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O dólar fechou a terça-feira, 17, a R$ 6,095 registrando um novo recorde de cotação, no dia em que chegou pela primeira vez na história à casa dos R$ 6,20.
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Notícias
Transcrição
00:00Em meio à divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o COPOM,
00:06que elevou a taxa de juros brasileira de 12,25% ao ano, o dólar abriu em forte alta nesta terça-feira.
00:14Durante a manhã, a moeda americana chegou a bater a marca de R$ 6,18.
00:20Ontem, o dólar fechou o dia a R$ 6,09.
00:23Em resposta à alta do dólar, o Banco Central fez um novo leilão extraordinário no mercado à vista nesta manhã.
00:30E para falar sobre o humor, ou melhor, o mau humor do mercado,
00:34vamos ouvir o analista de economia, Vandique Silveira, em comentário gravado hoje.
00:39Caros amigos do Antagonista, mais um dia, boa tarde, espero que vocês estejam todos muito bem.
00:46Realmente, nós estamos enfrentando uma crise de confiança na economia brasileira,
00:53uma crise de confiança na nossa moeda,
00:56e tudo isso se resume na inabilidade e também na incapacidade,
01:02na insensibilidade do governo com relação à questão fiscal.
01:07Vamos lá.
01:08Ontem, o Banco Central fez leilões,
01:11gastou mais de R$ 1 bilhão, R$ 1 bilhão de dólares das nossas reservas,
01:16desculpem, foram os dois maiores leilões desde 2020 e não foi suficiente para conter a alta do dólar.
01:25Isso é muito complicado, porque ao mesmo tempo que houve essa intervenção,
01:31e estranhamente foi em dólar à vista, ao invés de swaps cambiais,
01:39que é normalmente a maneira de intervenção,
01:42acabou acarretando em uma deterioração geral das expectativas com relação à economia,
01:50tanto com relação à inflação, e isso foi sentido nas pontas longas de juros,
01:56que a DI 2027 chegou a R$ 15,62.
02:02Eu venho dizendo isso há bastante tempo,
02:05volto a reiterar esse ponto,
02:08que a questão fiscal é prioritária.
02:11Se não houver sensibilidade do governo,
02:14nós vamos ter apenas duas maneiras de resolver o problema.
02:18Existem três maneiras de resolver, de promover o equilíbrio fiscal.
02:21Corte de gasto, aumento de impostos ou inflação.
02:27O que o mercado tem entendido,
02:29e é por isso que os ânimos têm se deteriorado muito e muito rápido,
02:35é que o governo não tem nenhum compromisso com o equilíbrio fiscal.
02:39Na realidade, tem um micro, um nano compromisso
02:44em tentar manter a credibilidade do arcabouço.
02:48E como eu digo, vocês me escutam,
02:50o arcabouço fiscal é uma mordida banguela.
02:54Ele não tem nenhum tipo de condição
02:56de impedir o crescimento da relação dívida-PIB,
02:59e que somente no governo Lula
03:03deve crescer entre 12 e 14 pontos percentuais,
03:07terminando em 2026,
03:09próximo dos 90%.
03:12Quer dizer, isso é um problema muito sério,
03:15porque faz com que a maior conta que exista no orçamento,
03:19na questão da conta nominal,
03:24que é tudo que entra, tudo que sai,
03:26sejam juros que já vão bater um trilhão de reais.
03:31Mas isso é mais do que todos os tipos de itens que nós temos.
03:35Repara agora que o Van Dijk traz um prognóstico bastante preocupante.
03:40Dólar chegando a 7 reais,
03:42fuga de investidores de estrangeiros e volta de inflação.
03:45Então, o que acontece?
03:47Ou temos o corte de gasto,
03:49ou temos aumento de carga tributária,
03:52ou temos inflação.
03:53A perspectiva é exatamente essa.
03:55A inflação vai crescer.
03:56A inflação implícita,
03:59dado o DI 2027
04:02e uma taxa real de juros de 7%,
04:06nós estamos falando de uma relação
04:09que deve bater próximo de 8%, 8,5%,
04:14como eu venho dizendo e venho reiterado esse ponto.
04:17Então, a meu ver, o que acontece é
04:19O dólar é impossível de ser parado
04:23sem que haja um projeto de fato,
04:28não essa farsa desse pacote fiscal.
