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📢 Narrativas analisa os acontecimentos do Brasil e do mundo sob diferentes perspectivas.

Com apresentação de #MadeleineLacsko, o programa desmonta discursos, expõe fake news
e discute os impactos das narrativas na sociedade. Abordando temas como geopolítica, comunicação e mídia, traz uma visão aprofundada e esclarecedora sobre o mundo atual.

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00:00Olá, sejam muito bem-vindos ao Narrativas Antagonista. Eu sou Madeleine Lasco, sua
00:21companhia de segunda a sexta-feira, às 5 horas da tarde, aqui no YouTube do Antagonista. Você
00:27também lê as minhas colunas no site do Antagonista sem paywall. Fato do dia, Lula defende Janja
00:38e humilha donas de casa. Você já tá sabendo dessa história? Nossa, hoje vai ter Recordar
00:46é Viver, vai ter Recordar é Viver. Vocês sabem o que vai ter hoje? Hoje vai ter Ruth Cardoso.
00:51Sim, sim. Vamos fazer essa comparação? Vamos. Eu já comparei Janja e Michelle e agora
00:58vamos Janja e Ruth Cardoso. Uau, uau. Já avisa o pessoal pra vir entrando aqui, que é só
01:06aqui que vocês vão ver esse tipo de coisa. Já avisa. E aqui vocês sabem que a gente faz
01:12daquele nosso jeito pra melhorar o debate, pra sair do lugar comum, que é o seguinte.
01:18Primeiro eu te trago os fatos e depois a minha opinião, mas antes de opinar eu te digo uma coisa
01:25que você só vê aqui. Qual é a narrativa da esquerda e qual é a narrativa da direita? Vamos lá?
01:38Fato do dia, Lula defende Janja e humilha donas de casa. Pois é, pois é. Nós vamos falar
01:47assim disso. E neste vídeo vai ter também a Dona Marisa. Vai, vocês vão ouvir Dona Marisa aqui,
01:58conhecer coisas da história da Dona Marisa, que pouca gente conhece. Que, ó, o nosso Recordar é Viver de
02:06hoje tá demais, mas eu vou começar com essa reportagem do Antagonista aqui na tela.
02:10Olha que interessante. O ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, saiu em defesa da
02:18primeira-dama Janja, alvo de críticas por suas viagens internacionais e atuação. O presidente Lula
02:27expressa com razão sua indignação diante de atitudes desrespeitosas de certos agentes políticos
02:35contra a companheira Janja. Historicamente, as primeiras damas do Brasil sempre desempenharam
02:42papéis relevantes em questões de interesse nacional. E Janja, assim, o tem feito à sua legítima
02:49maneira, diz aí o ministro da AGU numa entrevista ao jornal O Globo. Enquanto isso, pessoas maldosas na
02:59internet têm feito circular imagens como essa daqui. Você que conhece o Spotify sabe que quando
03:07apresentam uma banda, eles falam, desise, isto é raça negra, isto é Odair José. E aí coloca o Lula
03:16Janja, desise, desperdício de dinheiro. Tem coisas que não tem graça, né? Qual é o limite do humor? E aqui
03:25a gente teve uma viagem recente da nossa primeira dama Janja ao Japão. Ela foi uma semana antes do
03:31Lula e até agora. Ninguém sabe o que ela foi fazer lá uma semana antes. Ela disse que ia ter um
03:36encontro com mulheres, pra falar da situação da mulher, mas que as mulheres não estavam em Tóquio,
03:41que ela foi antes pra economizar dinheiro. Mas se ela ia numa visão do Lula, que já ia pra lá, que era o mesmo avião,
03:48que que ia gastar mais se ela fosse... Difícil de entender. Mas enfim, ela deu essa entrevista aqui pra BBC, explicando o que é que ela fez. Vamos ver na tela.
04:01Obviamente, eu vim com o SCAV, com a equipe precursora, inclusive pra economizar passagem aérea, tudo. Vim um pouco antes, fiquei hospedada na residência do embaixador e da ministra.
04:18Enfim, as pessoas questionavam que eu não divulgava a minha agenda, mas desde o início do mandato do presidente Lula, todas as minhas agendas estão disponíveis no Instagram.
04:29A gente só não divulgava no dia, fazia a divulgação posterior à agenda acontecer. Mudamos o método pra ficar mais transparente, mas nunca houve falta de transparência.
04:44Ele não gosta de antecipar as coisas, né? Mas ele será candidato se tudo estiver bem, com a saúde dele. Ele sempre coloca essa questão da saúde.
04:55Eu tô vendo ele muito forte de saúde, então...
05:02Eu queria não comentar sobre a questão do julgamento, porque eu acho que é uma questão do STF, jurídica, do processo, né?
05:12Então, eu acho... Vamos deixar ver o que vai acontecer hoje.
05:17Acho que se tinha alguma coisa que eu podia contribuir, eu fiz no dia 8 de Xandia.
05:21Bom, além de ir pra Tóquio, Janja foi a Paris e ela explicou à Rádio França Internacional o que é que ela foi fazer em Paris de novo. Vamos ver.
05:36Essa vinda pra Paris, ela foi encaixada na agenda internacional do presidente Lula.
05:44Eu ia ao Vietnã com ele, acompanhá-lo ao Vietnã, mas o presidente Macron ligou e fez questão, né?
05:52Que eu tivesse presente aqui, porque, gostando ou não, eu tenho sido e tenho feito da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza,
06:02também uma causa minha, não só do presidente Lula, mas eu trouxe pra mim também e pras mulheres, eu acho que é importante falar.
