03:37nos preocupemos bastante com isso.
03:39E aproveitamos essas oportunidades como essa no seu programa
03:43para alertar a sociedade brasileira
03:45de que todos nós, que é a sociedade inteira,
03:48tem que estar preocupada com a questão de defesa.
03:50Agora, para facilitar o entendimento das pessoas,
03:53quando a gente fala de defesa,
03:55a gente imagina forças armadas,
03:58tanques, soldados, aviões, mísseis,
04:02para proteger contra agressões externas.
04:06Agora, o que se considera hoje
04:09como uma potencial ameaça ao Brasil?
04:12Quando os responsáveis pela defesa
04:14estão fazendo um planejamento,
04:15o que está na mesa?
04:17Contra o que a gente precisa se proteger?
04:20O Ministério da Defesa trabalha com hipóteses de emprego.
04:25Então, nós temos as diversas hipóteses de emprego
04:29em que elas não são ostensivas,
04:32elas recebem classificação,
04:34mas nós temos a preocupação principal
04:38na defesa da nossa floresta amazônica,
04:41então a nossa fronteira norte do país
04:44é uma preocupação.
04:46Tivemos um caso concreto
04:48que foi justamente a anexação unilateral
04:53de dois terços da Guiana
04:54pela Venezuela
04:57e que aventou-se,
05:00foi noticiado que uma forma
05:02de ele fazer uma intervenção militar
05:04passaria para o território brasileiro.
05:07Então, as tensões geopolíticas,
05:10como bem o coronel Paulo Filho mencionou,
05:13não estão distantes,
05:14não é longe da realidade brasileira.
05:16Acontece no nosso entorno
05:18algumas tensões que podem até ser
05:20reflexo do que acontece lá fora.
05:23Tivemos aí algumas manchetes também mencionando,
05:26por exemplo,
05:28os mercenários do grupo Wagner
05:31fazendo a defesa
05:32da presidência da Venezuela.
05:36Então, as tensões existem
05:38e temos que imaginar a defesa
05:40como uma espécie de apólice de seguro do país
05:43para que aquelas situações
05:47em que um planejador
05:48porventura não vislumbre,
05:51como o caso da Ucrânia,
05:53não se imaginava que seria invadida
05:55em 24 de fevereiro de 2022.
05:57Então, caso aconteça
05:59algo que não estava no planejamento,
06:02temos que ter as capacidades,
06:04as ferramentas necessárias
06:05para contrapor e defender os brasileiros.
06:11O importante, então,
06:12Mota, é a gente ter claro o seguinte.
06:14É lógico que existe um planejamento,
06:16um estudo contínuo
06:17acerca das possíveis ameaças,
06:20mas a gente tem que ter claro
06:22que nem sempre essas ameaças
06:24vão ser previstas.
06:25As surpresas acontecem, né?
06:27A invasão da Ucrânia pela Rússia
06:31pegou muita gente de surpresa.
06:33O próprio general Alfonso Mais,
06:35comandante do exército alemão,
06:37no dia 24 de fevereiro de 2022,
06:39quando a Ucrânia foi invadida pela Rússia,
06:43foi ao LinkedIn,
06:44vocês podem ver essa mensagem dele
06:46no LinkedIn, está lá até hoje,
06:48dizendo que ele não imaginava
06:50com 41 anos de vida militar
06:53ter que atuar à frente do exército alemão
06:56em uma situação de guerra.
06:57E ele disse mais,
06:58ele disse que o exército alemão
07:00que ele tinha a honra de comandar
07:01não tinha as ferramentas necessárias
07:03para fazer face àquela ameaça.
07:06Nós estamos falando do exército alemão,
07:08da maior potência econômica da Europa.
07:10Por que ele não tinha as ferramentas necessárias
07:12para fazer face à ameaça?
07:14Justamente porque a sociedade alemã,
07:16em determinado momento,
07:17a partir do fim da Guerra Fria,
07:21julgou que a ameaça de guerra
07:23estava muito distante
07:24e deixou de investir em defesa
07:26deixou de prover os meios necessários
07:29às forças armadas alemãs
07:31e elas foram pegas de surpresa.
07:34Por isso, cabe aos militares,
07:36isso é feito constantemente,
07:38alertarem a sociedade brasileira
07:40sobre a necessidade permanente de investimentos.
07:44A sociedade brasileira tem que tomar essa decisão
07:47e tem que se lembrar de pagar o seguro,
07:49como disse o Major Pedro Pedreiro.
07:52Defesa é um seguro que a nação paga
07:54para que, quando aconteça uma necessidade,
07:57as forças armadas tenham condições
07:59de atuar como elas devem atuar.
08:03E, para isso, elas têm que ter
08:04uma previsão orçamentária mínima.
