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A adolescente de 15 anos que mantinha um relacionamento virtual com o garoto de 14 anos que confessou ter matado os pais e o irmão mais novo foi apreendida nesta segunda-feira (30), em Água Boa (MT). Segundo a Polícia Civil, ela foi uma das principais incentivadoras do crime e também planejava matar os próprios pais após se encontrar com o namorado. Para falar sobre o assunto, o Morning Show entrevista o neurocomunicador William Borghetti.
Apresentador: André Marinho
Comentaristas: Bruna Macedo, David de Tarso, Hugo Rocha e Jess Peixoto
Entrevistado: William Borghetti

Assista ao Morning Show completo: https://youtube.com/live/kc3da7Hosp0

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Transcrição
00:00Mas eu faço questão aqui de lançar luz, porque com certeza é aquele momento do programa
00:03pra gente realmente mergulhar aqui na nossa psique, na nossa mente,
00:07propor reflexões necessárias sobre o estado de coisas que vem assolando
00:11grande parte da nossa juventude, principalmente a nossa, enfim, os nossos adolescentes aqui no Brasilzão.
00:16Me refiro, claro, ao caso do adolescente que matou os pais e o irmãozinho no Rio de Janeiro.
00:22E isso foi em Itaperuna, ali no Norte Fluminense.
00:24Só que isso tudo pode piorar ainda mais essa história nesse momento, pessoal, se é que é possível.
00:28Eu me refiro, claro, ao fato de que a menina de 15 anos é suspeita de ter incentivado e assistido todo o crime virtualmente.
00:37A menina que seria a namorada do menino que cometeu o crime.
00:40É até difícil de compreender uma notícia dessas, né?
00:43Será que esse caso realmente propõe, assim, de forma clara e concreta e inconfundível
00:50de que as nossas crianças podem mesmo ser más, macabras, bizarramente cruéis a esse nível?
00:56Acho que ninguém melhor aqui pra gente, da forma...
00:59Eu sei que é um caso que choca, que enoja, mas é importante a gente ter um pouco de razão no meio a tantas emoções.
01:06E ninguém melhor que nosso neurocomunicador do Brasil, o professor William Borgetti,
01:10se juntando a nós no palco do Morning Show pra falar sobre esse caso, enfim, que falta palavra, sinceramente, né?
01:16Assustador.
01:16Bom dia, e nós lidamos com casos todos os dias, mas chega uma hora que casos como esse, assim, assustam até quem é muito experiente, né?
01:25Eu tenho acompanhado aí, enfim, delegados, pessoas da polícia, jornalistas, né?
01:32A própria Carla Buquerque, que já esteve aqui, que manja muito do assunto, até mesmo pessoas muito experientes como elas se assustam, né?
01:40E porque, quando começou esse caso, quem já tá no meio aí dos adolescentes sabe que, a gente falou, deve ter alguma coisa aí de grupo de internet,
01:51é porque, assim, com muitas aspas aqui, a qualidade do que esse menino fez de cometer o homicídio, esconder o corpo, né?
02:01Alguém de 14 anos, enfim, escondendo corpos adultos e não deixando rastros, né?
02:06É muito profissionalismo no que ele fez.
02:10Então, ali, a gente já começou a ter a desconfiança que tinha alguma coisa de internet,
02:13e pode ter certeza que, depois dessa menina, ainda vai ter aí algumas descobertas de mais gente envolvida nisso.
02:19É isso aí.
02:20Recepcionando novamente aqui os ouvidos atentos de todo mundo sintonizado na rede Jovem Pan de Rádio Morning Show,
02:24de volta ouvindo aqui o neurocomunicador deste Brasil, o professor William Borghetti,
02:28dando papo reto aqui, num caso daqueles mais, enfim, difíceis da gente realmente tentar, de fato,
02:34entender o que pode estar por trás de como adolescentes vêm se brutalizando,
02:38extraindo as piores versões de si mesmos, no caso, evidentemente, aqui, com base no caso que aconteceu,
02:46um caso macabro do menino que matou o irmãozinho, matou os pais, em Itaperu, na Norte Fluminense.
02:51E, claro, foi, enfim, pelo visto teve a anuência ou a colaboração ali virtual,
02:56a plateia virtual da menina que ele estava se propondo a encontrar em outro estado, né?
