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  • 30/06/2025
O embaixador do Irã na ONU, Amir-Saeid Iravani, afirmou neste domingo (29) que o país continuará com seu programa de enriquecimento nuclear, justificando que a atividade é permitida pelo Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) para fins pacíficos. A declaração vem dias após o cessar-fogo com Israel e reacende tensões sobre o futuro do programa nuclear iraniano e o equilíbrio geopolítico no Oriente Médio. Henrique Krigner comentou.
Reportagem: Fabrizio Neitzke
Comentarista: Henrique Krigner

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Transcrição
00:009 horas e 9 minutos, o embaixador do Irã, na ONU, afirmou que o país não irá parar de enriquecer urânio.
00:06Declaração foi feita ontem à noite, nos Estados Unidos, e o nosso editor de Internacional, Fabrício Naites, que já traz aqui os detalhes pra gente.
00:13Fabrício, qual é o contexto disso? Quais são os planos, é enriquecimento para gerar energia, para buscar uma arma nuclear? Como é que tá isso? Bom dia.
00:22Bom dia, Nonato, Soraya, todos que acompanham o Jornal da Manhã.
00:26O embaixador do Irã, na ONU, Amir Saeed Iravani, afirmou que o país não vai parar de enriquecer urânio por um motivo,
00:34porque eles vão usar isso para a produção de energia pacífica, como já é permitido pelo Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
00:44Isso estaria garantido nesse tratado, de acordo com o Irã, lembrando que o tratado foi assinado por diversos países.
00:50Quase todos os países do mundo assinaram esse tratado, ainda lá nas décadas de 70 a 80.
00:55Ele diz que isso tudo é muito legítimo e que o enriquecimento de urânio é um direito inalienável que o Irã irá sim exercer e vai continuar exercendo.
01:06A gente lembra que o Irã, isso já confirmado, estava enriquecendo urânio a um nível considerado muito acima do normal para a produção apenas de energia.
01:15Muito próximo do nível para a produção de armas nucleares.
01:19Daí surgiu esse conflito, ou pelo menos essa página do conflito, que a gente acompanhou nas últimas semanas.
01:25Isso tudo ele falou em uma entrevista à rede americana CBS no último domingo.
01:30O que acontece?
01:31Para essa semana, o governo dos Estados Unidos havia prometido a retomada das negociações entre Irã e Estados Unidos.
01:39Aquelas negociações nucleares que acabaram naufragando nas últimas semanas.
01:44O embaixador diz o seguinte, que o país está sim pronto para negociar, para voltar a negociar, mas sem rendição incondicional.
01:53Ele afirma que uma rendição incondicional, como pretende o governo americano,
01:58seria o equivalente a deixar que países estrangeiros ditem a política interna do país e que isso o Irã não vai aceitar.
02:04Qual é uma possibilidade aqui?
02:07De que o Irã aceite levar o urânio enriquecido para outro país, para um terceiro país, onde esse urânio ficaria armazenado,
02:15a produção de energia aconteceria e essa energia seria levada, então, ao Irã.
02:19É uma das possibilidades.
02:21Agora, inclusive no JP Internacional desse último fim de semana, eu conversei com o professor e pesquisador de relações internacionais,
02:27Ricardo Leães.
02:29A gente avaliou que uma das possibilidades nesse momento é de que, após os ataques de Israel e dos Estados Unidos
02:35contra as instalações nucleares do Irã, existe sim a possibilidade de que agora o país vá correr, de fato,
02:42atrás de uma bomba nuclear, de uma arma nuclear, para tentar manter a sua estabilidade, a sua soberania.
02:48Se o país tivesse, de fato, armamento nuclear, muito dificilmente ele teria sido atacado por dois países estrangeiros.
02:56Serve como uma espécie de moeda de barganha em um momento como esses.
02:59É só a gente olhar, por exemplo, o caso da Coreia do Norte.
03:02É isso. Obrigado, viu, Naitsky, atualizando para a gente essas informações aqui no Jornal da Manhã.
03:09E olha, ainda falando disso, o Henrique Kriegner está com a gente.
03:12Qual é a tua visão, Kriegner, à medida em que o Naitsky destacou que o Irã diz que
03:16a sua soberania não pode ser violada.
03:19E me parece que faz sentido.
03:21Ele está querendo enriquecer a sua energia para fins pacíficos, segundo eles.
03:26Por outro lado, não tem tido um bom relacionamento com a agência de energia atômica
03:31para que isso seja fiscalizado.
03:33Tem também a questão da defesa.
03:34Ninguém mexe com o Kim Jong-un porque ele tem uma arma nuclear
03:37e ele pode usá-la a qualquer momento.
03:39Isso serve de barganha, isso serve de proteção para o seu país também.
03:43Como é que vai ficar a questão do Irã, Kriegner?
03:46É, no Nato, é realmente uma situação bastante delicada
03:49porque nós temos aí diferentes facetas do mesmo cenário, né?
03:55Bom, todas as nações da Terra têm direito,
04:00e alguns até consideram direito inalienável,
04:03de enriquecer urânio para fins de produção de energia.
04:07Ou seja, você tem um limite aí.
04:08Mas esse direito vai até a página 2,
04:11porque justamente os países que têm, por exemplo,
04:14sanções impostas por parte das Nações Unidas
04:16ou que não estão em bons termos ali
04:20com o tratado de proliferação, de exploração nuclear
04:24e também de proliferação, de não proliferação de armas nucleares,
04:29perdão,
04:30esses países têm, inclusive,
04:33a possibilidade de enriquecer urânio para fins de energia
04:37cerceada.
04:38Ou seja, esses países não podem fazer esse tipo de exploração.
04:42E o Irã é uma das nações hoje
04:44que sofrem sanções por parte das Nações Unidas
04:48por uma falta, por uma baixa transparência
04:50e falta de transparência na questão de
04:52quanto mesmo que está sendo enriquecido
04:55e a que velocidade
04:56para que a comunidade internacional,
04:58através das Nações Unidas e da agência nuclear,
05:01possa, de fato, acompanhar esse desenvolvimento.
05:04Esse é um dos pontos.
05:06Existe uma sanção que complica aí esse direito
05:09que, de fato, seria um direito muito considerado
05:12pela nação iraniana.
05:13E o segundo, Nonato,
05:14e aí não é as Nações Unidas que vêm dizer,
05:17mas eu creio que é o bom senso,
05:19é que se você quer desenvolver urânio,
05:22enriquecer urânio para fins de energia,
05:25você não pode ter um regime no poder
05:27que ameaça a existência de um outro Estado.
05:30Essa é a grande questão.
05:31Não é ter o mínimo de enriquecimento de urânio,
05:35é ter o risco de um enriquecimento ilícito
05:38ou o risco de um enriquecimento escuso
05:40nas mãos de um regime,
05:42e aqui nós não estamos falando do povo iraniano
05:44nem do país iraniano,
05:46mas nós estamos falando do regime dos ayatollahs
05:48que constantemente ameaça
05:50a existência do Estado de Israel
05:52e, em segundo lugar,
05:54dos Estados Unidos e do Ocidente.
05:55Ou seja, é o regime que faz ameaças criminosas.
05:59Somado a esses dois fatores,
06:00eu não diria com tanta certeza
06:03que o Irã pode tão livremente assim
06:05e tão rapidamente voltar a enriquecer urânio.

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