06:10Vocês viram que no evento a maioria é dominada basicamente por homens e a gente sabe que a questão da fome e da pobreza impacta mais diretamente a vida das mulheres.
06:19Então, por isso essa questão pra mim é muito importante e quando o presidente Macron me convida pra estar aqui, eu acho importante a gente trazer essa voz das mulheres também pra esse espaço.
06:33Bom, aqui não custa a gente que lembrar. Primeira-dama no Brasil é um cargo honorífico. O que quer dizer isso?
06:41Não tem um cargo mesmo. É um cargo de honra, mas não é um cargo. Ela não faz parte do governo.
06:46Ela não tem essa função. Uma primeira-dama, ela não representa o presidente em nada quando ele não pode ir.
06:53Ela representa o papel da primeira-dama. Tem ligas internacionais de primeiras-damas e de primeiros cavaleiros.
07:00Quem representa o presidente na ausência dele é o vice-presidente. E essa é uma questão que muito tem me preocupado.
07:07Porque se a Janja virou vice, o Alckmin é a nova primeira-dama, essa é uma pergunta pra qual o Brasil merece uma resposta a uma questão seríssima.
07:19Mas o presidente Lula saiu em defesa de Janja e, enfim, teve que sentar a lenha nas donas de casa do Brasil.
07:32Eita, Lerê! Na tela, Lula.
07:35Primeiro que a minha mulher não é clandestina. Ela não faz viagem apócrifa.
07:45Ela faz viagem porque ela foi convidada para fazer uma viagem e não foi pouca coisa.
07:52Não foi pouca coisa. Ela viajou a convite do companheiro Macron para discutir a aliança global contra a fome e a pobreza.
08:00E eu fiquei muito orgulhoso quando ela foi lembrada pelo Macron e convidou ela para falar de um assunto que eu poderia ser convidado.
08:09Que poderia ser convidado de outras pessoas.
08:12E ela foi convidada e já fez o seu discurso com muita competência.
08:18E ela tem trabalhado nesse negócio da aliança global contra a fome até antes do G20.
08:23Olha, eu, sinceramente, eu não respondo à oposição nesse assunto.
08:29Não respondo.
08:30Eu acho que a Janja tem maioridade suficiente para responder aquilo que é sério, aquilo que é molecagem, aquilo que é fake news, aquilo que é irresponsabilidade.
08:41Sabe? Não precisa responder.
08:43A história vai julgar.
08:44Então, todas as...
08:46E a Janja foi oficialmente me representando.
08:50Ela não foi numa viagem escondida.
08:53Ela foi numa viagem me representando, saiu de Paris, ela queria vir para cá.
08:57E eu falei, é importante você ir para Paris.
09:00Vai ter lá muito país africano.
09:02E é importante que a França esteja a fazer esse debate e é importante que você fale.
09:07A minha ela foi e falou.
09:09Eu tenho certeza que falou bonito.
09:11E se eu puder, vou mandar o discurso dela.
09:12Eu queria que a oposição lesse o discurso dela para eles deixarem de ser ignorantes.
09:19É isso, querida.
09:21E ela vai continuar fazendo o que ela gosta.
09:23Porque a mulher do presidente Lula não nasceu para ser dona de casa.
09:28Ela vai estar aonde ela quiser, vai falar o que ela quiser e vai andar para onde ela quiser.
09:35Pois é, o que ele tinha que falar das donas de casa?
09:38Que linda homenagem à dona Marisa, que ficou 44 anos casada com ele, dedicada a esse homem e aos filhos dele, não é verdade?
09:51Que homenagem bonita.
09:52A oposição é óbvia.
09:54Deitou e rolou.
09:57Aqui o senador Cleitinho.
09:58Você vai marcar o Lula e colocar.
10:00Lula, respeite a dona de casa.
10:02Olha o que fala infeliz do Lula.
10:03Olha isso aqui.
10:04E ela vai continuar fazendo o que ela gosta.
10:07Porque a mulher do presidente Lula não nasceu para ser dona de casa.
10:12Vou te mostrar aqui um dado, Lula.
10:13Olha isso aqui.
10:1514 milhões de mulheres são apenas dona de casa.
10:17Dedicadas exclusivamente ao cuidado do lar.
10:19Agora, olha isso aqui.
10:2136 milhões de mulheres são donas de casa que também trabalham fora, conciliando emprego a fazer doméstico.
10:28Sua fala foi infeliz.
10:30Eu espero que você venha pedir desculpa a público, todas as donas de casa do Brasil.
10:34Vamos para cima.
10:34Tamo junto.
10:35E aqui, olha, recordar é viver.
10:38Eu acho que tem uma coisa que a gente precisa repor da história.
10:41Por quê?
10:41Nós estamos tratando o Janja como a feminista empoderada que faz e que acontece, que não sei o quê.
10:52Mas ela está fazendo.
10:54O que ela está fazendo?
10:56O que ela está produzindo?
10:59A dona Marisa é vista como um contraponto, como uma dona de casa.
11:03Mas eu não sei se você sabe que a dona Marisa trabalhou muito.
11:08Ela começou a trabalhar fora, trabalho infantil, tá?
11:11Com nove anos de idade.
11:15Você sabia disso?
11:16Eu vou trazer aqui um trecho de um vídeo feito pelo biógrafo da dona Marisa, que é o Camilo Vanucchi,
11:24contando quem foi a dona Marisa.
11:27Na tela.
11:28O primeiro emprego de Marisa foi como babá, aos nove anos de idade.
11:33Ela foi trabalhar na casa de uma professora do colégio que ela estudava,
11:39que era casada com um sobrinho do Cândido Portinari, aquele pintor.