03:00Só pra gente lembrar também, agora sim que a gente está com audiência de todo mundo na rádio,
03:04e também aqui nas multiplataformas da Pão, ao vivo, nos assistindo,
03:07trazer aqui um panorama do caso novamente pra refrescar a memória da nossa audiência,
03:11e a gente segue aqui analisando.
03:12Pois é, ele tinha um relacionamento virtual com essa menina de 15 anos, né?
03:17Ele mantinha contato com ela há pelo menos 6,
03:20e até no primeiro momento a polícia não sabia se de fato era uma adolescente,
03:24que ele conversava, se ele tinha esse namoro virtual,
03:26e aí foi comprovado que sim.
03:29E nas conversas a polícia conseguiu identificar que ela também foi a mentora do assassinato,
03:34tanto dos pais como também da criança.
03:36Então, por isso que ela foi apreendida.
03:38É um fato, assim, que surpreende porque a gente sabe que os adolescentes,
03:43eles são muito, vamos dizer assim, com os nervos aflorados,
03:46fala de paixão, então é aquela coisa, eu preciso viver isso.
03:50E os pais eram contra ele ir do estado do Rio de Janeiro até Mato Grosso, onde ela vive.
03:56O irmão de 3 anos, né? O pai de 45, a mãe tinha 37 anos de idade,
04:00o professor William Borghetti, só pra gente contextualizar tudo,
04:03e foi ocorrer em Comendador Venâncio, ali em um distrito em Itaperu,
04:06no norte fluminense, como eu disse,
04:07usou a arma do pai, que realmente era registrada ali num CAC,
04:11porém, e foi escondida debaixo do colchão por um tempo,
04:14aguardou todos dormirem e atirou na cabeça de cada um,
04:17inclusive tendo o destemor, ali a disfarçatez, melhor dizendo,
04:21de ocultar os cadáveres dentro de uma cisterna.
04:23Então a coisa vai ganhando um contorno tão bizarro,
04:26digno dos piores filmes de terror que a gente pode imaginar,
04:29mas é a vida real, é o Brasil de junho de 2025, não é isso, professor?
04:33Pois é, e assim, o que mais assusta é alguém de 14,
04:37sendo mentorado por alguém de 15, né?
04:40E de novo, a gente vai falar mais desse caso daqui a um tempo,
04:44e vai ver que tem mais gente envolvida nisso, dando essa mentoria.
04:48O padrão é muito parecido, por exemplo, com ataques a escolas,
04:53com...
04:53A própria Richthoff, né?
04:55Pois é, só que assim, o caso da Richthoff é mais orientada por mais velhos, né?
05:00A questão aqui é que é muito assustador pensar que alguém assiste,
05:06monitora e trago de novo a atenção.
05:08É, ele foi muito hábil ao fazer isso, né?
05:13Inclusive, a polícia soube porque começou a ver algumas suspeitas,
05:17ele apertou ele e ele confessou.
05:19Mas até então, assim, o nível de esconder corpos e não deixar rastros
05:24foi uma coisa muito tanto que pensaram que era desaparecimento.
05:28Ah, não, levou meu irmãozinho menor porque ele engoliu um caco de vidro
05:32até uma unidade hospitalar.
05:34E aí foi investigando, né?
05:35Agora, Hugo, acho a sua visão aqui sobre isso tudo, né?
05:38Como que isso acaba acendendo se alguém...
05:41Se a gente realmente só quer achar que um caso dessa forma tão brutal,
05:45tão visceral como aconteceu,
05:47se a gente só vai deixar ele ficar como uma...
05:48Ah, mais uma anedota aí, mais uma nota de rodapé
05:51nesse longo rastro de crimes macabros e bizarros do Brasil.
05:54Eu acho que pelo menos a gente tem que se propor aqui
05:56de tentar entender como que o ambiente no entorno desse adolescente
06:00pode ter falhado e falhou miseravelmente em motivá-lo a ter esse grau
06:06de brutalidade com o núcleo familiar dele.
06:10Então, eu digo o ambiente escolar, o ambiente familiar inicialmente,
06:13o ambiente social ali no entorno.
06:15E aí, realmente, acende uma baita discussão com várias camadas, né?