04:31É uma farsa,
04:32realmente não tem nenhuma capacidade de impactar nada.
04:35Até piora a situação,
04:37porque veio presenteado com uma questão muito ruim
04:40da isenção fiscal para salários,
04:44rendas até 5 mil reais,
04:46sem contrapartida de nenhum tipo de criação de receita para isso,
04:51porque não é necessário existir uma fonte financiadora
04:54nesse caso da correção da tabela.
04:57Então, tudo isso corrobora por uma questão muito ruim,
05:00a disparada do juros futuros,
05:02a disparada do dólar,
05:04e isso certamente vai acarretar
05:07em aumento da inflação no curto e no médio prazo,
05:11que é o horizonte relevante para o Banco Central.
05:14Então, a perspectiva é muito ruim.
05:15Eu espero e eu vejo,
05:17através das minhas análises,
05:18que nós estamos mais perto de 7 real a 7 para o dólar
05:23do que a gente mais próximo de 5,5, 5,80.
05:28Então, a meu ver,
05:29o câmbio de 6 se transformou numa espécie de piso,
05:34podendo e provavelmente deve atingir valores bem mais pronunciados
05:41nas próximas semanas.
05:43Isso impacta negativamente a todos os ativos brasileiros.
05:46Existe uma massiva saída de recursos do Brasil.
05:51Inclusive, grandes bancos como JP Morgan estão recomendando
05:54que o Brasil seja underway,
05:57quer dizer, tenha um peso muito menor nas carteiras,
05:59e isso acaba levando o dinheiro, principalmente os dólares,
06:04para fora do Brasil,
06:05impactando ainda mais a relação cambial.
06:09Então, a perspectiva é o seguinte,
06:11nós estamos na fronteira, de fato, da dominância fiscal,
06:15já não é mais capaz a taxa de juros sozinha,
06:18mesmo na minha conta,
06:20a gente agora,
06:20eu semana passada havia dito que o meu número era 14,75,
06:25tinha ajustado de 14,25 para 75,
06:28e o meu número hoje já passa dos 15%,
06:30dada a piora rápida com relação à inflação,
06:36perspectiva de inflação,
06:38desencoragem total,
06:39e principalmente a total incapacidade do governo
06:45em lidar com o fiscal.
06:46Então, a perspectiva é ruim,
06:48curto, médio prazo,
06:50devemos nos posicionar de uma maneira a proteger,
06:53principalmente da inflação,
06:54porque quando nós não temos a capacidade de cortar,
06:57ou não temos a sensibilidade de fazer corte de gasto,
07:02a única maneira de reequilibrar isso
07:05é através de inflação e aumento de arrecadação.
07:10Aumento de arrecadação já bateu recorde,
07:12cresce a 9% real,
07:13só que o gasto cresce a 15% real.
07:19Isso é completamente,
07:21completamente impossível,
07:23uma vez que o PIRI cresce a 3%.
07:26Então, o gasto cresce 5 vezes mais,
07:29arrecadação 3 vezes mais,
07:30e ele sustentava.
07:32Então, a perspectiva é uma disparada,
07:34devemos ter uma piora,
07:35e essa piora deve levar expectativas de câmbio
07:41para bem acima dos 6,20, 6,25.
07:45Pois é, em meio à disparada do dólar,
07:48o Banco Central fez uma série de alertas
07:50sobre o cenário econômico brasileiro
07:52na ata da reunião do Copom
07:53da semana passada, divulgada hoje.
07:57O Banco Central destacou que a reação
07:59do mercado financeiro ao pacote fiscal
08:01apresentado pelo governo federal
08:03tornou o cenário inflacionário mais adverso.
08:06Vamos destacar alguns trechos
08:08dessa ata do Copom.
08:11Aqui, no primeiro momento,
08:12eles dizem que a percepção
08:14dos agentes econômicos
08:15sobre o recente anúncio fiscal
08:16afetou de forma relevante
08:18os preços de ativos,
08:20as expectativas dos agentes,
08:21especialmente o prêmio de risco,
08:23as expectativas da inflação
08:25e taxa de câmbio.
08:26Em outras palavras,
08:27está todo mundo pessimista.
08:28Aí ele segue.