11:46Outro fato.
11:47Marisa foi operária de fábrica dos 14 até os 19 anos.
11:53Ela trabalhava na Ducora, uma fábrica de doces e balas também, em São Bernardo, na Anchieta.
11:59Marisa sempre gostou muito de música e as preferências musicais dela eram por cantores como Agnaldo Raiol,
12:08Júlio Iglesias e, principalmente, o Gessé.
12:14O Gessé era o cantor que ela mais gostava, acabou conhecendo, foram amigos.
12:19E ela dizia que Porto Solidão era a música preferida dela.
12:23Marisa teve uma enorme participação na criação do PT, na fundação do PT.
12:30Embora ela não tivesse participado ali do ato no Colégio Sion, em 1980, de fundação,
12:37que é simbólico como um ato de fundação,
12:40o primeiro núcleo de fundação do PT foi formado na casa dela e do Lula no bairro Assunção
12:46e ela passava de casa em casa com a prancheta para filiar os vizinhos de bairro.
12:52A primeira bandeira do PT foi confeccionada, costurada, pela Marisa.
12:58Ela não criou a estrela, o símbolo do PT, que foi criado por Julinho de Gramont, com outros dois amigos.
13:06Quando eles criam a ideia das cores branco e vermelho da estrela de cinco pontas,
13:13Marisa tem um pano italiano, um tecido italiano no armário, guardado,
13:19e ela confecciona, ela costura a estrela branca sobre o fundo vermelho e escreve o Partido dos Trabalhadores.
13:28Aquela ficou simbolicamente como a primeira bandeira do PT.
13:32Logo depois da fundação do PT, as primeiras campanhas eleitorais em que o Lula participou,
13:38em 82 como candidato ao governo do Estado, em 86 como candidato ao deputado federal,
13:44as camisetas da campanha eram confeccionadas pela própria Marisa,
13:50que fazia silkscreen, comprava a camiseta branca,
13:53e ela imprimia a imagem, as frases, a estrela na camiseta.
13:59Se eu te perguntar qual é a voz da dona Marisa, você não sabe.
14:04Da Janja, você já sabe.
14:06Mas da dona Marisa, você não sabe.
14:07Dona Marisa raramente deu entrevistas.
14:11Mas ela não ficava fora do ambiente político, não.
14:19Ela trabalhava no sentido de ajudar o Lula.
14:22Eu acho que agora eu pesquei isso,
14:24que a Janja queria ressignificar a função da primeira dama,
14:28porque ela está lá atrapalhando o presidente,
14:31que é a primeira dama,
14:32primeira primeira dama que atrapalha o presidente é a Janja.
14:38Não é verdade?
14:39Realmente ressignificou.
14:41Mas aqui, olha,
14:42uma das poucas entrevistas de dona Marisa Letícia da Silva, na tela.
14:48Naquele momento, no meio daquela luta,
14:59passou pela cabeça da senhora
15:00que o seu marido viria a ser presidente do Brasil?
15:05A senhora imaginava que um dia...
15:07Não, nunca.
15:07Nunca.
15:09Quando ele foi ser julgado em Brasília,
15:12nós pegamos um ônibus aqui e fomos de ônibus.
15:14Tanto sindicalista que estava sendo julgado em Brasília,
15:16nós fomos de ônibus.
15:17Cheguei lá em Brasília,
15:18nós começamos a passear em Brasília,
15:20nunca tinha ido, foi a primeira vez.
15:22E aí eu comecei a ver aquelas mansões de ministros,
15:27mansões não sei do que, no Lago Sul.
15:30E eu falei, meu Deus,
15:31quando que nós vamos conseguir pegar essa...
15:36Não, não deixar nunca.
15:38Jamais vai acontecer isso.
15:40E, de repente, eu dei um ônibus para o pessoal,
15:42vamos parar de lutar, vamos parar dessas brigas todas,
15:45porque isso a gente não consegue.
15:46Quem está no poder, jamais vai deixar.
15:48Vai acabar matando todo mundo.
15:50Deu um xilique.
15:52A senhora chegou a falar isso?
15:53Ataque.
15:55Foi, foi.
15:56Mas, no final, a gente foi lutando devagarzinho,
15:59lutando devagarzinho,
16:00e a nossa luta bem pacífica,
16:03e chegamos lá.
16:04Quando a senhora percebeu que isso poderia mudar?
16:08Na primeira candidatura dele, em 89,
16:10a senhora já achou que um dia ia virar.
16:13E quando que a senhora achou?
16:14Não, agora vira.
16:15Ou só foi em 2002?
16:16Todas, todas.
16:17Eu nunca perdi a esperança.
16:18Todas, eu ia até o final.
16:19Ele perdia, ficava eu e ele sozinhos.
16:22Aí, chega outra campanha,
16:24vamos, não desanima, vamos lá.
16:26Temos que ir.
16:27Sai candidato.
16:28Porque o partido também não tinha uma pessoa mais forte que ele.
16:31Então, não tinha como.
16:32Aí, fazia também as nossas reuniões do partido,
16:37e não tinha outra pessoa que pudesse ser ele,
16:40que estava tão conhecido por causa das greves.
16:42Então, tinha que ser ele.
16:43Sacrificado era ele.
16:53E aqui, vamos a uma fala de Lula sobre Dona Marisa.
16:58Que, na época, gente, na época isso pegou mal pra caramba.
17:03Vamos ver.
17:05E eu, com essa crença e com essa fé em Deus,
17:11perdi a minha mulher.
17:14Depois, agora dia 23 de maio,
17:18ia fazer 44 anos de casados.
