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  • 30/06/2025
O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (30) que o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 33,74 bilhões em maio de 2025. Apesar do rombo, o resultado representa melhora em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o déficit foi de R$ 63,89 bilhões. Alan Ghani, Deysi Cioccari e Henrique Krigner analisaram.
Reportagem: Janaína Camelo
Comentaristas: Alan Ghani, Deysi Cioccari e Henrique Krigner

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Transcrição
00:00Temos mais informações ao vivo aqui com a nossa reportagem.
00:02O Banco Central divulgou que o setor público teve um déficit primário de mais de 33 bilhões de reais em maio.
00:09Marília Ribeiro tem mais detalhes pra gente a respeito desse assunto. Pois não, Marília?
00:16Sim, Nonato, esses dados foram divulgados nessa segunda-feira pelo Banco Central
00:20dentro do relatório de estatísticas fiscais e mostrou que o setor público consolidado
00:27que é formado pela União, estados, municípios e também pelas estatais
00:32registrou um déficit primário de mais de 33 bilhões de reais no mês de maio
00:38o que é o menor saldo negativo desde 2021.
00:42Esse déficit caiu em 47,2% se nós formos comparar ao mesmo período de 2024
00:50quando totalizou 63,9 bilhões de reais.
00:55De acordo com o Banco Central, ao registrar esse saldo negativo
01:00o indicador mostra haver mais gastos do que a arrecadação, Nonato.
01:05Agora a gente vai falar um pouquinho sobre o déficit do governo central
01:08que de acordo com esse relatório divulgado
01:10ele ficou em 37,4 bilhões de reais no mês de maio.
01:17Esse governo central é formado pelo governo federal
01:20e também pelo próprio Banco Central.
01:23Já os estados e municípios, eles tiveram superávit de 4,5 bilhões de reais no mês
01:29já as estatais com saldo negativo de 926 milhões de reais.
01:36De acordo com o Banco Central, a dívida bruta do Brasil somou 9,3 trilhões de reais
01:43apenas no mês de maio.
01:45A gente ressalta aqui que esses dados foram consolidados pelo Banco Central
01:49e divulgados nesta segunda-feira, dia 30 de junho.
01:54Nonato.
01:56Muito obrigado.
01:56Marília Ribeiro com informações em Brasília.
01:58Assunto para a gente tratar aqui também com o nosso comentarista,
02:02o Alan Gani, que já está aqui no estúdio também.
02:05Gani, o que é que significa esse déficit aí de quase 34 bi de reais em maio?
02:11Bom, significa que o governo está gastando mais do que arrecada
02:16e mesmo tirando as despesas com juros,
02:19porque a gente está falando do resultado primário
02:22que exclui todas as receitas ou despesas financeiras.
02:28Se a gente incluir as despesas financeiras, o resultado é muito maior.
02:33Não à toa que com esse déficit primário,
02:36a dívida bruta do governo subiu de 76% para 76,1%.
02:43A boa notícia, se é que dá para a gente falar assim,
02:46é que foi menor do que o esperado.
02:49O consenso de mercado esperava que a dívida bruta fosse para 76,6% do PIB.
02:57De qualquer maneira, uma dívida bruta em 76,10% do PIB
03:03é um patamar bastante perigoso,
03:06o que exige reformas estruturais para, pelo menos, no nato,
03:10estabilizar a dívida bruta, ou seja, para que ela não cresça ainda mais.
03:16Caso contrário, com a dívida crescente,
03:19significa juros para cima, dólar para cima,
03:22que acaba tendo efeito na inflação
03:24e quem acaba pagando a conta da irresponsabilidade fiscal
03:28é a própria sociedade brasileira.
03:32Perfeito, Gani, trazer aqui a análise dele.
03:34Vamos para os nossos comentaristas também,
03:36Deise Siocari e Henrique Kriegner.
03:38Kriegner, vou começar contigo.