06:18E o que você falou sobre o ambiente familiar é o olhar dos pais
06:23no que ele estava... com quem ele conversava, o que ele via.
06:27Tanto ele de 14 como ela de 15, as famílias precisam saber
06:31o que os filhos fazem nas redes sociais, na internet, o acesso que eles têm.
06:35Eu tenho conversado com psicólogos, psiquiatras e antropólogos
06:39e observado que a família não tem participado da evolução dos jovens,
06:44principalmente desse universo de redes sociais.
06:47E a gente está falando de um processo de seis anos.
06:49Exatamente.
06:49O modelo de trouxe.
06:50E eles já... é uma geração que já nasce bebendo da fonte da internet.
06:54Então, eles estão totalmente imersos nesse universo.
06:57E os pais, mais antigos, mais analógicos ainda,
07:01não sabem os caminhos que os filhos percorrem.
07:04E muitas vezes, eles estão tendo acesso a esse tipo de conteúdo violento.
07:08E, na juventude, isso atrai muito mais do que quando você já passou de uma certa idade.
07:14Essa preocupação os pais precisam ter, inclusive no dia a dia.
07:19Porque eles acabam caindo em relacionamentos como esse, que levam a desfecho de trás.
07:25Sem dúvida.
07:26Jess Peixoto, quero te ouvir aqui também, até porque o sujeito que é capaz de matar,
07:29dormindo pai, mãe, irmão, e aí limpando tudo como se fosse,
07:33se passando a borracha num rascunho, limpando tudo com água sanitária no chão.
07:36Então, assim, sinceramente, não é que ele está...
07:39E o pior, e o pior de tudo aqui, o pior, pior, pior,
07:42é o fato que ele demonstrou zero remorso e disse que faria de novo.
07:45E disse que faria de novo.
07:46Importante salientar também aqui, professor William Borghetti,
07:49que essa namorada dele, cúmplice dos infernos,
07:51já foi apreendida no Mato Grosso também,
07:53onde ela motivou ele a fazer essa insanidade toda.
07:57É importante ressaltar aqui novamente.
07:59Vamos com a Jess, por favor.
08:00Então, essa situação, acho ela muito preocupante, assistadora,
08:04e quando a gente olha, a gente vê assim, vendo, não sou especialista,
08:07mas me parece uma certa psicopatia em relação ao sentimento que ele nutria
08:11ou não nutria pelos pais e a própria não habilidade dele de sentir remorso.
08:16E aí, isso me leva a uma situação de contestar o nosso sistema de justiça
08:20em aspectos como a menoridade aqui no Brasil, em comparação com os Estados Unidos.
08:24Onde um caso desse, eu posso desqualificar ali e julgar como se fosse um adulto,
08:29porque apresenta determinados aspectos, claridades,
08:32e essa pessoa pode ficar na cadeia ali por prisão perpétua,
08:36que seja, então, uma criança de 14 anos nos Estados Unidos
08:38pode ficar na prisão pela vida inteira e ser sujeita a uma prisão perpétua.
08:42No Brasil, não.
08:43E eu vejo pouca habilidade de reinserção.
08:46Me preocupa muito quando daqui 4, 5, 2 anos,
08:51esse jovem sai, essa menina sai e volta para as ruas,
08:55porque eu não acho que tem uma certa situação de correção,
08:58eu não acho que isso é possível.
08:59É tanta maldade, é tanta desumanização,
09:02que eu não acho que é nem só a sociedade.
09:04Eu acho que é realmente um transtorno sério em relação a essas duas pessoas
09:08que não têm reinserção e que a gente não pode, de forma nenhuma,
09:12trabalhar como tadinhos.
09:13São malfeitores da sociedade,
09:15são pessoas que não têm esse senso
09:17e que devem ser impedidas de conviver em sociedade
09:20pelo mal que podem acarretar a outras pessoas.
09:23É uma situação totalmente assustadora,
09:25assustadora que me lembra muito uma série que nós falamos muito aqui,
09:29que é adolescência, o nome da série,
09:31que era um pai que desconhecia essa vida,
09:34que desconhecia isso e, de repente, isso acontece.