17:23Ontem fez, antes de ontem, fez três meses que ela morreu.
17:25Eu cheguei em casa, Rui Falcão,
17:29eu tomava um uísquezinho com a Marisa,
17:32eu ganhei um litro de uísque do Edinho,
17:36cheguei em casa,
17:38peguei um copo de uísque,
17:39coloquei uma dose pra ela,
17:42coloquei uma dose pra mim,
17:45peguei o dela com a mão esquerda,
17:47peguei o meu com a mão direita,
17:49brindei,
17:49e tomei os dois,
17:52porque ela não tava...
17:53Bom, a Janja casou com este homem.
17:56Ela sabe com quem ela casou.
17:58E ela se propôs a fazer o seguinte,
18:00pra gente, pra não ficar dúvida,
18:02o que a Janja queria fazer.
18:04Vamos deixar ela falar.
18:06Eu tenho falado no Brasil
18:08que eu quero muito ressignificar
18:10o conceito de primeira-dama,
18:12porque hoje as mulheres
18:13estão num outro patamar na humanidade.
18:17Então, somos mulheres,
18:18líderes, sabe,
18:20ativas,
18:21que falam,
18:22que têm voz,
18:24e eu acho que esse lugar que eu tenho,
18:25que eu tô ocupando hoje
18:26como esposa do presidente Lula,
18:29é o lugar onde a minha voz
18:30pode levar mensagens
18:32que pra nós mulheres são importantes.
18:33Então, assim,
18:34ela quer ressignificar.
18:36Nós estamos falando aqui, o quê?
18:382023.
18:39Em 1996,
18:41portanto, quase 30 anos
18:43antes dessa fala da Janja,
18:45que a mulher não fica mais em casa,
18:48a primeira-dama já não tava
18:49mais em casa com o Superfeu.
18:52E isso já era uma coisa
18:54de domínio público,
18:55que o papel das mulheres
18:56já era outro.
18:58Então, assim,
18:59ela tava o quê?
19:00Ela tava congelada
19:02da década de 90 até aqui,
19:05chegou pra desbravar
19:06um terreno já desbravado?
19:09Recordar é viver
19:10Ruti Cardoso
19:12respondendo
19:13pergunta dos jovens
19:14no programa livre do SBT.
19:17Perguntas?
19:19Fala, garoto.
19:21Queria perguntar
19:22o que você tá achando
19:23dessa maior representatividade
19:25das mulheres
19:26dos presidentes
19:28no governo deles
19:29ou então
19:29numa importância maior nacional?
19:31Ou mesmo internacional,
19:32como a Hillary Clinton,
19:34que fez uma visita pra China,
19:36tá super importante
19:36nessas palestras,
19:37assim,
19:38tem uma importância
19:38pro mundo também.
19:39O que você tá achando,
19:40então, das mulheres
19:41dos presidentes
19:42estarem sendo tão importantes?
19:44Olha,
19:44eu acho que as mulheres
19:45estão ganhando importância
19:46em todos os lugares,
19:47não é só nisso.
19:48Isso é uma coisa
19:48que fica muito visível.
19:50Então,
19:51naturalmente,
19:52chama atenção
19:53porque, como dizem,
19:55não é?
19:55A imprensa toda hora diz
19:57é que há uma mudança
19:58de papel.
19:59Há uma mudança de papel
20:00da mulher
20:01em todas as suas
20:03performances profissionais,
20:05não é só nessa.
20:06E nessa até que tá
20:07meio complicada,
20:08porque tem alguns bons exemplos,
20:09tem alguns exemplos
20:10complicados,
20:11porque quando as pessoas
20:12começam a tentar fazer
20:13de uma maneira diferente
20:14um papel que era desenvolvido
20:16de uma outra maneira,
20:18é sempre complicado,
20:20às vezes dá problema,
20:21né?
20:21Nem todas as primeiras damas,
20:22digamos que acertaram.
20:24Mas todas tentaram mudar
20:25o que já é bom.
20:26E eu acho que a gente
20:27tem que tentar acertar,
20:28não é?
20:28Eu olho muito
20:29porque tá acontecendo
20:30as críticas que fizeram
20:32a Hillary Clinton,
20:33por exemplo,
20:33na questão do programa
20:35de saúde, etc.
20:36Pra mim foram muito úteis.
20:37Eu li bastante,
20:38aprendi bastante.
20:40E a gente vai tentando mudar,
20:42porque hoje em dia
20:43não teria mais sentido,
20:44não é?
20:45Quer dizer,
20:45que a mulher do presidente
20:47tivesse uma posição
20:47que fosse uma posição
20:49apenas ligada
20:50a uma assistência social
20:51tradicional.
20:52eu acho que não,
20:53pelo menos na minha cabeça
20:54não.
20:55Então eu tento fazer
20:55aquilo que eu acredito,
20:57não é?
20:57E isso tem que mudar
20:58um pouquinho.
20:59Vamos aqui a um outro
21:01recordar,
21:02FV,
21:03do ano de 1995,
21:06duas pessoas faleceram já,
21:08dona Ruth Cardoso,
21:09meu amigo querido,
21:10jornalista Carlos Chagas,
21:12fazendo uma entrevista
21:13com ela
21:14sobre o papel da mulher.
21:16naquele ano
21:18que ele fez a entrevista,
21:20em 1995,
21:22dona Ruth Cardoso
21:23foi à Conferência Internacional
21:25das Mulheres da ONU
21:27em Beijing,
21:29Pequim,
21:30na China.
21:31Essa conferência
21:32é considerada até hoje
21:34um marco internacional
21:36na questão dos direitos
21:38das mulheres.