08:07Elas têm que ter uma previsibilidade
08:09orçamentária constante
08:12para que os seus programas estratégicos,
08:14os seus projetos,
08:15para que ela possa comprar equipamento,
08:17munição, suprimentos,
08:20para que ela possa fazer face às ameaças.
08:23Isso é uma coisa muito importante de ser dita.
08:25Isso me lembrou uma fala,
08:27se eu não me engano,
08:28de Donald Grumsell,
08:29que foi secretário de defesa nos Estados Unidos.
08:32Ele dizia que tem coisas que a gente sabe,
08:35tem coisas que a gente não sabe
08:37e tem coisas que a gente não sabe que não sabe.
08:40Ou seja, quando você está falando de defesa de um país,
08:43você pode mapear algumas ameaças,
08:46mas, provavelmente, o que vai acontecer
08:47não está no mapa, como aconteceu na Ucrânia.
08:50São coisas que surgem do nada
08:53e é preciso estar preparado.
08:55Agora, ninguém valoriza muito
08:57o investimento em defesa,
08:58porque eu tenho a impressão
09:00que é um investimento que você faz
09:02com o objetivo que ele não seja usado,
09:03justamente o seguro.
09:04ninguém quer gastar dinheiro com uma arma,
09:07com um canhão, com um tanque,
09:09que fica parado lá
09:10e, daqui a pouco, tem que ser trocado
09:11até que é disparado o primeiro tiro.
09:15Aí, você corre atrás do prejuízo.
09:18Agora, como é que se pode explicar?
09:20Como é que se enfrenta esse desafio
09:22de explicar a importância de investimento em defesa?
09:25A previsibilidade orçamentária é muito importante
09:29justamente porque você não encontra
09:33na prateleira um tanque,
09:35como você mencionou, Mata.
09:37Quando acontece,
09:39quando vamos precisar do equipamento,
09:41a gente vai precisar comprar esse equipamento
09:44com bastante antecedência.
09:46Como na história do boato lá,
09:48de esse equivo,
09:49que você precisou enviar equipamentos para lá
09:51e aí houve uma...
09:53não dá para encomendar na fábrica o equipamento.
09:57Exatamente.
09:57A gente não consegue tirar da prateleira.
09:59Hoje, se eu quiser comprar uma munição pesada,
10:02de 155 milímetros,
10:04eu compro hoje e vou receber daqui a três anos.
10:07Três anos?
10:07Três anos.
10:09Munição.
10:09Se eu quiser um equipamento mais caro,
10:12uma plataforma de lançamento múltiplo de foguetes,
10:15o projeto, a produção e a entrega
10:19perdura muito mais do que um ciclo orçamentário.
10:21Então, a questão da previsibilidade plurianual
10:25é muito importante por causa disso.
10:29E o cenário atual,
10:31com vários conflitos estourando ao redor do mundo,
10:35tem outro agravante.
10:36Lei da oferta demanda.
10:37Então, os preços estão muito mais caros.
10:40Hoje, com o orçamento atual,
10:42a gente não consegue fazer face às necessidades,
10:46tendo em vista a alta de preços.
10:48Então, a importância que temos que passar
10:51para a população brasileira,
10:53para o cidadão brasileiro,
10:55a importância de investir em defesa
10:56é justamente a previsibilidade orçamentária
10:59para que eu possa ter nossos projetos nacionais.
11:04Não podemos ficar dependentes também
11:06de aquisições internacionais,
11:08por vários motivos que podemos explorar aqui,
11:11exemplos práticos.
11:11Então, temos essa problemática.
11:16Os preços altos,
11:17os contratos que extrapolam o ciclo orçamentário
11:20e também a necessidade de fazer
11:23uma produção nacional desses equipamentos
11:25para não ficar à mercê de interesses outros.
11:27E nesses itens todos que o senhor mencionou,
11:29qual é a situação do Brasil hoje?
11:31Hoje a gente tem previsão orçamentária,
11:34hoje a gente tem um planejamento
11:35que dê para respirar mais ou menos aliviado
11:38ou ainda é um desafio que tem que ser enfrentado?
11:40Um desafio muito grande
11:41em que a defesa, o Ministério da Defesa
11:44e as Forças Armadas
11:46estão propondo uma solução
11:48que já está no Congresso
11:50por meio da PEC 55.
11:53Então, planejamento.
11:55Vamos dar um passo atrás.
11:56Questão do planejamento que você perguntou.
11:59O Exército faz o seu planejamento de longo prazo.
12:01Nós temos o CIPLEX,
12:03que é o Sistema de Planejamento do Exército,
12:05em que ele se alinha com o PPA,
12:07que é o Plano Plurianual,
12:08que é aquele planejamento de governo
12:10de quatro anos.
12:12Então, o Exército faz um planejamento de longo prazo.
12:16Nós temos, por exemplo, o Força 40,
12:18que é um grupo de trabalho
12:18que imagina o Exército em 2040.