09:36E por mais que seja invasão de privacidade,
09:38às vezes você pegar o celular e ver as conversas do seu filho,
09:40eu acho que tem que ter mesmo.
09:42Porque quem dera, os pais tivessem sabido,
09:44descoberto essa situação,
09:46descoberto essas conversas e internado esse menino
09:48e ter feito algo e descoberto quem que era essa menina.
09:51Porque, assim, no final das contas,
09:54crianças não têm que ter privacidade desse tanto, não.
09:56No final das contas, isso teria evitado muita dor,
09:58muito sofrimento para essa família.
10:00Professor William Borghetti,
10:01a tua especialidade é ouvir de tantos adolescentes aí
10:03que estão sem rumo,
10:04precisando com essa ausência total e absoluta
10:07de referências no seu dia a dia.
10:09Afinal de contas,
10:10que tipo de atitude preventiva que pai, escola,
10:13ou até, enfim, a comunidade em volta dessas crianças
10:16pode, de fato, funcionar ali na ponta
10:19para evitar tragédias como essa.
10:21É, eu concordo absolutamente com o que a Jess disse
10:24e, inclusive, eu sou bastante conhecido por sempre,
10:27assim, vamos olhar o lado do adolescente,
10:29peraí, vamos analisar direitinho.
10:31Nesse caso, crime é uma pessoa
10:34que não tem a menor condição de conviver
10:35e a gente sabe que não vai dar nada judicialmente
10:38quando ele fizer maioridade.
10:40Então, eu penso, Marinho, o seguinte,
10:41é preciso, é aquela velha história,
10:44você engessa e vai soltando aos pouquinhos, né?
10:47Então, achar que você vai dar acesso
10:49a um celular a uma criança de 14 anos
10:53e deixar ela ver tudo o que ela quiser
10:55com total liberdade
10:56é uma roleta russa, né?
10:58Uma coisa, assim, absurda.
11:01Então, talvez, a ideia para os pais é
11:03engessa o processo
11:05e, conforme ele for demonstrando
11:06algum tipo de maturidade,
11:08você vai soltando.
11:09Agora, principalmente grupos
11:11que os adolescentes fazem parte
11:13é o momento que pega forte, assim.
11:16Quando eles estão em grupos
11:17é onde acontecem as tragédias.
11:19A gente ouve tanto.
11:20E, de novo,
11:21esse processo ainda vai ter novidade.
11:24Mas você fala isso com base
11:25em informação ou achismo ou pela...
11:27É claro, ainda tem muita coisa a ser revelada.
11:29Pelo contexto, porque eu acho
11:30que o requinte de crueldade
11:32e a técnica em fazer isso aí...
11:35Não.
11:35Para um menino de 14...
11:37O menino tentou acessar
11:38o FGTS digital do pai
11:39para tentar roubar 33 mil reais
11:41para fazer essa fuga interestadual
11:43e encontrar a namorada dele
11:44no Mato Grosso.
11:45Então, de altíssima periculosidade
11:47esse menino aí
11:49que, como a Jess estava dizendo
11:50que praticou o mal,
11:51eu vou além.
11:51Ele encarna o mal.
11:52Desculpa, isso aí, sinceramente,
11:54é uma ausência total
11:56de humanidade mínima, né?
11:57Vamos pensar...
11:58Não dá para passar pano para ele.
11:59E vamos pensar
12:00o que ele pode fazer
12:01com pessoas que ele não conhece.
12:03Se ele é capaz de fazer
12:04esse requinte de crueldade
12:05com os próprios pais e irmãos
12:06de três anos,
12:07o que ele não pode fazer
12:08na sociedade como um todo.
12:10E estará inquestionavelmente livre
12:12e leve e solto na sociedade
12:13em menos de cinco anos.
12:14Ou três anos.
12:15Eu acho que a legislação atual
12:16diz três anos,
12:17o que é o mais bizarro de tudo.
12:18Três anos.
12:19Três anos, pessoal.
12:20Eu acho que a gente é capaz
12:22de distinguir aqui
12:23o simples delinquente
12:24ou criminoso
12:25do verdadeiro monstro
12:26com a demonstração de remorso.
12:27Coisa que passou longe,
12:29longe, mas muito longe
12:30no caso desse monstro
12:32que a gente está se referindo aqui.

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