21:39Ela foi presidida
21:41por dona Ruth Cardoso
21:43na qualidade de primeira-dama.
21:44Outras primeiras-damas
21:47estiveram presentes.
21:49Um caso que chamou
21:49a atenção do mundo todo
21:51foi da primeira-dama
21:52da Coreia do Sul,
21:53país que não tinha tradição
21:55de ter essa representação
21:57de primeiras-damas.
21:58Vamos ver como a dona Ruth Cardoso
22:00fala dessa conferência específica.
22:03A senhora retornou
22:04dias atrás de Pequim,
22:06onde participou
22:07da Conferência Mundial
22:08da Mulher,
22:09a quarta conferência.
22:10A mulher brasileira,
22:11a senhora diria que
22:13continua muito
22:14discriminada ainda?
22:15Não.
22:16Eu acho que a mulher brasileira
22:17é discriminada
22:18do mundo inteiro.
22:20Não existe nenhum país
22:21onde a gente possa dizer
22:22que realmente
22:24a mulher tem
22:25pé de igualdade
22:25com os homens.
22:27Mas eu acho que o Brasil
22:27foi dos países
22:28que maiores progressos
22:30fez nessa direção.
22:32Porque o Brasil
22:32teve um movimento
22:33de mulheres
22:34bastante forte.
22:35E isso nós vimos
22:36na Conferência de Pequim.
22:37Foi muito confortável,
22:39muito interessante
22:40a posição do Brasil,
22:42porque primeiro
22:43nós temos uma legislação
22:44muito boa.
22:45Quer dizer,
22:45todos os temas
22:46quentes da conferência
22:48nós tínhamos
22:49uma posição clara
22:50porque nós até
22:51temos legislação
22:52a respeito.
22:53Quer dizer,
22:53não havia dúvida
22:54e não havia discussão
22:56nesse...
22:57Por isso nós tivemos
22:58um papel grande
22:59de liderança
22:59com relação
23:00à América Latina,
23:01com relação
23:01aos países do Sul.
23:04Quer dizer,
23:05foi uma posição
23:05bastante destacada
23:07do Brasil.
23:07E porque no meu discurso
23:09eu também pude,
23:10eu era chefe
23:11da delegação,
23:12então eu fiz
23:12o pronunciamento
23:13oficial.
23:14E eu mostrei
23:16essa legislação,
23:17mas eu mostrei também
23:18os problemas
23:18que nós ainda temos.
23:20Quer dizer,
23:21nós temos uma legislação
23:22que é um instrumento
23:23para chegarmos
23:24a uma maior igualdade.
23:26Mas nós ainda
23:27temos problemas
23:27que foram apontados
23:29e, portanto,
23:31que também abrem
23:31os caminhos
23:32para que o movimento
23:34de mulheres
23:34continue lutando
23:35e que a gente continue
23:36empurrando ações
23:38nessa direção.
23:39só para dar um exemplo
23:41que você me provocou
23:42num assunto
23:42que eu gosto muito,
23:44a situação educacional
23:46das mulheres
23:46no Brasil
23:47é extremamente favorável,
23:48é melhor do que
23:49muitos países.
23:50Nós temos mais mulheres
23:52com nível educacional
23:54do que homens.
23:56Quer dizer,
23:56nos diferentes níveis.
23:57Nos diferentes estágios.
23:58Em todos os estágios,
23:59as mulheres têm
24:00maior escolaridade,
24:01elas passam mais tempo
24:02na escola,
24:03menos evasão escolar
24:04de mulheres.
24:05Até no jornalismo,
24:06tem uma praga de mulher
24:07agora na reportagem.
24:08Então, quem sabe,
24:09vai melhorar?
24:10Vão ficar menos provocadores
24:11agora?
24:12Foi uma simples provocação.
24:15A Ruth Cardoso
24:16também tinha algo
24:18acontecendo no governo.
24:20Ela tinha um papel
24:21no governo,
24:21ela ficou conhecida
24:22por um programa
24:23chamado
24:23Comunidade Solidária.
24:27Veja de que forma
24:28ela fala
24:29do próprio papel
24:30dela,
24:31que não foi eleita,
24:33e do governo
24:33do marido,
24:34que ele, sim,
24:36foi eleito.
24:36A Comunidade Solidária
24:39não é a política
24:40social do governo.
24:41Ela é um programa.
24:43A política social do governo
24:44tem dois lados.
24:45Quer dizer,
24:45tem os ministérios,
24:47as ações sociais,
24:49que são ações
24:50que devem atingir
24:51a todos os cidadãos.
24:52Aqui,
24:53todos os cidadãos
24:53têm direito.
24:54São as políticas
24:55universalistas.
24:56Saúde,
24:57educação,
24:58previdência.
24:59todo cidadão
25:01tem direito
25:02a essa política
25:03e, portanto,
25:04os ministérios
25:05têm que atendê-las.
25:06Isso está sendo feito.
25:08Isso, evidentemente,
25:09sempre demora um pouco
25:10para que os resultados
25:12apareçam,
25:13mesmo quando eles já
25:14estão até acontecendo,
25:15como eu acho
25:16que estão acontecendo.
25:18E o Comunidade Solidária
25:20é um programa
25:20específico
25:21deste governo
25:22para o combate
25:23à pobreza.
25:24Ele tem uma finalidade
25:26e um objetivo.
