O sindicato internacional de jogadores, FifPro, avalia ampliar o intervalo das partidas para 20 minutos e adotar pausas de resfriamento mais frequentes na Copa do Mundo de 2026. A medida visa proteger os atletas das altas temperaturas, já que nove das 16 cidades-sede enfrentam condições de “risco extremo” para doenças causadas pelo calor. No quadro JP Sustentável desta quinta-feira (03), a comentarista Patrícia Costa analisou o assunto. Reportagem: Patrícia Costa
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00:00Olha, no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos, o calor extremo já mudou horários, parou jogos e fez jogadores de futebol cobrarem regras mais seguras.
00:09A discussão, inclusive, ganha força neste momento no Mundial de Clubes, torneio de preparação dos Estados Unidos para a Copa de 2026.
00:18Patrícia Costa está aqui com a gente novamente. Isso é mais um efeito aí das mudanças climáticas, né, Patrícia, que a gente está acompanhando toda essa reclamação, inclusive, de atletas também por lá.
00:27Pois é, Nonato, quem ainda não acredita nas mudanças climáticas e como o clima interfere na nossa vida e pode ser um entrave só apenas econômico,
00:36deveria defender mais essa pauta se você também gosta de esporte e de futebol.
00:41Porque não só o futebol, viu? Partidas de tênis também têm sido adiadas, paralisadas por causa do calor extremo.
00:48Lá nos Estados Unidos, a gente viu jogadores saindo com toalhas úmidas em cima da cabeça, pedindo pausas para se hidratar.
00:56E o sindicato pediu a FIFA para mudar horários, mudar até o calendário e aumentar aí o intervalo entre as partidas, né, o primeiro e o segundo tempo,
01:05de 15 para 20 minutos. Tudo para proteger os atletas do calor extremo, das temperaturas acima do normal em todo o mundo.
01:15Olha, a Copa do ano que vem vai ser nos Estados Unidos. A gente já percebeu que em junho as temperaturas estão passando dos 40 graus.
01:22E depois do Catar, isso abriu um precedente para que as partidas fossem à noite, para evitar aí o desgaste dos atletas.
01:31Mas isso não deve acontecer, porque o futebol também tem interesses econômicos, tem interesses de exibição.
01:37E a Copa do Mundo, por exemplo, precisa dar quatro alternativas de horários dos dias a dia para que os atletas, né, e todo mundo possa ver os jogos.
01:45Então é isso, gente. As mudanças climáticas estão aí. Se a gente não evitar as emissões de gases do efeito estufa, o aquecimento vai permanecer.
01:542024 já foi o ano mais quente da nossa história. 2025 tem batido recorde atrás de recorde até agora em julho.
02:02Então, a gente precisa acreditar que essa discussão é necessária, tem afetado o nosso dia a dia.
02:09Ano passado trouxe enchente para o Rio Grande do Sul, ondas de incêndio.
02:13E agora quem gosta do futebolzinho pode ter que esperar até uma hora de pausa aí, porque lá nos Estados Unidos é uma lei federal.
02:19Deu alerta por causa meteorológica, por causa do clima.
02:21Tem que parar, até o público tem que sair e procurar abrigo.
02:25Então vai afetar também até o divertimento.
02:27No jogo tem o tal do cooling break, né, que é uma parada para refrescar, tanto no primeiro quanto no segundo tempo.
02:34E tem essa questão aí de paralisação dos jogos em virtude dos efeitos climáticos.
02:37Aqui no Brasil há uma reclamação também, porque muitas vezes jogos dos brasileiros, do campeonato brasileiro, ocorrem 11 da manhã.
02:43E muitas vezes dá aquele só pino 11 da manhã que ninguém consegue.
02:46Neste ano houve reclamação dos jogadores, pensaram em adiar também, mas a gente sabe que tem considerações aí econômicas, de exibição, que acaba afetando os atletas.
02:56Agora essa pausa, Nonato, que existe no futebol, por exemplo, que aconteceu no Mundial de Clubes agora, de até quase duas horas,
03:04acaba afetando ali aquela questão do jogo, porque os atletas estão ali motivados, aquecidos.
03:10E aí essa pausa acaba atrapalhando um pouco o encanto aí pela partida, né?
03:14Então, gente, vamos pensar na mudança climática como algo que impacta todos nós e que a gente precisa levar essa discussão.
03:20E ela não é em trave econômico, viu? Ela, inclusive, pode fomentar muito e muitos empregos.
03:24E não só para o futebol, né?
03:26Claro, não, mas quem sabe o futebol, por ter tanta visualização, pode ser o impulsionador da gente prestar mais atenção nisso, né?
03:34O poder catalisador aí para a gente discutir mais esse assunto, aprender mais sobre ele, antes de sair falando que a crise climática não existe, né?