08:29Nota-se que tanto o prêmio
08:31de inflação extraído
08:32dos instrumentos financeiros
08:34quanto as expectativas de inflação
08:36se elevaram no período,
08:37tornando o cenário de inflação
08:39mais adverso
08:40e requerendo uma política monetária
08:42mais contracionista.
08:44Em outras palavras,
08:45como a inflação está apertando,
08:46os juros estão tendo que subir.
08:49Vamos para a segunda arte.
08:51A manutenção de canais
08:52de política monetária
08:53desobstruídos,
08:55sem elementos mitigadores
08:56para a sua ação,
08:57contribui para uma condução
08:58mais efetiva e mais eficiente.
09:00Eles estão dizendo
09:02que eles estão usando
09:02justamente os instrumentos
09:04que eles dispõem
09:05e que,
09:06já que não podem ter
09:07a ajuda do campo político,
09:09vai pelo campo monetário.
09:11E eles seguem.
09:12Com relação à política econômica
09:14de forma mais geral,
09:15o comitê manteve
09:16a firme convicção
09:18de que as políticas
09:19devem ser mais previsíveis,
09:21críveis e anticíclicas.
09:23Em particular,
09:24desacelerações
09:25são parte essencial
09:27do processo de suavização
09:28e reequilíbrio da economia.
09:30O debate do comitê
09:31evidenciou novamente
09:33a necessidade
09:34de política fiscal
09:35e monetária harmoniosas,
09:37dizendo também
09:38em outras palavras
09:39que eles estão fazendo
09:39a parte dele,
09:40que é a política monetária.
09:42Já a política fiscal,
09:43há claramente
09:44uma decepção
09:45por parte dos agentes
09:46do mercado
09:47e o Banco Central
09:48sinaliza que também
09:49não está muito feliz
09:50com o rumo das coisas.
09:52E para falar
09:53e analisar
09:54esses recados
09:55do Banco Central,
09:56eu faço questão
09:57de chamar
09:58o Wilson Lima
09:59e o Rodolfo Borges,
10:01a quem eu já dou.
10:01Boa tarde.
10:02Boa tarde, senhores.
10:04Rodolfo,
10:04o custo
10:05do ajuste fiscal
10:06insuficiente
10:07parece que só aumenta,
10:08não é isso?
10:09É, essa ata...
10:11Boa tarde, Inácio.
10:12Boa tarde, Wilson.
10:13Essa ata do Copom
10:15é mais do que um alerta,
10:16é um pedido de ajuda.
10:18O Copom,
10:19o Banco Central
10:20está dizendo,
10:20olha, nós estamos
10:21tentando fazer o trabalho
10:22que precisa ser feito aqui
10:23para segurar a inflação
10:24e para que essa ferramenta
10:26que nós usamos,
10:27o Banco Central falando,
10:28a Selic,
10:29a taxa básica de juros,
10:32ela possa,
10:32quando usada,
10:33ter efeito
10:34para segurar a inflação.
10:35O Van Dyck falou
10:37há pouco
10:38sobre esse cenário
10:40de dominância fiscal
10:41que é o cenário no qual
10:41a coisa está tão desarrumada
10:44no governo,
10:45nas contas do governo,
10:46os gastos saíram tão do controle
10:48que não adianta mais
10:49o Banco Central
10:50tentar segurar a inflação
10:51por meio da taxa básica de juros,
10:53porque esse instrumento
10:54perde o efeito
10:55e aí é ladeira abaixo.
10:58É, ele sozinho não dá conta.
11:00Wilson,
11:01boa tarde.
11:04Boa tarde, Zé Inácio.
11:05Boa tarde, Rodolfo.
11:06Boa tarde para você
11:07que nos acompanha aqui
11:07no canal BMC,
11:09também em um antagonista.
11:11Final de ano bem intenso.
11:14A gente tem que falar isso
11:15com todas as letras.
11:18Não é um cenário
11:19dos mais aviçareiros,
11:21para ser bem honesto com vocês.
11:24E a ata do Copom,
11:25Inácio,
11:26eu acho que ela,
11:27é como o Rodolfo falou,
11:28é praticamente um pedido de ajuda.
11:30Deixa as coisas muito claras
11:32e mostra para o governo Lula
11:34o seguinte,
11:35não adianta tentar cortar juros
11:38na marra,
11:39não adianta tentar baixar dólar
11:41na marra,
11:42o governo Lula
11:43precisa fazer o dever de casa.