03:40Dessa vez, o Gani falou em reformas estruturantes
03:43para que a gente possa, pelo menos, equilibrar a situação.
03:46E isso não é feito num passe de mágica.
03:49Isso demanda um pouco de tempo também, né, Kriegner?
03:51Não tem solução de uma hora para outra, né?
03:54Demanda tempo, Nonato,
03:55e também capacidade de articulação com o Congresso.
03:58E esses são dois fatores aí que nós não temos,
04:01não temos nessa perspectiva.
04:03Não temos tanto tempo,
04:05porque os resultados têm sido desastrosos até aqui.
04:08E como o Gani falou,
04:09o povo tem pagado a conta todos os dias,
04:12na gôndola dos supermercados,
04:14nos impostos, nas taxas,
04:16em todos os preços
04:17que aí assolam todas as famílias brasileiras.
04:21E também nós não temos capacidade de articulação
04:24do governo federal com o Congresso.
04:27Essas reformas são estruturantes, sim.
04:30São urgentes, sim.
04:31As reformas estruturantes são urgentes, sim.
04:34Independente do partido que está no poder.
04:36Porém, o partido atual, o governo atual,
04:39não tem conseguido negociar com o Congresso
04:42uma maior capacidade de aprovação dessas medidas.
04:47E isso é o maior perigo que nós temos encontrado no Nato.
04:51Deise, na semana passada,
04:52o Banco Mundial até propôs algumas medidas fiscais,
04:56um relatório com pacotes de medidas e dicas
05:00para frear essa dívida pública no Brasil.
05:03Será que ainda dá tempo de olhar,
05:06dar uma olhadinha nessas dicas
05:07e cumprir esse ano?
05:09Ou a solução vai ser empurrada mais para frente
05:12e vai ficar até para o próximo governo?
05:15Olha, Soraya, tempo dá, né?
05:16A gente precisa saber se esse governo quer fazer isso, né?
05:20Como o Gani falou,
05:21a gente teve algumas melhorias pontuais, sim.
05:23O déficit primário caiu
05:24e houve um superávit acumulado, né?
05:27Mas aí a gente tem os problemas
05:29e é aí que começam os problemas, né?
05:31A dívida, ela segue alta.
05:32Então, ela consome receitas via juros.
05:35O governo ainda não conseguiu apresentar
05:38um plano estrutural,
05:39isso que o Gani e o Kregner falaram,
05:41eles não conseguiram apresentar
05:42um plano estrutural sólido.
05:44Então, isso provoca mais questionamentos ainda
05:46em relação à economia.
05:48E se não houver, reiteramos aqui todos nós,
05:51se não houver um caminho claro
05:53para essas reformas estruturantes
05:55que o Brasil precisa urgentemente,
05:56que são a tributária, a previdenciária
05:58e as reformas administrativas,
06:01sem essas medidas que realmente aumentem
06:03a eficiência do Estado
06:05e a eficiência das receitas,
06:07esse momento fiscal que a gente está vivendo,
06:09ele vai continuar instável,
06:10não tem como reverter isso.
06:12Ele vai continuar vulnerável
06:13e ele vai continuar principalmente
06:15propício para choques externos.
06:18Então, o que a gente vê aqui
06:19não é exatamente o que a gente passa aqui,
06:21não é um diagnóstico
06:23de uma catástrofe econômica,
06:25mas é um sinal claro
06:26que o governo,
06:28é uma sinalização que o governo
06:30está jogando no limite.
06:31enquanto ele não apresentar
06:32uma estrutura metodológica
06:34que possa reverter isso
06:35e que faça essas reformas estruturantes,
06:38a gente vai continuar vivendo no limite,
06:41o governo vai continuar aprofundando
06:43esse fosso fiscal
06:44e a previsão a médio e longo prazo
06:46ela tende a ser péssima.
06:48Obrigado.
06:49Obrigado.
06:50Obrigado.

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