12:22Nós imaginamos como queremos ali a longo prazo,
12:25trazemos para a realidade
12:26de um planejamento orçamentário de médio prazo,
12:28que é o Plano Plurianual do governo,
12:30e, a partir daí,
12:32trabalhamos os contratos
12:33a partir de cada LOA,
12:36a partir de cada lei orçamentária anual.
12:39Só que, entre o que planejamos,
12:42entre a peça do Plano Plurianual
12:44e quando vamos construir a LOA,
12:46por causa da pressão fiscal,
12:49por causa de contingenciamentos,
12:50isso fica muito aquém
12:54do que seria necessário,
12:56do que a defesa planejou.
12:59E por isso que temos a PEC 55,
13:02de autoria do senador Portinho,
13:05do PL do Rio de Janeiro,
13:06e que está na relatoria
13:07do senador Randolfe Rodrigues,
13:11que tem uma solução para isso.
13:13E a gente pode detalhar essa PEC,
13:17que seria uma boa resposta
13:19para as necessidades que temos.
13:22Coronel.
13:23Um exemplo, Mota,
13:24é o CISFROM, né?
13:26O CISFROM é aquele sistema
13:27de monitoramento de fronteiras
13:29que foi da década de 90,
13:33não, desculpa,
13:34da década de 2000,
13:362010, década de 2010,
13:39que se planejou um sistema
13:40em que radares,
13:41as tropas de fronteiras
13:44seriam providas com vários meios
13:45para auxiliar na missão do Exército
13:48de combate aos ilícitos
13:50transfronteiriços e ambientais.
13:52A lei complementar 97
13:53deu às Forças Armadas
13:54essa missão de combate
13:56aos ilícitos transfronteiriços
13:58e ambientais.
13:59Então, esse CISFROM planejou
14:01uma série de aquisições.
14:03Viaturas, rádios,
14:05equipamentos de detecção,
14:07tipo radares de vigilância terrestre.
14:09E esse programa foi planejado
14:11em cima do Plano Plurianual,
14:13que o Major Pedreiro falou,
14:15e ele deveria ser completado
14:16em toda a fronteira brasileira
14:17em 10 anos.
14:19Por essa falta,
14:21pela não cumprimento
14:22da previsão orçamentária
14:23que estava previsto lá
14:24nos PPAs,
14:26esses PPAs,
14:26quando vão para a lua,
14:27já diminuem,
14:28e a lua,
14:29quando entra no exercício financeiro,
14:30ela é contingenciada.
14:32Então,
14:32ela vai sendo diminuída
14:33ao longo do tempo.
14:34O que era para ter sido feito
14:35em 10 anos
14:36foi estendido para 30 anos.
14:38E aí,
14:39quando você chega lá
14:40no 30º ano,
14:41o que você planejou
14:4130 anos antes,
14:43já está defasado
14:43tecnologicamente.
14:45E sai muito mais caro,
14:46porque, logicamente,
14:47há uma inflação aí,
14:48as coisas ficam mais caras.
14:50Então,
14:50você gasta muito mais
14:51do que você planejou
14:52inicialmente,
14:52e quando chega lá no final,
14:54você tem uma defasagem
14:55tecnológica.
14:57As compras
14:57dos carros
14:58blindados guaranis,
15:00por exemplo.
15:01Havia uma previsão
15:02que a Iveco,
15:03a fábrica italiana,
15:04montou uma fábrica
15:05no Brasil,
15:06em Sete Lagoas,
15:07dela entregar
15:08120 carros por ano.
15:09Ela construiu
15:10a sua fábrica
15:11para entregar
15:12120 carros por ano,
15:14que era a previsão inicial.
15:16E ela está entregando
15:17só 60,
15:18porque é o que o Exército
15:20tem condição de pagar.
15:21Como ela está entregando
15:22metade,
15:23é lógico que o contrato
15:25teve que ser reajustado
15:26e houve um aumento
15:27de preço.
15:27Evidente,
15:28você está entregando
15:29menos do que o previsto,
15:30vai ter que pagar mais caro.
15:32Então,
15:32tudo isso
15:33vai corroendo
15:35a disponibilidade,
15:36vai gastando
15:37a nossa disponibilidade
15:38orçamentária
15:39e sem atingir
15:40os objetivos.
15:41Essa questão
15:42do longo prazo
15:43é muito importante.
15:45Esses obuzeiros,
15:45por exemplo,
15:46Atmos,
15:46que foram comprados
15:47agora de Israel,
15:49não foi agora
15:50que eles foram comprados.
15:50Eles foram comprados
15:51em 2017.
15:53Em 2017,
15:54iniciou o processo
15:55licitatório.
15:56E o último Atmos,
15:57por contrato,
15:57está previsto
15:58para ser entregue
15:58em 2039.