11:46Qual é o grande problema?
11:47E aí eu escutei,
11:49hoje pela manhã de alguns deputados,
11:51que eles falam,
11:51ah, mas tem a...
11:52a ala do PT fala,
11:53não,
11:54porque é uma perseguição
11:55do mercado,
11:56não é?
11:56O mercado malvadão
11:58fica perseguindo aí
11:59o governo Lula,
12:00perseguindo
12:01o grande presidente
12:02da república.
12:03Mas o grande problema,
12:04Inácio,
12:04é o seguinte,
12:05é que todas as medidas
12:06que foram anunciadas
12:07pelo governo Lula,
12:08elas são muito contraditórias.
12:11E o mercado,
12:13a grande verdade
12:14é que o mercado,
12:14nesse momento,
12:15ele cansou
12:16de ser enganado.
12:18Esse é o ponto.
12:23O mercado deixou
12:23de ser enganado,
12:24o mercado não quer mais
12:25ouvir lero-lero,
12:27promessa,
12:28ah, vou deixar para amanhã,
12:29vou fazer para amanhã.
12:31Tem um princípio
12:31da economia aqui...
12:33Vou até fazer uma provocação,
12:34o mercado hoje
12:35é o centrão de amanhã,
12:37que também está cansando
12:38de ser enganado,
12:39de receber promessas
12:40e que nunca são cumpridas?
12:43Faz sentido, Inácio,
12:45faz sentido,
12:45acho que alguma coisa
12:46tem relação com a outra.
12:47porque esse aqui é o ponto.
12:49Vamos lá.
12:49Vamos deixar a tela dividida
12:51porque é para a gente
12:51fazer um rápido retrospecto.
12:54O governo Lula
12:55já começou
12:57com a PEC da transição
12:59para permitir
13:00o pagamento
13:01do Bolsa Família
13:02do auxílio emergencial
13:03de R$ 600.
13:04Já começou por aí.
13:06Aí o governo prometeu,
13:07olha só,
13:08vamos aprovar sim
13:09esse pacote
13:09de aumento de gastos,
13:10mas vamos ter
13:11o arcabouço fiscal.
13:12O arcabouço fiscal
13:13passou o ano de 23
13:14todo tramitando no Congresso.
13:16Aí chega 24,
13:17e o que acontece?
13:18O governo Lula
13:19não cumpre o próprio arcabouço fiscal
13:20que ele prometeu cumprir.
13:23E aí, gente,
13:24desculpa,
13:25aí você apresenta
13:25um pacote de medidas
13:27agora no final do ano
13:28para o Congresso,
13:28para o Congresso aprovar.
13:30Tem várias medidas
13:30de corte ali,
13:31BPC,
13:32salário mínimo,
13:33etc, etc, etc.
13:34Mas em paralelo,
13:35o governo já ataca,
13:36olha,
13:37quero cortar gastos,
13:39mas em contrapartida,
13:40eu acho que pode ser
13:41uma boa ideia
13:42aprovar o imposto de renda,
13:43a um aumento
13:44da faixa de isenção
13:45do imposto de renda.
13:46Quer dizer,
13:47gente,
13:48não dá,
13:49sabe?
13:50Eu vou fazer
13:51uma metáfora doméstica
13:52aqui,
13:53é tipo o camarada
13:54que trai a esposa,
13:56promete mudar,
13:57aí na primeira oportunidade
13:58o cara é flagrado
13:59no proxíbulo.
14:01Assim,
14:01me parece que é isso,
14:02aí não tem esposa
14:03que consiga acreditar
14:04num camarada desse,
14:05Rodolfo.
14:05E quem que o governo
14:07está culpando,
14:09além do mercado financeiro
14:10e do Campos Neto?
14:11O Congresso Nacional.
14:13O Haddad,
14:14o Fernando Haddad,
14:14o ministro da Fazenda,
14:15ele foi ontem
14:15à casa do Lula
14:17aqui em São Paulo,
14:17o Lula está se recuperando
14:19da cirurgia aqui em São Paulo,
14:21não foi autorizado
14:21a voltar para Brasília ainda.