25:26Agora,
25:28como ele não é
25:28um programa
25:29desligado do resto,
25:31porque também
25:32uma coisa que nós
25:32temos muito claro
25:34é que fazer
25:35mais um programa
25:37bem desenhado,
25:39bota dinheiro
25:39nesse programa,
25:40dá prioridade a ele,
25:42ele acaba sendo
25:43um contraponto
25:44daquilo que deveria
25:46acontecer
25:46para todos os cidadãos.
25:49Então,
25:50esse programa
25:50foi pensado
25:51como sendo aquele
25:52que cuida
25:53de gerenciar,
25:55de administrar,
25:56de fazer funcionar
25:57os programas
25:59ditos prioritários
26:00para o combate
26:00à pobreza.
26:01Em cada ministério?
26:02Em cada ministério.
26:04Então,
26:04são programas
26:05de nutrição,
26:06são programas
26:06de educação,
26:07habitação,
26:07saneamento.
26:09Então,
26:09este conjunto
26:10de programas
26:11que diz respeito
26:12à situação
26:12da pobreza,
26:13eles estão sendo
26:14administrados
26:15de uma maneira
26:15diferente.
26:17Sem orçamento
26:18próprio,
26:19então,
26:19para o programa
26:20Comunidade Solidária?
26:21Por exemplo,
26:21temos um programa
26:22de nutrição,
26:23está no Ministério
26:24da Saúde.
26:25temos outro programa
26:26de nutrição
26:27que está
26:27no Ministério
26:29da Educação.
26:29A merenda escolar.
26:30A merenda escolar.
26:31Então,
26:32nós temos
26:32uma situação
26:33bastante complicada
26:34que é uma herança
26:35de muito tempo
26:36e que não vale a pena
26:37mexer nessas coisas,
26:38senão a gente
26:38pede mais tempo
26:39acertando tudo isso
26:41do que fazendo
26:42as coisas que tem
26:43que fazer.
26:43Então,
26:44estas ações,
26:45ambas de combate
26:46à nutrição,
26:47à desnutrição,
26:49são gerenciadas
26:50pela Secretaria
26:51do Programa
26:52de Comunidade Solidária,
26:53uma no Ministério
26:54da Saúde
26:54e outra no Ministério
26:55da Educação.
26:56Essa é a vantagem
26:56do programa,
26:57que ela pode
26:58juntar isso
26:59e fazer com que
27:00essas ações
27:01sejam colocadas
27:02nos municípios
27:04conjuntamente.
27:05ouviu a Dona Ruth
27:06falar sobre
27:07combate à fome,
27:10o que ela faz?
27:11Agora vamos ver
27:11o que a Janja
27:12faz para combater
27:13a fome.
27:14Estou passando aqui
27:15porque estou muito feliz
27:16que finalmente
27:17me deixaram contar.
27:19Dias 14, 15 e 16,
27:21lá no Rio de Janeiro,
27:22no Boulevard Olímpico,
27:23ali do ladinho
27:24do Museu do Amanhã,
27:26vai acontecer
27:26o Festival
27:27Aliança Global
27:29Contra a Fome
27:29e a Pobreza.
27:30Esse é o momento
27:31da gente celebrar
27:33a arte e a cultura
27:34como um poder transformador
27:36de combate
27:37à fome
27:38e à pobreza
27:39no mundo.
27:40Enfim,
27:41estou convidando vocês,
27:42mas vão ser
27:43três dias
27:44de muita música,
27:46de muita alegria,
27:47de muita reflexão.
27:49Enfim,
27:49vamos ter vários convidados.
27:51Daqui a pouquinho
27:52a gente vai soltar
27:53o line-up
27:53desse festival.
27:55Então, pessoal,
27:56se programem
27:57dia 14, 15 e 16,
27:59a partir das 18 horas,
28:01Festival
28:01Aliança Global
28:02Contra a Fome
28:03a Pobreza.
28:04Eu aguardo vocês lá.
28:06Um beijo.
28:07Pois é.
28:09Pois é.
28:10Há uma diferença
28:12de postura.
28:14Há uma diferença
28:15de iniciativa.
28:17E, sobretudo,
28:19uma diferença
28:19de acabativa.
28:23Acabativa.
28:24Qual é a entrega?
28:26Quais são os frutos?
28:27e agora eu quero saber
28:28o que é que você
28:30acha disso tudo?
28:32Calma, calma, calma, calma.
28:35Que antes da gente achar,
28:38nós vamos para as narrativas.
28:40Vamos.
28:40A extrema direita
28:45fascista
28:46fica doida
28:48com a Janja.
28:49Porque a Janja
28:50ressignificou
28:52o papel
28:53da primeira-dama
28:54brasileira.
28:55Ela é uma mulher
28:55empoderada,
28:57é uma mulher
28:57que tem
28:58protagonismo.
28:59E ela mudou
29:00até
29:01o presidente
29:02Lula.
29:04Havia aí
29:04um gap
29:05geracional.
29:06Porque a questão
29:07é geracional.
29:07ele era de outra
29:09geração
29:10que acreditava
29:11que o papel
29:11da mulher
29:12era aquele.
29:14Bonita,
29:15recatada
29:15e do lar.
29:16Lembram dessa
29:17história?
29:18Mas a Janja
29:19não.
29:20A Janja
29:20se firma
29:21como um exemplo
29:22de protagonismo
29:23internacional.
29:25E aí
29:25a extrema direita
29:27chia.
29:28Porque para a extrema
29:28direita
29:29lugar de mulher
29:30é no tanque,
29:31é na cozinha
29:32e é calada.
29:34E quando a gente
29:35
29:35bolsonaristas
29:36xingando
29:37a Janja
29:38a gente
29:39sabe
29:39que ela
29:40está no caminho
29:40certo.