16:00Ainda se vai usar
16:01o obuzeiro
16:02em 2039?
16:03Pois é,
16:04mas então,
16:04eu acho que sim,
16:05isso é um outro assunto.
16:07Mas,
16:07veja,
16:09essas coisas,
16:10elas,
16:11em 2039,
16:12a situação
16:12no Oriente Médio
16:13vai estar
16:14completamente diferente.
16:16Então,
16:16essas questões
16:16geopolíticas
16:17que impediram
16:17a venda
16:18do Atmos,
16:18talvez já não
16:19se mantenham
16:20daqui a três anos,
16:21quatro anos.
16:22Então,
16:23é muito importante
16:23essa noção
16:24de que as coisas
16:25demoram,
16:26que não é simples
16:26e por isso
16:27a previsibilidade
16:28orçamentária
16:29é muito importante.
16:29Mas como é que
16:30se lida com isso?
16:31porque a maioria
16:31das pessoas
16:32não tem a mínima noção
16:35do que é defesa
16:37ou do que está envolvido.
16:38Eu imagino
16:38que a maioria
16:39dos políticos
16:40também não.
16:42Por isso,
16:43a maioria dos políticos
16:43mal consegue lidar
16:45com segurança pública.
16:46Imagina
16:47com a peculiaridade
16:49da defesa.
16:50E se os investimentos
16:51de defesa
16:52estão sujeitos
16:53às mesmas barreiras
16:55e trancos e barrancos
16:56que qualquer outro
16:56investimento público,
16:57fica muito difícil
16:59você estar preparado
17:00para uma ameaça
17:01que você não sabe
17:02qual é,
17:03nem qual é o tamanho dela,
17:04nem quando ela vem.
17:05Como é que os outros países
17:06também têm esse mesmo desafio
17:08de investimento
17:08de defesa
17:09ou tem alguma coisa
17:10peculiar aqui?
17:11Se me permite,
17:12todos os países
17:14passam por essa dificuldade,
17:15especialmente as democracias.
17:16As democracias
17:17têm essa cacofonia
17:18da disputa legítima
17:22dos diversos interesses
17:24da nação
17:24nos seus congressos nacionais.
17:26Então,
17:26isso,
17:26a disputa existe,
17:28é legítima.
17:29O que nós estamos
17:30tentando aumentar
17:33e o seu programa
17:34contribui muito
17:35para isso
17:36é aumentar
17:37a consciência
17:39da população
17:40acerca dos problemas
17:41de defesa.
17:42Porque todo dia
17:43as pessoas
17:44abrem seus telefones celulares,
17:46vão na internet
17:47e veem esse mundo
17:48cada vez mais complexo,
17:50Mota.
17:50Esse mundo
17:51em que a disputa
17:52entre estados nacionais,
17:54a guerra,
17:55voltou à tona.
17:57E nós temos
17:58uma enorme responsabilidade.
18:00O Brasil tem,
18:02além da sua população
18:03que deve ser protegida
18:04pelas forças armadas,
18:05ela tem inúmeras riquezas.
18:07A maior biodiversidade
18:08do mundo,
18:09na Amazônia,
18:10as nossas reservas
18:11de água doce
18:13e todos os
18:14futurólogos
18:15dizem que a água
18:16será um grande problema
18:17no futuro.
18:19As nossas reservas
18:19de água doce,
18:20as nossas reservas
18:21minerais,
18:22nós vemos agora,
18:23por exemplo,
18:23a China travou
18:24a entrega de terras raras,
18:26de imãs de terras raras
18:27para os Estados Unidos,
18:29criou um enorme problema
18:30para a economia americana,
18:31nós somos detentores
18:32de terras raras.
18:34Tudo isso
18:34será fruto
18:36da cobiça,
18:36já é fruto
18:37da cobiça estrangeira
18:38e será cada vez mais
18:39nesse mundo
18:40cada vez mais conturbado.
18:42Então,
18:42a nossa tarefa
18:43em programas como esse
18:44e seu aqui
18:44é tentar conscientizar
18:46cada vez mais
18:47a sociedade
18:47para que os seus
18:49representantes do Congresso
18:50também sejam
18:51conscientizados
18:51e entendam
18:53cada vez melhor
18:53as questões de defesa.
18:54A PEC 55
18:56já é uma demonstração
18:57dessa preocupação.
18:59Veja,
18:59ela foi apresentada
19:00por um senador
19:00da oposição
19:01e está sendo relatada
19:02por um senador
19:03do governo.
19:04É exatamente isso.
19:05Toda a sociedade
19:06tem que entender
19:07a questão
19:08que a defesa
19:10é muito importante,
19:11tem que atribuir
19:12a importância
19:13devida
19:14às questões
19:14de defesa.
19:15A PEC 56

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