14:24O Haddad disse que
14:25o governo só não está
14:26conseguindo cumprir
14:27com o arcabouço fiscal
14:28por conta do PERS,
14:30que foi prorrogado,
14:32aquele apoio
14:32para a indústria
14:34de festas,
14:36de promoção de eventos
14:37e da prorrogação
14:40da exoneração
14:40da folha de pagamento.
14:42E aí o Haddad falou
14:43o presidente vetou
14:45as duas questões
14:46e o Congresso
14:46derrubou o veto.
14:47Então, assim,
14:48nessa tentativa
14:49de se entender
14:50com o Congresso,
14:51eles ainda jogaram.
14:52Ontem o Haddad fez isso
14:52ontem,
14:53não foi mês passado.
14:55Eles estão tentando
14:56se entender com o Congresso
14:57agora,
14:57tentando passar,
14:58dividir com o Congresso
14:59o ônus dessas medidas
15:00de maldade,
15:01de corte de gastos.
15:04E nesse contexto
15:05o Haddad
15:06acusa de novo
15:07o Congresso Nacional.
15:08Isso não faz sentido nenhum.
15:10Então,
15:10já é um problema
15:12o dólar subindo,
15:14o Banco Central
15:15pedindo ajuda,
15:17o Congresso
15:18dificultando a negociação
15:20porque o governo
15:21encaminhou a questão
15:22de uma forma equivocada
15:23e ainda assim
15:25o ministro da Fazenda
15:25que tem que se entender
15:26com os deputados,
15:28acusa os deputados
15:29por eles não terem
15:30conseguido cumprir
15:31a promessa que eles,
15:32o governo Lula
15:33fez,
15:33o governo Lula
15:34fez essa promessa
15:35e teve gente
15:36que acreditou
15:36e agora
15:37está caindo na real,
15:38caindo no real,
15:39como a gente já publicou
15:40aqui na Antagonista também.
15:41Está indo com o real,
15:42eu diria.
15:42É.
15:43Está caindo com o real.
15:45Aliás,
15:46só um paralelo,
15:46eu queria só lembrar
15:48que o Lula
15:48disse no meio do ano,
15:50acho que,
15:50não sei se foi em maio
15:51ou junho,
15:52que quem apostasse
15:53no dólar
15:54contra o real
15:55ia quebrar a cara.
15:57Bom,
15:57por enquanto,
15:58a pessoa que fez isso,
15:59não digo que está feliz
16:01porque está se valorizando
16:02a custa da economia
16:04de um país
16:04que claramente está vendo
16:06pressões inflacionárias
16:07por aí
16:07e ele,
16:08o próprio presidente Lula,
16:10vai acabar colhendo
16:11daqui não muito tempo
16:13uma inflação maior
16:15do que ele gostaria
16:16e inflação
16:17costuma repercutir
16:19muito mal
16:20junto ao público
16:20que lhe é tão querido
16:22que é justamente
16:23as pessoas
16:24de classe média,
16:25pessoas mais populares.
16:27Quem é rico é rico.
16:27Agora,
16:28quem não é rico,
16:29que é a grande maioria
16:30do país,
16:31sente quando sobe
16:32o preço do combustível,
16:33sente quando sobe
16:34o preço de uma blusa,
16:35quando sobe o preço
16:36de comida,
16:37de passagem.
16:39Aqui,
16:40o prefeito de São Paulo
16:41já deu a entender
16:42que está analisando
16:43a possibilidade
16:43de subir o preço
16:44da passagem.
16:45É isso.
16:45Ele vai acabar
16:46tendo que encarar
16:48essas facetas
16:49que ele não gosta.
16:51São os ônus
16:52das omissões dele.
16:53É exatamente isso.
16:55É exatamente isso.
16:56Seu Custum fala o seguinte,
16:57eleição tem muito
16:59de aspecto ideológico,
17:00mas o que define eleição
17:01é o preço do tomate.
17:02Ponto.
17:03Então, assim,
17:04se o camarada
17:05chegar em 2026
17:07e perceber
17:08que o quilo do tomate
17:08está 12, 15,
17:1016 reais,
17:12aí você pode
17:13colocar
17:13uma guirlanda
17:15como candidato
17:16à presidência
17:16da República
17:17que as pessoas
17:17vão votar
17:18na guirlanda.
17:19Então,
17:20essa que é a questão.
17:21tchau,
17:23Legenda Adriana Zanotto

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