29:41O papel
29:42da mulher
29:43mudou
29:43até o Lula
29:44reconhece
29:45e é para isso
29:46que eu fiz
29:47o L.
29:48Faz o L
29:50A cuidadora
29:56de idoso
29:57está cada vez
29:58mais ridícula.
30:01E o Lula
30:01gente
30:02já está
30:02a gagar
30:03porque não
30:03é possível.
30:04Se bem
30:05que ele
30:06sempre
30:06tratou mal
30:07a Marisa
30:08sempre foi
30:08cheio
30:09de amante
30:09ele fala
30:10até na cara
30:11da Janja
30:12que o homem
30:13gosta mais
30:13de amante
30:14do que da própria
30:15mulher.
30:15Acho que ele não se ligou
30:16porque como a Janja
30:17era amante
30:18ele acha
30:19que ela não vai
30:19ficar ofendida
30:20com isso.
30:21Mas olha
30:21ele
30:22humilhou
30:23a Marisa
30:24publicamente
30:25de todo jeito
30:25que pôde.
30:26Ele tinha amante
30:27que todo mundo
30:28sabia
30:28quando era presidente
30:29que era tal
30:30da Rosemary.
30:30ele transformou
30:32o velório
30:32da Marisa
30:33num evento
30:34político
30:35sobre ele.
30:36Na Lava Jato
30:38ele jogou
30:39a Marisa
30:39para baixo
30:39do ônibus
30:40porque ele
30:41foi tacar
30:41a culpa
30:42de tudo
30:42na Marisa.
30:44E agora
30:45que ele está
30:46aí com a Janja
30:47que ele arrumou
30:47uma mulher
30:48mais nova
30:48ele está
30:49se revelando
30:50ele sempre
30:51teve desprezo
30:52pela Marisa
30:53e por todas
30:54as donas
30:55de casa
30:55do Brasil.
30:57Nós
30:57avisamos
30:59faz o L
31:00agora
31:00isentão.
31:02Faz o L
31:03Qual é a minha opinião?
31:11A minha opinião
31:11é que a Janja
31:12ressignificou
31:14o papel
31:15de primeira dama
31:16definitivamente.
31:18Agora
31:19esse papel
31:19é o de
31:20criptonita.
31:22A Janja
31:23é a
31:23criptonita
31:24política
31:25do Lula.
31:26A Janja
31:27faz mais
31:27estrago
31:28na vida
31:29do Lula
31:29do que
31:30a maior
31:30oposição
31:31do mundo
31:32inteira.
31:32Porque a maior
31:33oposição
31:33do mundo
31:34não está
31:35preocupada
31:35em bater
31:36no Lula.
31:37Ela está
31:37preocupada
31:38em bater
31:38nos liberais,
31:40nos isentões,
31:41mas não bate
31:42no Lula.
31:43Também
31:44nem precisa,
31:45porque o que
31:46a Janja
31:46está fazendo
31:47é algo
31:49que bate
31:49muito mais
31:50no Lula
31:51do que
31:51toda
31:52a oposição
31:54ao PT
31:54que já
31:55existiu
31:56neste país.
31:58E o Lula
31:59que já
32:00brigou
32:01com o evangélico,
32:02agora tem a esquerda
32:03brigando
32:04com os católicos,
32:05ele foi
32:05puxar rinha
32:06com as donas
32:07de casa,
32:08já tinha puxado
32:09com a mulherada,
32:10porque é o seguinte,
32:10homem esquece
32:11as coisas que fala,
32:12mulher não esquece.
32:13Ele já
32:14mandou aquela,
32:15eu sou amante
32:17da democracia,
32:19não marido,
32:20porque a gente
32:21gosta mais
32:21da amante
32:22do que da mulher.
32:24Aí,
32:25geral,
32:26já abriu um olho
32:27desse tamanho.
32:29Agora
32:29vem ele
32:30espizinhar
32:31a falecida
32:33e de quebra
32:34espizinhar
32:35todas as donas
32:37de casa
32:37do Brasil.
32:38Qual que é
32:39o problema
32:39da mulher
32:40ser dona de casa?
32:42E o seguinte,
32:43se a mulher dele
32:44não nasceu
32:44para ser dona
32:45de casa,
32:45vai trabalhar,
32:48porque ela
32:48está fazendo o que?
32:49Ela está sendo
32:50um chaveirinho
32:50do marido
32:51no trabalho.
32:52Não vem falar
32:53que isso é feminismo,
32:54é feminismo
32:55você botar
32:56além do sobrenome
32:57do marido
32:58no seu nome,
32:58botar o apelido
32:59dele e em vez
33:01de trabalhar,
33:02você ir no trabalho
33:02dele,
33:03de chaveirinho
33:04dele.
33:05Pior,
33:06com dinheiro
33:07público.
33:08Se isso fosse
33:08em empresa
33:09e a empresa
33:10fosse do Lula,
33:10já ia ter gente
33:11reclamando dentro
33:12da empresa.
33:13Ah,
33:14ela quer viajar
33:14o mundo,
33:15ela quer...
33:16Consiga um cargo
33:17político para isso,
33:18né?
33:19Tenha obrigações
33:20e responsabilidades
33:21com relação a isso,
33:22ou então viaja o mundo
33:23com o seu dinheiro,
33:24não com o dinheiro
33:25do contribuinte brasileiro.
33:27Essa é uma situação
33:28que está ficando ridícula
33:29e que não tem justificativa.
33:32Não tem.
33:33E para o Lula
33:33ficar defendendo a Janja,
33:35ele teve de arranjar
33:36encrenca com todas
33:37as donas de casa
33:38do Brasil
33:38e fazer essa comparação
33:40descabida,
33:43infeliz,
33:44sobretudo para quem
33:46teve uma mulher
33:48que o ajudou muito,
33:50politicamente,
33:51e gostava
33:54do papel
33:55de dona de casa
33:56que é a dona
33:57Marisa Letícia,
33:58mãe dos filhos
34:00do Lula,
34:00que foi casada
34:01com ele
34:02durante 44 anos.
34:06Qualquer homem
34:07que não tenha sido
34:08casado com uma dona
34:09de casa
34:09já ia pegar mal
34:11falar isso,
34:11porque muito provavelmente
34:12já teve uma mãe
34:13dona de casa,
34:14alguém que tem
34:14a idade que o Lula tem.
34:16Então assim,
34:16a dona Lindu,
34:17aquele amor todo,
34:18é só uma dona de casa.
34:20A Marisa,
34:22é só uma dona de casa.
34:24O Lula
34:25virou o clichê
34:27do homem de idade
34:29avançada
34:30que troca
34:31não uma de 40
34:33por duas de 20,
34:35mas uma de 60,
34:3770,
34:39por uma de quase isso,
34:40que acha que é muito novinha,
34:42e ele está metido
34:43ao vovô garoto,
34:45falando altos absurdos,
34:48sendo mais machista
34:50do que ele sempre foi.
34:52A grande questão
34:53é que o Lula
34:54vai ter de resolver
34:54a questão da Janja,
34:55porque ela é ilegal.
34:57A Janja não faz parte
34:58do governo
34:59que está sendo paga
34:59com dinheiro público
35:00como se fosse.
35:02Não pode.
35:04Ponto.
35:05É isso.
35:06E sob o ponto de vista
35:07da mulher,
35:08que ela fala
35:09que ela quer ressignificar
35:10o papel de primeira dama,
35:11eu trouxe aqui
35:12para vocês verem os vídeos.
35:13O que ela diz
35:14que ela quer fazer
35:15já era feito
35:16em 1996
35:18pela dona Ruth Cardoso,
35:21pela Hillary Clinton,
35:23por diversas outras
35:24primeiras damas
35:25ao redor do mundo.
35:26A diferença é o quê?
35:27Que essas mulheres,
35:29ao contrário da Janja,
35:30apresentavam resultados efetivos
35:33e sabiam que quem foi eleito
35:35por cargo é o marido,
35:36não é ela.
35:37Elas traziam resultados efetivos
35:40de políticas
35:41que elas estavam fazendo.
35:42muitas delas pegavam
35:44uma causa específica,
35:45um programa específico,
35:47sabendo que
35:48estavam naquele momento
35:51sem fazer o próprio trabalho,
35:53porque são mulheres do presidente,
35:54estavam ali acompanhando,
35:56tem uma causa,
35:57é todas as primeiras damas
35:59que o Brasil teve,
36:00trouxeram resultados efetivos,
36:04sem se confundir
36:06com alguém que faz parte
36:08do governo
36:09ou com alguém
36:09que representa o presidente,
36:11porque não representa.
36:14A Janja fala muito
36:15que vai fazer isso,
36:16vai fazer aquilo,
36:16qual é o resultado real
36:18das coisas que a Janja faz?
36:21Eu trouxe aqui
36:22dona Ruth falando
36:24do Comunidade Solidária,
36:25como é que ele funcionava
36:26dentro dos ministérios,
36:28quais eram os resultados
36:29de combate à fome
36:31e qual é o resultado
36:32do que a Janja tem feito
36:34no combate à fome
36:36e à pobreza?
36:38Tem sido o combate
36:39à fome dela
36:40e do secto
36:41que viaja com dinheiro público
36:42para comer bem
36:43em Roma e em Paris?
36:45Por enquanto tem sido isso,
36:46a única fome
36:47que ela está matando
36:48é a dela
36:48e do pessoal
36:50que está viajando
36:51nessa boquinha aí
36:53pela Europa.
36:54Enfim,
36:55o presidente Lula
36:56podia resolver
36:59essa situação
37:00que ele não resolve.
37:02E é por isso
37:03que a Janja
37:04tem mais rejeição
37:05na esquerda
37:06do que na direita.
37:08Vocês sabiam?
37:08Os lulistas
37:09rejeitam mais a Janja
37:11porque a Janja
37:12ressignificou
37:13o papel de primeira-dama
37:14para ser
37:15a criptonita
37:17política do marido.
37:19E na direita,
37:20o povo quer ver
37:21é o circo pegar fogo.
37:24Quanto mais
37:25a Janja
37:26abre a boca
37:27e viaja,
37:28mais a direita
37:30se sente
37:30voltando ao poder.
37:32Bom, pessoal,
37:40o Narrativas
37:40Antagonista de hoje
37:41vai ficando por aqui.
37:43Eu espero
37:44que vocês tenham gostado
37:46do programa de hoje.
37:48Curta,
37:48compartilhe,
37:49comente.
37:50Eu quero saber
37:50o que você acha
37:51dessa história
37:53do Lula
37:54com o Janja,
37:55das outras primeiras damas.
37:57Me fala tudo aqui.
37:58Tem a minha coluna
37:59no Antagonista
37:59também falando disso
38:01para você compartilhar
38:03este assunto
38:04sempre rende.
38:05Eu estou de volta
38:06aqui amanhã
38:07às 5 horas da tarde.
38:09Grande beijo
38:10e até lá.
38:11Transcrição e Legendas por Quintena Coelho
38:41e Legendas por Quintena Coelho
38:43e Legendas por Quintena Coelho

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